Observação: Todos os personagens pertencem a titia Meyer e a idéia original é de Pushing Daisies. Porém a idéia é toda minha! D:
1. Ela tocou você?
Isabella Marie Swan tem 17 anos, 34 semanas, 1 dia e 59 minutos, cresceu com um dom mais que especial, um dom que a fez ficar distante das pessoas. Era um dom que não vinha com manual de instruções ou com regras. Simplesmente um dom o qual ela precisava aprender a manusear.
A primeira vez que descobriu tal dom foi: 9 anos, 27 semanas, 6 dias e 3 minutos. Enquanto estava sentada na mesa do jantar, enquanto sua mãe lhe servia um belo pedaço de torta, tudo completamente normal até uma artéria do cérebro de sua mãe estourar, matando-a instantaneamente. Curiosa e sem entender muito bem – pois nunca havia presenciado uma morte antes – foi até sua mãe caída no chão e tocou sua bochecha ainda meio rosada.
Como se tivesse levado um choque ela abriu os olhos perguntando à Isabella se ela havia caído. Sem entender muito bem ela apenas confirmou. Voltou até a mesa e sentou-se novamente.
O que ela não sabia, é que este dom vinha com uma advertência.
Passado exato um minuto Isabella olha através da janela e vê seu vizinho cair no chão, completamente morto. Se dentro de um minuto ela não tocar a pessoa novamente, alguém aleatoriamente perto morrerá em seu lugar.
Era um dom que não apenas dava vida... Como a tirava também. No grande esquema das coisas do universo, a jovem Bella trocou a vida de seu vizinho pela vida de sua mãe.
Mas tinha mais uma coisa sobre tocar pessoas mortas que Bella não sabia. E ela aprendeu da maneira mais infeliz possível.
Na mesma noite sua mãe foi colocá-la para dormir, e deu-lhe um beijo em sua testa, voltando a estar morta no mesmo momento. Sem entender muito bem Bella foi até ela tentou faze-la voltar ao normal. Tocou-a inúmeras vezes, mas nada mudava.
Primeiro toque: vida.
Segundo toque: morte de novo, para sempre.
Com seu pai morando longe, Bella foi mandada para um internato, para nunca mais ser visto novamente.
Agora depois de muitos anos convencera seus parentes a deixá-la morar sozinha e sair do internato, foi para Forks morar em uma casinha pequena e abandonada. Terminaria o colegial lá e voltaria para Phoenix para arranjar um emprego. Junto consigo vinha um amigo que conhecera no internado.
Jacob Black, 16 anos, 28 semanas, 5 dias e 38 minutos. Antes de ir para o internato morava em Forks, conseguindo convencer Bella a ir com ele.
Jacob era o único que conhecia o segredo sobre o dom de Bella. Assim, além de grandes amigos eram também sócios. Era um serviço que funcionava simples: procurava pessoas assassinadas que tinham recompensa caso descobrissem seus assassinos. A recompensa normalmente era imensa, o que fazia com que os dois se sustentassem.
Isabella tem apenas 1,62 o que a torna muito pequena aos olhos de Jacob, quase uma criança comparada ao 1,94 dele. Fazendo com que ele se tornasse mais super-protetor do que o necessário. Sorte que moraria na mesma casa que ela, tornando seu serviço ainda mais fácil.
O que todos já haviam percebido exceto Bella, era que o jovem Jake era apaixonado por ela, desde o primeiro dia que apareceu no internato, ela era como um raio de sol para ele. E agora poderia desfrutar todo seu colegial com ela.
Devido a todas as circunstancias de suas vidas, os dois tornaram-se viciados em tortas. Tinham planos para abrir sua própria loja de tortas no futuro. Torta de morango, maçã, pêssego, de todos os sabores, até de queijo se fosse possível.
Isabella estava tendo dificuldades para dormir. Coisa que ela já esperava, sempre que algo muito grande estava para acontecer ela ficava muito ansiosa, somente um bom pedaço de torta para deixá-la mais calma. Mas ela estava ciente que em Forks não havia lojas de tortas então toda vez que ficasse na tentação ela teria que fazer.
Desistindo do sono, levantou-se da cama e calçou suas pantufas que combinavam com as de Jacob. Levantou-se meio desorientada e saiu de seu quarto rumo a cozinha. Foi surpreendida pela luz da cozinha já acessa, podia ouvir os barulhos vindos da cozinha do andar de cima também.
Agarrou-se ao corrimão e desceu as escadas, e encontrou exatamente o que esperava: Jake fazendo tortas de morango.
-Tortas a essa hora da madrugada?
-Eu juro que ia oferecer para você, então não me condene ok? – ela mostrou sua língua para ele. Ela raramente ficava brava com ele.
-Então, por que não está dormindo? – ela passou por ele e roubou um morango perfeitamente maduro.
-É sempre assim no primeiro dia de aula. – ele deu os ombros. – Bella, preciso de um favor. – dito isso ele pegou uma vidraça cheia de frutas estragadas. – É feio desperdiçar.
-Isso é aproveitar-se dos dons alheios. – fingiu estar magoada e começou a pegou a primeira fruta, era um morango totalmente estragado, mas como eu disse, era estragado.
Contanto que tocasse apenas uma vez a fruta ela estaria madura, "cheia de vida" e pronta para ser usada numa deliciosa torta. Passou o morango para Jacob e pegou a próxima fruta, uma maçã.
-Será que há muitos assassinatos aqui? – ele começou a picar as frutas que ela trazia a vida.
-Espero que não, estou enjoando de falar com mortos.
-Foi uma pergunta retórica.
-Claro que foi. – pegou a última fruta da vidraça e levou-a até a pia. – Já tem alguma pronta?
-Se eu contar você irá devorá-la? – ele brincou fazendo beicinho.
-Prometo te dar um pedaço. – ela disse começando a procurar.
-Tem uma no forno, - ele fez uma pausa para suspirar. – você realmente odeia surpresas não é?
Dito isso a jovem Isabella abriu o forno e encontrou nele uma torta quentinha. Cortou seu pedaço e sentou-se na mesa restaurada essa tarde por Jake. Era torta de morango, a sua receita secreta que dividia com Jake.
-Você sabia que eu estava acordada. Por que não me chamou para ajudá-lo?
-Achei que a pessoa não saber fazia parte da surpresa.
-Foi uma pergunta retórica.
-Tenho certeza que se não houver muitos assassinatos eu mesmo virarei um assassino.
A conversa fluiu normalmente, como sempre. E como sempre Bella mantinha uma distância razoável de Jacob. Ele respeitava demais a amiga e até tentava entender o porquê de ela não gostar de ser tocada. Oras, quando algo morto a tocava voltava a vida, o que há de traumático nisso?
E conversa vai, conversa vem e já eram duas da madrugada, teriam apenas algumas horas de sono até a primeira aula.
-Acho melhor dormimos Bells. – ele tomou a iniciativa já terminando de lavar a louça enquanto Bella guardava as frutas e os outros ingredientes.
-Concordo, acho que o sono está chegando. – dito isso bocejou mais uma vez, como reflexo ele esfregou os olhos.
-É, imagine se as pessoas resolvem reparar no tamanho das suas olheiras. É dizer adeus a qualquer tipo de popularidade!
-Claro, claro. – ela disse começando a subir as escadas. – Certifique-se de terminar ai e ir logo dormir. – ele apenas balançou a cabeça assentindo.
Isabella subiu as escadas acreditando que ele dormiria. Logo conseguiu deitar-se e dormir rapidamente enquanto Jake enrolava mais um pouco no andar de baixo.
Jacob conhecia bem Bella e sabia que ela acreditaria nas suas mentiras, então já que a primeira tentativa de surpresa não o funcionara tentaria surpreende-la com tortas pela manhã, então se pôs a fazer mais tortas ainda.
Aqui estão os fatos: Forks tinha uma taxa incrivelmente grande de pessoas anormais. Assim como Isabella e Jacob os Cullen que moravam do outro lado da cidade também tinham um grande segredo: estavam todos mortos. Não é tão ruim como parece, eles são todos vampiros. Enquanto Bella é a própria criadora de vida, eles eram a ausência.
Eram todos especiais, com grandes dons.
Edward Cullen tem 98 anos, 19 semanas, 5 dias e 46 minutos. Ele tinha um dom que compartilhava apenas com sua família. Ele não apenas era incrivelmente forte e rápido como seus irmãos, ele também lia mentes. Todos os pensamentos que se passa em sua cabeça, sem exceções. Assim como o dom de Bella, não vinha com um manual de instruções ou regras, mas ele teve tempo para aprender a manuseá-lo.
A essa hora da madrugada estava entediado demais para ficar trancado dentro de casa, então saiu para aproveitar o ar fresco. Era ótimo não precisar dormir às vezes, evitava que seus pais o impedisse de sair àquela hora da madrugada. E ele já estava tão bom em fingir reações humanas perto de humanos que raramente desconfiavam dele, mais que isso, ele sabia como os humanos pensavam e até tentava pensar como eles.
Mas ele sabia de algo, era o único que estava sozinho em toda sua família. Alice tinha Jasper, Rosalie tinha Emmet e Carlisle tinha Esme. Não poderia pedir mais para uma família, mas sentia falta de ter alguém ao seu lado.
-Isso é até doentio. Sentir falta de algo que nunca tive, de uma companhia. – ele suspirou sentado em cima de uma árvore.
Então ele decidiu dedicar-se apenas em achar alguém. Alguém de preferência que não tenha mais sangue correndo pelas veias.
Perdido em pensamentos ficou sentado ali até amanhecer. Já era hora de voltar para casa.
Neste exato momento Bella acordou contra vontade, não se sentindo descansada o suficiente rolou inúmeras vezes na cama deparando com o despertador e vendo que já era hora de acordar.
Levantou-se e colocou a roupa mais normal que tinha no armário. Algo muito difícil, pois no internato só havia pessoas exageradas e como não tinha permissão para sair as outras pessoas é quem estavam encarregadas de comprar suas roupas. Ainda assim caçou um jeans meio folgado e uma blusa comum.
A única blusa azul comum que tinha já estava desgastada demais, então procurou um casaco normal. Não achando nada fechou o armário e calçou suas sandálias pretas.
Abriu a porta de Jake que ainda rolava na cama, motivo que Bella ainda não sabia.
A primeira torta que ele fez saiu errada, era muito raro isso acontecer o que provava que a sorte não estava ao seu lado. Continuou tentando e quando foi se deitar já eram quatro da manhã.
Sem ligar muito ela puxou os pés dele fazendo-o reclamar.
-Atrasado no primeiro dia de aula. – seguiu até seu guarda-roupa e pegou o primeiro moletom que achou, era cinza e bem folgado. Era tudo o que precisava: ser cinza. Deu um sorriso no canto da boca e vestiu-o. – Anda Jake, não quero me atrasar.
-Bella. – ele resmungou de novo se levantando. O que ele não sabia era que seu cabelo era ainda mais rebelde enquanto dormia, fazendo-o ficar firme em um enorme topete. – Tem algo para você no forno. – dito isso se levantou da cama indo até seu armário.
-Você não existe. – disse já descendo as escadas. – A propósito – disse após adquirir uma distância segura. – vamos ao cabeleireiro este sábado!
Apressou o passo e pegou a torta que já esperava no forno. Conseguiu ouvir os passos pesados e apressados dele vindos do andar de cima. Enfiou o maior pedaço de torta que conseguiu na boca e saiu correndo.
-Foi um comentário sincero e sem intensão de ofender!
-Pois bem, prometo que tudo que eu fizer a partir de agora não é proposital! – ele disse correndo atrás dela.
Ela passou pela porta da frente e parou ao ver o quintal. Todas as flores que ontem estavam lindas debaixo da chuva agora estavam mortas. Jake parou ao lado dela quando a viu imóvel.
-Droga. – ela disse passando por ele sem tocá-lo e entrando em casa para pegar mais um pedaço de torta.
Jacob sabia o que era aquilo. Eram as conseqüências das frutas que ela salvou ontem. Frutas por flores, algo bem justo.
-Bells, vamos para a escola. – ele gritou já entrando no carro.
Nada muito caro. Tinham o escolhido no ferro velho, na verdade pediram pelo carro mais barato. Não queriam gastar o dinheiro que já tinham ganhado por resolverem os assassinatos.
Ele subiu fazendo o carro ranger, como uma reclamação e em alguns segundos ela passou pela porta da frente com um pedaço enorme de torta. Ela bateu no vidro pedindo para que ele abrisse a porta. Ele mostrou a língua para ela. Ela mostrou as mãos ocupadas com os pedaços de torta, ele apenas deu os ombros.
Enfiou um pedaço imenso na boca e abriu a porta.
-Qual parte do "vamos chegar atrasados" você não entendeu?
-Isso é resultado da sua gula não me culpe ok?
-Claro, o nosso maior problema é essa carroça não andar.
Na verdade o que aconteceu no ferro velho foi: Bella pela primeira vez decidiu exagerar em algo, se fosse para comprar um carro queria que fosse algo extravagante! De tirar o fôlego de todos. Mas Jake foi contra, disse que em uma cidade tão pequena deveriam ser discretos.
-Se quer chamar atenção, Bella, sugiro que saia revivendo todos os mortos.
-Eu quero um carro melhor.
-Achei que já tivéssemos discutido sobre sermos discretos.
-Achei que já tivéssemos discutido sobre quem ressuscita os mortos.
-Pelo amor de Deus Bella! Não seja teimosa!
-Ótimo! Leve o pior carro então!
-É isso mesmo que eu vou fazer, ok? E naquela cidade não será o pior.
Jacob girou a chave na ignição fazendo o motor do carro rugir, tão alto que fez com que Bella tapasse os ouvidos.
-Tão, mas TÃO discreto!
-Não enche, estorvo.
O carro seguiu até a escola de um jeito muito barulhento, e os dois descobriram algo que não vinha no manual do carro: não tente passar dos 70km/h. Mas conseguiram chegar à escola sem problemas e sem atrasos.
O primeiro carro em que Bella reparou foi um volvo prata – reluzente até.
-Como você tinha dito? O nosso seria o melhor? Acho que está subestimando as cidades pequenas Jake.
-Não seja irritante Bells! – ele disse batendo as mãos no volante.
-Vai com calma garotão, estamos em um carro idoso, qualquer agressão e ele já era.
-Trocamos amanhã.
-Pra falar a verdade, eu até que gostei dele. Ele deve ter o quê? Uns cem anos.
-Você é tão cínica que me assusta.
-Acostume-se.
-Desce do carro, vamos pra aula.
-Vai me buscar em todas as aulas certo?
-Sim. E me espere para ir embora.
-Como você acha que eu vou voltar para casa sem um carro? Voando?
-Vai ver você ressuscita um cara morto e ele te da as chaves do carro dele.
-Piada sem graça. – ela disse abrindo a porta do carro e descendo, então percebeu a grande besteira que fez.
Bella estava afastada do internato fazia um mês. 30 dias longe de multidões e pessoas aglomeradas, o que a assustou ao sair do carro. Eram pessoas, não tão esquisitas quanto as do internato, mas todas animadas demais, hiperativas, andando sem rumo, perturbando os outros, correndo com centenas de folhas empilhadas e até brigando.
Foi muita informação para sua cabeça. Como instinto ela pulou para trás grudando as costas ao carro.
-Acho que vou matar o primeiro dia de aula Jake. – ela gritou sem perceber que ele já estava ao seu lado.
-Esqueça. O número de pessoas não irá diminuir do dia da noite. – ele disse sem humor a puxando pelo braço.
Era raro ter alunos novos na Forks High School, o que fazia com que todos os olhares focassem nos dois.
Em um breve momento de desespero Bella considerou a idéia de agarrar o braço de Jake como forma de proteção, mas isso parecia tão assustador quanto encarar todos os alunos da escola. Então mudou sua expressão e continuou andando atrás de Jacob.
-Sua primeira aula?
-Inglês.
Isso poderia não significar nada para muitas pessoas, mas para Isabella era algo ótimo. Devido a falta de companhias em toda sua infância e começo de adolescência, Bella começou a ler. Leu sobre as aventuras e vidas de outras pessoas, mais importante que isso leu sobre vidas e aventuras que nunca viveria.
Leu e releu romances que nunca viveria, e sobre pessoas que morriam e nunca voltavam a vida. Algo do nunca que nunca fazia sentido para ela.
Ao lembrar de tudo isso ela abriu um sorriso cínico no canto da boca. Com certeza ninguém naquela escola havia lido tanto quanto ela.
-Fico feliz por você, se te interessa, irei aproveitar minha aula de matemática, obrigado por perguntar.
-Ugh, matemática.
Matemática, por assim dizer, era a única matéria que ela odiava. Ao contrário de Jake que adorava, achava que os números eram ótimos companheiros, sempre tão imparciais, tão frios.
-Então, está entregue. – disse parando em frente a sala de Bella.
-Boa sorte para nós.
Ele ainda abriu um meio sorriso para ela e foi embora para sua classe.
Bella apresentou-se ao professor, que não fez questão de apresentá-la ao resto da sala, e sentou-se em uma cadeira vaga no fundo da sala.
A aula passou rápido aos olhos de Bella enquanto para os outros alunos desacostumados com visitas e ansiosos, passou incrivelmente devagar. Sr. Mason, o professor de inglês que ninguém dava muita moral, tentava de várias maneiras chamar a atenção dos alunos para o atual romance estudado: "O morro dos ventos uivantes".
Mas naquela sala cheia de adolescentes, com hormônios descontrolados, apenas a jovem Bella prestava atenção no professor.
O sinal tocou e em segundos todos estavam em cima de Bella.
-Você é a garota nova certo?
-Você é a Bella?!
-Quem era aquele seu amigo, era seu irmão?
As perguntas eram tantas que seu cérebro quase fritou. Vendo que não agüentaria mais muito tempo começou a pensar em uma maneira de escapar dali antes que eles resolvessem toca-la.
Num movimento rápido guardou todos os seus pertences na bolsa e passou no espaço que havia entre Mike e Jéssica, alunos normais e curiosos.
Saiu correndo até a porta da sala e através do corredor. Sem pensar muito entrou na primeira porta que viu que parecia abandonada. O que ela não sabia era que aquela sala era a sala do zelador.
Andy, o zelador, tinha 45 anos, 36 meses, 4 semanas e 30 minutos. Nunca estava em sua sala, mas também nunca era visto limpando os locais. Devido a sua constante ausência, vários boatos começaram a surgir. Mas o que ninguém sabia era que Andy apenas descansava debaixo de uma árvore no pátio da escola durante o horário de aulas.
Ainda ofegando fechou a porta atrás de si e agachou tampando os ouvidos com as mãos, tentando afastar todo o barulho do outro lado da porta.
Por sorte, ou talvez azar, o "jovem" Edward estava matando sua primeira aula de biologia. Sr. Banner resolvera fazer uma aula de tipos sanguíneos, e para vampiros isso era insuportável. Normalmente matava aulas em seu carro, ouvindo suas música, mas hoje foi o dia em que ele pensou: "Aah, nada como uma mudança" e se escondeu no armário do zelador.
Dentro daquela sala apertada e escura, Bella não podia enxergar nada, ao contrário de Edward que enxergava tudo, principalmente o pânico dela.
Desorientado e sem saber o que fazer ele procurou pelo interruptor de luz. Sem desviar os olhos da garota ele acendeu a luz e agachou-se ao seu lado.
-Está tudo bem?
Então ele sentiu algo que nunca sentira por ninguém exceto sua família. Ele sentiu que queria protegê-la, queria acabar com toda afobação que a assustava.
Duvidando do que tinha acabado de ouvir ela ergueu os olhos encontrando os dele. Eram diferentes, eram dourados, fora do comum, como ouro derretido, mas ainda assim eram lindos.
-Des-! Eu não queria-! – ela começou a gaguejar frase mau formuladas e se espremeu ainda mais na porta.
-Não faz mal, o que houve? Está passando mal? – então ele puxou o ar para respirar.
O cheiro dela era incrivelmente delicioso, mais que isso era insuportável, de um jeito não ofensivo. Se não fosse tão controlado, poderia jurar que a atacaria bem ali, qualquer um atacaria. Isabella era sem dúvidas sortuda e por outro lado, incrivelmente azarada, que ser humano comum acabaria trancado em uma sala minúscula com um vampiro?
Então ele percebeu mais uma coisa, uma coisa que o intrigava ainda mais. Tirando o som da respiração pesada e difícil e dos quase soluços dela, mais nenhum som emanava dela, nenhuma "voz". Onde estavam os pensamentos dela?
Ela encarou um pouco mais os olhos dourados à sua frente e tentou respirar normalmente.
-É que-! Havia muita gente junta, em cima de mim. Já estou melhor, desculpe atrapalha-lo! – dito isso ela levantou-se e abriu a porta esbarrando os dedos no rosto dele.
Como se um choque fosse transmitido de seus dedos até o rosto dele uma luz forte passou pelo seu rosto, uma luz que ela conhecia muito bem. Era a mesma luz de quando tocava algo morto, exatamente a mesma.
Edward sem entender nada se afastou dos dedos dela e continuou a encará-lo.
-Desculpe! – ela disse de novo sem entender absolutamente nada e saiu correndo através do corredor de novo.
Edward também sem entender nada saiu da sala e parou em frente a porta.
Jacob que havia ido buscar Bella havia visto toda a cena, não o que havia acontecido dentro do armário, mas sim a viu sair correndo e viu-o sair atrás dela.
Sem entender menos ainda cutucou o ombro de Edward, fazendo-o encara-lo confuso.
-Ah, eu acabei de conhecê-la! – ele disse em sua defesa?
Sentindo um ciúmes imenso ele apenas conseguiu perguntar o que seu ciúmes mandava.
-Ela te tocou?
Fim do primeiro capítulo.
Oi gente, bem, eu não pretendia postar essa fic. Foi uma idéia meio maluca que eu tive quando tava vendo Pushing Daisies e pra falar a verdade a história ficou bem fofa. Como os capítulos são mais longos e tenho que postar I know who you are, não faço idéia de quando eu vou postar novamente. Mas prometo tentar ser rápida! Pra quem tiver interessado em ver Pushing Daisies tem pra baixar no is life corp, eu recomendo, é fofo demais!
Bem, espero que gostem.
Melanie.
