- Naruto e seus personagens pertencem a Masashi Kishimoto -
"Na cidade de Konoha"
Sumário: Inicio do ano letivo. Cinco novos moradores. Uma banda. Três novos integrantes. Em um colégio onde os alunos alugam casas para se hospedarem, muitas coisas podem acontecer. UA – Vários casais.
Gênero: Romance e Humor
Casais: ShikamaruxTemari, NejixTenten, HinataxNaruto, SasukexSakura, InoxGaara.
Capítulo 01
"A chegada em Konoha"
- Temari POV -
Já podia sentir a brisa mais forte e o cheiro característico de Konoha, quer dizer, sentiria muito mais se meu irmão não estivesse fumando aqui perto de mim, o que me deixava ainda mais enjoada, levando em conta que já estava há quatro horas agüentando aqueles movimentos de ir e vir do navio.
E ele estar fumando demonstrava que alguma coisa estava muito errada, já que ele só fuma quando está estressado ou quando cancelam algum ensaio da banda em que ele tocava. E já era o terceiro cigarro.
E foi esse o motivo que nos trouxe até essa nova cidade: uma banda. Fora o colégio, que para mim foi apenas conseqüência, já que não teria vindo se a banda não estivesse procurando novos membros, ou especificamente: um tecladista, um vocal guitarrista e uma vocal feminina. Não vou nem tentar ser vocal, já que minha voz é grossa e desafinada, o que causaria um desastre caso eu tentasse cantar, mas tecladista parece bom, apesar de que gosto mesmo é de guitarra.
Já estava vendo o porto onde iríamos desembarcar. Levantei da cadeira em que estava sentada e cheguei mais perto da borda do navio, para observar melhor aquela pequena cidade. Tinha muito poucos prédios, mas muitas casas semelhantes ocupavam boa parte de seu território. Todas brancas com telhados vermelhos. Feio, caso queira saber o que eu acho.
- Gaara, larga logo essa merda de cigarro. – Reclamei, encarando meu irmão, que estava sentado apoiado na parede. Não me surpreendo que ninguém quis se aproximar de onde ele estava. Se não fosse meu irmão, com certeza eu teria medo de me aproximar, isso se eu não fosse eu.
Como sempre, ele estava com uma calça jeans preta, repleta de correntes. Usava um coturno sujo prendendo a barra da calça e uma camiseta preta de alguma banda (N.A.: Sem propagandas por enquanto XP). Também usava algumas correntes prateadas e munhequeiras, também pretas. Seus olhos estavam contornados de lápis preto (N.A.:Fala sério, aquilo em volta de seu olho NÃO PODEM ser olheiras!), e encarava o ambiente fora do navio, junto de seu cigarro que não largara desde que começaram a viajar.
- Me deixa em paz. – Murmurou ele, cuspindo mais fumaça.
- Quer saber? – Respondi, curta e grossa. – O problema é seu, divirta-se na sua nova casa.
E abri a porta que levava até os "quartos", se é que podiam ser chamados de quarto, já que mal cabia uma cama ali dentro. Peguei minha mochila preta e subi de volta até o local em que deveríamos descer.
Levou mais uns dez minutos até o navio finalmente parar no porto, onde desci, respirando fundo antes de começar minha caminhada até o local onde ficavam as casas em que eu iría morar. O colégio para o qual me transferi era freqüentado por vários estrangeiros, vindos de diversos lugares, já que qualquer um que quisesse se mudar para cá apenas precisava pagar a mensalidade e já alugava automaticamente uma casa em um condomínio reservado exclusivamente para os alunos. O único problema é que na maior parte das vezes essas casas eram para duas ou três pessoas, e, como no meu caso, não podíamos escolher com quem morar. Ainda mais se você entra direto no ultimo ano, e não no primeiro, como na maior parte das pessoas.
E, para meu azar, em minha nova casa, cabem duas pessoas. E já tem alguém morando lá. Só imagino que vai ser a pobre criatura destinada a me aturar, e que eu também terei que aturar. Só espero que não seja nenhuma patty, tipo essas que estão passando por mim nesse momento, me encarando como se eu fosse algum animal não-racional e não um ser humano.
Eu até entendo se me colocar no lugar delas, afinal, uma garota vestindo uma minissaia preta, meia arrastão e coturno não passa despercebida por essas criaturas que só se vestem de rosa e que tratam seus cabelos como um membro da família.
- Algum problema com vocês? – Perguntei, quando uma quarta menina passava por mim, me olhando assustada e desviando o olhar assim que me ouviu.
Que saco.
Mas enfim cheguei até a casa 202. Como todas as outras, é branca com telhado vermelho. Horrível. Passei pelo portão branco, e fui até a porta de madeira, abrindo-a em seguida.
O que vi a seguir não pode ser considerado real. Encontrava-me em pleno lixão, literalmente. Roupas pelo chão, pratos, panelas, toalha molhada.
- Mas que MERDA é essa? – Perguntei, soltando minha mala no chão. Não obtive respostas. Ou a pessoa havia saído, ou estava no segundo andar. Bom, pelo menos não era nenhuma patty.
Segurei minha mala mais uma vez e subi as escadas, a procura do quarto, que não foi difícil de achar, já que a casa era minúscula. O único problema é que entrei no quarto errado. E exatamente no quarto em que o culpado encontrava-se, deitado em sua cama, dormindo ainda de pijama. Antes de qualquer coisa, dei uma boa olhada pelo quarto, que estava ainda mais bagunçado do que a sala. A única coisa intocável ali dentro era uma bateria, bem ao canto. Mas as coisas jogadas denunciavam perfeitamente o tipo de pessoa com a qual teria de viver por um ano: Um preguiçoso. Claro, duas horas da tarde e ainda dormindo, o que mais poderia ser? Mas agora ele estava morando com uma mulher, portanto teria que arrumar toda a bagunça que havia feito na sala. E nem morta iría esperar sua boa vontade de levantar para isso.
Fui até sua cama, parando ao seu lado e arranquei seus lençóis verdes, mas nem assim ele acordou. Suspirando, fui até a cozinha no primeiro andar, que achei facilmente, e enchi um copo com água gelada, voltando até o quarto em que aquela criatura dormia.
E despejei o liquido em seu rosto. Pelo menos assim ele acordou.
- Mas o que é isso? – Gritou ele, abrindo os olhos e se sentando a procura de um lençol para secar seu rosto, como não achou, usou o travesseiro.
Observei cada atitude do garoto como se ele fosse um ratinho de laboratório. Afinal, nunca tinha visto uma criatura assim, e como iría morar com ele, que o conhecesse de uma vez. O garoto tinha cabelos pretos, que estavam presos em um pequeno rabo-de-cavalo no alto da cabeça. Ele usava apenas com uma bermuda velha de pijama, verde. Estava sem camisa, portanto não pude deixar de reparar em seu peitoral, que alias, era excepcionalmente bem definido. Não faz mal a ninguém reparar nisso, certo?
- Quem é você? – Perguntou ele, me olhando dos pés a cabeça. Especialmente minhas pernas e busto. Homens...
- Caso não tenham te avisado, sou a coitada que jogou pedra na cruz e que vai ter que passar um ano morando com você – Respondi.
- Ah, é verdade... – Murmurou ele. – Esqueci completamente que você vinha hoje... Temari certo?
- É, notei que você esqueceu. Agora levanta dessa merda de cama e vai limpar aquele lixo que não posso nem chamar de sala.
- Do que você está falando? – Perguntou o garoto sonolento, limpando os olhos.
- Levanta logo e vai limpar a sala! – Gritei, empurrando-o da cama pelo ombro.
- Mas que saco... – Reclamou ele, finalmente se levantando e indo até o armário, de onde tirou uma calça jeans azul escura e uma blusa branca.
Dirigiu-se até o banheiro e fechou a porta ao entrar. Suspirei, cansada, e fui até o outro quarto, levando minha mala comigo.
o.O.o.O.o.O.o.O.o.O.o.O.o
- Gaara POV -
Que lugar mais irritante. Essas pessoas parecem que não tem mais o que fazer do que ficar em bandos comentando e apontando para mim, achando que eu não percebo.
E é tudo culpa daquele maldito Kankuro que destruiu nossa banda. Se não fosse por ele, eu não estaria aqui nesse lugar irritantemente pacifico procurando por uma casa entre milhares de outras exatamente iguais só para tentar entrar em uma banda que nem ao menos sei se toca algo descente.
Não sei porque Temari não insistiu para que nos deixassem na mesma casa. Se for para ficar morando com alguém, que ao menos seja alguém que tenho certeza de que não vai ficar me incomodando.
Retirei um papel do meu bolso, onde estava anotado o endereço de minha nova casa, que só se diferenciava das outras pelo número. Poucos minutos depois finalmente a encontrei. Irritantemente sem graça como as outras.
Destranquei o portão com a chave que havia ganho e entrei no local. Por dentro conseguia ser ainda mais sem graça, cheio de branco e bege. Pelo silêncio, provavelmente a pessoa que iría morar comigo ainda não havia chego. Não que me importasse.
Fui logo até a escada, a procura do meu quarto. Era a primeira porta a direita, em frente a outro quarto igual, e entre eles ficava o único banheiro.
Meu quarto, como o restante da casa, era totalmente branco e bege. Uma merda. Joguei minha mochila em um canto, e retirei minha guitarra das costas para limpá-la e prepará-la para poder finalmente tocar. Isso iría me acalmar, aí não vou precisar de mais cigarros. Boa notícia, já que fico com um gosto horrível na boca quando fumo. E isso me deixa ainda mais irritado.
Talvez se minha vida não fosse extremamente irritante e inútil eu não ficasse tão irritado. Essas pessoas fúteis que só pensam em coisas inúteis como na roupa em que vão usar no dia seguinte, ou se aquele tal pessoa também gosta "dela" me irritam ainda mais. Às vezes me pergunto pra que é que existo. Mas pensar nisso também me irrita.
Ah, que se foda.
o.O.o.O.o.O.o.O.o.O.o.O.o
- Ino POV -
Finalmente cheguei na cidade de Konoha. É uma cidade bonita, bem arrumada e limpa. As pessoas também parecem bem simpáticas. Assim que cheguei um senhor já veio me perguntando se eu sabia onde ficavam as casas. Eu disse que sabia, o problema agora é encontrar a minha, já que são todas iguais.
Fui seguindo pelas ruas, olhando os números. A minha era a 101. Provavelmente não estou no lugar certo. Só vejo "cincos" por aqui. Suspirei, e fui me arrastando até a esquina, cansada.
Já estava sonhando com uma cama e um chuveiro, quando finalmente encontrei minha casa. O portão estava aberto, provavelmente minha nova "colega" já estava em casa. Abri minha bolsa, a procura de um espelho. Tinha que causar uma boa primeira impressão, e chegar descabelada não iría ser legal.
Sorri ao observar meu reflexo. Meus cabelos loiros ainda estavam bem presos em um alto rabo de cavalo, e por milagre eu estava sem olheiras. Qualquer um que me visse agora iría ter certeza de que sou apenas uma patty fútil, mas não sou nada disso. Apenas me preocupo com minha aparência. E, diferentemente das pattys comuns que vem pra Konoha a procura de um namorado (Ainda não sei porque, mas dizem que aqui tem muitos garotos bonitos.), eu vim apenas para estudar e tentar entrar nos meus tão sonhados cursos de designe e fotografia.
Já que estava apresentável, entrei. Por dentro também era bonita. Muito simples, mas confortável. Olhei ao redor, mas não vi ninguém. Bom, era melhor ir tomar um banho e dormir, quem sabe mais tarde posso ver quem é meu companheiro de casa, que provavelmente havia saído, ou nem chego ainda.
Subi as escadas e entrei no quarto da esquerda. Coloquei minha mala em cima da cama e peguei meu nécessaire, minha toalha azul-clara, roupas de baixo, uma calça jeans branca confortável e uma blusa azul escura de alças e fui até o banheiro.
Coloquei minhas coisas sob um banquinho ao lado da porta e me despi. Liguei o chuveiro, soltei meus cabelos e encostei a porta. Se a pessoa chegasse, provavelmente escutaria o barulho do chuveiro e não iría entrar. Não estava preocupada com isso, já que iría morar com uma garota. Lógico, nunca deixariam uma mulher e um homem que nem se conhecem para morarem na mesma casa, afinal, apesar de não estarmos dentro do colégio, isso continuava sendo um colégio.
Entrei no chuveiro. Suspirei ao sentir a água quente caindo sobre meu corpo. A viagem até Konoha me deixou realmente cansada. Depois de me lavar, desliguei o chuveiro, me cobri com a toalha e sai. Passei um creme com cheiro de morango nos cabelos e comecei a penteá-los.
Escutei passos do lado de fora do banheiro. Provavelmente a menina já havia chego. Doce ilusão a de que moraria com uma garota.
Não consigo nem imaginar como estava a minha cara quando ele entrou. Sem bater, provavelmente também achando que estava sozinho. A primeira coisa que vi foi um par de olhos verdes, contornados com lápis preto e cabelos ruivos. Poucos segundos depois também notei que ele estava apenas com uma cueca samba-canção. E que era o garoto mais gostoso que já havia visto em toda minha vida. Não só o peitoral extremamente definido, como também as pernas grossas e... Acho melhor prestar atenção em mim.
Estou apenas de toalha. E ele está me olhando. Não posso dizer se tem malicia nos seus olhos ou não, já que ele não demonstra expressão alguma.
E, sem dizer mais nada e nem esperar que eu comece a gritar com ele, ele saiu, sem nem fechar a porta. Não precisei nem me olhar no espelho para perceber que estava mais vermelha do que jamais estive. Bati a porta e me vesti o mais rápido que pude.
o.O.o.O.o.O.o.O.o.O.o.O.o
- Shikamaru POV –
Não posso acreditar que essa rockeira problemática está me fazendo limpar a sala. E ainda está sentada conferindo se faço tudo direito. É inacreditável. Mas o que posso fazer, já que ela consegue ser ainda mais assustadora que minha mãe? Exceto que minha mãe não consegue ser tão atraente quanto ela.
- Esqueci de perguntar. – Disse ela, cruzando as pernas. Ela só pode estar me provocando, não é possível. – Qual seu nome?
Ah, só agora ela se lembrou que eu tenho um nome. Sim, porque esteve até agora me chamando de criatura preguiçosa.
- Shikamaru. – Respondi, enquanto limpava o resto de molho que havia derrubado sobre a mesa no dia anterior, e que provavelmente, se Temari não tivesse chego, ficaria ali até o mês seguinte.
E eu não iría me importar.
- Pronto... – Suspirei, depois do que me pareceram horas, finalmente me atirando no sofá. Temari ainda me observava, agora sorrindo.
- Agora acho bom não fazer mais porquices. – Disse ela. – Você já almoçou?
É claro que não. Eu estava dormindo quando você chegou, não sei se você percebeu. E ainda estaria se não tivesse sido acordado.
- Não. – Respondi apenas.
- Então o que esta esperando? – Ela parece impaciente. Mas o que foi agora?
- Para o que? – Perguntei, mas já temendo a resposta.
- Para fazer o almoço, óbvio!
Não acredito.
Depois de dois anos morando sozinho e comendo miojo quase todos os dias, quando finalmente uma mulher vem morar comigo, ela quer que EU faça o almoço.
Mais uma vez: inacreditável.
- Fazer almoço é trabalho das mulheres!
Aposto que se ela tivesse uma arma teria atirado em mim ali mesmo.
- Que pensamento mais machista! – Reclamou ela, jogando as pernas sobre a mesa. Belas pernas, a propósito. – Você acha que eu pareço o tipo de mulher que sabe cozinhar?
Pelo menos agora teria companhia para comer miojo.
o.O.o.O.o.O.o.O.o.O.o.O.o
- Gaara POV –
Depois de tudo pronto, finalmente pude tocar algumas músicas. Consegui me acalmar um pouco, pelo menos não vou precisar daqueles cigarros horríveis.
Depois de tocar um pouco, ajeitei minha guitarra em um canto e fui tomar banho, já que a fumaça havia impregnado toda minha roupa.
Em apenas cinco minutos, terminei e fui até meu quarto. Olhei para minha guitarra e resolvi tocar mais um pouco antes de terminar de me vestir, já que não tinha mais nada de interessante para fazer. Mas antes disso, escutei passos do lado de fora.
Provavelmente a pessoa que iría morar comigo já havia chego. Escutei ela entrando no banheiro e ligando o chuveiro. Não importa.
Ajeitei minha guitarra no colo e comecei a tocar, e logo cantar:
"Tokei no hari wa sude ni san shuume ni totsunyuu
Kono heya kara dete ike yo iikagen
Nemurenai yo itsumo no you ni atama no naka isuwaru
Take away. Their existence. Take away. Their insistence."
"O ponteiro do relógio já entra na terceira semana
Saia deste quarto! Não consigo dormir de qualquer jeito!
Como sempre, você vai ficar imóvel dentro da minha cabeça
Tire. A existência deles. Tire. A insistência deles" (¹)
Parei de tocar. O barulho do chuveiro já havia parado, então provavelmente já podia entrar para escovar meus dentes e tirar esse gosto horrível de cigarro da minha boca.
Sai do meu quarto e fui até a porta do banheiro. Quando a abri, fui inundado por um forte cheiro de morango e aquela fumaça normal de quanto se toma banho quente. Como sempre tomo banho frio, não estou acostumado com isso, o que me irritou.
Depois de uns dois segundos consegui definir o que era o vulto, que na verdade não era um vulto, que me encarava.
Uma garota. Até ai, sem problemas. Certo?
Não.
Uma garota, loira, com uma escova de cabelos e cheirando a morango. O que isso significa?
Que vou passar um ano morando com uma patty fútil.
Como se já não estivesse suficientemente irritado por hoje.
Antes que ela começasse a gritar como uma gazela em perigo, virei de costas e sai. Afinal, para que escovar os dentes se ia fumar de novo?
.o.O.o.O.o.O.o.O.o.O.o.O.o.
- Hinata POV –
Depois de dois dias, finalmente estou saindo desse navio. Não posso reclamar da viajem, apesar de que fiquei um pouco enjoada... Pisar em terra firme, sem aquele movimento lento e enjoativo do navio foi uma sensação maravilhosa.
Uma enorme multidão passava por mim. Resolvi ficar em um canto, esperando toda ela passar para poder encontrar meu primo Neji. Até que o avistei, parado em um canto, me esperando. Caminhei lentamente pelos cantos até onde ele estava.
- Olá, Neji-kun. – Cumprimentei-o, mas sem receber resposta. Ele apenas se virou, fazendo sinal para eu segui-lo. Provavelmente deve estar irritado por ter que vir até aqui me buscar. Exigência do meu pai. E foi ele quem quis que eu viesse até Konoha para melhorar meus estudos.
Meu pai é dono de uma empresa multinacional, e desde antes de eu nascer já estava programado que era nisso que eu deveria trabalhar. O fato de que o que eu gosto mesmo é de escrever não muda em absolutamente nada. Não que eu tenha dito isso a ele, não quero preocupá-lo, muito menos irritá-lo.
Enquanto seguia Neji por entre as ruas planas, pude observar o quanto ele havia crescido durante esses anos. Agora seus cabelos estavam compridos e ele parecia ainda mais sério do que antigamente.
Vestia uma calça jeans preta, um all star também preto e um moletom bege.
Havia ficado muito bonito.
Ao contrário de mim.
Caminhamos por mais algum tempo, até finalmente pararmos em frente a uma casa branca, praticamente igual às outras, apenas um pouco maior.
Uma garota estava parada em frente à porta, e veio correndo nos receber assim que nos viu.
Ela era muito bonita, tinha seus cabelos castanhos presos em dois coques laterais e vestia uma saia jeans de pregas que caia muito bem com sua baby look lilás.
- Oi! – Disse ela, sorrindo. Sua voz era muito suave e afinada. Era a típica "menina perfeita".
Ao contrário de mim.
- Você é Hyuuga Hinata, certo? – Perguntou ela, enquanto abria o portão branco.
- S...sim.- Sussurrei. Maldita timidez.
- Você fica aqui. – Disse Neji. Sua voz também era muito bonita. Não era a toa que ele é o vocalista de sua banda. – Qualquer coisa, minha casa é a 502.
- Certo... – Murmurei. – Obrigada.
- Tchau moço! – Acenou Tenten, sorrindo, um pouco corada. Parecia interessada. Virou-se para mim, segurando minha mão e me trazendo para dentro da casa.
Por dentro também era muito bonita.
- Sakura! – Gritou ela, ao entrar. – Hinata chegou!
E segundos depois outra garota maravilhosa apareceu, descendo as escadas. Tinha lindos cabelos sedosos e rosados, caindo na altura dos ombros e um belo par de olhos verdes.
Usava um vestido rosa leve e sandálias rasteiras.
Eu nunca conseguiria usar roupas como as delas. As minhas são todas compridas e dois números acima do meu real. Me sentia melhor com elas.
- Bem vinda, Hinata-chan! – Disse ela. – Meu nome é Sakura.
- E eu sou Tenten. – Disse a morena, sorrindo e pegando minhas malas. – Deixa que eu carrego pra você. Os quartos ficam lá em cima.
E as segui até o segundo andar. Meu quarto era o mesmo de Tenten, onde dormiria em um beliche.
- Pode arrumar suas coisas no armário, e, se quiser, o banheiro fica ali ao lado. – Disse Sakura. – Vamos estar ali na sala, pode ir lá depois.
Agradeci e observei enquanto elas saiam do quarto. Que bom, elas parecem legais.
Agora sou um patinho feio no meio de dois cisnes.
o.O.o.O.o.O.o.O.o.O.o.O.o
- Neji POV –
Ótima idéia a do meu tio, de me fazer vir até esse porto repleto de novos alunos que chegam para se hospedar, apenas para buscar minha prima. Como se ela não tivesse capacidade de encontrar sua casa por conta própria.
Avistei-a no meio da multidão. Ela continua a mesma, com suas roupas largas e caminhar lento, de cabeça baixa. A tonalidade vermelha já virou parte de seu rosto.
- Olá, Neji-kun. – Sussurrou ela. A única diferença é que agora deixou seus cabelos crescerem. Perfeitos para ficarem cobrindo seu rosto sempre envergonhado.
Virei-me, fazendo sinal para ela me seguir. Acharia logo a casa em que ela iría ficar e voltaria para a minha, já que Naruto chegaria para morar comigo e Sasuke, provavelmente hoje.
Caminhei a passos rápidos pelas ruas. Já conhecia tudo muito bem, então facilmente achei a casa em que ela iría ficar. Uma garota bonita esperava em frente à porta. Eu sabia que não precisava trazer Hinata.
Ao nos ver, foi correndo até nós.
- Você é Hyuuga Hinata, certo? – Perguntou ela, enquanto abria o portão podre. Não sei nem porque tem portão.
- S...sim.- Sussurrou Hinata. Tímida como sempre. Essa menina parecia ser mais extrovertida. Talvez isso ajudasse minha prima.
- Você fica aqui. – Eu disse. – Qualquer coisa, minha casa é a 502.
- Certo... – Murmurou ela. – Obrigada.
Em seguida me virei, a tempo de escutar a outra garota se despedindo de mim. Interessante.
Poucos minutos depois, cheguei em casa. Provavelmente Naruto já havia chego. Melhor dizendo: Com certeza havia chego. Dava para escutá-lo da rua discutindo com Sasuke.
Tudo isso por causa de nossa banda. Já que Naruto era o guitarrista e Sasuke o baixista. Por essa razão Naruto se mudou, já que estava muito difícil só poder ensaiar nos fins de semana, que era quando Naruto podia vir para Konoha.
Entrei em casa e a primeira coisa que ví foi uma pessoa com uma blusa laranja subindo as escadas, e Sasuke sorrindo debochado no andar de baixo.
- Naruto acabou de chegar. – Disse ele, apontando para o segundo andar.
- Ótimo. – Disse. – Já podemos começar a aprontar as coisas para os testes dos novos integrantes.
- É. Ouvi algumas pessoas comentando que vieram aqui apenas para isso. Só espero que tenha alguém decente.
Concordei. Estávamos precisando de um novo vocal/guitarrista para ocupar o lugar de Shino, que saiu de nossa banda assim que terminou o terceiro ano para trabalhar com seu pai em outro país. O difícil agora era encontrar outra pessoa tão boa quanto ele.
Também estávamos à procura de um tecladista e uma vocal feminina, para mudar um pouco o estilo das musicas que tocamos.
Só espero encontrar alguém decente.
Continua...
N.A.: Vocês devem estar me achando maluca por estar fazendo outra fic sem terminar as antigas. /o E sou mesmo, mas fazer o que se a idéia para essa chegou antes do que deveria... Mas mesmo assim, pelo menos a "começou pela Internet" vou continuar atualizando sem falta XD. Eu até pensei em mudar um pouco os casais, mas acabei deixando os mesmos...
E por favor, deixem reviews, para eu saber se continuo ou não... (chantagem? O.õ talvez heauhe, mas só no primeiro capitulo n.n")
(¹) Essa música se chama "Existence" de L'arc en Ciel. Achei que a tradução tinha um pouco a ver com o Gaara do anime... é é muito boa n.n
