Ovelha Negra
Sinopse: Nunca lhe disseram que ser diferente era ser ruim. Grindelwald centric.
Disclaimer: Harry Potter não me pertence, e todos já sabemos disso, oks?
O rebanho evita a ovelha negra, sem saber se ela pertence ou não ao grupo. Por isso ela fica para trás, ou se extravia do rebanho, quando é encurralada por lobos e rapidamente devorada. Fique com o rebanho – há segurança na multidão.
Robert Greene
Nunca lhe disseram que ser diferente era ser ruim. Ser diferente significava se destacar, e para ele, acima de qualquer outra coisa, significava ser melhor.
Alguém superior não conhecia defeitos ou críticas. Ao contrário, os elogios é que estavam sempre presentes. Uma mente brilhante. Um talento natural. E ele acreditou. Acreditou que por ser diferente podia moldar o mundo ao seu modo, torná-lo melhor e digno de si. O único problema é que nunca lhe disseram que o seu ser diferente era ser ruim.
Porque tudo que ele fazia tinha um propósito maior. E ele não via porque era tão difícil para os outros bruxos e bruxas entenderem. Para alcançar seu objetivo, o que eram algumas gotas de sangue derramadas no caminho? Apenas insignificantes.
E se eram insignificantes, de que valia tentar protegê-las? Ou se arrepender pelo que seus propósitos o levassem a fazer? Nada. Afinal, tudo tinha uma explicação, uma justificativa, não é?
Por apenas três palavras que o absolviam de qualquer culpa, sangue bruxo também jorrou, muito. A Varinha das Varinhas se encaixava perfeitamente nos planos; quem quer mudança precisa de poder para mudar. Ele a queria, mais do que tudo, e se o poder estava ao seu alcance não seriam motivos tolos que o impediriam de estender as mãos a ele. Definitivamente.
Assim, com uma incerteza camuflada de certeza, o poder e a mudança o levaram a caminhos, atos e palavras que juntos formavam um perfeito jogo de xadez.
O cheque-mate só aconteceu anos depois, na forma de Alvo Dumbledore. Mas o que mais o surpreendeu não foi perder o duelo, foi que naquele momento a sua diferença tinha perdido todo o significado.
Durante todos os dias, meses e anos em Nurmengard ele procurou por elas. Suas justificativas, certezas e motivações. Mas elas fugiam e se escondiam dele, ou na realidade, nunca estiveram lá. Grindelwald já havia desistido de procurá-las naquele último dia, estava velho demais, cansado demais. Não se importava mais.
Quando aquele bruxo veio procurá-lo, a última pergunta foi feita. Mas ele também não se importou.
Se mentiu por arrependimento ou não, ele mesmo não sabia. Perto do fim tudo vira caos. Apenas uma coisa no meio do turbilhão era certa: as palavras sussurradas.
As três palavras que as paredes de Nurmengard nunca pararam de lhe sussurrar. Pelo Bem Maior.
N/a: Ah, como é bom voltar a escrever depois de tanto tempo :) oks, nem ficou do jeito que eu queria mas tudo bem. Eu simplesmente tinha que escrever alguma coisa sobre o Grindelwald \o.
Se ler, deixe review, eu não mordo e os seus dedinhos não vão cair por causa disso. :)
