Saudações meus caros!

É a minha primeira fanfic de BNHA, a ideia é um pouquinho clichê mas me deu muita vontade de escrever de como seria a vida de nossos heróis favoritos se eles fossem parar no mundo real. (Raramente sei o que escrever no cabeçalho antes de iniciar o capítulo :'3 )

Aproveitando a deixa, estou iniciando o desafio de 100 temas proposto pela spirits: 1. Uma fanfic de um fandom com o qual eu nunca escrevi antes; (sim, sei que é loucura iniciar em outubro esse desafio hahah)

Casal principal: BakugouxUraraka

DISCLAIMER: Boku no Hero Academia e seus personagens não me pertencem.

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"Eu quero sempre ser um herói

para apenas uma pessoa, você apenas

Não existe nada misterioso sobre isso

e está longe de ser um segredo agora

Mas eu quero ser um herói

para apenas uma pessoa, você apenas

Se você tropeçar e cair

eu quietamente estenderei minha mão para você"

(Hero – Mr. Children)

Powerless

Capítulo 1: Um mundo sem poderes

Bakugou Katsuki respirou fundo pela milésima vez naquele dia para tentar se acalmar um pouco e não sair explodindo a cara de ninguém, como faria se fosse a uns anos, quando tinha acabado de entrar na UA. Hoje ele aprendeu a se controlar um pouco mais pois, ele aprendeu que seus poderes são muito destrutivos se não o utilizasse da maneira correta, nunca conseguiria ser o herói número um.

O motivo da irritação do loiro tinha nome e sobrenome: Uraraka Ochako querendo saber quem seria a pessoa que ele tinha interesses românticos, mesmo ele negando que não tinha sentimento algum por ninguém daquela escola.

-Se não é da escola é alguém de fora? Que estranho Bakugo-kun, você mal tem conhecidos fora da UA, tenho certeza de que você só não quer me falar porque conheço muito bem a pessoa. Será que é o Deku-kun?

-Já te falei Cara redonda, eu não gosto de ninguém porra, muito menos de homens. – "Nem fodendo que vou admitir que gosto dela, imagine que ridículo!" – Agora vamos voltar a treinar, você me chamou para isso não?

Bakugou suspirou ao ver a Ochako fazendo bico, mas adotou uma postura de ataque, indicando que por hora ela ia deixar esse assunto para lá. Não sabia o motivo dela querer tanto saber disso, mas logo sossegou seus pensamentos quando Ochako realizou o primeiro ataque.

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-Acho que está bom por hoje. Você melhorou bastante desde nosso último treino.

Bakugou comentou, enquanto lhe entregava uma garrafa de água e uma toalha à Uraraka, fazendo ela sorrir com satisfação pelo elogio raro vindo do garoto explosivo.

-Para fechar com chave de ouro, quero muito comer aquele curry que você fez a um tempinho... Será que você vai fazê-lo hoje?

-Não fode Uraraka, já não basta você me arrastar pro treino e ainda preciso fazer o jantar para você?

-Nem se eu comprar os ingredientes?

O rapaz franziu o cenho ao ver os olhos de Uraraka ficarem tão redondos quanto o Gato de Botas de Shrek. Ficou levemente constrangido pela fofura que ela emanava e suspirou derrotado.

-Você compra os ingredientes e lava a louça. Combinado? É a última vez que faço esse maldito curry.

Ochako deu pulinhos de alegria e saiu em direção ao mercado mais próximo e quando Bakugou considerou que ela estava longe o suficiente para não conseguir ver nitidamente a sua expressão, sorriu discretamente e a seguiu, antes que ela comprasse mochi para colocar no curry.

-Bakugo-kun, a garota que você gosta é tão estranha que você nem consegue apresentar para os amigos?

Katsuki levou uma das mãos ao rosto, frustrado ao ouvir pela milésima vez aquela pergunta e tornou a misturar a panela para não queimar o curry quase pronto.

-Não sei de onde você tirou essa ideia estúpida de que estou gostando de alguém. Tenho mais o que fazer do que ficar perdendo tempo com essas porcarias.

-Como você quer ser um bom herói se não tem amor no coração? Fora que você fica mais disperso durante as aulas teóricas ultimamente, aí pensei que pudesse ser amor!

-Não gostar de alguém romanticamente não quer dizer que eu não tenha amor no coração. Amo meus pais e isso já basta. Quanto à dispersão, eu fico entediado durante as aulas e fico pensando sobre qualquer coisa. Agora coma.

O loiro encerrou o assunto à força ao servir o curry para a morena, que sorriu agradecida. Afinal estava faminta e aquele era o melhor curry que ela já havia comido em sua vida.

-Quem se casar com você será uma pessoa sortuda, Katchan.

-Já disse que não é para me chamar assim, Cara redonda.

-Você fica fofo irritado. Pena que não vivemos num mundo onde a maior parte das pessoas não tenha individualidade alguma, se vivêssemos sobre essas condições, eu te irritaria mais.

-Cala a boca e come logo. – Bakugou rolou os olhos, tentando esconder o constrangimento.

Fizeram o restante da refeição em silêncio, Ochako lavou as louças e Bakugou ficou sentado na mesa, tentando ler uma revista qualquer enquanto tentava observar discretamente a garota realizar a tarefa.

-Sobre o que você disse antes de um mundo sem poderes e tudo mais, você acha que a nossa rotina seria como?

-Hm... Acho que não mudaria muito, a diferença que teríamos outros objetivos, metas e não teríamos treinos utilizando poderes já que não teríamos o que treinar.

-Será que seria menos esquentado?

-Acho que com ou sem poderes, você teria essa personalidade terrível de lidar. – Ochako comentou, rindo – Mas penso eu que as pessoas não teriam receio de conversar com você.

-Parando para pensar melhor, esse papo todo de "e se..." é ridículo, onde já se viu um mundo sem poderes? Não consigo imaginar de maneira nenhuma.

Ochako terminou de lavar a louça e de limpar a cozinha, sorriu para o Bakugou que tinha uma expressão indignada no rosto.

-Eu gostaria de saber como é viver sem poderes, seria um desafio para mim e saberia como Deku-kun se sentia a maior parte da vida dele e quem sabe, seja um bom treinamento para ser uma heroína sensacional... Preciso ir agora, até amanhã Bakugou-kun!

-Boa noite, Cara redonda. – "Um mundo sem poderes... Eu sei que a humanidade já passou por uma fase que a maioria não tinha poder algum... Mas, como será que eles viviam?"

O sono veio mais rápido que ele gostaria e resolveu voltar ao seu quarto para repousar para poder enfrentar os desafios que Aizawa-sensei havia comentado em sala que fariam junto com All Might.

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O despertador tocava, insistente e Bakugou não queria levantar da sua cama aconchegante. Grunhiu, sentia o seu corpo diferente, meio pesado naquela manhã e cogitou a possibilidade de estar com gripe ou algo do gênero.

-KATSUKI! VOCÊ VAI DEIXAR ESSA PORCARIA TOCANDO ATÉ QUANDO? ACORDA LOGO, VOCÊ VAI SE ATRASAR!

O loiro praticamente pulou da cama, estranhando a presença da sua mãe em UA. Observou o quarto, com o cenho franzido, afinal estava em sua casa.

-Que porra é essa? Como vim parar aqui?

Atordoado, foi em direção ao guarda-roupas para pegar o seu uniforme, se arrumar correndo e com sorte, teria tempo de comer alguma coisa antes.

-Finalmente você saiu daquele quarto, pensei que ia ter que te tirar à força de lá. Vamos, coma logo e vá.

Sua mãe lhe disse, colocando um pão com ovos e bacon na mesa, Bakugou olhou para o relógio e decidiu ir comendo para não perder mais tempo. A aula de hoje era muito importante para chegar atrasado.

-Vou comendo no caminho. Até.

Antes da sua mãe protestar, o loiro calçou seus sapatos e seguiu seu caminho para a escola, quando deu de cara com Deku e Todoroki caminhando tranquilamente e rindo de algo banal. Bakugou estranhou aquele cenário, desde quando os alunos da UA tinham voltado para casa? O que estava acontecendo ali?

-Katchan! Bom dia!

-Deku, Todoroki.

-Bom dia pessoal!

-Uraraka-san! Bom dia!

-Preciso falar um momento com o Bakugo-kun, a gente se vê no colégio!

Os três estranharam um pouco com o pedido dela, mas logo resolveram seguir caminho, afinal não queriam chegar atrasados.

-Cara redonda, se for sobre a conversa de ontem, eu torno a repetir, não gosto de ninguém!

-Não é isso, você já tentou usar as suas individualidades hoje? Eu não estou conseguindo usar os meus!

Bakugou estranhou à pergunta de Uraraka. Pensou que ela estava brincando com a sua cara, mas ao ver seriedade no olhar da morena, resolveu acreditar na moça e tentar utilizar a sua individualidade e para sua surpresa, ele não conseguia também.

-Que porra é essa? Cara redonda, espero que você tenha alguma explicação para isso.

-...É o que imaginei, Bakugo-kun, estamos no mundo sem individualidades!

-...Você só pode estar brincando, Cara redonda, pare de insistir em teorias sem fundamentos!

-Não estou brincando, eu acabei de ver a Mina-chan andando na rua, e ela não está mais rosa! A Tsuyu-chan está andando normal! Só posso pensar em uma coisa, que todos nós perdemos as nossas individualidades!

Katsuki ficou confuso com a situação e torceu para que aquilo fosse um pesadelo.

Continua...

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Espero que apreciem a história, reviews são sempre bem-vindos e até a próxima!

Agradeço muito pela paciência e atenção!

Beijos.