Disclaimer: adivinhem? Não, nada, nothing, absolutamente naaaada dos personagens POSTERIORMENTE citados aqui me pertencem. Se me pertencessem, eu estaria passeando de barco pelas ruas de água de Veneza, pensando em como eu ia gastar meus 10 mil da mesada, e não aqui no FanFiction, chorando pra mãe me conseguir 10 pila pra comprar mangá no fim do mês ;)
Obs: boa parte dessa fanfic é feita pelo esquema de "pontos de vista", os POVs. Geralmente vão ser os povs dos personagens não-narutinianos, ou seja, os povs vão ser da Natsumi, da Hikari, da Minna e do Rohan. Se tu tá pensando exatamente assim "QUEM SÃO ESSES MALUCOS???" eu tenho uma sugestão pra como descobrir: LEIA!!! Ò.Ó Mas vão haver povs dos personagens do Tio Masashi (no entanto vai ser mais raro) e até mesmo partes sem povs, que geralmente serão as partes mais sérias :)
01: Macumba Elvisiana
Por Nostradamus da Modernidade
(Minna's POV)
Eu sei. Eu sei que sempre fui e sempre serei uma espécie de imã. Um imã para várias coisas. Bolas de futebol, por exemplo. Sempre levo um balasso desgraçado e forte pra caramba na cara em toda aula de Educação Física. Posso nem estar jogando, mas basta eu estar no mesmo raio de 100 metros de onde os jogadores estão, que sempre tem algum querido infeliz que me chuta uma bola capaz de quebrar a barreira do som e essa bola vai acabar me alcançando. É mortal.
Mas eu sou um imã para muitas outras coisas. Pedras no caminho, passarinhos fazendo suas necessidades fisiológicas, ovos com "prazo de validade" vencido e às vezes acho que há um farol ligado bem em cima da minha cabeça, já que em toda bendita prova-oral sou sempre eu a primeira a ser chamada.
Mas, eu acho que, acima de tudo, eu tenho algo que possui uma ligação mais forte de "vinde à mim" do que tudo. Sabe o que é? Gente estranha.
Só pode ser essa a única resposta. Afinal, por que motivo, razão, circunstância, lapso torto da natureza, eu teria tanta gente esquisita ao meu redor?
Na verdade, eu também não sou uma pessoa extremamente equilibrada, já que se eu fosse eu não tinha metido as mãos na panela de arroz que a mãe tinha tirado do fogo tinha 15 segundos. Mas, tipo, quero dizer, eu não sou do tipo que penduraria uma melancia no pescoço, colocaria uma jaca na cabeça e pararia no meio da Terceira Perimetral às seis horas da tarde em cima de um trio elétrico cantando Calypso. Na real, eu acho que nenhuma pessoa em sã consciência faria isso, mas louco tem de todo tipo por aí, então, eu nunca vou duvidar de nada. Uma vez, eu duvidei de que o Rohan beberia um copo de 300 mls de coca-cola choca misturada com guaraná e halls preto, e... bem... ele bebeu. Coitado... acho que nenhuma de nós lembrou de avisar pra ele que, além de coca choca (rimou!), guaraná e halls preto, tinha também clara de ovo e vinagre de maçã. Isso teve como resultado um revertério desgraçado que fez ele faltar na aula por uma semana inteira.
E é aqui que chegamos ao ponto crucial desta saga (que não é a Saga das Doze Casas, nem a Asgard e muito menos a Soul Society) que é a minha sina de ser imã de gente estranha. Hoje eu descobri que eu não sou só um imã pra gente estranha, mas principalmente, pra gente perturbada da cabeça. Afinal, de que outra maneira, eu posso classificar a minha situação atual?
Perturbação mental é, no mínimo delicado, já que eu estou parada aqui, numa encruzilhada deserta com cara de filme de terror à lá Silent Hill (filme que, aliás, não conseguir ver todo, na real, não vi nada. Só ouvi a tal da sirene na internet e já foi o suficiente pra me expulsar da sala onde o pessoal ia ver o dvd assim que deram o play) com uma louca saltitante preparando um ritual, ou, como é a opinião geral daqui, uma macumba.
Eu já citei que é quase meia-noite?
Esqueci de dizer: hoje é Halloween.
Mais ainda: é uma macumba pra trazer um espírito de volta à vida.
Esqueci de mais uma coisa: a macumba é composta por um pentagrama de uns 5 metros de diâmetro desenhado no chão com tinta branca que contém sereno de rosas cor de champagne colombianas e suor de sapo, uma vela em cada ponta feita de cera de marimbondos pretos Moçambicanos e ainda tem um círculo em volta do pentagrama feito da mesma tinta, mas com gotas de prata em cima distribuídas numa distância matematicamente calculada, prata essa feita do derretimento de moedas de um navio naufragado numa noite de tempestade no oceano índico.
Me digam: eu mereço isso??
A louca saltitante da minha amiga (sim, essa mãe-de-santo aloprada é minha amiga) explicou tudo isso pra mim, pra Natsumi, pro Rohan e pra Hikari, enquanto a gente olhava pra ela com a cara mais confusa que a gente tinha pra estampar nas fuças.
- Como é que tu sabe que as tais das rosas eram colombianas e não do jardim da florista que te vendeu os bagulhos? – perguntou Natsumi, ao fim da novela da explicação.
Natsumi é só o apelido. O nome dela mesmo é Ágata. Não que ela não goste do nome. Ela até acha legal (eu também acho), mas Natsumi é o apelido que nós demos pra ela. O Rohan deu outro, só pra brincar com a cara dela: Pedrita. Ela odeia isso. Natsumi é mais a alta de todos nós, com exceção ao Rohan (ele é um palmo à mais que ela) e eu (somos da mesma altura exatamente). Os cabelos dela são muito compridos e, pra facilitar a vida e não ter que se matar tentando escovar as crinas antes de ir dormir, ela usa eles numa trança. Na minha singela opinião irrelevante para o mundo, acho que se precisarem de uma Rapunzel em algum filme, ela é perfeita! A trança chega até a cintura dela. Já viram o filme "Os Irmãos Grimm"? Os cabelos dela só perdem para os daquela rainha da torre em comprimento (em cuidado os da Natsumi ganham de lavada, já que os cabelos daquela tia da realeza parecem os de uma múmia ressecada com cara de uva passa, e combinam com aquela rainha desgastada).
- Como é que se cata suor de sapo? Aliás, sapo sua? – Rohan levantou uma sobrancelha, irônico.
Outro com apelido. Rohan não é o nome dele, o nome mesmo é Rafael. Ele sim, tem um palmo a mais de altura que a Natsumi, ou seja, ele é alto pra caramba. Cabelo curtinho de guri mesmo, afinal, na opinião dele, cara de cabelo comprido é bicha enrustida. Ele é legal, é o tipo de pessoa que brinca o tempo todo, fazendo piadas e contando histórias bobas. Dá pra sempre contar com ele. Ah, ele adora gozar com a cara de todo mundo e, quando fica brabo (ou nervoso), a cada dez palavras que ele fala, oito são palavrões. Outro defeito dele: fala o que quer quando quer. Ou seja, ele tem o dom de falar o que não deve justamente na hora errada.
- Tem marimbondo preto em Moçambique? Aliás, onde é que fica Moçambique? - perguntei eu. Sou uma negação total em geografia, foi mal.
Alta, magra e bonita, isso é fato. Quer mais um motivo pra me chamarem de burra? Tem sim. Loira. Não sou nenhuma anta, mas as pessoas me tiram pra burra só por causa que eu não sei nada de geografia e porque eu tenho esses cabelos amarelos. Como eu já disse, tenho um imã pra gente estranha e outras tantas coisas. E, pois é, meu nome também não é Minna. E também não é alguma coisa bonita tipo Alexandra ou Verônica, nomes que eu adoro. Não. Meu nome é Gina. Se tem alguém lendo que se chama assim, nada contra. Até acho um nome bonitinho. Mas pra mim não combina. Eu definitivamente NÃO tenho cara de Gina. Meu apelido nem em japonês é (se bem que Minna, com 2 N, em japonês, é "Pessoal". Sabe quando tu vai chamar os amigos e grita "Pessoal!"? Em japonês é "Minna!"). Meu apelido é Minna simplesmente porque eu gosto de Minna COM 2 N.
- Macumba de rico essa, hein? Tem até prata nesse esquema! - comentou Hikari, impressionada.
A menor de todos nós. Cabelo preto e olho preto, ela acaba parecendo uma sombra mais forte quando está no escuro. O nome verdadeiro dela é Fernanda, mas ela é outra que tem apelido. Legal e divertida, mas se tu brigar com ela, vai dar de cara com uma pessoa que dá respostas mais rápida que o Hamilton na última curva de Interlagos (ainda acho que aquele alemão filho duma puta arrego pro inglesinho lá ganhar e não o Massa). A capacidade mais incrível dela é que, ou falar como uma condenada ou ficar no mais profundo silêncio.
A macumbeira parou de saltitar que nem uma gazela e ficou olhando pra gente. O nome dela é Amy e esse é o nome dela mesmo. Na real, ela não é daqui do Brasil como a gente. Vive aqui desde que se lembra, mas nasceu nos States, mas precisamente no Hawaii. Até hoje ela ama o lugar de onde ela veio, se bem que ela nem se lembra de lá, só passou a realmente conhecer quando os pais e ela viajaram pra lá ano passado. Pequena, cabelo castanho, olho da mesma cor, romântica a um extremo que beira o irritante e tiete de um defunto. Sim, Amy é fã de ninguém mais ninguém menos que...Elvis Presley!
Ela ficou nos olhando com a maior cara de tacho. Na verdade, até hoje eu me pergunto se, naquela hora, ela tava nos encarando por não entender como nós não achávamos o que ela estava planejando o "acontecimento paranormal do século", ou se é porque a gente formava um bando, no mínimo, curioso.
Como eu já disse, era noite de Halloween. E, apesar de aqui não ser tradição, íamos todos a uma festa disso. Como não podia deixar de ser, no dia do "Trick or Treat", todos nós estávamos de fantasias. Eu tava com uma roupa meio normal, só um pouco modificada: uma calça jeans preta com uns morceguinhos de papel colados e uma blusa rosa com a estampa da Sininho (tuuudo a ver, né?!). A Natsumi estava de bruxa: um vestido preto com fitas roxas nos ombros das mangas longas (aqui onde a gente morava é meio frio mesmo que já seja Outubro), all star de cano alto, chapéu de bruxa (aqueles compridos em forma de cone) com uma pena na aba (na minha opinião, chapéu com pena é coisa de Robin Hood, mas deixa isso pra lá) e o tranção até abaixo da cintura, preso com um elástico com uma meia-lua na ponta. A Hikari tava com uma roupa normal que nem a minha também: calça jeans preta e uma blusa preta com uma raposa desenhada. A única coisa que era diferente é que ela tava com uma tiara de orelhinhas laranjas, do tipo que a gente compra nos eventos. O Rohan tinha realmente investido na fantasia (o que nos levava a pensar qual foi o banco que ele tinha assaltado pra conseguir isso, já que ele é o cara mais sem dinheiro que eu já conheci): estava de vampiro, com direito a capa preta com forro vermelho, camisa social branca, sapato, calça social preta e os retoques finais e detalhistas eram dados por uma prótese nos dentes e lentes de contato que esticavam a pupila e deixavam a íris com uma cor amarelo-queimada.
Imagine, agora, todo esse povo, parado, numa encruzilhada e perto da meia-noite. O que a gente pensa que é?
Opção 1: fugitivos do Hospital Psiquiátrico São Pedro;
Opção 2: um bando de ladrão;
Opção 3: macumbeiros (o que era quase verdade, se considerarmos a Amy);
Opção 4: se a pessoa que for nos classificar olhasse o calendário, então ia saber quem éramos nós.
Enquanto nós ainda só olhávamos a Amy, ela recomeçou a falar, fazendo a cara dela parecer mais ainda a de um louca, considerando que com a fantasia de "menina-anos-50" ela tava parecendo a Sandy do "Grease" (o que tem como única diferença o cabelo amarrado num rabo-de-cavalo).
- Mas, gente, é por uma boa causa. Segundo o livro que eu comprei...
- Comprou onde? – perguntou Rohan. Nas costas dele estava pendurada a sua mochila, uma mochila enorme e surrada, onde ele carregava de um tudo e naquela noite ainda tinha umas coisas da Natsumi, já que ela não estava a fim de carregar bolsas e ameaçou bater nele, se ele não carregasse as coisas dela na sua "mini-mala".
- Na internet. – disse Amy, com naturalidade. Será que ninguém explicou pra ela a quantidade de bobagem que se vende na rede? Acho que não. – Mas, prosseguindo, isso é muuuuuito importante. – ela esticou o muito que nem chiclete.
- O que é que tem de "tããããoo" importante em trazer esse cara de volta? – questionou Rohan, irritado - Deixa ele quieto lá na Cidade-dos-pés-juntos!
Amy arregalou os olhos, como se ele tivesse dito que aquilo não tinha droga nenhuma de importante, o que, indiretamente, ele tinha mesmo dito. Ela pareceu realmente ofendida, quando começou a berrar.
- É claro que é extremamente importante, Rafael Ávila! – disse Amy, indo de dedo na cara dele e chamando-o pelo nome todo, coisa que era sabido que o deixava muito irritado – Imagina só a fama, o dinheiro, fora a realização pessoal de conseguir falar com o nosso ídolo!
- "Nosso"? "Nosso" de que "nós", cara-pálida? – perguntou Hikari, levantando uma sobrancelha.
- Tá, pode não ser o de vocês. – disse Amy, balançando as mãos – Mas é o meu! Meu e de metade do mundo!
- A metade sem tv e alienada do resto do mundo, tu quer dizer. – disparou Natsumi, brincando com ironia. Fato verdadeiro: o passatempo preferido da Natsumi era irritar a Amy.
A tiete não disse nada, mas se olhar matasse...a bruxa Natsumi já tinha morrido e o ritual ia ter que ser pra ela.
- Ei, mas se dizem que "Elvis não morreu", então de que é que isso vai adiantar? – minha vez de perguntar alguma coisa.
Amy pareceu muito triste, ao se virar de costas e falar, dramaticamente como se fosse uma atriz de novela mexicana.
- Infelizmente, ele não morreu em nossos corações de fãs, mas o seu espírito já se encontra do "Outro Lado". – Ela deu um giro e voltou a nos encarar – Então, como fã e "defendedora" da cultura mundial, eu, Amy Hanson, vou trazer ele, o rei do Rock, de volta a vida! Muahuahuahuahuahuahua!!!
Realmente, ela deu uma risada assim, como se fosse o Jinai de El-Hazard, e, cara, que medo que ela nos deu! Quando eu digo que eu tenho imã a louco ninguém acredita, né? Pois é, agora vocês acreditam?
Ela agarrou a minha mão e da Natsumi e determinou, categórica e irritantemente sorridente.
- Então, vamos lá! Aos seus postos!
Natsumi soltou-se de Amy com um puxão irritado e exclamou, incomodada e braba.
- Ah, não! Bem capaz que eu vou fazer uma macumba...
- Segundo a doida aí é um "ritual". – corrigiu Rohan, a voz entediada.
- Que seja! – continuou ela, irritada - Até parece que eu vou fazer qualquer droga que inclua mexer com esses bagulhos de "Outro Lado" e o diabo a quatro! Não mexo com essas coisas pra não me incomodar e não vai ser agora que eu vou começar!
- Pra quem tá vestida de bruxa, isso é uma contradição. – comentou Amy, olhando-a, provocativa.
- Sua... – começou Natsumi, puxando ar e preparando os punhos.
Brigar com ela ou com o Rohan era um problema bem grande, já que os dois se conheciam desde pequenos e pareciam ter sidos expulsos da mesma escola de insultos que a Amy imaginava frequentar. Sorte nossa que Hikari a interrompeu, salvando o povo de ver uma briga e a fã-girl de ser assassinada.
- Calma, calma. Não custa a gente entrar na onda da coitadinha. E não te esquece: com louco a gente sempre concorda, ou ele pode ficar agressivo.
Amy pareceu não gostar muito do que Hikari dissera a seu respeito, mas viu que, pelo menos, Natsumi engolira os xingamentos e os palavrões que já estavam a postos em sua garganta e acatara. Outra coisa que era fato: acalmar as duas feras (Natsumi e Rohan) não era nada difícil, bastava tato. Muito tato. E isso era coisa que Hikari sabia como tratar muito bem. No fundo, ela era uma "domadora de leões".
Amy bateu palminhas e saiu correndo, gritando.
- All right, people! Todos em seus lugares!
Cada um de nós ficou em uma ponta do pentagrama. Amy ficou na principal, já que ela era a "invocadora". Pegamos as tais "velas de cera de marimbondo preto de Moçambique" (que até hoje eu não sei se eram mesmo velas de marimbondo preto e etc) e ficamos imóveis, enquanto Amy colocava alguma coisa no meio do pentagrama pintado no chão.
- O que é isso? – perguntou Hikari.
- Tinha que ter alguma coisa que pertencesse ao morto. Eu gastei um baita dinheiro nisso, mas consegui comprar um par de luvas do Rei. – respondeu a fã, emocionada.
Todos nós reviramos os olhos, pensando "Mereço?".
Amy preparou-se em seu lugar e começou a entoar, a voz firme de quem tem absoluta certeza do que está fazendo.
- Tempo! Aquele que se denomina senhor do vento, o destino exige catorze pegadas na areia do deserto!
O vento começou a aumentar de velocidade. Todos nós nos olhamos, começando a ficar apreensivos. Amy continuou, parecendo não notar o que começava a acontecer.
- Espaço! O lobo que uiva para a lua azul na montanha rochosa busca a redenção das mil penas brancas!
O vento aumentou mais ainda, balançando a saia do vestido de Natsumi, obrigando-a a segurar a vela com uma mão só, e fazendo as chamas de nossas velas tremerem como se fossem apagar.
- Tô ficando com medo. – sussurrei, realmente assustada – O que tá acontecendo aqui?
- Calma. – disse Rohan, tentando se manter firme – Não deve ser nada. O tempo tava meio fechado pra chuva mesmo...
As luzes da rua falharam apavorantemente, como se fossem olhos que se abriam e fechavam freneticamente.
- Tá... agora eu também tô ficando com medo... – admitiu Rohan, olhando em volta, assustado.
Amy continuava sem parar.
- Vida! Aquele que se dá o nome de "homem" e corre atrás dos sonhos despedaçados deseja vinte e três fragmentos de estrelas!
O contorno do pentagrama no chão começou a brilhar, fazendo todos nós ficarmos realmente apavorados. Que historia era aquela? Daonde isso? Como isso? Enquanto todos nos olhávamos assustados e congelados de medo demais para podermos sair correndo ou mesmo gritar, Amy parecia estar nas nuvens, vendo que o que ela fazia estava dando certo. Entoou, em voz mais alta, o clímax do ritual.
- Retorno! A casa abandonada reluz ao brilho de cinco velas, indicando o caminho de volta ao lar!
O brilho aumentou e a minha garganta secou totalmente, acabando com meus planos de gritar por socorro. As luzes tremiam mais ainda, enquanto o vento varria tudo, chicoteando nossos rostos com folhas das arvores.
- Que o tempo se curve! Que o espaço se retraia! Que a vida golpeie com mais força no peito! – a voz dela quase foi ecoada pelo vento, quando Amy gritou – E que o retorno se complete!
A energia do brilho aumentou a um ponto de quase nos deixar cegos. O vento varreu tudo com mais força e as lâmpadas da rua começaram a explodir, como se fossem bombas, fazendo um grande barulho quando o vidro se quebrava e caía no chão. O céu fechou em nuvens escuras e raios e trovões começaram sacudir a terra. Enquanto eu, Hikari, Natsumi e Rohan gritávamos exclamações de susto e confusos demais para fazer o que fosse, Amy ria loucamente, fascinada com tudo aquilo.
De repente o brilho chegou ao extremo e não nos deixou ver mais nada. Nem ouvir.
E foi aí que aconteceu aquilo que mudaria nossas vidas para sempre.
Na encruzilhada onde antes nós estávamos todos reunidos para uma "brincadeira", o tempo acalmou-se. O vento parou. Algumas lâmpadas sobreviventes as explosões voltaram a iluminar precariamente a rua. O céu abriu-se mostrando a lua cheia da noite de Halloween.
Amy olhou para o centro do pentagrama, esperançosa. Nada estava lá, aguardando por ela. Nenhum corpo, nenhuma mecha de cabelo, nem mesmo uma nuvenzinha de poeira ou um montinho de areia. Nada, absolutamente nada estava ali.
- Mas que droga! – exclamou ela, furiosa – Eu bem que sabia que esses feitiços de internet eram fuleiras. – ela se acalmou e falou, resignada – Bom, eu tentei, né pessoal?
O silencio da encruzilhada só não era total porque havia uma leve brisa que agora soprava suavemente, balançando as folhas das árvores, fazendo-as farfalhar suavemente.
- Pessoal?
Mas, para o desespero total de Amy, ela estava sozinha.
- PESSOAL!!!
Duas coisas que nenhum de nós sabia naquele momento:
1: Na hora em que Amy fizera o circulo em volta do pentagrama, ela fizera-o mal. Justamente na parte onde ela tinha ficado, o circulo não passava, deixando-a de fora e somente nós dentro dele.
2: O que nos aguardava, seja lá onde tivéssemos ido parar?
01: Macumba Elvisiana - FIM
CONTINUA...
Fala aí, Povo!
Isso aí sim me deu um trabalho desgraçado. Antes de escrever toda ela, eu fiz 4 esboços: 1 no pc e 3 à mão. Essa fic aí é um sonho meu, literalmente. Eu realmente sonhei com o que aconteceria se eu e 3 amigos meus caissemos no mundo de Naruto. Deu nisso aí.
Muita coisa ainda vai acontecer, claro, já que isso aí é só o primeiro capítulo. Surpresas, sustos, medos, interrogatórios estranhos e alguns até mesmo cruéis, treinamentos puxados e duros e muitos problemas. Mas tambem vamos ter amigos novos, bobagens, idiotices, palhaçadas, muitas risadas e até um pouco de romance. E mais uma coisa: qualquer semelhança do feitiço da Amy com os cantos de invocação dos Kidous de Bleach NÃO é mera coincidência ^.^"
Não tenho previsão de quantos capitulos vai dar, mas acho que vão ser uns 14, por aí. Nenhum muito longo, a maioria por essa média ali. Gosto de capitulos longos, mas dá muita mão escrever tanta coisa, fora que perde o foco do assuntos do título.
Esse comecinho aí pode não ter sido do agrado de grande maioria, ainda mais porque não se tem nenhuma menção ao Naruto ou aos outros. Mas eu preciso contar tudo desde como aconteceu a "queda" deles no mundo do Tio Masashi, antes de sair desembestada mostrando as coisas que vão aconteceu com eles em Konoha. Ou não em Konoha, já que... AH, NÃO FALO MAIS! ESPEREM OS PRÓXIMOS CAPÍTULOS!! ;)
Agradecimentos pelos reviews de "Aula de Português": Pure Petit-Cat, Fabiana-sama e Haruka Hikari-chan.
Agradecimento mais do que especial à Haruka Hikari-chan: sem ela, nada disso existiria. Nada mesmo, realmente! Ela ouve minhas loquiadas, minhas viagens e nunca reclama. Ri junto comigo e faz as coisas ficarem mais coloridas. ARIGATOU GOZAI MASU! *reverencia*
Era isso, povo. Deixem reviews (ONEGAI!!), me xinguem, me elogiem, digam simplesmente "gostei" ou "não gostei", tentem deduzir a história e afins. Me acompanhem. Sou apenas uma singela escritora de fics, iniciante no ofício, preciso de incentivo. Nem que seja um oi. Por favor, agora eu tô falando mais sério. Vou me esforçar pra ficar sempre melhor a cada dia e ter o reconhecimento de vocês vai ser meu melhor incentivo!
OBRIGADO ANTECIPADO! ATÉ MAIS! =^.^=
Nostradamus da Modernidade disse: aqueles que deixarem um review para essa fic vão ter um futuro brilhante e muita sorte! \o/
