Ela estava olhando nos meus olhos... Ela tocava a cicatriz por cima de minhas
lagrimas. Sua pele quente, era como chapa em brasas em minha pele tão gelada.
Seus olhos brilhavam, não de medo, ansiedade. Seu delicado dedo indicador,
percorrerá a cicatriz, que tinha uma aparência de entreaberta, com pingos de prata
a prendendo em pontos específicos. Ela começava no canto direito do meu olho
esquerdo, e cruzava o meu rosto, passando por cima de meu nariz, e minha boca,
seus delicados dedos, não tinham repulsa em me tocar, era apenas curiosidade.
Passou, pelo olho, pelo nariz, pela boca. Sensação sim, gostosa, que me fez
fechar os olhos, mas logo abri-lo em espantos, por sentir, o pequeno, e
recheados lábios quente, tocar nos meus frios e mortos...
1º CAPITULO: COMO TUDO COMEÇOU
" Da mais linda flor é extraído o delicioso perfume, A delicada rosa significa pureza. De uma rosa de presente mais cuidado, essa linda flor contem espinhos."
SETEMBRO DE 2011
Sou Edward Masen, o menino de ouro, fui criado pelo meu pai, embora eu tenha perdido minha mãe muito cedo. Ocupei a minha vida de uma maneira, que não me fizesse sentir tanta fala dela, apenas segui os passos do meu pai, sou bonito, rico, tenho a vida perfeita, a namorada perfeita, eu poderia dizer que estava no auge da minha vida, e eu tinha apenas 17 anos.
Eu estudava em elite, apenas com os melhores eu era o capitão do time de futebol, namorava a lidere de torcida mais gostosa. Tânia Denali, como eu disse, tudo perfeito no seu devido lugar, iria até me candidatar para o líder do concelho estudantil.
Nunca vi meu pai tão orgulhoso, fui eleito. Até uma festa de comemoração foi feita na boate que ficava encima do prédio. Principal de um hotel, muita bebida, muita mulher, e sim Edward estava feliz.
Kitty Norris, era a garota do inferno, sempre no meu pé, sempre me subestimando, criticando e tentando acabar com o meu brilho. Ela estava na festa, e eu me aproximei, a elogiei, mesmo sendo mentira, e ela sorriu, sabendo que era mentira.
- Tão lindo como sempre Masen. Sempre impecável e perfeito. Vaidade de mais não acha.
Sorri. Não era porque ela não se preocupava com a aparência que nós meros mortais abençoados com rosto bonito e corpo perfeito temos que fazer o mesmo.
- Rosto bonito não é carácter, querido.
- Eu sou rico. Muitas pessoas enxergam apenas isso.
- Infelizmente não deu tempo de sua mãe lhe ensinar algo que prestasse. - disse desencostando do balcão. Eu a agarrei pelo braço e a arrastei para o telhado, não seria a primeira vez que teria que bater em uma garota.
- Da proxima vez lave a sua boca imunda para falar de minha mãe.
- O único imundo aqui Masen é você.
Eu levantei a mão.
- Não acha que está na hora de tomar uma lição. Parar de ser mimado ser egoísta, parar de ser com o seu pai.
- O meu pai me ama, e me ensinou a ser o melhor.
- O melhor dos merdas. Enquanto se parecer com Elizabeth, você sempre terá serventia para ele, Masen.
- Ele me ama.
- A única pessoa que te amava morreu e se você não resolver isso, morrerá junto.
- Você é maluca, vou embora.
- Fuja o quando quiser, mas você sempre será assim mesmo. Feio.
- Eu não sou feio, eu não sou você.
" A beleza bruta, junta-se ao que realmente é, olhos bonitos não são gentileza, serás por fora o que és por dentro." delicadamente ela soprou o meu rosto, ela estava tão próxima e eu não tinha percebido. Ela agarrou a minha mão e eu me assustei, despejou um beijo delicado na palma e logo a fechou. " Terás um ano até que a arvore floresça, a única que te ama morreu, meu querido, e seu amor foi com ela. Encontre o que à de bom em ti. Serás aquilo que és por dentro. Um te amo não salvará sua vida, e nem fará voltá-lo ao normal. Porque esse e o Edward Masen. Encontre-se."
Ela era uma maluca. Meu corpo queimou, ardeu, quebrou. Minha cabeça estava queimando.
- Levante-se Masen, e encare sua real beleza.
Fiquei de joelho em frente a uma das janelas do terraço, meu rosto estava deformado, eu estava careca, meus olhos de verdes viraram negros. Algo como se fosse fios de pratas listavam o topo de minha cabeça como se a costurasse, ela ia ate o topo do tronco do meu nariz, o costurando 3 vezes. Meu rosto estava horrível, arranquei minha blusa, e meu corpo estava parecido, acompanhando de muitas linhas prestas, como se fosse galhos secos de arvores e espinhos, e na minha mão uma raiz de arvore, e no meu ante-braço uma enorme arvore aparecia, ela se mexeu como se um leve vento tivesse soprando, e fazendo alguma de suas folhas caírem.
- O que você fez comigo?
- Apenas te mostrei quem você é.
- Você me danificou, me deformou.
- Eu te concertei.
- Você é uma bruxa? Quem é você?
- Me chame do que quiser. Mande um abraço para o seu pai, querido. Um ano. Não se esqueça.
E aquela suja ainda beijou minha horrível e desagradável testa.
