Título:This Is Not A Love Story

Autora: Nah

Sinopse: Arc ficlets Reituki. Ressaca, lojas de conveniência, fetiche em avião, são alguns dos problemas que Reita e Ruki enfrentam na rotina do relacionamento.

Casal: ReitaxRuki

Disclaimer: Eles não me pertencem u_u Mas a fic sim, então nada de plágio, cópia, publicação em outro lugar, mudança de nomes... Enfim, plágio é feio e uma hora você acaba sendo pego.

Avisos: Esse é um arc de ficlets que podem ser lidas separadamente, mas eu vou deixar todas em uma única fic, já que elas ambientam-se em fatos rotineiros do relacionamento entre Reita e Ruki, tendo uma pequena ligação uma entre a outra, talvez nem sequer notada.

Quase todas as ficlets desse arc são SAP, ou seja, altamente açucaradas. Então se você tem diabetes ou não gosta de muita melação, não sei se seria uma boa ler XD

Caso alguém não saiba, ficlets são fics de no máximo 1.200 palavras. As minhas normalmente não passam de 1.000 palavras.

São doze ao total.

O título eu adaptei (?) de (This Is Not A) Love Song do Nouvelle Vague. A versão original é do Sex Pistols, mas a do Nouvelle tem mais haver com o clima leve da fic.

A capa foi feita pela sakaki-san. Muito obrigada mesmo! *-*

POVs alternados. Começando pelo Ruki.

E não estranhem se em alguns momentos eles parecerem dois coelhos loucos pra transar.


01: E tudo começou com inocentes e amigáveis beijos

Sobre afeto entre amigos

-

Sorri, largado no enorme sofá confortavelmente, após o ensaio.

Os outros rapazes não estavam muito diferentes. Uruha estava bebendo, Aoi de olhos fechados com a cabeça no colo do outro guitarrista e Kai largado em uma poltrona, resmungando que deveríamos ter ensaiado mais.

Já Reita estava ao meu lado, distraído com a palheta entre os dedos, talvez exausto demais para pensar em fazer outra coisa.

Sem pensar muito e usando como desculpa o fato de estar igualmente cansado, me recostei contra o corpo dele, uma mão apoiada em seu joelho de forma displicente. E nesse instante era com se tivéssemos entrado em nosso mundo particular. Eu já não ouvia as reclamações de Kai e nem reparava mais na forma manhosa que Aoi se enroscava em Uruha.

- Você deve estar exausto – Reita murmurou, afagando meus cabelos carinhosamente e eu relaxei ainda mais, fechando os olhos.

- Um pouco... – respondi, minha voz saindo baixa. – Só estou esperando mais alguns minutos para criar coragem e ir pra casa – entreabri os olhos e deixe minha cabeça em um ângulo que pudesse fitá-lo, atento a sua expressão.

Ele sorriu para mim. E sem resistir - tão natural quanto possível - ergui meu rosto, roubando um selinho de seus lábios.

O baixista arregalou os olhos, mas logo tratou de esconder sua surpresa. Aquilo era comum entre nós. Inocentes selinhos entre amigos de longa data.

E de fato não havia segundas intenções naquela demonstração de afeto. Era como um abraço caloroso. Ou eu preferia pensar assim...

Ainda permaneci encostado ao corpo dele até finalmente decidir ir para casa. Me despedi dos outros e quando vi, Reita estava ao meu lado saindo junto comigo, mas não disse nada.

Caminhei com ele até o estacionamento e só quando cheguei ao meu carro, foi que notei que ele parecia hesitante, naquele jeito encabulado dele, suas mãos escondidas no bolso da calça.

- Você quer uma carona, é isso? – perguntei, contendo o riso e imaginando que ele não tinha vindo de carro.

- Não... – ele desviou os olhos, abaixando um pouco a cabeça meio sem jeito e rindo baixo em sinal de nervosismo. – Eu estive pensando em uma coisa esses dias...

- E o que seria? – perguntei arqueando uma sobrancelha, estranhando aquela reação dele.

- Lembra quando você me disse que não achava estranho amigos serem afetuosos um com o outro?

Contive o riso.

- Você está incomodado com o selinho que eu te dei agora pouco? Gomen, Rei-chan, eu achei que você não se incomodava, nunca disse nada a respeito...

- Não é isso... – Reita pareceu impaciente com algo, me deixando ainda mais intrigado. - Eu só queria saber se mais uma coisa podia estar incluída em demonstração de afeto entre amigos.

- O quê? – perguntei, meio aliviado por ele não ter dito que não queria mais os selinhos que eu roubava.

E observei ele hesitar novamente, dar dois passos em minha direção, retroceder os dois passos e avançar de novo, dessa vez com brusquidão, suas mãos segurando meu rosto, colando sua boca na minha.

Pausa para o meu momento de choque.

...

...

Okay... Akira estava me beijando! E não era nenhum beijo inocente. Em nada lembrava os selinhos castos que trocávamos.

Suas mãos ainda estavam em meu rosto, me impedindo de se afastar. Mas vamos ser sinceros, eu nem queria me afastar. Então após o choque correspondi ao beijo, meus braços envolvendo seu pescoço.

Nós separamos ofegantes e ele me olhou parecendo ainda mais incerto. Eu podia jurar que ele estava corado por debaixo da faixa e mais uma vez contive o riso, a sensação do beijo fazendo aquele friozinho gelado e gostoso se instalar em meu estômago.

- Isso ainda conta como algo inocente entre amigos, certo? – ele me perguntou e eu assenti mais do que depressa, ainda que soubesse que aquilo não era bem verdade.

Mas detalhes como esses podiam ser deixados para mais tarde.

- Completamente normal entre amigos...

- Ótimo... Porque eu vou fazer de novo – e antes mesmo que eu compreendesse a frase, ele já estava me beijando novamente de forma sedenta e me deixando sem idéia do que aquilo tudo significava verdadeiramente.

Nós separamos meio relutante e Reita encostou a testa na minha, a respiração colidindo contra meus lábios, seu polegar acariciando minha bochecha.

- Perfeitamente normal?

- Hai... – respondi sorrindo e roubando um selinho dos lábios dele. – Tão normal quanto abraços.

- Hm... – ele murmurou, me encostando no carro, novamente parecendo meio hesitante e desconfortável com algo.

E em um arroubou de ousadia, me vi perguntando, não contendo a minha linha de raciocínio.

- Só mais uma coisa... Se transarmos isso também vai continuar sendo algo normal entre amigos, certo?

- Absolutamente! – Akira me respondeu, com convicção, parecendo ter a mesma idéia que a minha.

- Então entra no carro – ordenei não contendo o sorriso malicioso.

E tão afoito quanto eu, ele respondeu no mesmo instante:

- Oka!


N.A: Sim, cada ficlet termina assim meio em aberto ._.

E o clima fofinho foi quebrado por esses dois pervertidos XD

Não sei se o Ruki dirigi carro. Ele disse em uma entrevista (e isso já tem um tempo) que só tinha licença pra moto. Mas vou fazer de conta que ele já conseguiu pra carro também, afinal isso é um ficção e blá, blá, blá...

Reviews são amor, okay? Então se leu, comente ^^