A CULPA VAI MATAR VOCÊ
Se ela não te matar primeiro
N/A: Esta fic foi escrita sem pretensão alguma. Bem, talvez, ganhar alguma coisinha no III Challenge da Irmandade Slash do Grimmauld Place. Mas não levem o Sirius tão a sério. Até por que ele seria aquele tipo de pessoa que faria o trocadilho: "Why so Sirius?"
Nenhuma alma caridosa quis ser minha beta-reader, então qualquer erro é de minha responsabilidade.
Harry Potter e toda sua patotinha (sim, eu uso gírias de velho, morô?) não me pertecem, ou eu não estaria publicando fanfics, e sim LIVROS.
Esse primeiro capítulo é só uma prévia do que estar por vir. Não me matem por ele ser minúsculo e não dizer quase nada. Mas eu o achei bem batuta (gíria de velho 3).
Eu adoro o subtítulo dessa fic, dik.
1. Voyeur ou não ver? Eis a questão
Tudo começou há quatro meses atrás, quando vi James fazendo coisas que não deveríamos fazer no nosso trabalho ou em qualquer outro lugar público. Por tudo, entendam meu caso com James. E por coisas, entendam masturbação. Não que eu nunca tenha percebido ele se tocando por baixo do cobertor à noite, quando ainda freqüentávamos o colégio interno. Mas daquela vez foi diferente, pelo simples fato de eu o ter visto um pouco antes com um material muito suspeito. Uma revista gay. Muito suspeito, pra quem é casado com uma mulher. E eu nem dei a chance dele se explicar, por que ele não percebeu, então preferi fingir que não vi nada.
É claro que eu não o interrompi. Não me faltava inconveniência, e provavelmente nunca vai me faltar, mas eu sei o quanto é ruim ser atrapalhado nessas situações. Então me limitei a observar e a ficar estranhamente com tesão. Ok, não é tão estranho, já que ver alguém se masturbando é realmente excitante – não que eu seja um voyeur tarado, quero deixar claro. Mas era esquisito endurecer vendo seu amigo se masturbando, e, imagino eu, com uma revista gay.
Então eu passei a freqüentar a sala de James todos os dias, mais ou menos no mesmo horário. Não que ele fizesse "as coisas" sempre. Mas era divertido vê-lo tentar e o telefone ou uma batida na porta o interromper. E quando não era divertido era muito excitante, ou seja, eu sempre saía lucrando. Ah, eu faço questão de descrever como eram esses meus felizes dias só para vocês comprovarem o quanto tudo era muito simples. Não sei como ninguém nunca o pegou no flagra, porque ele não era nem um pouco cauteloso.
Havia um canto entre a sala dele e a vizinha onde havia um vaso gigante. Atrás desse vaso cabia tranqüilamente uma cadeira (na verdade aquele canto era muito freqüentado por casais, mas depois que me descobriram com Marlene Mckinnon todo mundo parou de usar. Então nunca iriam desconfiar que eu voltaria para a cena do crime. Não depois daquelas malditas horas extras). Todas as salas do escritório tinham só vidros e persianas, que James fechava sem o menor cuidado com uma mão já dentro das calças. Eu podia quase sempre vê-lo se masturbando por entre as frestas. Ele se sentava na frente do computador e com descuido ficava se tocando. E ninguém podia me ver. Confesso que nas primeiras vezes eu estava muito chocado, preocupado e confuso para me tocar também. Mas depois... Por mais que...
Melhor, antes de confessar quero dar um aviso. Isso é um segredo entre nós. Não quero que saiam espalhando pelos quatro ventos coisas que eu não digo nem pra mim mesmo. Mas o fato é que, por mais que eu tenha fama de garanhão (e seja mesmo um) eu não tenho uma fila de mulheres a minha disposição. Então às vezes eu tenho que me virar sozinho. Todo homem tem, óbvio. Talvez não sempre, feito o Peter, mas todo homem às vezes precisa se dar uma mãozinha.
Logo as sessões de sexo individual do James não eram tão solitárias assim. E sabem do que mais? Eu adorava o fato de ele não saber que era observado. Por que se ele soubesse iria ficar todo travado (E realmente, quando soube ele ficou. Mas eu estou adiantando as coisas).
Digamos que James não era nada criativo. Ele começava colocando a mão na virilha como se estivesse alguém o vigiando (mal sabia ele que tinha mesmo, hehe). Depois ele desafivelava o cinto e abria o zíper. Clicava algumas vezes até achar o site certo (no mínimo um site gay) e então se massageava com pressa sobre o pano da cueca. Só quando já estava de pau duro é que se levantava e fechava as persianas. Nessa hora eu tinha que procurar espaços entre todo aquele plástico vagabundo de que eram feitas as persianas. Podia ver o perfil de James tocar na cabeça molhada e rosada do pau, socar algumas vezes, sem preliminares e todo esse romantismo barato que as mulheres exigem. No seu ritmo, ele se masturbava até gozar na mão fechada.
Nunca vou esquecer do rosto dele ao chegar no final. Ok, durante ele fazia umas caretas bem estranhas. Mas quando gozava ele fechava os olhos e sorria igual um idiota. Era uma cara bem parecida de quando eu contava uma piada. O nariz enrugado, as bochechas vermelhas e, quando ele finalmente terminava (seja de rir ou gozar) o deleite se espalhava por todo o rosto, e ele caía esparramado onde estivesse. E eu adorava, adorava, adorava vê-lo daquele jeito.
"Quando nós vamos ter o tempo de sermos apenas amigos?
Nunca é seguro para nós nem mesmo à noitinha
Porque eu tenho bebido"
N/A 2: A música, que se encontra dividida em trechos no fim de cada capítulo, é Just Friends, da minha eterna musa Amy Winehouse.
