Hello people :)
Sou nova como escritora pra fics d Caskett, então espero q gostem da minha versão para a segunda parte da oitava temporada.
Minha ideia veio de algumas fics d Castle que andei lendo, e outras histórias, então espero q gostem...
Aqui, eu meio q desenvolvi o q seria LockSat na minha cabeça, trazendo problemas para os Castle, e também colocando Alexis como uma intermediária. Ela é minha personagem preferida na história e quase ñ aparece... E quando mita, some :')
Enfim... Realmente espero q gostem
comentem :3


1

Prelúdio:

DIA DE TESTE.
Alexis mantinha na cabeça exatamente o que precisava para terminar seu dia. Tentando inutilmente afastar os problemas e se concentrar no que queria fazer para depois se preocupar com os "efeitos" de sua decisão. Hoje em particular, ela tinha uma aula de defesa pessoal, depois se encontraria com a avó para comprarem um novo par de sapatos para Beckett já que o aniversário de sua madrasta estava perto e por fim ligaria para o seu pai porque talvez conseguiriam um tempo para almoço...

... Infelizmente, seus planos foram mudados no instante em que abriu os olhos, a imagem de um cômodo muito grande em seu campo de visão, teto abobadado como de um galpão, paredes brancas e sujas de graxa e ferrugem, objetos como um grande barril no canto da parede, algumas caixas e o que tirou sua atenção:

Um corpo. Infelizmente, ao tentar se levantar, seu pulso protestou imediatamente como se corresse fogo em suas veias.
Finalmente sentada, Alexis tentou focar a visão a sua volta.

Não era um galpão, era um pub. As imagens de quase dez anos atrás onde seu pai apresentava o "Storm Fall" para um público, ela sentada diante do balcão tentando se concentrar em seu livro enquanto a voz de seu pai a chamava para a realidade e a convidava a ser mais normal admitindo que ele mesmo estava cansado de sua normalidade, até ser abordado por Kate Beckett porque alguém estava cometendo assassinatos de acordo com seu livro...

Com cuidado, Alexis tentou ficar de pé sem comprometer a cena do crime. Sua cabeça protestava, seu corpo protestava e seu pulso tinha uma marca azul duvidosa em torno dele fazendo-a piscar. Usou a outra mão para levá-la a cabeça e afastar a dor, onde sentiu algo de metal acertar a base de seu crânio.
Ali latejava como o inferno.
Afastou o objeto para sua visão periférica.

"Foi... Uma promessa" admitiu ela, sua voz distante e Alexis sabia estar presa nas lembranças.

"Então você nunca sai sem ele" Alexis sugeriu recebendo um par de olhos verdes atentos a ela e um leve assentir.

Não evitou estender a mão para o objeto no pescoço da detetive e mantê-lo na palma de sua mão.
Era realmente bonito. Um anel muito bonito.
Então foi como se tivesse piscado, e ela avistou Kate distante, a mão segurando a arma e gritando ordens.
Estava cansada. Piscou e sentiu suas pernas fraquejarem.

Se atentou mais uma vez ao cenário a sua volta.
Ela estava na mesma boate de dez anos atrás, só que dessa vez sozinha.
Com exceção do corpo a seus pés, o cabelo em um tom castanho-claro quase loiro, o sobretudo cinzento empapado de sangue.
E com a respiração e o coração falhando várias batidas, Alexis avançou a passos lentos.

-Por favor... Não.

Rezou que não fosse Kate Beckett.
Rezou que estivesse em um estúpido pesadelo.
Rezou... Para que pudesse ser uma criança de novo e de alguma forma, essas lembranças se apagassem de sua cabeça.


TRÊS SEMANAS ANTES...

PRIMEIRO, ela verificou seu relógio.
Ainda era muito cedo.
Pouco mais de seis e quinze, depois pegou o celular removendo o cabo do carregador logo depois de se arrumar, uma camisa branca, saia cinzenta acima dos joelhos e saltos leves. O cabelo preso em um coque frouxo. Queria aparentar mais velha do que era, principalmente depois da ajuda de Hailey para conversar com o magnata da Finnick State.

Então precisou parar no meio das escadas ao sentir o cheiro de café e ouvir um baixo cantarolar.

Não evitou sorrir. Tinha chegado muito tarde ontem, e marcou o caminho de seu quarto não se lembrando quando foi capaz de trocar as roupas pelos pijamas e conseguir dormir com a janela levemente aberta, o que a fez acordar com o frio que entrava no quarto, obrigando-a a se levantar e fechá-la. Logicamente, não sabia que ela tinha voltado. Que eles tinham voltado.

-Alexis! – Surpresa, Kate parou o que estava fazendo para vê-la encarando-a de volta e não conseguindo evitar o sorriso, e quase derrubando a xícara de café no processo. Por um instante, era como se sua madrasta tivesse sido pega em algo muito errado, e estar usando uma das camisas de seu pai assim como seu short enquanto fazia o café deles, o cabelo preso em um coque no que parecia ser uma caneta.

-Bom dia. – Ela se decidiu por tentar ser o mais natural possível.

Infelizmente seu meio sorriso já a traia.
E depois de dois meses longe um do outro, eles estavam ali... Exatamente como se nada tivesse acontecido. Aparentemente.

-Quer um pouco de café...? – E também viu a agora capitã girar de leve com um sorriso no rosto também.

-Quero sim, obrigada. – Ela a aceitou bebendo um pouco do mesmo e perguntando. – Onde está meu pai?

Ouviu a voz do mesmo vindo do escritório.

-O que acha do acampamento Faroeste de novo? Podíamos achar um novo uso para o laço-

-Rick.

Ele apareceu na cozinha, usando um roupão branco, descalço e o cabelo tão bagunçado quanto o da esposa.
Alexis tinha uma expressão nervosa encarando o pai que era o reflexo da sua.

-Oi, abóbora.

-Oi... - Então o sorriso estava de volta ao seu rosto.

-Laser Tag. - Seu pai puxou o assunto um pouco mais alto do que gostaria, recebendo uma sobrancelha ruiva e uma morena erguida. – Que tal um dia de Laser Tag...? Você e eu podemos ensinar a detetive Beckett como usar uma arma.

-Acho que sei muito bem usar uma arma. - Kate contrapôs antes que Alexis o fizesse.

E lá estavam os olhares.

-Está fora de sua jurisdição, detetive. Acho que devia repensar um pouco...

-Não, eu não quero repensar... Posso garantir pra você, mas também posso ser paciente, Rick...

-Tem certeza? Porque eu adora-

-Gente. – Eles se calaram encontrando seu olhar de novo.

Kate pegou uma das xícaras de café e colocou na mão do marido enquanto andava pela cozinha bebendo a sua e ainda sorrindo.
Alexis maneou a cabeça de leve, era incrível a capacidade que tinham em deixá-la sem graça.
E ainda sorrirem por isso!

-Tudo bem, eu vou acabar me atrasando...

-Você não tomou café. – disseram fazendo com que os encarasse pela terceira vez em menos de vinte minutos.

Tão "conectados" que era assombroso.

-Coma alguma coisa. – entoou seu pai.

-Estou sem fome. – declarou deixando a xícara sob o balcão e se despedindo deles com um beijo no rosto em cada. Então parou na porta e girou para encarar o casal em sua melhor expressão cética. - Agora que vocês voltaram, eu gostaria de estabelecer umas regras sobre o banheiro do andar de baixo e fones de ouvido. Não consigo mais usá-los depois das duas da manhã. Acho que vou fazer uma lista...

Ela observou a expressão de cada um e a nova troca de olhares.
Finalmente pegando a dica, Castle engasgou com a bebida cuspindo um pouco e se sujando, Kate por sua vez levou a mão livre para suas costas dando leves batidas e sorriu para a enteada.

-Usaremos o banheiro da suíte... - ela respondeu. – Quanto aos fones de ouvido, podemos negociar. Paredes a prova de som? - ela sugeriu.

-Ou vocês podiam dormir. - Alexis sugeriu de volta. - Em um horário normal como pessoas normais...

-Definitivamente negociar. – Beckett suspirou bebendo seu café e olhando sedutoramente para Castle que se encolheu.

-Gente. - disparou ele tentando se esconder da expressão das duas.

Alexis fingiu não se importar quando girava de novo, finalmente sorrindo.
Ela gritou enquanto puxava a porta:

-Se comportem!

ALEXIS LEVOU O DEDO INDICADOR a sobrancelha, contornando-a e parando na têmpora repetindo a massagem e desejando afastar a dor irritante com um movimento constante. Ela agradeceu a garçonete que lhe trazia uma xícara de café com leite, sem açúcar e um toque de baunilha.
Sorriu sabendo que não era o único hábito que tinha adquirido da "detetive Beckett".

-Ei, abóbora. – Ela ergueu a sobrancelha para seu apelido de infância em uma voz diferente, encontrando ninguém menos que sua antiga amiga do colégio com um sorriso imenso ao ver sua expressão irritada.

-Ei, Paige.

-Oi, Lex. – ela riu. – Caramba, você andou praticando o olhar assassino com sua madrasta...?

Paige nunca se esqueceria de ter sido interrogada pela detetive alguns anos atrás quando se envolveu em um escândalo com um professor universitário que quase veio a público se isso a ligasse ao assassinato de sua antiga empregada. Alexis por sua vez, apenas sentia pela amiga que acabou usando sua influência para abafar o caso enquanto a acusava de "traidora" por concordar com o interrogatório da detetive.

-O que faz aqui? – Perguntou observando-a e se levantando.

Paige cruzou os braços diante do corpo, como sempre fazia quando a acusaria de algo que a deixaria sem graça.

-Conseguiu o estágio com o Sr. Finnick?

Ela franziu o cenho.
Como Paige sabia de seu estágio?!

-Uh... – entretanto, antes que respondesse, o mesmo estava atrás de sua amiga, o cabelo loiro bem aparado e penteado para trás, os olhos negros encontrando os seus por um breve instante. Ele sorriu. Estava vestindo um terno escuro e sem gravata. – Sr. Finnick.

-Olá Alexis. – Paige se virou. – Tudo certo?

Ele perguntou aparentemente por notar um estranhamento entre as mulheres.

-Tudo ótimo. – Paige interveio. – Se junta a nós?

-Oh, não. Desculpem. Tenho uma reunião em meia hora. Srta. Castle, espero na segunda-feira?

-Claro.

-Muito bem... – ele estendeu a mão para as duas, e foram interrompidos por um novo membro.

Alexis não notara que continuava segurando a mão de seu futuro chefe quando seu ex entrou em seu campo de visão.
O cabelo desgrenhado assim como a barba por fazer e os olhos demonstrando cansaço extremo.

-Ei, Lex.

-Ashley.

Antes que pudesse se afastar ou dizer algo, Paige revirou os olhos se jogando no banco da mesa que Alexis estava.

Ao encontrar o casal na porta, ela entendeu o porquê. Os dois mantinham as mãos longe um do outro, mas havia aquele clima. A intensidade dos olhares, a forma natural como sorriam um para o outro e pareciam relaxados também apenas por estarem na presença um do outro. Além da discussão animada que tinham, na verdade seu pai falava e Kate ouvia a tudo atentamente e com um sorriso.

Então ela franziu o cenho e o encarou incrédula, apenas para sorrir ainda mais e manear a cabeça em sinal de rendição. Provavelmente estavam no meio de uma discussão conspiratória absurda demais para a capitã que finalmente se deu por vencida e parou quando seu pai tocou seu braço e a atenção dos dois estavam em Alexis.

-Oi, abóbora. – Disse ele exatamente como Paige fazendo-a acordar por um instante percebendo que apenas naquele momento, havia soltado a mão do executivo. O Sr. Finnick ainda diante de si tentando compreender seu olhar, assim como Ashley parado ao seu lado e Paige logo atrás sentada na cadeira do restaurante.

-Olá. – Adam Finnick foi o primeiro a cumprimentar os recém-chegados e isso pareceu alertá-la.

-Oh, Sr. Finnick, desculpe. Modos... Uh, estes são meus pais. Katherine e Richard Castle, pessoal, este é Adam Finnick, como vocês já conhecem, Paige. E também– então Ashley não estava mais ali e ela precisou de alguns segundos notando Kate presa em seus pensamentos e mantendo a mão do Sr. Finnick por um tempo longo demais como fizera alguns minutos atrás ao ser apresentada.

Sua amiga apenas moveu a mão com descaso e se "apossou" de seu café.

-É um prazer conhecê-los. – Disse Adam educadamente. – Se me permitem... Alexis.

-A gente se vê.

Ela permaneceu de pé, olhando pelo dinner em busca de Ashley.
Ou tinha sonhado com sua visita? Era a terceira vez que o via em uma semana, e a cada dia ele parecia pior...

-Tudo bem?

-Sim... – ela sorriu minimamente afastando os pensamentos da cabeça. – Vamos comer.

-Vou deixar você e sua... família. – Paige se levantou com um aceno de cabeça e saiu deixando-os a vontade.

Alexis quase sorriu para sua xícara de café vazia e a agora inevitável dor de cabeça.

-Então... – ela esperou que se sentassem. Kate ao seu lado e seu pai diante delas. – Como foi o não-retorno-à-delegacia?

O casal trocou um sorriso cúmplice e ela escorou o cotovelo na mesa e a mão no queixo esperando a narrativa.
Talvez sua dor de cabeça seria apenas isso. Um talvez.


ALGUMAS MEMÓRIAS, são ativadas pelo simples pensar.

Outras, são tragas à tona com pesadelos como lembranças vívidas ao ocorrido. Kate ainda se lembrava da Médica psicopata Kelly Nieman que queria remover seu rosto para colocá-lo em si mesma e fugir do país com Jerry Tyson, o serial killer 3XK. Então ela via a si mesma presa naquela maca, e não conseguia libertar sua mão e impedi-la de cortar seu rosto... E então matá-la.

Assim como Castle não conseguia escapar de Jerry.

Para finalmente acordar desesperada, o ar lhe faltando nos pulmões, e tentando respirar falhando miseravelmente em se controlar por alguns minutos, até finalmente acalmar seu coração e seus nervos. Percebendo que estava sozinha no hotel.
O plano de fingir que estava com Rick devia ajudá-los, infelizmente seus pesadelos pareciam piorar a cada momento em que estava longe dele.
Em que se via obrigada a ficar longe...

Droga.
Eram três da manhã.

Jogou a cabeça para trás no travesseiro e encarou o teto por alguns momentos.
Seu telefone tocou.
Uma mensagem: Houve um homicídio.
Quase cinco segundos depois, seu celular estava tocando.

-Beckett.

ERA QUASE SETE DA MANHÃ, quando Castle ouviu a voz de Alexis.
Irritada e nervosa.

-Me deixe passar. – Pediu sua filha.

-Você não vai passar. – Era Kate. Kate?

Ele as avistou diante da biblioteca principal da antiga escola de Alexis, que estava usando um casaco de couro preto, o cabelo solto e nos ombros enrolados em leves cachos. Jeans, botas de caminhada e uma cachemira vinho.
Kate usava um vestido cinzento que ele sabia ser acima dos joelhos gola rulê, e meia manga.
Um sobretudo bege e o cabelo preso em um rabo-de-cavalo.
Os olhares das duas mulheres encarando-se.
E ele precisou parar por um segundo para entender a cena.

-Kate, me deixe passar. – Pediu Alexis de novo.

-Não. – Repetiu ela ainda no mesmo tom, a mão estendida para o portão e bloqueando a passagem de sua filha ao mesmo tempo em que o olhar se mantinha fixo nela. Não havia crítica, não havia um tom de raiva, havia apenas... Censura.

Entretanto os policiais da área podiam fazer isso e segurá-la.
Alexis não estava forçando uma entrada e Kate não estava obrigando-a a se manter.
Na verdade, era exatamente o oposto disso...
E sua esposa encontrou seu olhar e ele parou de novo. Um aviso: "Não venha".

-Kate, eu preciso ver... – Alexis voltou a falar. Pelo movimento de suas mãos, ele sabia que sua filha estava à beira do desespero. - Por favor. Me deixe vê-lo.

Alexis deu outro passo.
Era sua expressão de aviso. Mas Kate se manteve firme, obrigando sua filha a girar nos calcanhares e passar a mão pelos cabelos uma vez mais.
Então voltar de novo para encará-la. Esperando. Implorando...

-Não. Você não vai cruzar essa linha, Alexis. – Sem se virar, ela falou para o amigo. – Ryan, vá falar com Lanie e veja o que ela descobriu.

Esposito se aproximou com o bloco de notas em mãos.

-Diga.

Ele olhou de uma para a outra e até mesmo para Castle, então quando ninguém falou, ele pigarreou.

-Temos um vídeo de alguns minutos a hora da morte... Ele está na biblioteca, conversando com alguém... A perícia está tentando identificá-lo.

-Peça para a perícia também demarcar a área e fale com os amigos da vítima. - Kate continuou e Castle notou Alexis estremecer.

Era hora de se aproximar.

-Kate, eu preciso vê-lo... – Alexis falou de novo. Ela estava segurando as lágrimas com todas as forças.

-Não. Você não precisa vê-lo assim. - Repetiu ela pela terceira vez e ainda paciente.

Por um breve instante, ele pensou que Alexis fosse partir para cima de Kate e abaixar seu braço, obrigando-a a lhe dar passagem, mas ela apenas avançou contra ela em um abraço desajeitado e rápido. Ele encontrou seu olhar de novo, e ela levou a mão protetoramente em seu ombro e sussurrou-lhe para que ela se acalmasse:

-Está tudo bem...

-Não está não. - Alexis se afastou encontrando de novo seu olhar obrigando-se a ficar alguns metros para trás e quase esbarrando em seu pai. E suspirou passando a mão nos cabelos e os jogando para trás. Então se ergueu na ponta dos pés tentando pôr em sua visão periférica a realidade diante de si. A equipe da perícia marcando a cena do crime, os policiais mantendo os curiosos longe do perímetro, os detetives fazendo perguntas e anotando relatórios.

Ela viu seu corpo no chão, coberto por um pano.
Ele estava morto... Ele estava-

-Capitã, temos algo... – Era Ryan de novo, a expressão ansiosa e Kate assentiu.

Castle finalmente se aproximou da filha.
Dois copos de café um em cada mão.

-Pai! – Alexis girou enterrando o rosto em seu pescoço em um abraço, ainda trêmula e fria ele ergueu os olhos para Kate.

-Tudo bem, mantenha Lanie e Espo na linha. – Ela respondeu para Ryan e Alexis girou apenas para ter a madrasta em sua visão periférica. – Rick, leve Alexis pra casa. – e dirigindo-se a enteada finalizou. – Vou mantê-la informada. Ok?

Ela apenas assentiu e Kate tocou seu rosto para que a olhasse nos olhos, e movendo a mão para o ombro do marido e apertando-o em um sinal.
Então girou em seus saltos e seguiu o detetive Ryan que começou sua narrativa.


-É O ASHLEY PAI. - Declarou ela pela terceira ou quarta vez. A voz quebrada. – Nos falamos há dois dias, e agora ele está... Morto. Isso não pode ser verdade.

-Tudo bem...

-Não. Ele... Ele me disse que estava com problemas, só que eu ignorei. Eu o ignorei como uma estúpida vingança? Isso é minha—

-Pare. – Às vezes ele desejava que Alexis fosse uma criança de novo, apenas para colocá-la em seus braços, dormir ao seu lado, ou estender um colchão na beira de sua cama dizendo que tudo ficaria bem. Nada para se preocupar.

Monstros não saem do armário...
Então lembrava que ela era uma mulher. E sempre fora uma garota responsável...
E agora estava sofrendo a morte de seu ex-namorado.

-Alexis, Ashley procurou você porque pensou que poderia livrá-lo de seu problema, só que sabemos que não funciona assim. Ele havia cometido um erro, e pagou por isso de forma injusta, mas não será em vão. Vamos achar o culpado. Ok?

-Mas você não pode ajudar no caso... – ela murmurou ainda com o rosto afundado em seu pescoço.

-Quem disse que não? – e se afastou para encará-lo.

-Pai, eu não quero trazer um problema pra você e a Kate. Ainda mais agora que sabem que é arriscado qualquer passo em falso.

-Estamos bem com isso, não se preocupe.

-Não podem se arriscar por mim.

-Quem disse que não?

-Pai... – ele sentiu o telefone vibrar em seu bolso. – Não quero que isso vire um problema. Não mais do que vocês estão enfrentando...

-Não se preocupe, ok?

-E quanto a conspiração do FBI? E o assassinato do Senador?

-Vamos chegar lá de um jeito ou de outro... E descobrir o que é isso.

-Não quero alongar o tempo de espera de vocês... Ou que se arrisquem porque—

Ele estendeu o telefone mostrando a Alexis a tela.

Temos algo. Preciso que venha a delegacia com Alexis. – K.

-É uma decisão mutua. – respondeu Castle fazendo-a olhar para o telefone por longos segundos.

Era arriscado. E eles não se importavam.
Era necessário para ajudar Alexis.
Não precisavam de um meio termo.

-Mas e se isso arriscar a possibilidade de encerrar de vez o esquema do Senador? Se vocês não puderem... Ficar juntos? Pai, eu não quero que corram esse risco só porque—

-Nós passamos por muita coisa, Alexis...

-Justamente por isso. Vocês se amam pai. Se aproximarem agora, diante deles pode ser um risco.

-E você acha que Beckett e eu iriamos nos afastar justamente por que...

-Bom, vocês tem uma estúpida mania de querer proteger um ao outro. É meio que mútuo. Então acabam tomando decisões idiotas.

-Ok... Só que estamos... Trabalhando nisso.

-É. Tem uns oito anos. – ele sorriu. – Mas e agora pai? Como vão ser as coisas...? Quer dizer... E depois?!


Vou postar um capítulo por dia, a fic já tá completa :)
De novo. comentem :3