Capítulo 1

Recordações

Os primeiros raios de sol entravam pela janela e teimavam em ficar em seu rosto, como um aviso de que já estava na hora de levantar. No entanto, com a preguiça que estava era muito mais fácil os porcos voarem do que ela se levantar e ir fechar as cortinas, então achou muito mais fácil colocar o travesseiro sobre o rosto.

Ela não estava dando a mínima importância para que dia fosse ou deixasse de ser, por ela, passaria o dia inteirinho na cama.

-Ginny? Filha, você já acordou, querida? – Sua mãe havia acabado de invadir seu quarto, sem bater na porta, ou pedir licença para entrar.

- Não, mãe, eu ainda estou dormindo, mas já que a senhora resolveu invadir o quarto, por que não tenta se redimir fechando as cortinas? - Ela disse irritada,a voz abafada graças ao travesseiro que ainda cobria seu rosto.

Mas será possível que nem no seu quarto poderia ter um pouco de paz e sossego? É claro que isso seria bem mais fácil se ela não fizesse parte da família Weasley. A grande família Weasley.

-Ginny levanta,minha filha, já está na hora de acordar! - Molly se aproximou mais da cama da filha e quando chegou perto o suficiente arrancou o travesseiro do rosto de Ginny, dando de cara com uma ruiva de cabelos bagunçados e o rosto inchado.

-Mãe! Quer fazer a gentileza de me devolver a merda do travesseiro? – disse mais irritada ainda, tentando cobrir o rosto do sol, enquanto sua adorável mãezinha tinha uma expressão divertida no rosto.

-Olha como você fala com a sua mãe, Ginevra Molly Weasley! E vamos levantando, mocinha, porque o Harry está te esperando lá embaixo impaciente!

-O quê? O Harry ta aqui? Mas nós não marcamos nada para hoje.

-Filha! Primeiro dia de aula, esqueceu?

-Quê? Droga! Por que a senhora não me avisou logo?? - ela deu um pulo rápido da cama e foi correndo para o banheiro. Como pôde esquecer do primeiro dia de aula? Tirou a camisola e se jogou debaixo do jato de água quente.

-Sinceramente, filha, não sei para que esse alvoroço todo! Ainda são sete e meia da manhã e a aula só começa às dez. Parece que nasceu de 7 meses,credo!

-Ai, mãe é que nós ainda vamos passar em lugar e de lá vamos para escola!!

-Tudo bem! Não precisa gritar, eu não sou surda! Eu vou descer e tentar acalmar o Harry para você.

-Valeu! – ela saiu do banheiro com os cabelos molhados pingando por todo o quarto. Vestiu seu roupão branco com as iniciais GW, que sua mãe havia bordado, enquanto se dirigia para o seu guarda roupas à procura do seu uniforme.

Era justamente nessas horas de procurar o uniforme,que Ginny se perguntava: pra que tanta roupa? Ela já estava impaciente jogando tudo no chão, e pensando seriamente em ir pra escola apenas de calcinha e sutiã, quando finalmente o achou. Bem no fundo do guarda roupas todo amassado, mas ainda sim,um uniforme.

-Droga, pior que não dá tempo nem de passar... Ah, que se dane!

Ela vestiu a saia, a camisa, mas estava tendo um pequeno problema com a gravata. Será que nunca ia aprender a dar um nó?

Resolveu deixar a gravata de lado e começou a se preocupar com seus cabelos. Todos os dias em que ia se pentear,dava graças a Deus por ter um cabelo liso, não que achasse cabelos cacheados feios, apenas... não se daria bem com eles.

Prendeu os cabelos em um rabo-de-cavalo deixando a franja de lado. Passou gloss nos lábios, nos olhos,rímel e lápis. Estava mais do que bom! Pegou sua mochila sobre a escrivaninha e deixou seu quarto,descendo as escadas mais do que depressa.

Quando chegou na sala,se deparou com um rapaz alto,moreno, e com belos olhos verdes que pareciam estar furiosos com ela.

-Nossa,Ginny, achei que não fosse mais levantar! Por acaso você esqueceu que o primeiro dia de aula é hoje? – disse Harry,passando as mãos pelos cabelos

-Qual é,Potter! Não me olha assim,vai! Eu esqueci, tá legal? Isso acontece com todo mundo! E,além disso,eu já estou pronta, não estou?

Ela andou até a porta e quando ia girar a maçaneta foi interrompida por Harry,que tinha um certo tom de graça na voz:

-O que foi, Potter? – ela se virou impaciente,cruzando os braços – Depois você fala que eu é que te atraso!

-Ta bom, se você quiser ir para escola descalça,por mim tudo bem!

-Harry, pelo amor de Deus eu já estou calça... descalça? – Ela olhou para os pés com tanto espanto que Harry chegou a pensar que ela havia se deparado com qualquer animal asqueroso

-Olha,Ginny, por que você não vai calçar algo ao invés de ficar olhando para seus pés? Até uma havaiana serve, mas vai logo!

-Ok, eu já volto!! - ela subiu as escadas correndo, deixando um Harry com uma vontade enorme de rir para trás.

Só aquela ruiva mesmo! Harry várias vezes havia sido pego por si próprio pensando em como fora arrumar uma amiga tão maluquinha como Ginny! Maluquinha? Não, maluquinha era elogio! Tava mais para uma doida varrida mesmo!

Ta legal, a quem ele estava querendo enganar?

Aquela ruiva podia ser maluca, ou doida varrida, mas ele não podia negar que Ginny era uma pessoa maravilhosa, era esperta, corajosa, leal aos amigos, e também era muito bonita.

Ela era uma bela jovem com seus 16 anos de idade, 1,60 metros de altura, cabelos ruivos e lisos que iam até a cintura, e que combinavam muito bem com sua pele branca com pequenas sardas.

Com belas curvas e seios fartos, que, sem dúvida alguma, deixariam qualquer um a ponto de fazer qualquer idiotice para namora-lá, ou mesmo ficar com ela.

E como se já não bastasse, era líder de torcida. Ou seja, líder de torcida era igual a popularidade, o que era igual a garotos, que era igual a dor de cabeça para Harry Potter.

Muitos invejavamHarry por ele ser amigo dela, por poder beijar seu rosto, por poder abraça-la e até por conversar com ela.

Sem dúvida, os garotos de Hogwarts dariam tudo para serem amigos dela. Harry deveria se considerar um rapaz de sorte por ter a amizade de uma das garotas mais populares e belas da escola. Mas quem disse que ele se importava com isso? Para ele, Ginny era como sua irmã, e ter sua amizade era mais que satisfatório, independente de sua popularidade

-Harry?

Ginny estava estralando os dedos na frente de Harry há um bom tempo, mas ele parecia estar hipnotizado! Não movia um músculo sequer.

-HARRY!!

Ela deu um berro tão grande que com toda a certeza deu pôde ser ouvido da casa do vizinho. E é claro, o tirou do transe.

Ele balançou a cabeça negativamente como que para acordar, e foi quando se deu conta da ruiva que estava se esgoelando na sua frente. Ele riu.

-Já está ai, foguinho? Então,acho que já podemos ir?

-É,Harry, já podemos ir! Sinceramente, depois você fala que eu é que vivo no mundo da lua! Pottinho! – ela disse rindo, enquanto Harry a empurrava para fora de casa, ao mesmo tempo em que lhe fazia cócegas por trás em sua barriga.

Eles riram juntos gostosamente. Até pareciam um casal, aliás um belo casal. (N/A: não resisti, desculpem!) (N/B: claro que ela não resistiu roll eyes)

-Entra aí, ruiva! Já estamos atrasados! – disse ele entrando na Ferrari vermelha.(N/B: roll eyes, típico da Sah) Ele pôs o cinto de segurança e já estava pronto para sair, mas Ginny não pusera sequer um pé dentro do carro, estava ocupada demais arrumando seu cabelo no reflexo da janela. – Ginny, será que dava para você entrar no carro?!

-Tá bom, tá bom! Tô entrando – ela disse,levantando as mãos em sinal de rendição, entrou no carro, e assim queela pôs o cinto, Harry deu a partida.

Ficaram um bom tempo em silêncio, enquanto o carro rodava pelasbelas ruas de Londres.

- Então, Harry? – ele olhou de canto para ela, enquanto ela parecia conferir algo dentro de sua bolsa – Está ansioso com o primeiro dia de aula? – disse ela,agora olhando para ele.

-Sinceramente? Nem um pouco – ele disse,dando de ombros.

-Sério? – ela perguntou,espantada. Não parecia isso. Há pouco ele estava todo apressadinho, como se fosse o fim do mundo e agora esse desânimo todo? – Por quê? Quero dizer, você sempre foi o mais animado com essa coisa de primeiro dia de aula, graças a aquela zoação toda que vocês fazem com os novatos. Por que isso agora?

Ela olhava curiosa para ele esperando uma resposta, mas ele não dizia nada, nem sequer olhava para ela.

Ele só falou e olhou para ela quando o carro finalmente parou.

-Chegamos, Ginny – ele disse saindo do carro e em seguida foi abrir a porta para ela descer – me desculpe se eu fui frio com você, é que eu não estou muito animado hoje.

Ela olhou confusa para ele. O que estava acontecendo?

- Harry, você está pálido! O que houve? Até há pouco você estava tão bem. O que aconteceu? – ela perguntousegurando a mão dele,enquanto olhava-obem.

Tinha algo errado ali, Harry não era assim, cabisbaixo como estava agora. Pelo contrário, ele era uma das pessoas mais alegres que Ginny já havia conhecido.

-Não é nada. Vamos? – ele disse, puxando a ruiva pela mão.

Só agora Ginny havia se dado conta de onde estavam. Por um momento ela esqueceu que iriam para aquele lugar. O lugar que era só dos dois.

Quanto mais eles andavam,mais recordações chegavam em sua mente, momentos agradáveis, tristes, alegres.

Ela nem havia reparado que eles tinham parado, só percebeu quando sentiu a mão quente de Harry deixando a sua.

Estavam embaixo de um enorme carvalho, que era muito familiar para ambos. Aquela grama verde e macia, o cheiro das árvores, o silêncio que era cortado apenas pelo canto dos pássaros e pelos murmúrios que chegavam com o vento. Era tudo tão maravilhoso... exceto por uma coisa.

-Harry...

-Se lembra de quando nos conhecemos, Gin? – ela olhou para baixo. Lá estava ele, sentado, encostadinho ao carvalho, olhando para a paisagem mais bonita que já haviam visto enquanto jogava pequenas pedrinhas ao longe.

-Lembro... - ela sentou ao seu lado, apoiando a cabeça no peitoral bem definido de Harry,disse: – Claro que lembro.

XXXXXXX FLASHBACK XXXXXXX

Eram apenas oito horas da manhã em plenodomingo e a família inteira já estava de pé, terminando de arrumar as poucas malas e caixas que ainda restavam para que concluíssem a mudança e fossem para sua nova casa.

Ginny não estava muito feliz com a idéia de se mudar, afinal, passara quase toda sua vida em Nova York, e não sabia se iria se adaptar em outro lugar. Deixaria sua escola, seus amigos.

Por que seu pai não podia comandar seus negócios de NY mesmo? Por que ela tinha que ir para Londres, do outro lado do Oceano?

Ela estava terminando de arrumar sua última mala quando bateram na porta doquarto.

-Gin, sou eu, posso entrar?

-Só um minuto – ela fechou o zíper da mala e foi abrir a porta. Era Rony, seu irmão. – Entra,Ron.

-Vim ver se precisava de ajuda com as malas – ele olhou em volta do quarto e disse pousando o olhar sobre airmã – mas vejo que você já terminou.

-É... já terminei – Ginny sentou–se em um baú, junto às outras malas e fechou a cara. Ron se aproximou mais da irmã e sentou ao seu lado,passando o braço sobre os ombros seus ombros

-Qual é,Gin? Não fica assim,vai. Você já pensou que pode ser legal? Eu tenho certeza que você vai gostar de lá, a escola para a qual nós vamos é super legal, você vai fazer muitos amigos,tenho certeza.

No ano anterior, Ron fizera um intercambio paraLondres, e aproveitando a mudança, pediu que os colocasse na escola em que ficaradurante sua estadia lá. Ele já havia mandado e-mails e cartas avisando aos amigos que fizera lá, e todos já o estavam esperando,impacientes, segundo as respostas que ele recebia todos os dias.

-Pra você,sem dúvida alguma vai ser ótimo, já fez vários amigos lá...

-E pode ter certeza que eu vou te apresentar para todos eles.

Ron e Ginny sempre foram muito unidos, por terem quase a mesma idade, e por serem, dos 7 filhos de Arthur e Molly Weasley, os mais novos. Ginny sempre foi a queridinha da família, por ser a única mulher e na maioria das vezesse sentia irritada com isso, pois seus pais e seus irmãos agiam de forma super protetora com ela,o que a levava a cometer suas pequenas loucuras. Sim,pequenas,porque afinal,ela só tinha 10 anos, não podia sair matando todos por ai.

-Ron, me explica de novo como são divididas as turmas nessa tal Hogwarts, porque eu ainda não entendi – ela disse sorrindo. Tinha que dar uma chance a seu irmão, afinal, ele estava tentando ajudá-la e ela não estava mostrando nenhum interesse. Ele riu, e começou a explicar para sua irmãzinha.

-Hogwarts, não é como aqui, ondeas séries são apenas divididas em turmas. Lá tem apenas um primeiro ano, um segundo e assim sucessivamente,até o sétimo ano, que é quando se você tira notas altas pode ser mandado para a faculdade de Hogwarts.

- Tá, e como é aquele negócio com as... Casas? Aquele negócio de Ravenclaw, Slytherin, Gryffindor e ... Hupplepluff mesmo?

Ron riu.

-Não é "Hufflepuff", Gin, é Hufflepuff.

-Tanto faz! – ela deu de ombros.

-É claro que não! Cada Casa tem um significado! A Hufflepuff por exemplo, preza os que trabalham muito, pacientes, amigos leais e justos, a Ravenclaw é por sua inteligência, e finalmente a Casa mais importante,a Gryffindor, que é conhecia por sua coragem, esperteza e lealdade. – Ele disse, inflando peito,pois havia sido selecionado para aquela casa, que por sinal era onde estavam a maioria dos seus amigos.

-Ron, você esqueceu uma... a Slytherin.

Rony deu de ombros, e fazendo pouco da questão levantada pela irmã disse:

-Ah, é. A Slytherin, que é conhecia por sua burrice, covardia, lerdeza e deslealdade.(N/A: nada contra a Slytherin, viu??) (N/B: acho bom mesmo, viu?) – ele disse com um certo tom de desprezo na voz, o que fez Ginny ficar surpresa. As outras Casas só recebiam elogios, e Slytherin só criticas? Ela já sabia para qual Casa não queria entrar.

- Sério, Ron? – Ron percebeu o assombro no rosto de Ginny e rindo, falou:

- Nãã! É que a Slytherin e a Gryffindor sempre foram rivais, mais ela não é de todo ruim, algumas pessoas se salvam. O meu amigo Draco por exemplo, ele é de lá e é um cara legal... pensando bem, eu não sei porque ele não caiu na Gryffindor... talvez por sua família inteira ter caído na Slytherin... – ele disse mais para si do que para Ginny, que já estava confusa com todas aquelas informações. Ele se levantou e se dirigiu para a porta do quarto. Quando ia girar a maçaneta disse:

- Acho bom descermos,ou a mãe virá nos buscar pelos cabelos – ele viu Ginny ficar triste de novo e tentou mais uma vez – Confie em mim, você vai gostar.

E dizendo isso, saiu do quarto,deixando Ginny sozinha.

-Veremos... – ela pegou sua mala, dirigiu-se para a porta e antes que saísse, deu uma última olhada no seu antigo quarto.Secou uma lágrima solitária que escorreu pelo seu rosto e fechou a porta atrás de si,deixando muitas lembranças para trás.

Ela atravessou a casa inteira de cabeça baixa. Ela não queria chorar, mas era quase impossível. Cada lugar daquela casa lembrava algo que acontecera. Festas de aniversário, reuniões de família, natais, até algumas quedas e tombos.

Quando chegou no jardim, percebeu que sua família inteira já estava nos carros. Seus irmãos Fred, George, Bill e Carlinhos que estava ao volante, em um Doblô cinza. Na BMW preta estavam Ron e Percy, e sua mãe e seu pai, que estava dirigindo.

Todos apenas esperando-a para poderem partir.

- Ginny, vamos ou perderemos o vôo,querida! – sua mãe berrou dentro do carro.

-Já vou! – ela olhou para a casa pela última vez, quando sentiu uma mão quente sobre seu ombro. Se virou para ver quem era, e deu de cara com seu pai, sorrindo-lhe carinhosamente.

- Você está bem, filha? – ele perguntou, acariciando o rosto de Ginny. Ela podia dizer que não, que não estava nada bem, que tudo o que ela menos queria agora era ir embora dali, mas não, ela sabia como era importante para seu pai aquela mudança, por issotudo que ela fez foi sorrir para ele .

-Huhum. Vamos? – ela entrou na BMW sem olhar para trás, e se sentou ao lado de Ron.

-Vai ficar tudo bem – ele sussurrou, enquanto segurava a sua mão

Ela sorriu. Apertou a mão dele e sussurrou em resposta:

- Eu sei.

Depois de mais de oito horas de viagem e um vôo tranqüilo, eles chegaram ao destino: Londres.

Quando entraram no aeroporto, Ron teve uma grande surpresa, seus dois grandes amigos estavam o esperando, ambos com os pais.

Ginny ficou boquiaberta. Os amigos de Ron não eram de se jogar fora.

O mais alto era uma graça. Era loiro, tinha os olhos azuis tão claros, que chegavam a ficar cinzas. Os cabelos loiros cuidadosamente jogados para trás, e parecia ser aquele garoto que pegava todas, mesmo aparentando ter seus 11 anos, dava–se para perceber pelo seu olhar galante. (N/A: palavra velha né?) (N/B: Velha, mas fofa!)

O outro também não ficava atrás. Era da altura de Ron e também aparentava ter seus 11 anos (N/B: Harry e Ron da mesma altura? Interessante...). Ele era moreno, tinha os cabelos negros bagunçados, o que dava a ele um ar rebelde incrivelmente lindo. E apesar de usar óculos, o que mais chamou a atenção de Ginny foram seus olhos verdes que lembravam... sapinhos cozidos! (N/B: Canon até a morte!)

Após conversar animadamente com seus amigos e apresentá-los aos seus pais, resolveu apresenta–los para Ginny e ver se uma conversa com seus novos colegas de escola a animaria.

- Ginny,eu quero te apresentar os meu amigos. Esse é o Draco, Draco Malfoy.

Draco, o loiro que ela achou uma graça, deu um beijo na bochecha de Ginny, e com um sorriso maroto nos lábios,disse:

- Muito prazer... Não me lembro do Ron ter mencionado que tinha uma irmã tão encantadora, ou eu mesmo teria ido busca–los. – Ginny corou. Mas antes que ela pudesse responder, Ron entrou na conversa,olhando para Draco com uma cara de 'minha irmã, não'.

-Bem... e esse é o Harry, Harry Potter.

Harry se aproximou mais de Ginny,também lhe beijando-lhea bochecha.

-Muito prazer, Ginny. Como o nosso amiguinho Draco tentou te falar antes de vir com aquela cantada barata, o Ron falou muito de você. Espero quegoste daqui – ele falou,sorrindo.

-Obrigada,meninos. O Ron também falou muito de vocês.

- Que bom. Então ele deve ter te falado que vamos ser vizinhos? – perguntou Harry e uma felicidade sem tamanho invadiu o coração de Ginny. Ela sorriu, e olhando para Ron com um olhar repreendedor, disse:

- Não,ele não me disse.

-O quê? Eu esqueci. Mas agora você já sabe!

- Meninos! Vamos? – chamou a senhora Weasley, e os quatro se dirigiram para fora do aeroporto.

Só agora Ginny havia reparado em como estava frio lá fora, e ela estava desprevenida, usando apenas uma calça capri jeans, e uma camiseta baby look. E olhando ao seu redor, percebeu que até sua família estava agasalhada. Ela esfregou as mãos nos braços na tentativa de se esquentar. Estava tremendo de frio.

-Toma. – um sobretudo preto foi jogado sobre seus ombros,a aquecendo-arapidamente.

Ela olhou para o lado a procura do seu bem feitor, e viu que foi Harry.

- Está mais aquecida? – ela corou.

-Bem melhor,obrigada. Mas,e você?

-Eu? Acho que não preciso dele. – Ginny olhou Harry de cima abaixo. Realmente ele estava bem agasalhado com uma calça jeans comprida e um casaco pesado –Minha mãe sabe?

Eles riram. Londres tinha seus pontos positivos.

-Até,Ginny. – dessa vez foi Draco quem disse – Já vou indo. E não se preocupe, eu vou dar um jeito de mudar para o seu bairro. – ele deu rápido beijo em Ginny. E disse,já entrando no carro: – Não se atreva a passar na minha frente,Harry!

-Até amanhã você também,Draco! – Harry riu enquanto balançava a cabeça negativamente. (N/B: adoro histórias em que Draco e Harry são amigos!)

-O... o que ele quis dizer?? – perguntou Ginny, vermelha como um pimentão.

Harry sorriu e disse passando os braços sobre os ombros dela:

-Você vai descobrir mais rápido do que imagina.

XxxxxxxxxxxxFIM DO FLASHBACKxxxxxxxxxxxX

Desde aquele dia,Harry e Ginny se tornaram grandes amigos, e não se desgrudavam mais. É claro Harry tinha que dividir ela apenas com sua família e com Draco,que era agora seu atual namorado.

-Eu ainda não acredito que o Draco tentou te convencer que eu era gay, só para que você não ficasse perto de mim – disse Harry rindo enquanto brincava com os cabelos de Ginny.

- É, o Draco realmente foi um pouco idiota fazendo aquilo.

-Um tanto idiota? Eu diria que ele foi completamente idiota!

-Ei!

Os dois começaram a rir gostosamente, até que Harry começou a sentir fortes pontadas na cabeça e parou de rir,segurando a região dolorida com as mãos.

-Harry? Você ta bem? – ela sentou, o observando-o, preocupada. Harry sorriu o máximo que pôde e disse,tentando disfarçar a dor, e que aumentava rapidamente.

-Eu? Estou sim – ele olhou para o relógio de pulso que usava, e disse,levantando: – É melhor nós irmos embora,Gin, já são nove e quarenta e cinco. – ele ajudou Ginny a se levantar, mas ela convencida de que ele não estava bem, disse com uma voz de preocupação:

-Harry, você não me engana, eu sei que você não esta bem! O que você tem? Não minta para mim!

-Eu já disse que eu não tenho nada... Vamos? – ele começou a andar e Ginny o acompanhou quase correndo, já que ele dava passos largos.

Chegaram perto do carro, e Harry abriu a porta do carro para que Ginny entrasse. Quando ela entrou, ficou o observando-o. Ele não estava bem, e ela sabia disso. Ele continuava com as mãos na cabeça e parecia sentir muita dor.

Será que era esse o motivo de ele estar estranho com ela?

Harry entrou no carro, mas nem olhou para ela. Ele deu partida no carro, começou a fazer o trajeto para a escola.

Eles ficaram um bom tempo em silêncio, e de vez em quando ele colocava uma das mãos na cabeça. Ginny olhava tudo de canto de olho. Já estava impaciente sem saber o que estava acontecendo com Harry, e por que ele não se abria com ela.

Ginny não agüentou mais, e arriscou:

- Harry... o que você tem? Você não está legal, e eu posso ver isso... porque não fala pra mim? Quem sabe eu posso te ajudar. – ela olhou suplicante para ele, mas a expressão de Harry nem mudou. Ele apenas suspirou, e disse calmo e lentamente:

-Nada, eu não tenho nada,Ginny! Por que você não entende? Eu estou legal. Não precisa se preocupar comigo.

-Como assim, eu não preciso me preocupar com você? É claro que eu preciso, Harry! Eu to vendo que você não ta bem!

-Ginny, pela última vez, eu estou... – a vista dele começou a escurecer, e a dor na cabeça voltou com uma intensidade pavorosa. Ele piscava os olhos freneticamente na tentativa de ver melhor, mais foi em vão.

-Harry! Harry, cuidado! – ela gritou desesperadamente, quando o carro ia atingir três crianças que estavam atravessando a rua. Ele abriu os olhos vendo o que ia acontecer, e virou o carro em uma tentativa desesperada, batendo em um poste.

N/A: Bom, o que podemos dizer?

Essa é uma fic em conjunto entre Hermione Jane Granger Malfoy e Sah Potter Radcliffe. É a primeira fic em conjunto que nós fazemos e a primeira fic que a Sah fez.

A gente espera que vocês gostem, e, por favor, comentem a fic e nos façam feliz ;D

Beijos e até o próximo capítulo