Então será sempre assim: você me engana, me usa, e depois me joga fora.
E eu, tola, acredito em você.
Bellatrix não se sentia bem vivendo na casa da sua irmã, mas tinha de permanecer ali. Aquele era agora o lugar menos perigoso para ficar, onde os Comensais da Morte estavam se reunindo ao seu Lorde. Tinha de obedecê-lo.
Era noite e todos já tinham ido dormir. Bellatrix estava na varanda da Mansão, queria ficar sozinha pelo menos por um momento. A brisa noturna fazia seus longos cabelos negros balançarem, ela sentia-se viva.
- Sabia que iria encontrar você aqui – soou uma voz vindo de dentro da mansão. Bellatrix não precisou virar-se para saber quem era. Ela conhecia aquela voz muito bem.
- Lucius – disse sem emoção. Ele era a última pessoa que ela queria encontrar. – Achei que já estivesse na cama com a sua mulher.
Ele entendeu o que ela quis dizer e deu um leve sorriso. Então caminhou até parar ao lado da bruxa, encostando-se no parapeito.
- Ela nunca me satisfez, Bella. Você sabe disso melhor do que ninguém. Sabe quem deveria estar naquela cama comigo.
- A escolha foi sua, Lucius – ela tomou um tom de voz um pouco mais alto, fechando os olhos. Ter de encarar aqueles olhos azuis do cunhado não era uma boa opção.
- Não, não foi! – disse ele. – Foram as nossas famílias! Você sabe disso! Você já estava prometida para o Lestrange, e não adianta mentir – acrescentou, quando Bellatrix abriu a boca para protestar. – Eu não pude fazer nada.
Bellatrix já estava de costas ao parapeito, Lucius, por sua vez, apoiara as mãos de cada lado da bruxa, impedindo-a de fugir. Ela agora sentia sua respiração muito próxima.
- Não sabe como é doloroso ter que dividir a cama com alguém que não deveria estar lá, quando deveria ser outra pessoa.
- Lucius... – sussurrou Bellatrix. Seus narizes já estavam se tocando, seus olhos fechados. Seus lábios se abriram aos poucos e se encontraram com os de Lucius.
Ela sabia que era errado. Lucius era, acima de tudo, seu cunhado e ela amava sua irmã. Mas nunca conseguiu controlar seus extintos na presença dele – principalmente quando estavam a sós.
Lucius contornou a cintura da bruxa com suas mãos e passou a acariciá-la enquanto descia pelas pernas e, passando por dentro das saias, encontrando suas peças íntimas, arrancando-as sem pena, e Bellatrix deixou escapar um gemido baixo. Então ela encontrou as calças do bruxo e começou a desabotoá-la. Eles ardiam, pediam pelo corpo um do outro.
Mas antes que pudesse começar a brincar com ele, Lucius foi mais rápido e virou-a de costas, mantendo sua mão ávida no mesmo local, começando movimentos estimulantes. Bellatrix mantinha a boca entreaberta, com a respiração ofegante, guiando a mão livre de Lucius até seus seios, sentindo-o morder o lóbulo da sua orelha.
Bellatrix sentiu que já não aguentaria mais as provocações de Lucius e virou-se, beijando-o e trazendo seu corpo para mais perto – se é que isso era possível. E sem mais esperar, sentiu-o dentro de si, movimentando-se.
E naquele momento Bellatrix sentiu-se completa.
Seria sempre assim: ela ficaria frágil e cairia nos braços dele novamente. E por mais que isso parecesse apenas uma diversão para os dois, era isso o que os mantinha unidos.
Novamente o ambiente ficou no silêncio. O único som a se ouvir era a respiração do outro.
- Por que você faz isso comigo? – perguntou Bellatrix, ainda abraçando-o.
- Porque por mais que você tente fugir, você sempre será minha.
E ele não estava errado.
