Prólogo.
Importância.
Por que, de alguma maneira sórdida e imprevisível, ele se viu completamente dominado pela ânsia de simplesmente fazer parte da vida Dela novamente.
Shipper: ItaHina/ShisuHina - ItaSaku/SasuHana.
Sim, essa Fic me pertence... Os personagens de Naruto Não.
O prólogo foi reescrito, assim como toda a Fic,por isso não se espante se encontrarem mudanças drásticas!
O moreno observou o exato momento em que o sedan preto estacionou na frente da mansão.
Era uma tarde de domingo e um de seus raros dias de descanso. O sol brilhava tímido no final da tarde, e uma brisa agradável balançava gentilmente as árvores que rodeavam a mansão Uchiha.
Seus olhos desviaram-se da paisagem para pousarem na morena que abandonava o carro naquele preciso momento. Ela usava um vestido tubinho de um rosa pálido que teria parecido sem graça em qualquer outra mulher, mais que nela era quase como um crime de tão sensual. Carregava uma clutch casual e um envelope pardo nas mãos, e desligou o telefone celular no momento em que Uchiha Mikoto despontou na porta da mansão como um furacão.
Ele pôde ver o sorriso delicado e afetuoso que se desenhou nos lábios da morena no momento em que outra a envolveu num de seus abraços de urso, e apesar da aparente timidez revelada pelo rubor em suas bochechas, ela retribuiu ao gesto com um sorriso sincero em seus lábios. Foi então que seu pai uniu-se a dupla, direcionando a desconhecida um sorriso polido de boas vindas e uma leve mesura que foi prontamente retribuída.
- oOo -
Hyuuga Hinata suspirou nervosamente quando o carro deslizou pela estradinha de ladrilhos que a guiariam para a mansão centenária da família Uchiha. Uma família tão tradicional, rica e antiga quanto à dela. Ela havia sido encarregada pelo próprio Hiashi de entregar os documentos de uma possível fusão nas mãos do patriarca Uchiha Fugaku, assim como o convite para o ániversario do pai.
Estava nervosa, e um pouco apreensiva com a possibilidade de conhecer os filhos do casal Uchiha. Havia sido apresentada a Mikoto e Fugaku num jantar de negócios reservado, e nas duas ocasiões havia sido a acompanhante do pai, encantando-se imediatamente com a efusividade quase infantil da matriarca e a doçura disfarçada de rabugice do patriarca. Era obvio que se tratava de um casal feliz e muito apaixonado apesar dos vários anos de casamento.
O celular tocou no momento em que estacionou o carro diante das portas da mansão, e um sorriso se desenhou em seus lábios ao ler o nome escrito no visor. Alguns segundos de relaxamento antes do derradeiro encontro.
- Hyuuga Hinata!
Silêncio, e depois um som de riso abafado do outro lado da linha.
- Sabe, você quase parece o seu pai quando atende o telefone desse jeito.
- Se eu te conheço tão bem quanto imagino, você não me ligou pra falar do meu pai Ino-chan... – Um sorriso desenhou nos lábios da morena. – Você quer saber sobre os irmãos Uchiha, certo?
A loira deixou que um riso divertido escapasse de seus lábios do outro lado da linha, o que aumentou ainda mais o sorriso da morena.
- Sempre direto ao ponto, certo espertinha!?
- Achei que tivesse dito algo sobre estudar na mesma escola que eles... Deveria conhecê-los melhor do que eu, certo?
A linha ficou silenciosa e Hinata estranhou a falta de uma resposta afiada. Quando enfim ia perguntar o que tinha acontecido, a voz de Ino encheu seus ouvidos.
- Digamos que eu estava impossibilitada de corresponder aos sentimentos deles naquela época.
- A sempre requisitada Yamanaka Ino, como eu poderia me esquecer?
Novamente aquele silêncio perturbador e tão pouco característico de Ino. Distraída, a morena desligou o carro, alcançou a bolsa e os papéis, e desceu do veículo.
- Naquela época eu estava mais para cachorrinho fiel, e depois abandonado.
A morena estava prestes a perguntar do aquilo se tratava quando a porta da mansão se abriu e Uchiha Mikoto a atravessou com um sorriso animado no rosto e um olhar de puro deleite.
- Mais tarde eu te ligo, e você vai ter de me explicar essa historia de cachorrinho abandonado Yamanaka!
A loira se despediu concordando e Hinata voltou sua atenção para a recém-chegada. No entanto, antes que pudesse curvar-se educadamente em uma mesura respeitosa como havia sido ensinada desde menina, os braços da senhora Uchiha a envolveram em um abraço apertado. A morena ficou em duvida apenas por um segundo, mais quando o cheiro de lírio invadiu suas narinas, foi impossível não retribuir ao gesto carinhoso da outra.
"Sua mãe cheirava a lírios, e dava abraços quentinhos como cobertores!"
Um sorriso desenhou-se em seus lábios, e reprimindo a vontade que tinha de chorar com a lembrança, a morena deixou-se ser abraçada até a chegada do Sr. Uchiha. A morena curvou-se respeitosamente para o patriarca uchiha, recebendo o mesmo tratamento em retorno e um sorriso miúdo nos lábios do homem.
- Oh, Hinata-chan... Que bom que pôde se juntar a nós para o jantar de hoje! – Mikoto disse enquanto a guiava para o interior da mansão. – Uma pena que Hiashi-sama não tenha podido comparecer.
- Otou-sama agradece o convite, e se desculpa pela desfeita... Minha Imouto tem a tendência de aprontar nos piores momentos possíveis!
Mikoto sorriu saudosa, ela sabia como um adolescente rebelde poderia se comportar por experiência própria. Mais Itachi, ou Sasuke jamais haviam tido a brilhante ideia de falsificar assinaturas nos boletins, ou incendiar o laboratório de química.
- Tenho dois meninos Hinata-chan... Sei bem como adolescentes podem ser terríveis!
A morena sorriu e permitiu-se ser guiada para o que parecia ser a sala de estar. O ambiente era decorado com cores neutras e de muito bom gosto, além da maravilhosa vista para o jardim da mansão. Havia uma enorme lareira de tijolos, estantes com livros, duas poltronas que foram prontamente ocupadas pelo casal Uchiha, e um sofá que foi indicado a ela.
Depois de conversas descontraídas com Mikoto, e de entregar o convite para a celebração do aniversario de 55 anos do patriarca Hyuuga, foi à vez de Fugaku lhe interrogar a respeito dos documentos que havia sido incumbida de entregar ao homem. Ela havia sido instruída uma dezena de vezes pelo pai, e o Hyuuga não admitiria erros de sua parte. Era a primeira vez que Hiashi lhe dava uma oportunidade e Hinata estava determinada a não desapontar o pai.
Mikoto havia os deixado a sós com a desculpa de buscar um chá e agilizar os últimos detalhes do jantar.
Fugaku examinava os papéis em completo silêncio já há alguns minutos, e vez ou outra lhe fazia alguma pergunta. Foi num desses momentos que a morena sentiu-se estranha, como se uma força mais forte do que qualquer outra coisa a atraísse, e no minuto em que aquela voz penetrou em seu cérebro, foi difícil se concentrar em qualquer outra coisa que não fosse respirar. Levou mais autocontrole do que ela imaginava para manter-se atenta apenas á Fugaku.
- Otou-san... - Fugaku levantou os olhos dos papéis, cumprimentando silenciosamente o recém-chegado. – Kaede-san disse que estava me procurando.
- Sim, sim... Preciso de ajuda para revisar alguns documentos enviados por Hiashi-dono. – Agitando os papéis, o patriarca pediu que o intruso se aproximasse. – A propósito, esse é Uchiha Itachi, meu primogênito.
O moreno se curvou, os cabelos cumpridos cobrindo parcialmente os olhos negros e um olhar travesso fixo na morena petrificada á sua frente.
- Itachi, essa é Hyuuga Hinata-chan, filha de Hiashi.
Quando os olhos perolados ergueram-se para o recém-chegado, a morena engoliu em seco e levou mais tempo do que gostaria para se recuperar do choque e esboçar um sorriso educado em forma de cumprimento. Aquele homem era a epítome da perfeição masculina e parecia saber exatamente a influência que exercia no sexo oposto. Havia um sorriso tranquilo esboçado em seus lábios, mais seus olhos pareciam se divertir com seu acanhamento e falta de palavras.
A morena corou e pigarreou tentando controlar-se. Não estava acostumada com olhares tão intensos quanto os daquele homem, por isso levou um susto quando Mikoto juntou-se á eles com uma bandeja repleta de biscoitos e chá.
- Oh, Aisuru... Vejo que decidiu se juntar a nós. –Mikoto disse ao filho com um sorriso nos lábios. – Vejo que já conheceu Hinata-chan! Uma jovem verdadeiramente encantadora, não acha?
- Sim, definitivamente encantadora! A morena desviou o olhar, sentindo-se acanhada com a atenção.
Um sorriso divertido se formou nos lábios de Itachi, enquanto a morena á sua frente corava deliciosamente. No entanto, seu sorriso travesso e repentino interesse na morena não passaram despercebidos á Matriarca Uchiha, e enquanto avaliava os olhares indiscretos que seu primogênito lançava á Hinata, uma ideia cruzava sua mente. Era arriscado, mais se seu plano funcionasse, seu querido bebê se livraria do amargor do relacionamento desfeito e em breve ela teria uma linda filha-nora.
Era perfeito demais para dar errado!
2 Anos Depois
- Eu quero o divórcio.
- Por quê?
Ela manteve-se quieta e de costas para ele, suas pálpebras fechadas enquanto aguardava as palavras do homem sentado confortavelmente na poltrona da sala, preces silenciosas ecoando por sua mente, implorando que aquelas palavras fossem apenas fruto de sua imaginação, e que Itachi a abraçaria e beijaria enquanto afastava seus temores em relação aquele casamento fictício e desprovido de calor e sentimentos, no entanto, por longos minutos ela teve apenas o silêncio em resposta.
Um silêncio que a fez compreender tudo!
As palavras sussurradas pela mulher eram um reflexo dos próprios pensamentos dele durante os dois últimos meses, mais ainda assim foram incômodas, por uma razão que ele não queria pensar agora. Girando o copo de uísque displicentemente, o moreno a observou por longos minutos, tentando entender a súbita coragem da morena. Sua esposa era o tipo de mulher submissa e recatada, e irritava-o saber que seu poder sobre ela estava com os dias contados, que de alguma forma isso mudaria com a separação iminente e que eventualmente outro teria a posse absoluta sob aquela mulher.
Quanto á isso ele não tinha duvidas... Hinata era boa demais pra ficar sozinha por muito tempo!
- Por que eu lhe daria uma razão?
Ele perguntou, e o sarcasmo em sua voz era um claro aviso de que o assunto o estava irritando, entretanto, nem mesmo o mau-humor de Itachi a impediria de conseguir o que desejava naquela noite. Notando a súbita tensão da esposa, o moreno a encarou, esperando pacientemente que ela continuasse.
- It-tachi, e-eu... Ela murmurou, derrotada.
- Você não cansa de ser sempre a segunda opção!?
Os olhos perolados se arregalaram e a morena soube instantaneamente ao que ele se referia. No fim das contas, Itachi nunca havia feito segredo dos sentimentos, ou da falta deles quando se tratava da esposa. Por meros segundos as lágrimas e o semblante derrotado da morena o abalaram, e por mais cruel que pudesse parecer, ele simplesmente precisava saber que ela estava magoada com aquele rompimento, por mais previsível que ele fosse.
Hinata era uma mulher inteligente, e deveria saber que eles nunca dariam certo juntos!
-Eu esperava qualquer coisa de você, menos isso. – Com lágrimas nos olhos, ela completou. - Você é um monstro insensível Itachi.
- Sim, sim... Que seja! Ele abanou as mãos em pouco caso, seus olhos fixos nas chamas da lareira.
E sem mais palavras, a morena abandonou a sala e correu escada acima. Era uma questão de tempo até que ela arrumasse as malas e saísse da casa, ele sabia disso. Estava satisfeito com a decisão que havia tomado, e a única coisa que podia fazer por Hinata naquele momento era lamentar. Era nítido que estava sofrendo, e ele sabia que aquele sofrimento era resultado de sua natureza romântica e fantasiosa, mais quanto antes ela entendesse que o mundo não era colorido e que eles não viviam em um conto de fadas, melhor.
No fim, aquele casamento havia sido uma das tentativas frustradas de Mikoto de provar que ele poderia continuar vivendo sem a mulher que realmente amava! Uma união que ele deveria ter tido o bom senso de rejeitar, ao invés de envolver e magoar uma pessoa doce e meiga como Hyuuga Hinata.
Alguém que Itachi sabia não merecer o que estava sentindo naquele momento.
Os capítulos dessa e de outras de minhas demais Fic's estão sendo reescritos, esse é o primeiro e vou tentar cumprir o prazo de um capitulo a cada duas semanas!
Desisti de seguir de onde parei, estava impossível continuar e acabei me frustrando.. A ideia de reescrever está se mostrando verdadeiramente proveitosa e eu tenho conseguido manter uma constante... Espero que a fase de Hiatus tenha passado.
Bjos & Até o próximo!
