Disclaimer: Todos os personagens pertencem a J.K. e a quem mais tiver direito. Eu só os utilizo para diversão.

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Todos os personagens pertencem a J.K. Rowling e a quem mais tiver direito, menos a mim.

Disclaimer: Já se passaram três anos após a grande guerra e Harry ainda não conseguiu vencer Voldemort. O caos reina tanto no mundo bruxo quanto no trouxa e por causa disso uma Auror e um Comensal lutam juntos tentando contribuir para o fim da guerra. Sete drabbles. Por que sete drabbles? Não sei ao certo, gosto do número e gosto de drabbles^^

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- E quando será? - a auror perguntou distante dele.

- No máximo em uma semana. Não tenho uma data precisa ainda. - O Comensal respondeu escondido pela máscara e pela escuridão do beco – E-Aquele-Que-Não-Conseguiu-Vencer? - indagou.

- Vivo.

A resposta saiu rasgando a garganta dela de tão seca. Deu um passo para trás e virou.

- Quando precisar... - Hermione começou a senha deles.

- … eu lá estarei. - Severo completou sem demonstrar qualquer sentimento.

Ambos sumiram no mesmo instante.

A sujeira e chuva foram as testemunhas daquele encontro.

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Ajoelhado, diante de Voldemort.

- Sim, milorde.

- Mate a sangue-ruim Severo, ela está atrapalhando nossos planos. Tenho informações de que é a líder da resistência e não o Potter perdedor.

A ordem acertou seu estômago como um soco, mas ele digeriu o baque.

- Sim senhor – acatou. Levantou e depois de uma reverência foi afastando-se devagar, sem dar às costas. Quando saiu da sala onde outrora habitara o Ministro da Magia rumou para as escadas.

Ele não ia matar outra pessoa que amava, dessa vez não faria, não mesmo.

Pisando forte, molhando as botas e a sobrecasaca Severo saiu do Ministério.

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- Eu não farei isso! - cada palavra foi rosnada lentamente.

Hermione já estava sem paciência.

- Você não pode errar Snape, então caso o faça que seja para me deixar quase morta! - ela rebateu encarando-o sem medo.

Ele bufou de raiva, sabia que ela estava certa, mas tinha de haver outro jeito, tinha!

Afastaram-se e ficaram em silêncio, ela sem querer repetir a única solução e ele sem querer admitir.

- Está bem – Severo cedeu mostrando o quanto a decisão o afetara.

De onde estava Hermione falou:

- Quando precisar...

- … eu lá estarei – Severo completou sem vida e num segundo estava sozinho e ferido.

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A batalha foi violenta. Severo estava molhado de água e sangue, o sangue dela. Spinner's End foi seu destino, ele precisava ficar sozinho pelo menos aquela noite. O peso da culpa o fez tombar no assoalho; quase tinha matado-a. As lágrimas misturaram-se a água da chuva e ao sangue. Seu rosto foi ao chão. A varinha em sua mãos era apertada com força, ele a soltou antes que a quebrasse. O que tinha feito? E o pior, como saberia o estado dela? A sombra da dor pairou sobre Spinner's End. Choro e ranger de dentes na madrugada de Snape.

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Severo respirou aliviado quando pôs seus olhos sob a figura de Hermione.

- Você ainda está mancando. - Afirmou.

- Você me acertou muito bem Snape. - Raiva na resposta da mulher que sentou no alto da pedra.

- Não se esqueça que eu tinha que deixá-la quase morta – ele justificou indo ao encontro dela devagar. Estavam na beira de uma praia deserta e rochosa. Sentou-se ao lado da auror.

- Eu sei – ela disse e sua mão em cima da pedra fria foi aquecida pela mão dele.

Os olhos se encontraram, as mãos se entrelaçaram e num silêncio consentido contemplaram o mar revolto.

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Voldemort escapara, mais uma vez eles tinham perdido.

Horas depois...

Sozinha, derrotada, um resto de gente. No cais do porto, Hermione Granger deixava suas lágrimas gotejarem no mar. Ela queria tanto poder chamá-lo... chorava forte, já não mais disfarçava e os soluços soavam altos. Até quando aquela maldita guerra duraria?

- Quando … - ela deixou escapar, porém não podia fazer isso com ele. Cortou a frase.

- ... precisar eu lá estarei – Severo completou.

Hermione virou-se.

- Snape? - indagou assustada.

- Eu não ia deixá-la sozinha Granger, não agora.

Hermione tapou o rosto e toda a angústia se desfez em pranto. Aceitou o abraço carinhoso.

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Severo sentiu o nervosismo dela assim que apareceu.

- Alguma mudança? - perguntou.

- Não, eu só... eu só... - Hermione não conseguia continuar a frase. Sufocava aquelas palavras há tantos anos.

A mulher não precisou continuar, Severo tinha entendido. Esticou o braço e ao sinalizar falou:

- Vem aqui.

Ela sentiu-se infantil por agir daquela forma, mas precisava dele. Encostou seus dedos na mão fria e deixou-se levar, logo sentia o calor da roupa grossa de Severo.

- Desculpe. - Hermione pediu.

- Não precisa se desculpar, fique em silêncio.

O casal ficou o tempo que pôde desfrutando do momento a dois antes de outra batalha.

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N/A: O sofrimento dessa vez ficou como pano de fundo. Quis[tentei] dar ênfase ao amor e a amizade contidas que os unem.
Eu ainda me curo desses dois, aos pouquinhos é claro;)
Sorry pelo erros.^^