Prólogo

Por diversas vezes ele me salvou e me ajudou assim como aos meus irmãos, muitas vezes tive medo de o perder e sofria em silêncio. Sorria-lhe para ele perceber o quanto gostava dele para ele sempre me pareceu indiferente. Outras vezes sorria ele para mim e eu não conseguia fazer o mesmo.
Sempre o admirei, sempre fui uma fã dele mesmo quando ele nem sabia que eu existia. Que sorte que o meu irmão Ron tem em ser amigo dele.
Na escola ele sempre teve olhos para a Cho Chang. E o que é que ele recebeu em troca? Nada! Só porque o namorado dela morreu ás mãos do Quem-Nós-Sabemos! O Harry não teve culpa. Qualquer um podia ter cometido um erro ou ter chegado demasiado tarde.
Será ainda tarde para o Harry me amar?
O Ron e a Hermione já namoram há alguns meses. O Michael por vezes convida-me para sair, mas eu não quero nada com ele, mas não sei se ele percebe. Devia dizer-lhe que afinal nunca o amei!
A escola já acabou, mas eu ainda moro com os meus pais. O Ron mudou-se para outra casa com a Hermione e vão casar-se em breve. O Harry também já mora sozinho, na Diagon-all e por vezes vai ainda á escola dar aulas.
O Harry derrotou o Quem-Nós-Sabemos.
Pareço uma menina de cinco anos a falar dele. Como é que eu vou fazer com ele olhe para mim?
Parece tão fácil e ao mesmo tempo tão complicado.
Hoje o Ron convidou-me para ir ao cinema com ele. Ele tem andado tão atabalhoado que nem tem tempo para mim.
— Ginny! O teu irmão chegou!
A minha mãe já me está a chamar. Tenho de ir andando.
Ginny fechou o seu diário e arrumou-o na gaveta trancando-a com a varinha, como sempre fazia. Ela sabia que já ninguém o ia ler, mas estava tão habituada a trancar a gaveta que nem se lembrava mais que morava apenas com os pais.
Desceu as escadas a correr despediu-se da mãe e do pai que se tinha reformando recentemente e saiu para ir dar uma grande abraço ao irmão Ron.
Ron tinha deixando crescer um pouco o cabelo e vestia-a como os Muggles. Hermione insistira em morar mesmo no centro de Londres e Ron viu-se obrigado a comprar um carro.
Ginny abraçou Ron e entrou no carro colocando o cinto de segurança. Já tinha passeado outras vezes com ele e já sabia o que tinha de fazer. As ruas de Londres tinham muito movimento, por outro lado o Ron andava muito depressa.
Na chegada a casa, Ginny abriu novamente o seu diário e escreveu apenas duas frases curtas.

Fui ao cinema com o meu irmão Ron, mas tive mais uma visão e perdi os sentidos a meio do filme. O que se passa comigo?