Ps: Nada disso é meu, só estou tentando me divertir.
Essa adaptação é do livro de Rita Rainville, o li e amei, então espero que curtam essa história versão Edward e Bella
Após aquela viagem, nada seria como antes...
Isa Swan passava os dias trancada em seu laboratório dEdwardicando-se a pesquisas científicas. A necessidade de um estudo mais aprofundado a tirou do confortável laboratório em Denver e a levou ao sertão gelado e selvagem do Wyoming, e aos cuidados do severo cowboy Edwardward Cullen.
Com uma bela e sensual cientista vivendo sob o mesmo teto, os instintos de Edwardward estavam de prontidão. E, embora desejasse ter em sua cama, continuava preferindo morrer a tornar a se casar. Ele e seu filho de seis anos viviam muito bem sozinhos. O grande problema era que, quando fosse embora, será que a vida deles continuaria sEdwardo a mesma de antes?
Capítulo I
— Hei! Que diabos está fazendo no meio desta tempestade, sua maluca?!
Isabella Swan voltou-se em direção ao tom de voz autoritário e recuou, horrorizada. Como se tivesse surgido do nada, diante dela encontrava-se um homem montado num enorme cavalo, na verdade, um dos maiores que ela já vira. O animal resfolegava e sacudia a cabeça, inquieto.
Assustada, olhou do cavalo para o cavaleiro, concluindo que os dois combinavam com perfeição, tanto em tamanho como em temperamento.
A garoa fina e gelada que nas últimas horas havia caído sobre a região, aos poucos se transformara numa pesada nevasca. afastou os flocos de neve do rosto para vê-lo melhor. O chapéu de cowboy cobria seu rosto de sombra e mal pôde perceber os olhos apertados e nada amigáveis. Um frio repentino pareceu atravessar-lhe as roupas, algo que pouco tinha a ver com a baixa temperatura que assolava o Estado. Nada havia naquele homem ou no cavalo que montava que pudesse tranqüilizar uma mulher, especialmente para alguém que se encontrava perdida, como ela, em plena região selvagem do Wyoming, debaixo de uma violenta nevasca, usando roupas inadequadas, carregando uma maleta e começando a congelar.
O homem suspirou.
— Vamos, suba! —ordenou.
olhou em torno, confusa, viu apenas a espessa camada de neve cobrindo a paisagem de branco, e em seguida perguntou pra ele:
— Onde?
— Aqui, na garupa.
Bella o fitou por um instante. Depois olhou para o cavalo. O animal bufava e balançava a cabeça lançando respingos de espuma em sua direção. Mesmo enojada, o frio era demais para qualquer outra reação a não ser abraçar a maleta que carregava.
O desconhecido tocou os calcanhares no flanco do cavalo para faze-lo aproximar-se e estendeu-lhe a mão enluvada.
— Me dê a mão.
Bella recuou, balançando a cabeça.
— Não vou conseguir. É muito alto —desculpou-se, com o queixo tremendo de frio.
Com um suspiro impaciente, o cowboy tirou o pé do estribo e tornou a estender-lhe a mão.
— Use meu pé como degrau e segure minha mão com força. Eu a puxarei para cima.
Bella o fitou, trêmula e confusa, uma parte da mente tentando assimilar as ordens que recebera enquanto a outra se dava conta de algo assustador que estava lhe acontecendo.
Hipotermia.
Era isso, concluiu, lembrando-se vagamente de que já estava reconhecendo os sombrios sintomas da baixa temperatura em seu corpo quando o homem surgira diante ela.
Edwardward Cullen praguejou baixinho e tornou a colocar o pé no estribo, mantendo os olhos no rosto dela. Estava diante de uma bela mulher e ainda jovem, de uns vinte e cinco anos talvez. Seus cabelos umEdwardecidos pela neve, eram longos e de um rico tom castanho-avermelhado. Tinha grandesolhos chocolates, que naquele instante o fitavam, confusos, e cada vez que suas pálpebras se fechavam, tinha a impressão de que ela não seria capaz de tornar a abri-las.
Temendo que ela fosse congelar se não a tirasse logo dali, Edwardward inclinou-se, ergueu-a do chão como se fosse uma boneca de pelúcia e sentou-a à sua frente na sela. Aliás, teria sido bem mais fácil se não fosse aquela maldita maleta. O modo determinado como a desconhecida a agarrava o fez suspeitar de que ela já não estivesse bem, pois o frio intenso parecia impEdwardi-la de pensar, e ela se movia como um robô.
Ele recuou um pouco na sela, proporcionando-lhe mais espaço e, antes que ela despencasse, abriu o casaco de pele e acolheu o corpo gelado. Com certeza seu calor iria aquece-la.
— Me dê isso —disse, tocando-lhe a mão agarrada à maleta.
Ela balançou a cabeça, negativamente.
— Meu... Computador —murmurou.
Edwardward olhou de modo cético para a maleta de couro, mas resolveu não perder tempo argumentando, especialmente sobre algo tão idiota quanto um computador. Sabia que a melhor maneira de salvar uma pessoa prestes a sofrer um ataque de hipotermia era tira-la o mais rápido possível do frio e aquece-la. Cutucou levemente os flancos de REdward, confiando que o cavalo os levasse para casa o mais depressa possível.
A desconhecida aconchegava-se a ele, o corpo sacudido por violentos tremores.
— Não vá desmaiar agora —Edwardward murmurou. E, mais para mantê-la falando do que por considerar como sendo uma informação vital, tocou-lhe o ombro e perguntou: —Posso saber o que a levou a sair de casa no meio desta tempestade de neve?
A voz era máscula e grave. Falava como um autêntico cowboy e parecia confiável. Respirando fundo, ela tentou se manter lúcida.
— Meu carro... Quebrou.
— Problema mecânico?
Ela fez um sinal negativo com a cabeça.
— Deslizou numa curva e não consegui segura-lo. Acabou parando dentro de uma vala.
Claro! É justamente o que acontece quando uma garota da cidade decide dirigir seu carrinho esporte numa região desconhecida e sob uma tempestade. Olhou com ar soturno para os cabelos dela roçando-lhe o queixo. A maluca nem ao menos tivera o bom senso de proteger a cabeça com um chapéu, ou de colocar luvas.
"Que Deus me proteja dessas garotas da cidade, ele pensou".São como ovelhinhas desgarradas numa tempestade de neve, cuja ignorância do perigo que correm pode mata-las."Justamente como acontecera com sua esposa". Rosalie não tivera chance de lutar contra a nevasca para tentar sobreviver, e esta desconhecida tampouco teria conseguido, se não fosse a sorte de tê-la encontrado "".
No momento em que a encontrou, estava preparado para tudo, menos para se deparar com uma mulher usando roupas leves, delicados sapatos de passeio, carregando uma maleta de couro e murmurando a respeito de hipotermia. Ela estava tão concentrada no assunto que sequer havia notado a sua aproximação.
"Ninguém, em seu juízo perfeito, teria enfrentado uma estrada coberta pela neve dirigindo um carro esporte. Por que ela veio parar aqui?", ele se perguntou, angustiado. "Por que justamente no meu caminho?"
Era uma boa pergunta. A estrada onde a encontrara iniciava-se num desvido da rodovia principal, distante várias milhas, e terminava na casa dele. E não lhe ocorria uma só razão lógica para uma mulher, alegando carregar um computador na maleta, estar caminhando penosamente na estrada para sua casa e no meio de uma nevasca! Por que alguém faria isso, mesmo num dia claro e ensolarado?
Cutucou REdward de leve nos flancos para apressa-lo. Parte do problema, admitiu desgostoso, era que há muito tempo não abraçava uma mulher; outra parte, era que ele parecia estar prEdwardestinado a salvar ovelhinhas perdidas, e suspeitava de que aquela, em particular, quando descongelasse, revelar-se-ia uma mulher tremendamente sensual.
E, o mais complicado em tudo isso, é que ele gostava de mulheres. Gostava da suavidade delas, do cheiro, do sorriso, da risada. Em suma, gostava de tudo, e achava a vida sem elas um verdadeiro suplício. Pior do que isto, só viver a vida com remorso e com sentimento de culpa.
Edwardward apertou-a com mais força contra o peito ao senti-la estremecer, grato por ela não estar tão bem a ponto de perceber o estrago que o contorno de seu corpo lhe causava ao roçar no seu a cada passo de REdward.
— Por que aqui? —ele repetiu a pergunta, agora em voz alta, protegendo-lhe o rosto com a lapela do casaco.
Um outro estremecimento foi a única resposta que recebeu.
Edwardward fez REdward rumar para a porta dos fundos da casa. Desmontou do cavalo com um só movimento e tirou-a da sela. Com ela nos braços, usou os ombros para empurrar a porta.
— Emmett! —sua voz ecoou na porta da cozinha. —Jacob? Venham ajudar!
Ele a colocara em pé e a amparava quando Emmett chegou, mancando devido à crise de artrite nos joelhos, intensificada pelo frio. Ele era seu fiel empregado, estava havia anos na fazenda, e vinha seguido de perto por Jacob. Aproximou-se sorrindo e pousou a mão sobre o ombro de Bella.
— Pobrezinha... —disse ele. —Como é o seu nome, minha filha?
Edwardward franziu o cenho.
— Deixe para ser sociável mais tarde —resmungou entre os dentes, louco para descarregar o mau humor em alguém.
— Coloque mais lenha na lareira e prepare um banho quente para ela. Vou cuidar de REdward.
Bella umEdwardeceu os lábios secos.
— Bella —ela respondeu, olhando diretamente nos olhos do velho. —com B e dois L¹.
— Mexam-se! —ordenou Edwardward. —Jacob, ajude a moça a tirar os sapatos e as meias enquanto Emmett prepara seu banho.
Ele voltou-se e saiu pela porta enquanto a voz suave de Emmett tentava anima-la.
— Muito bem, Bella com B e dois L. Vamos tratar de aquece-la. Será que você pode subir a escada para que Jacob e eu possamos deixa-la em forma?
[1- No livro a personagem chama-se Katy e quando ela vai se apresentar ela diz: Katy, com K.]
Uma hora depois, após o banho quente, Bella limpava o espelho embaçado com a toalha e estremeceu quando se viu refletida. Aquele, definitivamente, não estava sendo um de seus melhores dias. Havia sido um descuido imperdoável, especialmente em se tratando de uma pessoa tão brilhante, como ela se achava.
Acabada, foi o que pensou ao puxar os cabelos para trás e analisar o próprio rosto. E horrenda o suficiente para causar pesadelos naquele garotinho. Talvez não, ela continuou a pensar. Era possível que no Estado de Wyoming só existissem pessoas fortes, destemidas e capazes de desafiar as montanhas desde crianças. Jacob, na realidade, havia sido bem forte, apesar da pouca idade, fazendo-a sentar-se na beirada da banheira enquanto lhe tirava as meias e os sapatos. Chegou a tentar abrir o zíper de sua jaqueta, mas ela agradeceu a ajuda e disse que era capaz de despir-se sozinha. Relutante, ele a instruiu para colocar as roupas no lado de fora da porta, e deixou o banheiro seguido pelo homem mais velho. Depois, entre tremores de frio, ela finalmente conseguiu despir-se e mergulhar seu corpo na água aquecida.
Esfregou os cabelos com a toalha e sorriu ao lembrar-se do garoto. Ele batera à porta pouco tempo depois para perguntar-lhe se precisava de alguma coisa. Retornou uma segunda vez para avisar que deixara para ela algumas roupas no corrEdwardor.
Bella entreabriu a porta e espiou. Não havia ninguém, mas encontrou as roupas dobradas, no chão, em frente à porta. Puxou-as para dentro com os pés e se pôs a examina-las.
Desceu pouco tempo depois dentro de uma calça jeans tão justa que lhe tolhia os movimentos. E não precisava ser um gênio para adivinhar que pertenciam a Emmett, pois eles tinham mais ou menos o mesmo peso e altura. Sentia-se confortável na camisa de flanela xadrez, mas o jeans era uma outra história.
Após parar no meio da escada para flexionar os joelhos várias vezes pensando em alargar um pouco as pernas da calça, Bella correu a mão pelo brim esticado e suspirou com saudade da confortável calça comprida que entregara a Jacob. Desceu o restante dos degraus e dirigiu-se à sala de jantar.
Nada havia de feminino no aposento. A mesa rEdwardonda de carvalho e as cadeiras em torno dela sem dúvida eram de excelente qualidade, mas obviamente foram escolhidas pela utilidade, não por serem decorativas. O aparador, também de carvalho, estava repleto de panfletos e de papéis.
Bella passou pelo aposento e foi para a sala de estar. A casa era limpa e impecável, mas definitivamente era uma casa masculina: sem vasos floridos, sem nenhum enfeite. Os únicos quadros nas parEdwardes que podiam ser considerados objetos de decoração retratavam cavalos. Também as revistas empilhadas sobre a mesinha tinham nas capas as fotografias de ranchos, bois e mais cavalos.
Seguindo o som de algumas vozes, encontrou a porta da cozinha. Estava entreaberta, e Bella parou diante dela, ciente de que interromperia uma conversa particular ao entrar.
— Ela é muito bonita, não acha, Emmett? —ouviu Jacob indagar, quase afirmativamente.
Bella empurrou a porta. O garotinho estava de costas para ela.
Emmett ergueu os olhos da frigideira e avistou Bella. Notou sua indecisão e fez um gesto com a cabeça, convidando-a para entrar.
— Sim, Jacob, ela é muito bonita, mesmo congelada feito um boneco de neve.
— Minha mãe também era bonita?
Emmett juntou uma mistura de legumes picados à frigideira.
— Você tem fotografias dela no álbum. O que acha? Ela era bonita?
Jacob assentiu.
— Seu cabelo era claro, diferente do dela, mas era bonita.
Era? Bella refletiu, entrando na cozinha e notando que a limpeza ali era a mesma dos demais aposentos. Fosse onde fosse que a mãe de Jacob estivesse, definitivamente não era naquela casa. Sua atenção voltou-se para os dois homens, o novo e o velho, ambos fitando-a em expectativa.
— Aqui estão os meus dois heróis, minhas pessoas favoritas —disse ela, com um sorriso brilhante. —Agradeço aos dois por terem me descongelado.
Jacob a fitava com os olhos castanhos indagadores.
— Meu pai também?
Bella sorriu para o garoto.
— Seu pai?
— Foi ele que a trouxe para casa. Ele também é uma das suas pessoas favoritas?
Bella não se surpreendeu. Era lógico que Jacob devia pertencer ao homem que a salvara. Emmett tinha muita idade para ser seu pai. Mas era difícil acrEdwarditar que o cavaleiro de ferro que a salvara e aquele garoto bonito, embora tão sério, tivessem os mesmos genes.
Ela assentiu.
— Bem, se ele fez isso, suponho que também seja um herói.
— E também sua pessoa favorita? —insistiu o garoto.
Emmett deu uma risadinha e retornou ao seu ensopado. Ele tinha os cabelos grisalhos cortados bem rentes e se movimentava com a energia impaciente natural num homem que já fora acostumado à atividade intensa, mas que agora era forçado a conter-se por causa da artrite.
— Presumo que sim —Bella concordou, com um suspiro.
— Meu pai é mesmo um herói! —Jacob sorriu satisfeito.
— Sente-se, Bella com B e dois L —Emmett falou por sobre o ombro. —Vou servir uma xícara de café.
Bella aproximou-se da mesa e sentou-se.
— Você não teria um pouco de chá? —ela indagou.
— Se é o que prefere, terá o seu chá —disse Emmett, e afastou-se para colocar água para ferver.
Enquanto isso, Jacob se aproximou de Bella e estendeu-lhe solenemente a mão.
— Sou Jacob Cullen. Tenho seis anos e vivo aqui com meu pai e com Emmett. Minha mãe está no céu. A srta. Teddley, minha professora, disse que prefere er um punhado de vespas na mão do que lidar comigo.
— Não brinca! Ela disse isso? —indagou Bella, resistindo ao impulso de passar a mão pelos cabelos do garoto e despenteá-lo.
Em vez disso, apertou-lhe a mão, solenemente, como ele parecia esperar. Olhou para os inocentes olhos castanhos e sorriu, já meio apaixonada.
Jacob era um garotinho adorável e ansioso por agradar. Tinha um tom de pele que parecia bronzeada mesmo no inverno. Uma mecha de cabelo rebelde, da cor de trigo maduro, caía-lhe sobre a testa.
— Meu nome é Isabella...
— com B e dois L —ele acrescentou, solene.
Bella concordou, sorrindo.
— Isso mesmo. Isabella Swan, mas pode me chamar de Bella. É como os amigos costumam me chamar. Tenho vinte e nove anos e moro e trabalho em Denver.
O sorriso dele, quando ele sorriu, mereceu a espera.
— Sou Emmett —o outro apresentou-se, colocando a xícara diante dela. —Neste momento sou o chefe de cozinha, mas faço de tudo na fazenda. —Ele esperou que Jacob tornasse a sentar e sentou-se também, fitando-a —E então, Bella, você mora em Denver... O que veio fazer nesse fim de mundo?
Bella chegou a abrir a boca para responder, mas foi interrompida.
— É exatamente isso o que venho me perguntando.
A voz grave que ecoou às suas costas era difícil de ser esquecida. Após te-la acolhido em sua sela, o homem que a livrara da morte continuara sussurrando palavras de conforto em seu ouvido, tornando a viagem gelada mais suportável. A maior parte do tempo ela não fazia idéia sobre o que ele falava, no entanto, sentir nas costas as vibrações de seu peito caloroso havia sido reconfortante. Ela pousou a xícara sobre a mesa, voltou-se e o encarou.
Minha nossa! Ela pensou, ao se deparar com um par de olhos verdes e frios. A luz da lâmpada da cozinha mostrava o brilho dos cabelos ainda molhados do chuveiro. Usava calça e camisa de brim desbotado, e o tecido moldava os ombros largos, os quadris estreitos e as coxas musculosas. Seu rosto era de uma beleza quase chocante, mas de traços clássicos e puros. As pestanas, as mais longas que Bella já vira num homem, velavam olhos misteriosos. Seu rosto era uma versão mais vigorosa da face do filho; os lábios e o nariz eram os mesmos e pareciam esculpidos por um artista.
Ele se recostara no batente da porta, obviamente à espera de uma resposta, e Bella demorou-se a dá-la. Algo em sua postura a fez lembrar-se da sensação estranha que a assaltara na sela do cavalo.
E, apesar de seu olhar aparentemente frio, Bella percebeu que, definitivamente, havia algo de insinuante naqueles olhos. Tentou adivinhar o que poderia ser, mas se deu conta de que era impossível saber o que se passava na cabeça de outra pessoa. Naquele momento, por exemplo, nem mesmo o que se passava na sua própria cabeça ela conseguia entender. Talvez fosse nervosismo, pensou, esfregando a palma úmida das mãos nos jeans. Com certeza não se sentia atraída por ele. Definitivamente não. O calor que a envolvia, ao fita-lo, não era atração.
Se a srta. Teddley achava que Jacob era um problema era porque, na certa, ainda não dera uma boa olhado no pai dele, Bella concluiu, desviando deliberadamente o olhar para Emmett.
— Querem saber o que estou fazendo aqui? —indagou ela, com a mente agitada, tentando encontrar um meio de explicar a complicada série de acontecimentos que a levara à presente situação. Optou pela explicação mais convincente, e que tinha a vantagem de, em parte, ser verdadeira. E, desde que não demoraria muito em ir embora, não havia necessidade de maiores esclarecimentos, nem de mencionar a natureza do trabalho que fazia. —Estou de férias, a caminho de Yellowstone.
Ela sentiu o silêncio pesar, como se o homem atrás dela estivesse processando sua resposta à procura de mensagens ocultas.
Bella tratou de mudar de assunto antes que ele chegasse a alguma conclusão.
— Preciso lhe agradecer, sr. Cullen. Posso dizer que lhe devo a minha vida... —Bella ergueu os olhos quando ele finalmente entrou na cozinha e parou junto à mesa. —Se não houvesse me socorrido, duvido que pudesse passar minhas férias em Yellowstone, ou em qualquer outro lugar. Obrigada. Sei o que teria...
— Edwardward.
Bella o fitou, surpresa.
— O que disse?
— O nome é Edwardward Cullen, Edward para os amigos —ele disse, suavemente.
— Está bem, Edward, e eu lhe serei eternamente agradecida.
— Você é um herói, papai.
Ele olhou curioso para o filho.
— Como foi que soube disso.
— Bella disse que você é um herói e que também é uma de suas pessoas favoritas —disse Jacob, todo contente.
— É mesmo? —Ele voltou-se para Bella e viu seu rosto corar. Sorriu quando ela abaixou os olhos, constrangida, e disse ao filho: —Venha cá, garotão.
Com uma surpreendente agilidade, o ergueu no alto da cabeça e o fez retornar ao chão com uma pirueta. Jacob gritou e riu, excitado.
Bella relaxou com a risada do garoto, e sua preocupação desapareceu. Era surpreendente a mudança que um simples sorriso produzira no rosto sisudo do pai.
— Yellowstone, hein? —Emmett observou-a por sobre a borda da xícara. —Você mais parecia alguém vestida para uma temporada no Havaí.
Bella fez uma careta.
— Um erro de cálculo da minha parte. Estava quente quando deixei o Colorado, mas eu devia saber que o tempo pode ser tão imprevisível aqui como lá. Amanhã, antes de prosseguir viagem, precisarei comprar algumas roupas de frio.
Edward fez Jacob dar outra pirueta no ar, e mais risos e gritos de prazer foram ouvidos.
Edward então olhou para Bella e balançou a cabeça.
— Em seu lugar eu não contaria com isso. É melhor contentar-se com as roupas de Emmett, por enquanto.
— Por quê? —Bella voltou-se e encarou-o, mas logo desejou não ter feito isso. Seu olhar era intenso e inquietante.
— Costuma ouvir rádio, Bella?
— Sim...
— Por acaso ouviu a previsão do tempo?
Bella gemeu baixinho.
— Para ser sincera, não.
— Se tivesse ouvido saberia que as previsões para os próximos dias não são nada animadoras —disse ele, colocando Jacob no chão com surpreendente delicadeza. —O tempo não mudará nas próximas quarenta e oito horas. Acrescente mais um dia para as estradas estarem transitáveis, só então seu carro estará em condições de viajar e...
— Já entendi —disse Bella, com um suspiro.
— Anime-se! —Emmett consolou, gentilmente. —Considere essa estada forçada por aqui como parte de suas férias.
Jacob assentiu, cheio de satisfação.
— E como não precisarei ir à escola, poderemos jogar cartas.
Edward não parecia muito entusiasmado com a idéia de te-la em casa, o rápido olhar que lançou-lhe, deixou isso claro como cristal. Ele era definitivamente contra a presença dela na fazenda, na casa e provavelmente na sua cidade.
— Venha, Jacob —ele falou, de repente. —Tenho coisas a fazer no escritório e você pode ajudar.
Jacob concordou e seguiu-o porta afora.
Bella tinha no rosto uma expressão pensativa ao voltar-se para Emmett.
— Eu disse alguma coisa errada, ou ele trata todas as mulheres dessa forma?
Emmett tomou um gole de café antes de perguntar:
— De que forma?
— Como se nós fôssemos uma praga.
— Não leve para o lado pessoal. —Emmett levantou-se e foi olhar as panelas no fogão. —Sua esposa morreu logo após Jacob ter nascido, num dia como hoje. —disse, fazendo um gesto com a cabeça em direção à janela. —Uma tempestade assim o faz lembra-la. Na certa, se aborrece quando vê alguém lá fora num tempo desse.
Bella suspirou desgostosa.
— Especialmente quando esse alguém é uma mulher vestida para uma viagem ao Havaí.
— Provavelmente... O que me aconselha a fazer? Tentar me manter fora do caminho dele até a tempestade passar?
— Tente relaxar. Jacob gostará de te-la em casa. E quanto a Edward? Ele acabará se acostumando.
— Boa noite, Emmett. Mais uma vez, obrigada por tudo.
— Vá dormir, Bella. Você precisa descansar. Vejo-a pela manhã.
Bella suspirou enquanto ele saía da cozinha. Edward e Jacob já tinham se recolhido e ela estava sozinha, finalmente.
Olhou em torno da cozinha pensando se também não devia ir para o quarto que Jacob lhe mostrara após o jantar. Imediatamente soube que não deveria. Não até se acalmar. E não havia dúvida sobre o que a inquietava: Edward Cullen, com seu olhar penetrante e seu palavreado suave.
"Eventualmente ele acabará se acostumando". Pensou nas palavras de Emmett e decidiu que se fosse possível, preferia não vê-lo, nunca mais. Edward era um perigo para a paz de espírito de qualquer mulher. Seu olhar ardente seguia sempre cada um de seus movimentos e, se a expressão em seus olhos servia como indicação, ele a desejava.
Ele nada sabia a seu respeito, aparentemente nem mesmo gostava dela. No entanto, a desejava. E, cada uma das pessoas na casa, pelo menos os três adultos, estavam cientes disso. Várias vezes surpreendera Emmett sorrindo com certa malícia ao fita-los, e Jacob os observava, intrigado, sem encontrar uma explicação para a tensão que percebia no ar.
Edward parecia cada vez mais soturno, e com tudo isso, Bella começou a considerar seriamente deixar aquela casa e enfrentar a tempestade lá fora.
Está certo, ela admitiu pouco depois, encolhendo-se num canto do sofá da sala de estar. O mundo estava cheio de homens maravilhosos, e que também usavam chapéu de cowboy e calça jeans tão justa que positivamente chegava a ser indecente. Alguns tinham sorrisos iguais aos dele, só que ela nunca lidara com um deles, e Edward estava longe de parecer-se com os homens cerebrais com quem ela estava acostumada a sair.
Mas, com tudo isso, ela não estava disposta a se arriscar, e o melhor a fazer era tentar manter-se a salvo enquanto permanecesse naquela casa. Jacob a ajudaria. Ficaria grudada nele como cola, e deixaria seu pai lidando com os próprios problemas.
Mais aliviada, resolveu subir e tentar dormir. Levantou-se e apagou aluz.
Acabava de chegar diante da sua porta quando viu Edward saindo do quarto do filho. A camisa aberta na frente revelava o peito coberto de pêlos escuros. Olhou-a, sem disfarçar, com olhos ardentes.
— Acabo de subir... —ela disse, quase sem fôlego, agarrada à maçaneta. —Boa noite.
Um alerta vermelho soou em sua mente quando Edward andou em sua direção e parou a sua frente. Em seguida, apoiou as mãos nos batentes, aprisionando-a na porta. Bella podia sentir o calor irradiando-se de seu corpo e inundando o dela. Gelou, quando ele aproximou os lábios dos seus.
— Por que não acabamos de vez com esse tormento? —indagou suavemente, contra sua boca.
Quando ela o fitou, muda, ele roçou os lábios nos dela.
— Tormento —murmurou, atônita, mal conseguindo respirar. Sentia-se confusa, a mente e o corpo em guerra, o instinto vencendo a razão.
— Sim. —Ele beijou-lhe o canto da boca, saboreando-a, sem pressa. —Ambos sabemos que cedo ou tarde acabará acontecendo. Então, para que fugir?
Bella esqueceu totalmente o que pretendia dizer quando ele abraçou-a fortemente contra si. Fechou os olhos quando seus lábios sensuais pousaram nos dela, e a escuridão intensificou o prazer que sentia.
O beijo de Edward era como uma magia, seduzindo-a, atraindo-a para mais perto, para um mundo repleto de sensações. O calor das mãos dele parecia queimar-lhe o corpo através das roupas. Quando seus lábios tornaram a se encontrar, Bella já estava totalmente vencida, e correspondia com avidez à doce carícia. Ergueu os braços e abraçou-o com força, sentindo com prazer a rigidez daquele corpo másculo, as batidas aceleradas de seu coração.
De repente, ele recuou, com uma expressão atormentada no rosto.
— Droga, eu não pretendia...
Ela o afastou com as mãos, por demais confusa para pensar, mais ainda para falar. Com as mãos trêmulas, ela finalmente girou a maçaneta, abriu a porta e, de costas, entrou no quarto.
Edward manteve a porta aberta com uma das mãos, enquanto com a outra tirou algo do bolso da calça jeans e lhe deu.
Quando Bella automaticamente estendeu a mão aberta, ele depositou em sua palma uma chave, e em seguida fechou-lhe os dedos em torno dela.
— Tranque a porta —disse, tenso. Em seguida voltou-se e deixou-a
Hey! Comentem, pleaseee.
Nossa, novamente tive problemas para postar minha história aqui. Caso alguém tenha lido já essa história por aqui, saibam que é de uma outra conta minha (nathália L. e blá blá blá). Mas falei isso para deixar esclarecida qualquer dúvida que aparecer. Obrigada
Ps: Estou arrecadando reviews, rsrs. Bastantes, o segundo capítulo.
Kisses
