O germânico sobre o sofá, devorava o chocolate, enquanto mudava descontroladamente de canal, não a procura de um bom canal, mas só pra passar o tempo, um menino de traços ruivos, vinha acompanhado de um homem de traços iguais, o garoto vestia uma calça apertada jeans, e uma blusa solta em um tom claro de preto, e consigo carregava um óculos que escondiam sua íris negra, mas de tamanha beleza, quando o silêncio foi quebrado pelo garoto:
- Pai, me conta uma história, o papi Matt foi preparar algo pra comer
Mello ria ao ver a expressão doce do garoto, e sua inocência, apreciava tudo nele, além do mais de ser a cópia de seu amante.
- Bom, -disse desligando a TV- Vou contar uma história que Matt me contava nas noites que eu tinha um certo
- MEDOOO – Gritou Matt da cozinha, e riu sozinho- Era Medo James, puro medo...
- Matt cala a boca, era só receio... – disse o loiro sem graça – Mas então James, tudo começa na Alemanha, meu país natal, na época do Nazismo...
"Um menino com um pouco menos de 7 anos de idade, dono de uma íris azul e com os cabelos tão loiros quanto o da mulher que os acompanhavam, acabavam de chegar em casa, ao abrir a porta um homem com uma arma dispara 3 tiros, 2 na mulher a sua frente e um em si mesmo. O menino loiro, sai nas ruas, a procura de ajuda, ele grita desesperadamente, mas quando a ajuda chega, era tarde demais, ela estava morta, e um dos tiros havia atingido direto o coração, ela havia morrido com um crucifixo na mão. Só se ouviu 3 ultimas palavras da boca dela
- Mihael fuja, Fuja!
O menino agora acompanhado por um velho, foi levado a um orfanato perto de sua casa, pra ser mais exato a 2 quadras, no orfanato havia muitas crianças, mas no fundo mesmo podia sentir que elas estavam tristes como eu, tristes era pouco para o que nós sentíamos, ao chegar fui recebido por um garoto chamado Franzs, é muito simpático e também acabara de chegar fazia um pouco mais de um mês, que freqüentava aquele orfanato, e uma garoto de íris igualmente azul, Annegreth, mas chamavam a de Anne. Depois de algumas semanas já eram grandes amigos
- Mihael!
- Anne... – disse ele em um tom triste
- Ohh Mello, posso te chamar assim?
O loiro concordou com a cabeça baixa, com lágrimas escorrendo no rosto.
- Não fique assim, eu prometo que você ficara feliz aqui também, mesmo não tendo ela de volta, prometo pra você que eu vou ficar do seu lado até o fim dos meus dias...
Franzs estava chegando e ouviu a conversa no refeitório e disse:
- Eu também Mello, ficarei com você pra o que precisar, promessa de amigo.
Ao terminar a frase, Mihael, em abraçou os dois e disse:
- Pra tudo que precisarem pode contar comigo também, eu, er, gosto muito de vocês...
- Nós também te amamos Mello – disse Anne no mesmo tom doce de voz.
Semanas se passavam, e a cada dia pareciam se conhecer mais que nunca, eles era inseparáveis, passando-se um pouco mais de anos, veio a notícia que abalou as estruturas que já estavam quase firmes:
- Mello, Anne eu tenho uma notícia
- Fale logo Fran – Disse o loiro no meio de curiosodade acompanhado por Anne
- Eu fui adotado – de cabeça baixa começa a chorar, quando completa – Foi ir para América semana que vem, não sei ao certo aonde, mas...
Mihael deixava as lágrimas escorrerem involuntariamente, pensava em mil coisas em um segundo, mas nada daquelas coisas importavam agora, pois o seu melhor amigo, seu irmão, estava indo embora, talvez pra nunca mais se verem, talvez pra muito mais longe que pode se ver.
Anne já se entregava as lágrimas, caiu no chão sem forças nas pernas, como se a noção de tempo, espaço e normalidade, vocês embora pra nunca mais.
- Fran diga que isso não passa de um sonho, me diga Fran! – Anne já fora tomada pelo desespero
- Não Anne, é a mais pura realidade, a que eu estou com medo de enfrentar. Só tenho mais duas semanas- disse com o olhar longe e perdido.
- Fran, -disse Mello- quero que tudo de certo pra você, e que faça o que for melhor a fazer, mas saiba que nos te amamos muito demais.
- Obrigada Mello – deu um abraço no amigo- prometo que essas duas vão ser as melhores semanas. As melhores de suas vidas.
Assim foi se passando essas semanas. Os inseparáveis aprontaram várias, foram a praça escondidos, e ficaram no campo atrás bem atrás do orfanato, que era o esconderijo deles. Mas as semanas haviam terminado, e ele iria embora como essas semanas. Ao amanhecer Mello e Anne procuram o amigo pra dar-lhe o ultimo adeus.
- Onde esta ele, ?
- Desculpem crianças ele partiu ontem a noite, seus pais estavam em fulga.
Eles voltaram a chorar sem um adeus, sem nem um ultimo abraço, Anne não agüentou caiu, Mello a levantou e a protegeu em um abraço, mas a tristeza dele era espelhada muito bem nos olhos, que agora transbordavam, pediam por socorro. Anne nada podia dizer, foi como se tivessem arrancado uma parte dela, agora nos braços de Mello se sentia um pouco mais segura, e pediu-lhe:
- Sempre ficará comigo não é?
O silêncio tomou conta do local, ele não conseguia pensar em nada queria sair dali. Então por fim disse:
- Ficarei, e peço o mesmo a você – e num sussurro mudo disse – sou como um dependente seu agora
*Isso é só um começinho, minha primeira fic aqui*----*
