Disclaimer: Naruto © Kishimoto Masashi e os seus aliados do mal.

nota¹: Neji's centric.

nota²: Presente para Sra. Black x3

nota³: Essa fic não foi betada.


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Epílogo

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E pela última vez ele tentou. Puxou o ar com força, mas os pulmões falharam. Pela última vez lembrou-se de tudo que havia passado.

Ponderou e esqueceu. Não havia mais lembranças.

Um vazio significativo, tão conhecido que machucava. Tão intenso como jamais havia sido.

E então finalmente deu-se conta do que faltava... E se alegrou. E sorriu.

Mas a dor cruciante não havia terminado.

Deu-se conta. E entristeceu. E novamente doeu, mas doeu de uma maneira nova.

Muito Pior.

Então, pela primeira vez não conteve as lágrimas. Lágrimas que jamais teve a oportunidade de derramar.

E estava completo quando quebrou.

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Capítulo Cinco: Do arrependimento.

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Não havia arrependimentos. Nem tendência a eles. Nenhum.

O coração fechado, duro e solitário como foi durante toda a vida. Mas haviam os sorrisos dela guardados na memória. Os lábios da outra que ele podia sentir ainda doces e cálidos. As mãos quentes em seus cabelos.

Mas ele não se arrependia. Ordens devem ser cumpridas. Pessoas devem ser deixadas. Corações e almas são menos importantes do que a honra, infelizmente são também mais frágeis.

E fitando o corpo nu da terceira imaginava a pele de alabastro, ou a pele dourada à descansar ao seu lado. Mesmo assim, não havia arrependimentos.

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Capítulo Quatro: Das despedidas

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E daquele modo podia contar cada lágrima brilhante que rolava dos olhos.

Dos olhos dela. Os olhos dele eram secos, tal qual a alma. E com um sussurro em desespero ela pediria que ficasse, mais um dia, mais uma noite, mais uma hora, mais um beijo.

E ele diria não. E partiria com a certeza de que aquilo era o certo à ser feito. Porque despedidas nada mais eram do que adiamentos do que estava por vir. Já era tarde demais para pensar em ficar.

Tarde demais para eles. Tarde demais para ela.

Partiu, por fim, para não mais voltar.

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Capítulo Três: Do Amor

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Apenas no corpo dela reencontrava a paz.

Apenas nos olhos dela via a alma refletida, e não gostava do que via. Via a casca vazia em que havia se transformado, em contraste com o amor que transbordava dos olhos dela. Do corpo dela.

Tudo era amor, basicamente, tudo o que ele poderia desejar era o amor.

Mas não desejava. Possuía.

E nem ao menos dava-se conta disso.

Um bastardo que não havia perdido o orgulho. Um canalha que escutava as promessas que ela fazia em vão, sabendo que nunca a retribuiria. Nunca soube de amor.

Nunca entendeu o significado dele.

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Capítulo Dois: Do Orgulho

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E ergueria os olhos fitando qualquer um que fosse com desprezo.

Era melhor do que aquilo. Era melhor do que qualquer verme daqueles jamais poderia ser. Os vermes o chamavam amigo.

Não eram dignos de trata-lo como igual. Criaturas inferiores, insetos que precisavam ser eliminados para o crescimento.

Ele poderia estar mais errado?

Não. Neji aprendeu. Engoliu o orgulho e a razão pelos amigos. Pensou que poderia ser feliz daquele modo. Seria preenchido daquela forma, seria recompensado, seria inteiro.

Estava enganado mais uma vez.

Aqueles dois não conseguiam completa-lo. Faltava algo essencial. Faltava um pedaço importante.

Alma.

Mas sobrava orgulho.

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Capítulo Um: Do Vazio

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Baixou o rosto. Podia ouvir um leve murmurar.

Tocou o peito, sentiu os batimentos. Ouviu o eco quando algo foi quebrado.

Haviam arrancado dele a força, brutalmente como sempre agiam.

Tocou a testa. Ardia e machucava mais do que nunca, porque ele era o seu remédio, e ele havia sido tirado de Neji.

Não conteve uma lágrima. Se odiou por isso.

Era uma ferramenta, uma arma. Nada mais do que isso.

Tocou o peito e sentiu os batimentos... Mas era tarde demais, já não havia mais nada. Havia se quebrado para sempre.

Quando levantou o rosto, não mais uma criança.

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Prólogo

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Tudo aquilo iria acontecer. Uma hora ou outra qualquer. Melhor de uma vez.

— Papai...

O apelo foi baixo.

Não houve resposta. Apenas os olhos aflitos de Hizashi, que não combinavam com o sorriso seguro. Seguro para ajudar Neji. Para Hizashi havia apenas a certeza de que aquele momento estaria na mente do filho enquanto ele vivesse.

Um ancião se adiantou. O menino fechou os olhos.

Doeu.

Ele não gritou, ou chorou porque o pai estava por perto. Mas quando Hizashi saiu, deixou as lágrimas correrem.

Neji. Guardião da pequena herdeira do clã.

E Neji conteve as lágrimas, pela primeira vez.

— fim —


na: Bah, eu gostei dessa fic n.n/ Dedicada à Sra. Black x3 que eu espero que goste da fic \òó9 É difícil não escrever um casal pro Neji, portanto ficam as insinuações, de quem vocês quiserem babys (y)

Tudo em forma de drabbles, fikdk :*

xoxo

KaoriH