Quando o presente conhece o Passado
-Hermione!-gritou Ron. Os meninos entravam na enfermaria correndo, para abraçar sua amiga.
-Ai! Estou doente...
- Desculpe...
Harry e Ron se separaram de sua amiga. Ela tinha um aspecto horrível.
-Oh, Harry... por que choras?-murmurou Hermione com um fio de voz. Harry esfregou as mãos nos olhos.
-Não.. estou chorando- disse, finalmente- só estou alegre por estar... bem.. viva...
-Pois eu estou chorando! E eu não me conformo com que esteja viva, deveria estar bem!-gemeu Ron, atrapalhando a Hermione e com um abraço que quase quebrou os ossos dela, apesar dos protestos. Logo se soltou dela e a olhou nos olhos - Eu te prometo que os encontrarei, Hermione, e quando os achar eu chutarei os traseiros ossudos de Comensais da Morte. Você como uma irmã, e você sabe... que nada machuca a minha família... Nada.
-Você não fará nada, Ronald Wesley. Não quero que te matem por causa de uma estúpida vingança. Estou bem, meninos, de verdade... ainda bem que o professor Snape estava lá e deu uma desculpa perfeita pra Voldemort...
-Dumbledore já nos disse isso - murmurou Harry, olhando para o braço esquerdo da menina-Eu sinto tanto, Hermione...
Harry tocou com seus dedos o antebraço vendado de sua amiga, assim pode continuar fingindo que não chorava. Ron se estremeceu e esfregou os olhos.
-Não é sua culpa, Harry - murmurou Hermione passando a mão na bochecha de seu amigo - Não é... animo! Toda mudança implica uma oportunidade... Tem que ver as coisas pelo lado positivo... Agora a Ordem não dependerá só das informações de Snape... isso deveria alegra-los, meninos...
-Não se o preço a pagar é minha melhor amiga ser forçada a ter A Marca Negra!-gritou Ron - Não é justo... não há nada de positivo nisto... você não merece isto...
-Tudo isto é culpa minha - repetiu Harry.
-Harry..-sussurrou Hermione.
Harry olho Ron, talvez buscando algum apoio, mas ele não achou esse apoio. Ao sentir este olhar desesperado de Harry, Ron desviou os olhos, mordendo o lábio inferior. Harry se deixou chorar e levantou, separando-se de Hermione.
-Não..não tente me proteger, Hermione. É a verdade.. se não.. se não fosse por mim.. não teriam te seqüestrado...
-Isso é loucura...-murmurou Hermione - o que disse.. eu não deixaria de ser filhas de trouxa se você não fosse meu amigo, Harry.
-Não não deixaria de ser filhar de trouxa, mas ao menos não seria um dos principais objetivos de Voldemort...
-Harry...-suspirou Hermione, estendendo a mão para seu amigo. Harry duvidou, mas pegou as mãos e levou os dedos aos seus lábios. Ao ver este gesto, Ron se levantou, e saiu da enfermaria sem olhar pra trás.
-Isto não vem ao caso...-murmurou Hermione - ele não sabe quem culpar, não se da conta que não pode culpar a ninguém... Você, Harry, Sua amizade, é o mais importante que me aconteceu... é a maior vantagem em ser bruxa... Alegro-me por ter tido a oportunidade de descobrir que por trás do famoso Harry Potter, se esconde um menino tímido, doce e valente, capaz de amar acima de tudo, capaz de ser o melhor amigo do mundo...Se for preciso pagar por essa amizade são esses pequenos sacrifícios... não me importa pagá-los. Sabe que Voldemort não poderá obrigar me a fazer nada, não até que esteja fora da escola... por mais que eu leve a Marca Negra.. nem Draco nem nós somos "sujos" todavia..estamos debaixo da proteção de Snape.. No momento, para Voldemort Drago é eu somos peões.. mas para a Ordem da Fênix podemos ser muito mais, Harry... Ron também se dará conta, antes ou depois, você verá...
-Não, Hermione, ele sabe... Sabe que tudo isto é por minha culpa... ano após ano eu te ponho em perigo... primeiro a pedra filosofal... o maldito basilisco... e quase te atam no Ministério, Hermione! Só por minha maldita obsessão... estaria mais segura longe de mim...Hermione..
-Poção para dormir sem sonhos, Srta Granger...-murmurou uma voz fria, que arrastava as palavras atrás deles. Harry se assustou e deixou cair à mão de Hermione, deixando o espaço livre ao professor para que ele lhe desse a poção.
Hermione examinou o vidro com as mãos tremendo, e levantou a vista para olhar nos olhos do professor.
-Obrigada...-murmurou - por tudo...
Logo ela bebeu a poção num gole só, caindo sobre as almofadas.
-Professor...-sussurrou Harry.Snape não se moveu.Seu rosto estava oculto pelos seus cabelos oleosos - Eu também queria... Agradecer-lhe...
-Não a de que, Potter... tinha que haver outra solução... mas faça me um favor.. faça com que isto não se repita... não a deixe só.. agora ela necessita de você mais do que parede... quando.. ela necessitar de você... esteja ao seu lado! Não importa o que aconteça... Eu não gostaria de fazer isto por algum do Wesley
Harry começou a caminha para a saída...
-Assim eu farei-murmurou-Assim eu farei.
Mas antes de fechar a porta de trás dela, não pode deixar de olhar a ultima uma vez.
E viu com Snape se inclinava para retirar o vidro da mão de Hermione. Como colocou o vidro em cima da mesinha, entrelaçou sua mão na de Hermione. E como, exatamente como havia feito Harry há minutos atrás, levava os dedos a seus lábios...
Harry fechou a porta muito chateado. Sem querer ver como o professor separa os o rosto e os dedos de Hermione e encontrava seus lábios...
*****
-Hermione!? Espera!
-Harry, saia daqui!
-nada disso... não deixarei que vá sozinha... se eu prometi... era um velho morcegão, mas sabe o que eu disse...
-Do que fala?-perguntou Hermione, exasperada.
-Ouviu-me, Hermione...Snape me encarregou de não lhe deixar sozinha, nunca, que te apoiasse em tudo..e ouvi lhe, Quando você falou com McGonagall..
Hermione olhou o relógio que tinha em seu pulso e a poção que sustentava na outra mão.
-Rápido... não tenho muito tempo.. O que foi que você ouviu?
-Eu ouvi que você quer falar com a minha mãe, perguntar que feitiço ela utilizou para me proteger... está preocupada com Ron e o que ele pode fazer, e acredita que o feitiço da minha mãe poderia nos proteger de novo... Mas não desejas ir sozinha... McGonagall não estava de acordo! Hermione não desejo que vá sozinha...
-Harry eu não vou lutar com Voldemort, só vou falar com sua mãe, você já sabe que eu não necessito de ajuda pra isso.
-Eu também vou, Hermione.
-Não pode! Se ela te visse...
-Seria um desastre, eu sei...Por isto eu trouxe isto..
Harry pegou a capa da invisibilidade. Hermione pareceu duvidar, mas seu relógio começou apitar, e ela examinou em cima da mesa, o peno giratempo de seu terceiro ano. McGonagall nunca havia pedido de volta. E ela sabia que algum dia precisaria dele. Mas esse era um dado que Harry e Ron não poderiam saber...
-Não há tempo, Harry...-murmurou a menina, com pena. Levou o vidro aos seus lábios e deu apenas tempo pra beber metade do conteúdo, quando Harry tomou lhe o vidro pra beber o resto.
Exatamente um segundo antes da menina desaparecer, Harry se agarrou com as mãos os punhos que sustentavam o giratempo.
Depois só viu a escuridão.
*****
-Oh Merda! Harry, Harry! Sai de cima de mim!Esta me machucando!Está me ouvindo!
Dando um salto, HArry se levantou, e estendeu a mão pra sua amiga.
-Esta bem? Como vamos volta agora?
- E eu que sei!!-gemeu Hermione, sacudindo os grãos de areia das vestes, e guardando a corrente em um bolso.-Nem sequer posso saber se chegamos a fenda certa... aquela poção estava preparada para só uma pessoa... reze para tudo ter saído certo, e mesmo assim, reza para que a Mcgonagall desta época acredite em nós e possa nos ajudar...
Hermione começou a andar e Harry a seguiu.
-Onde estamos?-Perguntou o menino.
-Não sei... Deveríamos estar em uma aula de transfiguração em 1980.De onde usaríamos a rede flú para ir a mansão da família de sua mãe, em Godric Hollow... Existe uma lenda que assegura que ela teria premonições e sabia algumas coisas que iriam acontecer... creio que é só uma lenda, mas acredito que mesmo assim ela pudesse me dizer o maldito feitiço.. Agora por sua culpa, creio que estamos na Floresta Proibida.A fenda que entramos deve ter sido a errada.
Harry abaixou a cabeça, envergonhado...mas não podia deixa-la sozinha!
-Eu sinto muito - murmurou.
-É meio tarde pra isto, Harry... Pegue a capa, rápido! Acho que vem vindo alguém!
Harry viu o pânico que crescia em Hermione.
-Acredito...Acredito que caiu.. antes de tomar toda a poção - murmurou.
-Oh não! O que fazemos agora?
-Quem está aí?-rugiu uma voz conhecida...
-É o Hagrid!- exclamou Harry - Hermione, é o Hagrid!
-O único que nos garante estarmos em alguma fenda entre 1950 e nosso presente...-contestou Hermione, secamente.
-Mas... é o Hagrid! Ele vai nos ajudar!
HArry corria em direção ao lugar onde vinha a voz, e Hermione, depois observa-lo, correu atrás dele.
-Harry! Certamente ele não te reconhecerá! Tenha cuidado!...
Quando Hermione alcançou Harry, se viu atrapalhada dolorosamente por um braço.
-Ah!!
-Um menino e uma menina...-grunhiu um Rubeo Hagrid ligeiramente mais novo do que eles conheciam.-Que raios estão fazendo aqui dentro? Bom, bom... melhor você não me darem detalhes... Podem agradecer que todos os professores estão em uma reunião e não podemos interromper... tenho que levá-los aos monitores...
Conforme falava, Hagrid andava a grandes passos pelo castelo, ralhando com os garotos. Seu enorme cachorro, Canino, girava em torno deles e latia alto.
-Humm... garoto...É parente daquele Trasgo do Potter ou algo do gênero? Vocês se parecem muito... que estranho... não lembro de ter te visto aqui na escola... Mas ambos estão com vestes Grifinórias, que coisa...bom...vou deixar vocês com os monitores... são meninos muito responsáveis..
-Hagrid, Hagrid!-gritou Hermione-Por favor, espera! Temos que te explicar! Viemos do futuro!
-A sim? Esta é tão ridícula que nunca haviam me dado.
-Por favor, Hagrid!-suplicou Harry - Tem que acreditar!Sabemos...Sabemos que é meio-gigante!
Hagrid riu
Isto está na cara garoto. -Sabemos que te expulsaram da escola no terceiro ano porque te acusaram de abrir a câmara secreta - gemeu Hermione.
Hagrid os soltou, com muita força, pois os dois amigos caíram um contra o outro não chão duro.
-Não... que pessoa cruel pode falar está mentira... Mas está claro que não é uma grifinória!
-Também sabemos que é inocente!-gritou Harry - O Herdeiro de Sonserina era Tom Riddle, não você!
-Sabemos que você só cuidava de Aragogue, uma aranha gigante, e que agora está escondida na floresta, e que é sua amiga...
Sabemos que tem um meio irmão Grawp, e que daqui a alguns anos o encontrará... e tentará "socializa-lo". Nós vamos o ajudar, Hagrid. No futuro nós somos seus amigos!Por favor, Hagrid, necessitamos da sua ajuda...
Hagrid estava retrocedendo, olhava-os com terror. Harry e Hermione se levantaram.
-Só necessitamos que nos diga uma coisa, Hagrid... em que ano estamos?
-Os... os monitores estão aí dentro... eles dirão o que quiserem... eu vou embora... vou embora...
Antes que Hermione e Harry pudessem raciocinar, Hagrid havia desaparecido.
-O que fazemos?-perguntou Harry. Hermione voltou a si e colocou a mão maçaneta da porta.
-Temos outra opção?
-Suponho que não..-murmurou Harry.
Hermione abriu a porta, olhou dentro, e muito mal educadamente fechou de novo. Talvez com muita força.
-Corre! Corre!- ela gritou pra Harry, tirando a mão da maçaneta.
Mas antes que alcançassem metade do corredor, a porta se abriu de novo, e os monitores corriam atrás deles, com as varinhas apontadas e gritando.
-Petrificus Totalus!-gritou a menina.Harry sentiu que Hermione caia ao seu lado.Mas não teve tempo de raciocinar, por que no estante seguinte, foi o menino que gritou.
-Petrificus Totalus!
Harry caiu, paralisado. Aterrorizado, sentiu que os monitores os cercavam.Mas lentamente.
-Potter??!-exclamou o menino, surpreendido. A voz foi terrivelmente familiar para Harry.
-No Severus... creio que não. James tem os olhos castanhos, não verdes... quem é a menina? Já havia visto antes?
-Não Evans... Os despertamos e averiguamos quem são?
-O que podemos fazer-suspirou Lily - Enervate!
Hermione voltou a si num sobressalto.
-Merda!-gritou ao ver os monitores.-
Lily ignorou a Hermione e despertou Harry. Severus estendeu a mão a Hermione para que ela pudesse se levantar.
-Estou é vocabulário para uma... monitora!?
-Ele também é...-disse como o rosto torcido.
-Não podem ser verdadeiras - exclamou Severus - nós somos monitores não eles!
-Não sei, mas... parecem ser verdadeiras - disse Lily, tocando com a ponta do dedo a insígnia de Harry.
-Posso saber de onde vocês saíram?-perguntou Severus, olhando Hermione com os braços cruzados.
-Não-respondeu ela tranquilamente - Harry, acredito que falhamos por dois anos...que pena...
-Sim eu também acredito-murmurou o menino, olhando abobado sua mãe.
-Escute, menininha - insistiu Severus- Acredito tenha lhe feito uma pergunta.
-Olha, menininho, você não o mais indicado para me chamar de "menininha".Até por que... eu lhe respondi: Não, não pode saber de onde nós saímos, Snape.
Severus a olhou as sobrancelhas levantadas.
-Você não é desta escola, e Evans não falou meu não nome... como você sabia?
-Este não é seu nome, e sim seu sobrenome... Mas claro, se prefere que te chamemos de Seboso...
Severus se jogou em cima de Harry, disposto a pegá-lo, mas Lily não deixou. Hermione olhou pra Harry enfadada.
-Não é momento para insultos, Harry. Temos uma missão para cumprir.
-Oh, Hermione... pelo menos uma vez posso insultar Snape sem conseqüências terríveis...
-Hermione?-exclamou Severus, com um desagradável tom sarcastico - que espécie de nome é esse?
-Oh? Grego?... creio que existem mais idiomas fora o latim, "Severus"
-Por que os bruxos têm estes costumes de por nomes raros?-sussurrou Lily.
-Para sua informação, sabichona, meus pais são trouxas como os seus - gruniu Hermione, ofendida. Esta foi à vez de Severus conter Lily.
-Não sei o direito que você tem em chamar ela de sabichona..-murmurou Harry - mas se você quer ter acesso ao feitiço, é melhor ficar quieta.
Hermione olhou pra Harry.
-Não penso em perguntar lhe nada agora! Sei que ela descobriu o feitiço por casualidade poucos dias antes de necessitá-lo... Agora mesmo eu só quero encontra McGonagall e voltar pra casa.
-Mas Hermione!...-sussurrou Harry- eu quero ver meu p.. James...
-Sabe muito bem que não pode fazer isto
-Ela não me reconheceu! por que ele faria isto?- murmurou Harry.
-Do que estão falando?-perguntou Severus, aproximando-se.
-Nada importante... só queria fazer uma pergunta...afinal.. em seu quinto ano... Potter cortou lhe as calças?
De novo Severus tinha um olhar assassino, como disposto a lançar-se no pescoço de Harry, e Lily, cada vez era mais difícil conseguir conter ele. Talvez por que ela mesma estava tentando se conter.
-Harry!-exclamou Hermione - está sendo cruel... lembra-se que neste jogo você tem vantagens.
-Ele também jogou com vantagem estes sete anos... deixe eu me vingar... nem que seja só um pouquinho...
-Está bem, mas depois não se queixe se quando voltarmos ele te odiar, mais do que odiava.. e assim "por casualidade" uma das vezes que ele salvou sua vida, seu rancor for maior que sua consciência... você está morto!
Harry olhou Hermione com pânico. Não havia percebido que tudo o que ele fizesse teria neste tempo teria conseqüência no futuro.
-Não tinha pensado nisto- murmurou. Depois se virou para Severus - me perdoe pelo que disse antes, Snape... não queria lhe ofender...bom, queria, mas não tenho direito...-Harry estendeu a mão para Severus, que a pegou com desconfiança e a apertou rapidamente pondo as mãos na cintura. Lily com os braços cruzados e as sobrancelhas levantadas os olhava surpreendida.
-Tenho que reconhecer que você é muito raro- murmurou Severus- Agora falando sério...de onde vocÊs vêm? por que vocês têm as insígnias de monitores? E o que vocês querem?
Hermione respirou fundo, pondo as mãos na cintura.
-O que eu tinha lhe dito é sério, Severus... algum dia você compreendera, mas não podemos dizer de onde viemos. Meu nome é Hermione Granger e ele é Harry...só Harry. É tudo o que podemos lhe dizer. Temos insígnias por que somos monitores, e quanto ao queremos... queremos falar com McGonagall.
Severus olhou para Hermione firmemente, e Harry não olhou nada daquele olhar, pois não tirava os olhos dela e não tinha mais o inicial desconcerto e a obvia rejeição da existência daquela menina. Começou a prestar atenção nela como fazia ultimamente nas aulas: curiosidade ante ao que evidentemente é um mistério. Há um tempo Harry havia percebido que se tem algo em comum entre Sonserinos e Grifinórios é a curiosidade pouco saudável.
-Pois então vocês têm um problema- disse Lily.
-Qual?-perguntou Harry, cruzando os braços. Tratando de ouvir o que intuía que ocorreria... era simplesmente ridículo!
-McGonnagall e todos os demais professores estão em uma reunião muito importante com o diretor Dumbledore.
-E o que fazemos?-perguntou Hermione- Precisamos falar com ela...
-Terá que esperar que termine a reunião...-disse Severus - e podem aproveitar o tempo para nos explicar de onde vocês saíram...
Hermione olhou a Severus com se suplicasse.
-Sabe que não podemos dizer. talvez a ela sim...- disse, apontando Lily- mas definitivamente a você não.Eu sinto muito, é muito perigoso.
Severus olhou Hermione com os olhos semi-serrados, murmurando algo.
-Cuidado, Hermione - advertiu Harry - Ele esta...
-Eu sei, Harry...Protego!.. Conosco isto não serve pra nada, Severus. Até por que, se não me esqueço.. não é possível ser Mestre de Oclumancia com 17 anos.
-Não, mas é o primeiro de nossa classe...-disse Lily, divertida. Severus franziu o rosto, e Harry não pode deixar sentir um calafrio ao ver como a anterior curiosidade se transformava em uma temida admiração. Este homem que sempre havia sido um mistério para Harry, começava a ser um livro aberto. ou melhor, uma revista de Quadribol aberta... ou ainda, o Quibbler de ponta cabeça invertido de Luna...
-Como pode saber disto? É um segredo...
-Sabemos muitas coisas sobre você, Severus Snape. Algumas coisas que você nem imaginaria...- Hermione se inclinou sobre Severus, sussurrando o último em seu ouvido, com os olhos muitos abertos, com um olhar hipnótico que ele sabia que ela tinha aprendido com a Luna. Deu-lhe muito trabalho para não gritar... por acaso Hermione não se dava conta do efeito que estava tendo sobre Snape?
Snape sacudiu a cabeça, como se.. como se efetivamente estivesse sendo hipnotizado...
- Escute Granger...como é possível ser imune a minha Legimens?
-Bom... Harry, eu e um grupo de amigos estamos sendo treinados pelo melhor Mestre de Oclumancia que existe... para fechar nossas mentes. Nós necessitamos também, estudamos para ser aurores. E eu... bem, sou a primeira da minha classe
Severus e Lily a olharam juntos.
-Estão em uma escola anexa a Hogwarts, ou algo assim?
-Hum.. algo parecido. Por favor.. não faça mais perguntas, não podemos responder- suplicou Harry.
-Está bem.-concedeu Lily- acompanhem me até a sala dos monitores... podem descansar um pouco antes dos professores terminarem a reunião.
Os quatro monitores caminharam até a sala, que não havia mudado nada em 20 anos de diferença. Harry e Hermione se acomodaram em um canto, dispostos a descansar por um tempo, enquanto Severus e Lily retomavam as tarefas que estavam fazendo antes de serem interrompidos.
*****
Harry levara um bom tempo dormindo, e Hermione estava a ponto de seguir seu exemplo, quando notou quem alguém se sentava ao seu lado do sofá. Virou o rosto e se viu refletida em um intenso e negro par de olhos de seu professor de Poções... muitíssimo mais jovem bonito, sorrindo levemente, mas custou bastante não se por a gritar.
-Tem alguma coisa Granger? Está soando...- murmurou, muito baixo.Hermione sentiu seu hálito em seu rosto.Cheirava a Menta.
-Não...Não..Quer...Quer alguma coisa, Severus?
-Então... na verdade quero sim...-disse passando um dedo nos cabelos castanhos de Hermione.
-E..e.. o que quer?
-Queria perguntar lhe o que foi que viu...antes, quando entrou em minha mente.
-Tranqüila, nada que não havia vist...quero dizer, nada que realmente me surpreenda. Um menino... os pais discutindo...nada que lhe avergonhace...
Severus tinha ficado numa cor bem interessante... e para Hermione era obvio que este menino não gostava nada que o analisassem sua mente, de modo que buscava uma via escapatória...
-O que você viu?
-Vi... seu primeiro dia de aula acredito... um tipo meio desagradável, ralhando, por ser um sabe tudo... Não lhe vi muito bem por que estava na sombra, mas tem graça...Recordou-me o chefe da minha casa.
-Ah sim?-perguntou Hermione, surpreendida - E quem é?
-O professor Moody - murmurou Severus- dá medo... mas é realmente...
-Poderoso.
-Sim. Você o conhece?
-Por azar ou sorte, sim.
-Bom, pois ele também me colocou o apelido de sabe tudo no primeiro dia de aula.Eu nunca faria algo assim... julgar alguém assim quero dizer... se eu fosse professor...
Hermione não pode evitar uma gargalhada sarcástica, e Severus a olhou com uma sobrancelha levantada.
-Não..Não vem ao caso, Severus.Estou segura de que você seria um grande professor...
-talvez... eu gosto de Defesa contra as artes das Trevas, mas não acredito que Moody está disposto a deixar a vaga. E de todo modo eu quero ser auror... como o Moody. Quero demonstrar utilidade em tempos de guerra, os Sonserinos podemos ser valiosos, que nem todos temos que ser comensais da morte.
Esta foi à vez de Hermione ficar pálida. Não só porque era exatamente o que ele tinha sido...seu protegido avia convencido que estava do lado dos bons... se for que algo assim podia existir... E então Draco tão pouco havia servido pra algo. Inconsciente levou a mão a seu antebraço esquerdo.
-Está bem?-perguntou Severus, estranhando.
-Sim .. estou.. cansada...
-Então descanse... descanse...
Sem aviso, ele se inclinou sobre seu rosto seus lábios suavemente. Hermione, que não podia acreditar no que estava ocorrendo, fechou os olhos, e fingiu que dormia. Instantes depois notou que Severus se separava de seu rosto, para envolve-la em um abraço. E entre os braços do que algum dia seria seu odiado, temido e admirado professor de Poções, a menina dormiu.
*****
Quando acordou, Hermione se encontrou na mesma posição envolta pelos braços de... Harry. A menina suspirou. Só havia sido um sonho, não?
Ao seu lado, Harry esfregou os olhos, e se levantou.
-Não esfregue seus olhos assim, HArry- lhe repreendeu Lily, em um tom maternal que a Hermione primeiro se enterneceu, mas logo se assustou- Vai se machucar.
-Sim, mãe - gruniu Harry, com seu rosto torcido.Lily riu, achando que o comentário era brincadeira. Mas Hermione se estremeceu de novo...o que estava acontecendo com aqueles dois?
-Sim, filhinho, filhinha... creio que a sua avó já terminou a reunião, assim podemos ir ao seu encontro.
Harry olhou ao redor, ignorando a cara furiosa de Hermione, não gostava nada lugar em que estava chegando a situação.
-Onde está Snape?-perguntou Harry.
- Acordou há uns minutos. tinha um aspecto horrível e lhe obriguei a ir pra cama. Ele leva muitos dias estudando sem parar. Pediu-me pra avisar quando acordassem, mas creio que será melhor não fazer isto. Ele precisa descansar. Vamos ver McGonagall?
-Um momento.. quando Severus dormiu?-perguntou Hermione, sentindo sua garganta ficar seca.
-Depois de falar com você- respondeu a menina pelirroja, abrindo a porta,- Suponho que este sofá realmente seja cômodo, porque os três dormiram como pedras...
A menina já estava no corredor, e Harry a seguiu. Sacudindo se surpresa, Hermione se apresou a imitar seu amigo.
Não havia sido um sonho.
E agora a grande pergunta.
estou realmente a desagradava?
*****
-Não!!- exclamou Mcgonagall- Não é possível! Existe uma cópia do Potter no mundo!! Que Merlin nos proteja a todos...- está foi o estranho cumprimento da professora ao ver Harry entrar com as meninas ao seu lado. Estava de bom humor... isto era um bom sintoma.
-Ah... essa teoria não tinha me ocorrido, Professora...-comentou Lily alegremente.- muito melhor que as demais.
-Srta Evans... quem são estes? Mais alunos para Grifinória? Parece que tenho pouco trabalho com 70?
-71, professora.. nós temos aquela menina rara que vem de uma família Sonserina, este ano, Nymp...não sei o que Tonks lembra?
-Sim... seu pai é trouxa - sussurou McGonagall.- caso raro na família de Sirius Black.
Lily riu
- Isto porque Sirius em si mesmo é um freak um monstro da natureza...
Harry deu um sorriso triste... sentia saudades de seu padrinho...Os olhos Severus de McGonagall caíram de novo sobre os meninos desconhecidos.
-E eles? Quem são?
-Não tenho a mínima idéia- disse Lily, sem deixar Hermione falar- apareceram na sala dos monitores, falando que queriam falar com você, professora... falaram algo sobre uma escola anexa, mas Hogwarts não tem...
-Escolas anexas, isto eu sei, querida, Todos lemos Hogwarts Uma História... espero- disse olhando para Harry e Hermione por cima das suas coisas. A menina assentiu fervorosamente, Harry não pode evitar ficar corar.-Por favor, continue...
-Bom.. Severus tentou fazer... a senhora sabe... Oclumancia, na menina, mas pelo que parece eles também estão estudando e são imunes.
-E onde está o senhor Snape?
-Em seu quarto. Estava esgotado;
Eu estranho muito que ele te deixou sozinha com um assunto tão raro.
-Ele não sabe que estou aqui- declarou a menina tranqüilamente, dando de ombros.McGonagall sacudiu a cabeça.
-Este menino esta te transformando em uma Sonserina.
Lily sorriu cinicamente, e Harry não pode evitar um sorriso.
-Bom...então, meninos. De qualquer modo, a julgar pelas suas vestes, os dois são Grifinórios, assim o que Severus poderia estar fazendo aqui. Podem se explicar
Hermione respirou fundo, olhou por cima do ombro de Lyli, começou a contar tudo, ajudada em alguns detalhes por Harry. Desde o momento em que foi seqüestrada pelos comensais até que Hagrid os deixou na porta dos monitores. Quando terminou, a professora estava boquiaberta. Harry olhou Lily. A menina estava incrivelmente pálida.
-Então.. vocês vieram do futuro - sussurrou McGonagall- e você é... um possível filho do Potter- Harry assentiu, tentando ignorar o mal que soava isto.
-Sim.. sim eu queria lhe perguntar uma coisa... por que não existo no futuro? Quero dizer.. se eu pude salvar meu filho... supõem se que poderia me defender, não?
Harry e Hermione a olharam com pena.
-Bem...
-Tem que entender, Lily, que ha algumas coisas que não podemos lhe contar... o problema é que não podemos te contar, e ponto - explicou Harry- É a única explicação que podemos lhe dar...
-você não deveria nem saber que teria um filho com James, muito menos que você salvará este filho. Se deixamos que você escutá-se tudo isto é porque existe uma possibilidade de você nos ajudar. Até porque sempre ouve rumores que você tem premonições... ou ao menos que sabia o que aconteceria com seu filho...eu nunca acreditei nisto - adicionou Hermione, ao ver as expressões de Lily e McGonagall.- E agora mesmo acredito que os rumores nasceram por que você tinha uma idéia do que aconteceria a Harry. Mas isto não teria nada a ver com seu "olho interior"
-Impossível.-riu Lily- Esta velha louca da Marty me expulsou da classe na segunda semana... disse que eu não tenho a paciência necessária pra ser uma boa adivinhadora... e eu por sua vez estava de acordo com ela.
-De qualquer modo, não podemos especificar nada mais, Lily, você mudaria o futuro. Por isto Severus não deveria...ter nos visto... só Deus sabe o que podemos ter feito...estou aterrorizada só de pensar em voltar e encontrar alguma surpresa desagradável... mas temos que voltar antes que tudo seja pior ainda.
-Tenho uma ligeira idéia do que aconteceu, meninos para chegar aqui... precisaram de um giratempo, verdade?
-A sim é-explicou Hermione- mas ele quebrou não poderia conseguir outro? Lily poderia fazer a poção...terminamos rápido com um pouco de ajuda.
-Está bem- aceitou Lily- mas será melhor que James e seus amigos nos ajudem...quero dizer, se Harry é capaz de evitar a palavra pai em sua presença, melhor do que ele conseguiu com a palavra mãe. Os quatros são muito bons em poções, muito melhor do que eu.
-Não teremos por que usar o Pedro mas...Hermione! será um prazer trabalhar com Remus...Sirius...James!Quando tinham 17 anos... você imagina?
-Estou de acordo quanto à ajuda do senhor Pettigrew...é um bom menino, mas demasiado desajeitado.Mantenham o afastado tanto quanto puderem. Mas incluir os outros meninos é uma ótima idéia,Evans, e não é necessário que lhes contem toda a história... podemos mudar um pouco o aspecto do senhor P...Harry, para que P...James não suspeite de nada.
Sem mais demora, McGonagall agitou sua varinha, e Harry notou que seus óculos embaçaram, e sem eles ele enxergava perfeitamente bem, seu cabelo crescia até chegar aos ombros, e como, para sua surpresa, eles ficaram louros dourados.
-Uigh- murmurou Harry.
-Parece Lockhart!- exclamou Hermione, dividida entre surpresa e riso.
-Bom... Lily acompanhe os até a cozinha para que comam algo e peça a alguns de elfos que preparem dois quartos individuais. Amanha se apresentarão a James como... Lucas e Lucy?
Harry e Hermione se olharam estranhando...
-Lucas e Lucy, então... recém chegados do futuro e que podem contar nada deste futuro... Eu me encarregarei de buscar o giratempo. Quando a poção estiver pronta, quero todos aqui, em meu escritório...assim que voltar ao seu tempo, deverá se apresentar no meu escritório para receber os castigos por desobedecerem tão artisticamente as minhas ordens... eu deveria tomar estas insígnias de monitores depois deste ato!
Harry e Hermione abaixaram a cabeça, e deixaram o escritório da professora atrás de Lily, que os guiou até a conhecida cozinha.Pobrezinha, não sabia que estava preste a receber um curso intensivo de violação de direitos por parte da presidente do F.A.L.E.
Continua...
-Hermione!-gritou Ron. Os meninos entravam na enfermaria correndo, para abraçar sua amiga.
-Ai! Estou doente...
- Desculpe...
Harry e Ron se separaram de sua amiga. Ela tinha um aspecto horrível.
-Oh, Harry... por que choras?-murmurou Hermione com um fio de voz. Harry esfregou as mãos nos olhos.
-Não.. estou chorando- disse, finalmente- só estou alegre por estar... bem.. viva...
-Pois eu estou chorando! E eu não me conformo com que esteja viva, deveria estar bem!-gemeu Ron, atrapalhando a Hermione e com um abraço que quase quebrou os ossos dela, apesar dos protestos. Logo se soltou dela e a olhou nos olhos - Eu te prometo que os encontrarei, Hermione, e quando os achar eu chutarei os traseiros ossudos de Comensais da Morte. Você como uma irmã, e você sabe... que nada machuca a minha família... Nada.
-Você não fará nada, Ronald Wesley. Não quero que te matem por causa de uma estúpida vingança. Estou bem, meninos, de verdade... ainda bem que o professor Snape estava lá e deu uma desculpa perfeita pra Voldemort...
-Dumbledore já nos disse isso - murmurou Harry, olhando para o braço esquerdo da menina-Eu sinto tanto, Hermione...
Harry tocou com seus dedos o antebraço vendado de sua amiga, assim pode continuar fingindo que não chorava. Ron se estremeceu e esfregou os olhos.
-Não é sua culpa, Harry - murmurou Hermione passando a mão na bochecha de seu amigo - Não é... animo! Toda mudança implica uma oportunidade... Tem que ver as coisas pelo lado positivo... Agora a Ordem não dependerá só das informações de Snape... isso deveria alegra-los, meninos...
-Não se o preço a pagar é minha melhor amiga ser forçada a ter A Marca Negra!-gritou Ron - Não é justo... não há nada de positivo nisto... você não merece isto...
-Tudo isto é culpa minha - repetiu Harry.
-Harry..-sussurrou Hermione.
Harry olho Ron, talvez buscando algum apoio, mas ele não achou esse apoio. Ao sentir este olhar desesperado de Harry, Ron desviou os olhos, mordendo o lábio inferior. Harry se deixou chorar e levantou, separando-se de Hermione.
-Não..não tente me proteger, Hermione. É a verdade.. se não.. se não fosse por mim.. não teriam te seqüestrado...
-Isso é loucura...-murmurou Hermione - o que disse.. eu não deixaria de ser filhas de trouxa se você não fosse meu amigo, Harry.
-Não não deixaria de ser filhar de trouxa, mas ao menos não seria um dos principais objetivos de Voldemort...
-Harry...-suspirou Hermione, estendendo a mão para seu amigo. Harry duvidou, mas pegou as mãos e levou os dedos aos seus lábios. Ao ver este gesto, Ron se levantou, e saiu da enfermaria sem olhar pra trás.
-Isto não vem ao caso...-murmurou Hermione - ele não sabe quem culpar, não se da conta que não pode culpar a ninguém... Você, Harry, Sua amizade, é o mais importante que me aconteceu... é a maior vantagem em ser bruxa... Alegro-me por ter tido a oportunidade de descobrir que por trás do famoso Harry Potter, se esconde um menino tímido, doce e valente, capaz de amar acima de tudo, capaz de ser o melhor amigo do mundo...Se for preciso pagar por essa amizade são esses pequenos sacrifícios... não me importa pagá-los. Sabe que Voldemort não poderá obrigar me a fazer nada, não até que esteja fora da escola... por mais que eu leve a Marca Negra.. nem Draco nem nós somos "sujos" todavia..estamos debaixo da proteção de Snape.. No momento, para Voldemort Drago é eu somos peões.. mas para a Ordem da Fênix podemos ser muito mais, Harry... Ron também se dará conta, antes ou depois, você verá...
-Não, Hermione, ele sabe... Sabe que tudo isto é por minha culpa... ano após ano eu te ponho em perigo... primeiro a pedra filosofal... o maldito basilisco... e quase te atam no Ministério, Hermione! Só por minha maldita obsessão... estaria mais segura longe de mim...Hermione..
-Poção para dormir sem sonhos, Srta Granger...-murmurou uma voz fria, que arrastava as palavras atrás deles. Harry se assustou e deixou cair à mão de Hermione, deixando o espaço livre ao professor para que ele lhe desse a poção.
Hermione examinou o vidro com as mãos tremendo, e levantou a vista para olhar nos olhos do professor.
-Obrigada...-murmurou - por tudo...
Logo ela bebeu a poção num gole só, caindo sobre as almofadas.
-Professor...-sussurrou Harry.Snape não se moveu.Seu rosto estava oculto pelos seus cabelos oleosos - Eu também queria... Agradecer-lhe...
-Não a de que, Potter... tinha que haver outra solução... mas faça me um favor.. faça com que isto não se repita... não a deixe só.. agora ela necessita de você mais do que parede... quando.. ela necessitar de você... esteja ao seu lado! Não importa o que aconteça... Eu não gostaria de fazer isto por algum do Wesley
Harry começou a caminha para a saída...
-Assim eu farei-murmurou-Assim eu farei.
Mas antes de fechar a porta de trás dela, não pode deixar de olhar a ultima uma vez.
E viu com Snape se inclinava para retirar o vidro da mão de Hermione. Como colocou o vidro em cima da mesinha, entrelaçou sua mão na de Hermione. E como, exatamente como havia feito Harry há minutos atrás, levava os dedos a seus lábios...
Harry fechou a porta muito chateado. Sem querer ver como o professor separa os o rosto e os dedos de Hermione e encontrava seus lábios...
*****
-Hermione!? Espera!
-Harry, saia daqui!
-nada disso... não deixarei que vá sozinha... se eu prometi... era um velho morcegão, mas sabe o que eu disse...
-Do que fala?-perguntou Hermione, exasperada.
-Ouviu-me, Hermione...Snape me encarregou de não lhe deixar sozinha, nunca, que te apoiasse em tudo..e ouvi lhe, Quando você falou com McGonagall..
Hermione olhou o relógio que tinha em seu pulso e a poção que sustentava na outra mão.
-Rápido... não tenho muito tempo.. O que foi que você ouviu?
-Eu ouvi que você quer falar com a minha mãe, perguntar que feitiço ela utilizou para me proteger... está preocupada com Ron e o que ele pode fazer, e acredita que o feitiço da minha mãe poderia nos proteger de novo... Mas não desejas ir sozinha... McGonagall não estava de acordo! Hermione não desejo que vá sozinha...
-Harry eu não vou lutar com Voldemort, só vou falar com sua mãe, você já sabe que eu não necessito de ajuda pra isso.
-Eu também vou, Hermione.
-Não pode! Se ela te visse...
-Seria um desastre, eu sei...Por isto eu trouxe isto..
Harry pegou a capa da invisibilidade. Hermione pareceu duvidar, mas seu relógio começou apitar, e ela examinou em cima da mesa, o peno giratempo de seu terceiro ano. McGonagall nunca havia pedido de volta. E ela sabia que algum dia precisaria dele. Mas esse era um dado que Harry e Ron não poderiam saber...
-Não há tempo, Harry...-murmurou a menina, com pena. Levou o vidro aos seus lábios e deu apenas tempo pra beber metade do conteúdo, quando Harry tomou lhe o vidro pra beber o resto.
Exatamente um segundo antes da menina desaparecer, Harry se agarrou com as mãos os punhos que sustentavam o giratempo.
Depois só viu a escuridão.
*****
-Oh Merda! Harry, Harry! Sai de cima de mim!Esta me machucando!Está me ouvindo!
Dando um salto, HArry se levantou, e estendeu a mão pra sua amiga.
-Esta bem? Como vamos volta agora?
- E eu que sei!!-gemeu Hermione, sacudindo os grãos de areia das vestes, e guardando a corrente em um bolso.-Nem sequer posso saber se chegamos a fenda certa... aquela poção estava preparada para só uma pessoa... reze para tudo ter saído certo, e mesmo assim, reza para que a Mcgonagall desta época acredite em nós e possa nos ajudar...
Hermione começou a andar e Harry a seguiu.
-Onde estamos?-Perguntou o menino.
-Não sei... Deveríamos estar em uma aula de transfiguração em 1980.De onde usaríamos a rede flú para ir a mansão da família de sua mãe, em Godric Hollow... Existe uma lenda que assegura que ela teria premonições e sabia algumas coisas que iriam acontecer... creio que é só uma lenda, mas acredito que mesmo assim ela pudesse me dizer o maldito feitiço.. Agora por sua culpa, creio que estamos na Floresta Proibida.A fenda que entramos deve ter sido a errada.
Harry abaixou a cabeça, envergonhado...mas não podia deixa-la sozinha!
-Eu sinto muito - murmurou.
-É meio tarde pra isto, Harry... Pegue a capa, rápido! Acho que vem vindo alguém!
Harry viu o pânico que crescia em Hermione.
-Acredito...Acredito que caiu.. antes de tomar toda a poção - murmurou.
-Oh não! O que fazemos agora?
-Quem está aí?-rugiu uma voz conhecida...
-É o Hagrid!- exclamou Harry - Hermione, é o Hagrid!
-O único que nos garante estarmos em alguma fenda entre 1950 e nosso presente...-contestou Hermione, secamente.
-Mas... é o Hagrid! Ele vai nos ajudar!
HArry corria em direção ao lugar onde vinha a voz, e Hermione, depois observa-lo, correu atrás dele.
-Harry! Certamente ele não te reconhecerá! Tenha cuidado!...
Quando Hermione alcançou Harry, se viu atrapalhada dolorosamente por um braço.
-Ah!!
-Um menino e uma menina...-grunhiu um Rubeo Hagrid ligeiramente mais novo do que eles conheciam.-Que raios estão fazendo aqui dentro? Bom, bom... melhor você não me darem detalhes... Podem agradecer que todos os professores estão em uma reunião e não podemos interromper... tenho que levá-los aos monitores...
Conforme falava, Hagrid andava a grandes passos pelo castelo, ralhando com os garotos. Seu enorme cachorro, Canino, girava em torno deles e latia alto.
-Humm... garoto...É parente daquele Trasgo do Potter ou algo do gênero? Vocês se parecem muito... que estranho... não lembro de ter te visto aqui na escola... Mas ambos estão com vestes Grifinórias, que coisa...bom...vou deixar vocês com os monitores... são meninos muito responsáveis..
-Hagrid, Hagrid!-gritou Hermione-Por favor, espera! Temos que te explicar! Viemos do futuro!
-A sim? Esta é tão ridícula que nunca haviam me dado.
-Por favor, Hagrid!-suplicou Harry - Tem que acreditar!Sabemos...Sabemos que é meio-gigante!
Hagrid riu
Isto está na cara garoto. -Sabemos que te expulsaram da escola no terceiro ano porque te acusaram de abrir a câmara secreta - gemeu Hermione.
Hagrid os soltou, com muita força, pois os dois amigos caíram um contra o outro não chão duro.
-Não... que pessoa cruel pode falar está mentira... Mas está claro que não é uma grifinória!
-Também sabemos que é inocente!-gritou Harry - O Herdeiro de Sonserina era Tom Riddle, não você!
-Sabemos que você só cuidava de Aragogue, uma aranha gigante, e que agora está escondida na floresta, e que é sua amiga...
Sabemos que tem um meio irmão Grawp, e que daqui a alguns anos o encontrará... e tentará "socializa-lo". Nós vamos o ajudar, Hagrid. No futuro nós somos seus amigos!Por favor, Hagrid, necessitamos da sua ajuda...
Hagrid estava retrocedendo, olhava-os com terror. Harry e Hermione se levantaram.
-Só necessitamos que nos diga uma coisa, Hagrid... em que ano estamos?
-Os... os monitores estão aí dentro... eles dirão o que quiserem... eu vou embora... vou embora...
Antes que Hermione e Harry pudessem raciocinar, Hagrid havia desaparecido.
-O que fazemos?-perguntou Harry. Hermione voltou a si e colocou a mão maçaneta da porta.
-Temos outra opção?
-Suponho que não..-murmurou Harry.
Hermione abriu a porta, olhou dentro, e muito mal educadamente fechou de novo. Talvez com muita força.
-Corre! Corre!- ela gritou pra Harry, tirando a mão da maçaneta.
Mas antes que alcançassem metade do corredor, a porta se abriu de novo, e os monitores corriam atrás deles, com as varinhas apontadas e gritando.
-Petrificus Totalus!-gritou a menina.Harry sentiu que Hermione caia ao seu lado.Mas não teve tempo de raciocinar, por que no estante seguinte, foi o menino que gritou.
-Petrificus Totalus!
Harry caiu, paralisado. Aterrorizado, sentiu que os monitores os cercavam.Mas lentamente.
-Potter??!-exclamou o menino, surpreendido. A voz foi terrivelmente familiar para Harry.
-No Severus... creio que não. James tem os olhos castanhos, não verdes... quem é a menina? Já havia visto antes?
-Não Evans... Os despertamos e averiguamos quem são?
-O que podemos fazer-suspirou Lily - Enervate!
Hermione voltou a si num sobressalto.
-Merda!-gritou ao ver os monitores.-
Lily ignorou a Hermione e despertou Harry. Severus estendeu a mão a Hermione para que ela pudesse se levantar.
-Estou é vocabulário para uma... monitora!?
-Ele também é...-disse como o rosto torcido.
-Não podem ser verdadeiras - exclamou Severus - nós somos monitores não eles!
-Não sei, mas... parecem ser verdadeiras - disse Lily, tocando com a ponta do dedo a insígnia de Harry.
-Posso saber de onde vocês saíram?-perguntou Severus, olhando Hermione com os braços cruzados.
-Não-respondeu ela tranquilamente - Harry, acredito que falhamos por dois anos...que pena...
-Sim eu também acredito-murmurou o menino, olhando abobado sua mãe.
-Escute, menininha - insistiu Severus- Acredito tenha lhe feito uma pergunta.
-Olha, menininho, você não o mais indicado para me chamar de "menininha".Até por que... eu lhe respondi: Não, não pode saber de onde nós saímos, Snape.
Severus a olhou as sobrancelhas levantadas.
-Você não é desta escola, e Evans não falou meu não nome... como você sabia?
-Este não é seu nome, e sim seu sobrenome... Mas claro, se prefere que te chamemos de Seboso...
Severus se jogou em cima de Harry, disposto a pegá-lo, mas Lily não deixou. Hermione olhou pra Harry enfadada.
-Não é momento para insultos, Harry. Temos uma missão para cumprir.
-Oh, Hermione... pelo menos uma vez posso insultar Snape sem conseqüências terríveis...
-Hermione?-exclamou Severus, com um desagradável tom sarcastico - que espécie de nome é esse?
-Oh? Grego?... creio que existem mais idiomas fora o latim, "Severus"
-Por que os bruxos têm estes costumes de por nomes raros?-sussurrou Lily.
-Para sua informação, sabichona, meus pais são trouxas como os seus - gruniu Hermione, ofendida. Esta foi à vez de Severus conter Lily.
-Não sei o direito que você tem em chamar ela de sabichona..-murmurou Harry - mas se você quer ter acesso ao feitiço, é melhor ficar quieta.
Hermione olhou pra Harry.
-Não penso em perguntar lhe nada agora! Sei que ela descobriu o feitiço por casualidade poucos dias antes de necessitá-lo... Agora mesmo eu só quero encontra McGonagall e voltar pra casa.
-Mas Hermione!...-sussurrou Harry- eu quero ver meu p.. James...
-Sabe muito bem que não pode fazer isto
-Ela não me reconheceu! por que ele faria isto?- murmurou Harry.
-Do que estão falando?-perguntou Severus, aproximando-se.
-Nada importante... só queria fazer uma pergunta...afinal.. em seu quinto ano... Potter cortou lhe as calças?
De novo Severus tinha um olhar assassino, como disposto a lançar-se no pescoço de Harry, e Lily, cada vez era mais difícil conseguir conter ele. Talvez por que ela mesma estava tentando se conter.
-Harry!-exclamou Hermione - está sendo cruel... lembra-se que neste jogo você tem vantagens.
-Ele também jogou com vantagem estes sete anos... deixe eu me vingar... nem que seja só um pouquinho...
-Está bem, mas depois não se queixe se quando voltarmos ele te odiar, mais do que odiava.. e assim "por casualidade" uma das vezes que ele salvou sua vida, seu rancor for maior que sua consciência... você está morto!
Harry olhou Hermione com pânico. Não havia percebido que tudo o que ele fizesse teria neste tempo teria conseqüência no futuro.
-Não tinha pensado nisto- murmurou. Depois se virou para Severus - me perdoe pelo que disse antes, Snape... não queria lhe ofender...bom, queria, mas não tenho direito...-Harry estendeu a mão para Severus, que a pegou com desconfiança e a apertou rapidamente pondo as mãos na cintura. Lily com os braços cruzados e as sobrancelhas levantadas os olhava surpreendida.
-Tenho que reconhecer que você é muito raro- murmurou Severus- Agora falando sério...de onde vocÊs vêm? por que vocês têm as insígnias de monitores? E o que vocês querem?
Hermione respirou fundo, pondo as mãos na cintura.
-O que eu tinha lhe dito é sério, Severus... algum dia você compreendera, mas não podemos dizer de onde viemos. Meu nome é Hermione Granger e ele é Harry...só Harry. É tudo o que podemos lhe dizer. Temos insígnias por que somos monitores, e quanto ao queremos... queremos falar com McGonagall.
Severus olhou para Hermione firmemente, e Harry não olhou nada daquele olhar, pois não tirava os olhos dela e não tinha mais o inicial desconcerto e a obvia rejeição da existência daquela menina. Começou a prestar atenção nela como fazia ultimamente nas aulas: curiosidade ante ao que evidentemente é um mistério. Há um tempo Harry havia percebido que se tem algo em comum entre Sonserinos e Grifinórios é a curiosidade pouco saudável.
-Pois então vocês têm um problema- disse Lily.
-Qual?-perguntou Harry, cruzando os braços. Tratando de ouvir o que intuía que ocorreria... era simplesmente ridículo!
-McGonnagall e todos os demais professores estão em uma reunião muito importante com o diretor Dumbledore.
-E o que fazemos?-perguntou Hermione- Precisamos falar com ela...
-Terá que esperar que termine a reunião...-disse Severus - e podem aproveitar o tempo para nos explicar de onde vocês saíram...
Hermione olhou a Severus com se suplicasse.
-Sabe que não podemos dizer. talvez a ela sim...- disse, apontando Lily- mas definitivamente a você não.Eu sinto muito, é muito perigoso.
Severus olhou Hermione com os olhos semi-serrados, murmurando algo.
-Cuidado, Hermione - advertiu Harry - Ele esta...
-Eu sei, Harry...Protego!.. Conosco isto não serve pra nada, Severus. Até por que, se não me esqueço.. não é possível ser Mestre de Oclumancia com 17 anos.
-Não, mas é o primeiro de nossa classe...-disse Lily, divertida. Severus franziu o rosto, e Harry não pode deixar sentir um calafrio ao ver como a anterior curiosidade se transformava em uma temida admiração. Este homem que sempre havia sido um mistério para Harry, começava a ser um livro aberto. ou melhor, uma revista de Quadribol aberta... ou ainda, o Quibbler de ponta cabeça invertido de Luna...
-Como pode saber disto? É um segredo...
-Sabemos muitas coisas sobre você, Severus Snape. Algumas coisas que você nem imaginaria...- Hermione se inclinou sobre Severus, sussurrando o último em seu ouvido, com os olhos muitos abertos, com um olhar hipnótico que ele sabia que ela tinha aprendido com a Luna. Deu-lhe muito trabalho para não gritar... por acaso Hermione não se dava conta do efeito que estava tendo sobre Snape?
Snape sacudiu a cabeça, como se.. como se efetivamente estivesse sendo hipnotizado...
- Escute Granger...como é possível ser imune a minha Legimens?
-Bom... Harry, eu e um grupo de amigos estamos sendo treinados pelo melhor Mestre de Oclumancia que existe... para fechar nossas mentes. Nós necessitamos também, estudamos para ser aurores. E eu... bem, sou a primeira da minha classe
Severus e Lily a olharam juntos.
-Estão em uma escola anexa a Hogwarts, ou algo assim?
-Hum.. algo parecido. Por favor.. não faça mais perguntas, não podemos responder- suplicou Harry.
-Está bem.-concedeu Lily- acompanhem me até a sala dos monitores... podem descansar um pouco antes dos professores terminarem a reunião.
Os quatro monitores caminharam até a sala, que não havia mudado nada em 20 anos de diferença. Harry e Hermione se acomodaram em um canto, dispostos a descansar por um tempo, enquanto Severus e Lily retomavam as tarefas que estavam fazendo antes de serem interrompidos.
*****
Harry levara um bom tempo dormindo, e Hermione estava a ponto de seguir seu exemplo, quando notou quem alguém se sentava ao seu lado do sofá. Virou o rosto e se viu refletida em um intenso e negro par de olhos de seu professor de Poções... muitíssimo mais jovem bonito, sorrindo levemente, mas custou bastante não se por a gritar.
-Tem alguma coisa Granger? Está soando...- murmurou, muito baixo.Hermione sentiu seu hálito em seu rosto.Cheirava a Menta.
-Não...Não..Quer...Quer alguma coisa, Severus?
-Então... na verdade quero sim...-disse passando um dedo nos cabelos castanhos de Hermione.
-E..e.. o que quer?
-Queria perguntar lhe o que foi que viu...antes, quando entrou em minha mente.
-Tranqüila, nada que não havia vist...quero dizer, nada que realmente me surpreenda. Um menino... os pais discutindo...nada que lhe avergonhace...
Severus tinha ficado numa cor bem interessante... e para Hermione era obvio que este menino não gostava nada que o analisassem sua mente, de modo que buscava uma via escapatória...
-O que você viu?
-Vi... seu primeiro dia de aula acredito... um tipo meio desagradável, ralhando, por ser um sabe tudo... Não lhe vi muito bem por que estava na sombra, mas tem graça...Recordou-me o chefe da minha casa.
-Ah sim?-perguntou Hermione, surpreendida - E quem é?
-O professor Moody - murmurou Severus- dá medo... mas é realmente...
-Poderoso.
-Sim. Você o conhece?
-Por azar ou sorte, sim.
-Bom, pois ele também me colocou o apelido de sabe tudo no primeiro dia de aula.Eu nunca faria algo assim... julgar alguém assim quero dizer... se eu fosse professor...
Hermione não pode evitar uma gargalhada sarcástica, e Severus a olhou com uma sobrancelha levantada.
-Não..Não vem ao caso, Severus.Estou segura de que você seria um grande professor...
-talvez... eu gosto de Defesa contra as artes das Trevas, mas não acredito que Moody está disposto a deixar a vaga. E de todo modo eu quero ser auror... como o Moody. Quero demonstrar utilidade em tempos de guerra, os Sonserinos podemos ser valiosos, que nem todos temos que ser comensais da morte.
Esta foi à vez de Hermione ficar pálida. Não só porque era exatamente o que ele tinha sido...seu protegido avia convencido que estava do lado dos bons... se for que algo assim podia existir... E então Draco tão pouco havia servido pra algo. Inconsciente levou a mão a seu antebraço esquerdo.
-Está bem?-perguntou Severus, estranhando.
-Sim .. estou.. cansada...
-Então descanse... descanse...
Sem aviso, ele se inclinou sobre seu rosto seus lábios suavemente. Hermione, que não podia acreditar no que estava ocorrendo, fechou os olhos, e fingiu que dormia. Instantes depois notou que Severus se separava de seu rosto, para envolve-la em um abraço. E entre os braços do que algum dia seria seu odiado, temido e admirado professor de Poções, a menina dormiu.
*****
Quando acordou, Hermione se encontrou na mesma posição envolta pelos braços de... Harry. A menina suspirou. Só havia sido um sonho, não?
Ao seu lado, Harry esfregou os olhos, e se levantou.
-Não esfregue seus olhos assim, HArry- lhe repreendeu Lily, em um tom maternal que a Hermione primeiro se enterneceu, mas logo se assustou- Vai se machucar.
-Sim, mãe - gruniu Harry, com seu rosto torcido.Lily riu, achando que o comentário era brincadeira. Mas Hermione se estremeceu de novo...o que estava acontecendo com aqueles dois?
-Sim, filhinho, filhinha... creio que a sua avó já terminou a reunião, assim podemos ir ao seu encontro.
Harry olhou ao redor, ignorando a cara furiosa de Hermione, não gostava nada lugar em que estava chegando a situação.
-Onde está Snape?-perguntou Harry.
- Acordou há uns minutos. tinha um aspecto horrível e lhe obriguei a ir pra cama. Ele leva muitos dias estudando sem parar. Pediu-me pra avisar quando acordassem, mas creio que será melhor não fazer isto. Ele precisa descansar. Vamos ver McGonagall?
-Um momento.. quando Severus dormiu?-perguntou Hermione, sentindo sua garganta ficar seca.
-Depois de falar com você- respondeu a menina pelirroja, abrindo a porta,- Suponho que este sofá realmente seja cômodo, porque os três dormiram como pedras...
A menina já estava no corredor, e Harry a seguiu. Sacudindo se surpresa, Hermione se apresou a imitar seu amigo.
Não havia sido um sonho.
E agora a grande pergunta.
estou realmente a desagradava?
*****
-Não!!- exclamou Mcgonagall- Não é possível! Existe uma cópia do Potter no mundo!! Que Merlin nos proteja a todos...- está foi o estranho cumprimento da professora ao ver Harry entrar com as meninas ao seu lado. Estava de bom humor... isto era um bom sintoma.
-Ah... essa teoria não tinha me ocorrido, Professora...-comentou Lily alegremente.- muito melhor que as demais.
-Srta Evans... quem são estes? Mais alunos para Grifinória? Parece que tenho pouco trabalho com 70?
-71, professora.. nós temos aquela menina rara que vem de uma família Sonserina, este ano, Nymp...não sei o que Tonks lembra?
-Sim... seu pai é trouxa - sussurou McGonagall.- caso raro na família de Sirius Black.
Lily riu
- Isto porque Sirius em si mesmo é um freak um monstro da natureza...
Harry deu um sorriso triste... sentia saudades de seu padrinho...Os olhos Severus de McGonagall caíram de novo sobre os meninos desconhecidos.
-E eles? Quem são?
-Não tenho a mínima idéia- disse Lily, sem deixar Hermione falar- apareceram na sala dos monitores, falando que queriam falar com você, professora... falaram algo sobre uma escola anexa, mas Hogwarts não tem...
-Escolas anexas, isto eu sei, querida, Todos lemos Hogwarts Uma História... espero- disse olhando para Harry e Hermione por cima das suas coisas. A menina assentiu fervorosamente, Harry não pode evitar ficar corar.-Por favor, continue...
-Bom.. Severus tentou fazer... a senhora sabe... Oclumancia, na menina, mas pelo que parece eles também estão estudando e são imunes.
-E onde está o senhor Snape?
-Em seu quarto. Estava esgotado;
Eu estranho muito que ele te deixou sozinha com um assunto tão raro.
-Ele não sabe que estou aqui- declarou a menina tranqüilamente, dando de ombros.McGonagall sacudiu a cabeça.
-Este menino esta te transformando em uma Sonserina.
Lily sorriu cinicamente, e Harry não pode evitar um sorriso.
-Bom...então, meninos. De qualquer modo, a julgar pelas suas vestes, os dois são Grifinórios, assim o que Severus poderia estar fazendo aqui. Podem se explicar
Hermione respirou fundo, olhou por cima do ombro de Lyli, começou a contar tudo, ajudada em alguns detalhes por Harry. Desde o momento em que foi seqüestrada pelos comensais até que Hagrid os deixou na porta dos monitores. Quando terminou, a professora estava boquiaberta. Harry olhou Lily. A menina estava incrivelmente pálida.
-Então.. vocês vieram do futuro - sussurrou McGonagall- e você é... um possível filho do Potter- Harry assentiu, tentando ignorar o mal que soava isto.
-Sim.. sim eu queria lhe perguntar uma coisa... por que não existo no futuro? Quero dizer.. se eu pude salvar meu filho... supõem se que poderia me defender, não?
Harry e Hermione a olharam com pena.
-Bem...
-Tem que entender, Lily, que ha algumas coisas que não podemos lhe contar... o problema é que não podemos te contar, e ponto - explicou Harry- É a única explicação que podemos lhe dar...
-você não deveria nem saber que teria um filho com James, muito menos que você salvará este filho. Se deixamos que você escutá-se tudo isto é porque existe uma possibilidade de você nos ajudar. Até porque sempre ouve rumores que você tem premonições... ou ao menos que sabia o que aconteceria com seu filho...eu nunca acreditei nisto - adicionou Hermione, ao ver as expressões de Lily e McGonagall.- E agora mesmo acredito que os rumores nasceram por que você tinha uma idéia do que aconteceria a Harry. Mas isto não teria nada a ver com seu "olho interior"
-Impossível.-riu Lily- Esta velha louca da Marty me expulsou da classe na segunda semana... disse que eu não tenho a paciência necessária pra ser uma boa adivinhadora... e eu por sua vez estava de acordo com ela.
-De qualquer modo, não podemos especificar nada mais, Lily, você mudaria o futuro. Por isto Severus não deveria...ter nos visto... só Deus sabe o que podemos ter feito...estou aterrorizada só de pensar em voltar e encontrar alguma surpresa desagradável... mas temos que voltar antes que tudo seja pior ainda.
-Tenho uma ligeira idéia do que aconteceu, meninos para chegar aqui... precisaram de um giratempo, verdade?
-A sim é-explicou Hermione- mas ele quebrou não poderia conseguir outro? Lily poderia fazer a poção...terminamos rápido com um pouco de ajuda.
-Está bem- aceitou Lily- mas será melhor que James e seus amigos nos ajudem...quero dizer, se Harry é capaz de evitar a palavra pai em sua presença, melhor do que ele conseguiu com a palavra mãe. Os quatros são muito bons em poções, muito melhor do que eu.
-Não teremos por que usar o Pedro mas...Hermione! será um prazer trabalhar com Remus...Sirius...James!Quando tinham 17 anos... você imagina?
-Estou de acordo quanto à ajuda do senhor Pettigrew...é um bom menino, mas demasiado desajeitado.Mantenham o afastado tanto quanto puderem. Mas incluir os outros meninos é uma ótima idéia,Evans, e não é necessário que lhes contem toda a história... podemos mudar um pouco o aspecto do senhor P...Harry, para que P...James não suspeite de nada.
Sem mais demora, McGonagall agitou sua varinha, e Harry notou que seus óculos embaçaram, e sem eles ele enxergava perfeitamente bem, seu cabelo crescia até chegar aos ombros, e como, para sua surpresa, eles ficaram louros dourados.
-Uigh- murmurou Harry.
-Parece Lockhart!- exclamou Hermione, dividida entre surpresa e riso.
-Bom... Lily acompanhe os até a cozinha para que comam algo e peça a alguns de elfos que preparem dois quartos individuais. Amanha se apresentarão a James como... Lucas e Lucy?
Harry e Hermione se olharam estranhando...
-Lucas e Lucy, então... recém chegados do futuro e que podem contar nada deste futuro... Eu me encarregarei de buscar o giratempo. Quando a poção estiver pronta, quero todos aqui, em meu escritório...assim que voltar ao seu tempo, deverá se apresentar no meu escritório para receber os castigos por desobedecerem tão artisticamente as minhas ordens... eu deveria tomar estas insígnias de monitores depois deste ato!
Harry e Hermione abaixaram a cabeça, e deixaram o escritório da professora atrás de Lily, que os guiou até a conhecida cozinha.Pobrezinha, não sabia que estava preste a receber um curso intensivo de violação de direitos por parte da presidente do F.A.L.E.
Continua...
