HIGH ANXIETY
Título Traduzido: Alta Ansiedade
Autora: EdwardsBloodType (http:/ www. fanfiction. net/ u/ 1730732/ EdwardsBloodType )
Tradutora: Ju Martinhão
Shipper: Edward & Bella
Gênero: Angústia / Romance
Censura: +18
Fic Original: High Anxiety ( http:/ www. fanfiction. net/ s/ 5222490/ 1/ bHigh_b_bAnxiety_b )
Sinopse: A bonita e moderna Bella retorna para casa para escapar do sofrimento do seu passado. Ela imediatamente faz amizade com os seus vizinhos, Jasper e Edward, encontrando-se com eles na casa da árvore nos fundos do quintal. Bella e Edward descobrem que têm mais em comum do que jamais sonharam. Todos humanos.
Nota da Tradutora: Todos os personagens pertencem a Stephenie Meyer e a história pertence à EdwardsBloodType, a mim só pertence a tradução.
Nota da Autora: Todos os personagens publicamente reconhecíveis, configurações etc, são de propriedade de seus respectivos proprietários. Os personagens e enredo originais são de propriedade do autor. O autor não está de nenhuma maneira associado com os proprietários, criadores ou produtores de qualquer franquia de mídia. Isto não se destina a nenhuma violação de direitos autorais.
Esta história contém usos menores de drogas, palavrões, discussão de estupro e atos sexuais explícitos. Apenas leitores maduros, por favor.
~ High Anxiety ~
Capítulo 1 ~ Voltando para casa
Well I´m going home,
Back to the place where I belong,
And where your love has always been enough for me.
I´m not running from.
No, I think you got me all wrong.
I don´t regret this life I chose for me.
But these places and these faces are getting old,
So I´m going home
Well I´m going home
Bem, eu estou indo para casa,
De volta para o lugar onde eu pertenço,
E para onde o seu amor sempre foi o suficiente para mim..
Eu não estou fugindo.
Não, eu acho que você me entendeu mal.
Eu não me arrependo desta vida que escolhi para mim.
Mas esses lugares e esses rostos estão ficando velhos,
Então eu estou indo para casa
Bem, eu estou indo para casa.
Home – Daughtry
~ Bella ~
Nós paramos na garagem, o asfalto uniformemente pavimentado no topo deslizando suavemente sob os pneus da caminhonete dele. Tudo parecia exatamente igual, mas completamente diferente. A casa aparentemente era idêntica a como era quando eu fui embora há cinco anos, mas era creme/bege agora, acentuada com persianas vinho e uma varanda de madeira recém construída. O jardim era novo, as moitas e os arbustos bem aparados e organizados sobre a grama verde. Considerando que ele esteve solteiro por tanto tempo, eu tinha esperado que a casa estivesse em ruínas. Foi uma surpresa agradável chegar em casa e encontrar totalmente o oposto.
"Pai, por favor, não se esforce tanto. Eu posso pegar as minhas malas." Eu implorei, enquanto observava meu pai tirar as malas pesadas da sua caminhonete.
Ele me olhou de lado, ignorando a minha preocupação. Charlie, sempre o machão, não era aquele de aceitar ajuda ou piedade, principalmente de uma mulher. Ele recentemente havia se aposentado após ser baleado durante um assalto, e sua perna ferida tornava difícil para ele ficar em pé por muito tempo. Como resultado disso, ele decidiu abrir a sua própria agência de investigação particular em Seattle. Ele estava indo muito bem, provando ser uma carreira lucrativa, já que maridos traídos e esposas e seus amantes aparentemente eram abundantes.
Eu percebi que ele estava arrastando um pouco sua perna, mas só porque estava olhando muito para ela. Seu cabelo estava ficando um pouco grisalho, com alguns fios claros nas laterais do seu cabelo escuro e ondulado. Seu rosto ainda continha suas linhas masculinas e jovem. Quando eu era mais nova, eu costumava dizer que ele era o homem mais lindo de todo o mundo, e que eu certamente casaria com ele um dia. Ele ainda era um dos homens mais lindos que eu já tinha visto, mas eu não tinha mais o desejo bobo e infantil de casar com o meu pai.
"Bella, você está brincando comigo com todas essas malas?" Charlie fez uma careta enquanto tirava uma mala atrás da outra de dentro da caminhonete, grunhindo e resmungando e murmurando sob a sua respiração. Sorri timidamente para ele antes de me encolher. A mala mais pesada, completamente cheia de sapatos, foi a última a ser retirada.
"Pai, eu sou uma garota de 16 anos, confusa sobre a vida e com expectativas sociais, simplesmente tentando seguir o meu caminho nesse mundo sempre confuso enquanto tento descobrir quem eu sou e tento manter uma auto-imagem saudável. Uma grande variedade de roupas e sapatos me ajuda a achar minha verdadeira identidade enquanto, ao mesmo tempo, serve como válvula de escape para a minha criatividade e auto-expressão." Eu ri como uma criança enquanto jogava uma grande bolsa rosa sobre o meu ombro. "Além disso, servem para me deixar fofa".
"Muito engraçado, Bells. O que, você ensaiou isso no avião? Não venha dar uma de espertinha." Ele disse. Revirei os olhos para ele enquanto ele colocava minha última mala no corredor e passava seu braço em volta dos meus ombros e beijava minha cabeça. "Estou feliz por você estar em casa, querida. Eu senti sua falta".
"Eu também senti sua falta, pai. A casa está ótima. Já estava na hora de você fazer alguns reparos." Durante os meus cinco anos de ausência, desde que ele e minha mãe se divorciaram, Charlie tinha reformado a casa inteira. A cozinha toda havia sido substituída e modernizada, mais dois quartos e dois banheiros tinham sido adicionados no andar de cima, assim como uma grande sala foi adicionada ao andar de baixo. Ainda era a minha casa, mas, ao mesmo tempo... não era. Eu amava o fato da casa estar limpa e nova, mas odiava que ela não fosse mais a casa onde eu cresci.
"Sim, bem, Esme me convenceu que era hora de fazer uma reforma. É um bom investimento a longo prazo".
"Esme?" Eu perguntei com uma sobrancelha levantada, parando quando comecei a subir as escadas.
Ele ergueu o polegar e apontou para a casa que ficava no final do quarteirão. Uma mini-mansão monstruosa e luxuosa que havia sido construída e ocupada há um ano pela família Cullen.
O quarteirão em que Charlie vivia era uma longa e arborizada rua sem saída com apenas duas casas. Alice Brandon e sua mãe viviam do outro lado da rua, em uma casa idêntica a essa. Mas essa nova monstruosidade construída no final do quarteirão, estabelecida a alguns metros dentro da floresta, fazia com que as duas casas existentes parecessem barracos miseráveis perto dela. Era maior do que a casa de Phil para a qual nos mudamos, e eu pensava que ela era enorme. Era uma linda casa, mas não combinava com Forks... de forma alguma.
Ao longo das fofocas da cidade, Charlie tinha me preenchido com as mudanças que haviam acontecido na vizinhança na viagem do aeroporto para casa. No entanto, ele se recusou a me dar detalhes específicos sobre os moradores da casa dos Cullen.
"Ela é bonita, eu entendo?" Ergui minhas sobrancelhas provocando Charlie pelo fato de ele ser imune à sedução de uma linda mulher.
"Sim, Esme é atraente, e muito bem casada. Ela é simplesmente bastante convincente e boa no que faz, só isso." Aparentemente, Esme Cullen era dona de uma empresa de decoração em Chicago, antes de se mudar para cá.
Tanto faz, papai. Uma linda mulher coloca os seios na frente do seu rosto e você gasta um monte de dinheiro com decoração.
Um típico cara.
Parei no topo da escada e entrei diretamente em meu antigo/novo quarto. As paredes haviam sido pintadas em um tom suave de verde, que contrastava com as molduras e acabamentos brancos. Havia uma grande janela que dava para a rua e outra que dava para o jardim com uma vista parcialmente escondida da mansão. Joguei a mala em cima do colchão da enorme cama de ferro negra e abri meu armário. Ele era grande, mas não grande o bastante para caber todas as roupas e sapatos que eu havia trazido.
Na verdade, não era sequer minha culpa. Eu tinha que culpar minha mãe e meus amigos da Califórnia. Ter uma boa aparência era a chave principal para ter uma vida social e, francamente, eu estava cansada de sempre ficar para trás com as minhas roupas feias e a cara enfiada em um livro, ficando cada vez com mais inveja das garotas que vestiam roupas bonitas e sempre pareciam estar se divertindo. E com a minha mãe abrindo sua segunda loja com preços exagerados em Los Angeles, ela me dava tudo o que eu precisava de graça. Além disso, eu realmente gostava de ter opções. Era como se todos os dias eu brincasse de me vestir, usando uma roupa de acordo com o humor que eu sentia quando acordava de manhã. Eu realmente gostava de não ter um estilo específico, então eu me vestia de forma eclética, como minha mãe gostava de dizer.
Abri a gaveta da minha recém adquirida cômoda preta para encontrá-la vazia, assim como todas as outras gavetas naquele quarto. Perguntei-me o que Charlie havia feito com os meus antigos móveis e todas as outras coisas que eu tinha deixado para trás diante da pressa da minha mãe para se ver livre do casamento com Charlie Swan...
Na verdade, era estranho estar de volta aqui, quase como se eu estivesse presa em um universo paralelo. Eu tinha vivido toda a minha vida em Forks, até minha mãe finalmente começar a se sentir sufocada nessa pequena cidade e decidir que ela precisava se "encontrar". Nós passamos por cinco estados, cinco escolas diferentes, três diferentes namorados para ela e cinco grupos diferentes de amigos para mim, até ela finalmente se estabelecer na Califórnia.
E foi aí onde ela conheceu seu marido, Phil. Ele tinha recentemente assinado com o L.A. Dodgers e, com essa promoção, também veio um substancial aumento de salário, assim como a nossa última mudança e minha quinta escola em apenas alguns anos. Eles compraram uma casa enorme em um bairro elegante e exclusivo com uma piscina e um jardim como aquelas casas dos episódios do MTV Cribs. Minha mãe quase fez xixi nas calças quando viu o quarto principal e entrou no closet. Dinheiro muda as pessoas, mas minha mãe parecia continuar com os pés no chão, preferindo ganhar seu dinheiro por conta própria com a sua loja. Ela nunca permitiu que eu me deixasse levar pela fortuna de Phil, mas, às vezes, ele me favorecia com algo como um iPod, ou meu carro.
Do outro lado da rua daquela casa morava Bree Fields, minha ex-melhor amiga estúpida que depois se tornou minha pior inimiga – reduzida a piranha – que no final das contas estragou a minha vida, obrigando-me a voltar a morar com meu pai. Vadia horrenda. Só de pensar nela eu me arrepiava. Todos os dias quando eu acordava, eu desejava que ela passasse todo o seu dia no banheiro com uma terrível diarreia. Eu nem sequer conseguia pensar nela no momento, eu não queria que ela arruinasse mais um segundo da minha vida.
A coisa mais irônica em toda essa situação da minha mudança era que Forks, o mesmo lugar onde minha mãe havia se sentido sufocada, fazia com que eu respirasse livremente pela primeira vez em um longo tempo. Eu não tinha nem pensado sobre os ataques de ansiedade que assolaram toda a minha existência, e nem uma vez eu fiquei nervosa ou irritada por estar aqui. Eu acho que me mudar para Forks foi a melhor coisa que podia ter acontecido diante das circunstâncias. Talvez fosse o céu cinzento, ou o barulho constante da chuva que era tão calmante. De qualquer forma, uma vez que eu conseguisse superar mais um terrível primeiro dia de aula, eu esperava que as coisas se acalmassem e eu tivesse um bom ano depois disso.
Charlie limpou a garganta enquanto arrastava a última mala para dentro do quarto. Havia caixas marrons contra a parede mais distante, presas entre a cômoda preta e o armário combinando, e eu olhei para Charlie interrogativamente.
"Sua mãe mandou isso." Ele disse, revirando os olhos e encolhendo os ombros. "Avise-me se você precisar de ajuda. Oh, a propósito." Charlie parou na porta. "Alice está realmente animada com a sua volta para casa, Bells. Ela... gritou... quando eu contei a ela." Eu ri disso porque Alice possivelmente era a pessoa mais feliz que eu já tive a oportunidade de chamar de minha amiga, e eu já podia ouvi-la gritando. Ele desapareceu no corredor, deixando-me sozinha.
Agradeci a ele e comecei a abrir as caixas. Aparentemente, Renée foi em frente e comprou novas roupas de cama, cortinas combinando e vários acessórios decorativos para o meu quarto. A colcha era branca com flores lavanda e verdes espalhadas por toda sua extensão, e eu assumi que foi ela quem disse a Charlie quais as cores que ele devia usar para pintar o meu quarto. Ela inclusive mandou um porta-retrato com uma foto de nós duas, o que, de alguma forma, me deixou triste, mas não necessariamente com saudade de casa.
Depois de abrir todas as caixas, passei o resto da tarde decorando o meu novo quarto e estabelecendo o meu computador.
Uma vez que eu tinha com êxito ajeitado todos os meu pertences em cada lugar que eu pude encontrar, fui até a cozinha e descobri que não havia quase nenhuma comida na geladeira. Charlie disse que nós pediríamos pizza para o jantar, mas eu queria ir ao supermercado, já que eu não estava disposta a passar o resto do ano comedo Hot Pocket e Coca Diet.
Charlie me passou as chaves do carro com uma cara feia e eu sorri ao olhar para o pequeno chaveiro onde estava a chave do meu lindo carrinho. Fiquei feliz quando nós chegamos do aeroporto e eu vi que meu brilhante Audi vermelho conversível* havia chegado antes de mim e estava estacionado na garagem. Eu sabia que isso seria como jogar sal nas feridas de Charlie, então eu não demonstrei dar muita importância a isso.
*Carro da Bella: http:/ i460. photobucket. com/ albums/ qq328/ sdebear1/ VampAudiCB943813. jpg (retirar os espaços)
"Isso é ridículo." Ele disse, desdenhando um pouco, sempre sendo o cara prático, não estiloso. "Presente de Phil?" Charlie praticamento rosnou ao falar o nome do meu padrasto. O casamento da minha mãe sempre foi o seu ponto fraco.
Eu dei de ombros. "Foi um presente de aniversário - ele e minha mãe me deram. Eu não esperava me mudar para a cidade mais chuvosa do país, caso contrário, eu teria insistido em algo mais apropriado... como um jet ski." Eu dei uma gargalhada e Charlie se juntou a mim.
Eu nunca tinha tido nada além de admiração e respeito por Phil. Não era bem amor, mas todo o carinho que uma adolescente de 16 anos pode ter pelo seu padrasto de 32 anos. Ele adorava a minha mãe e ele era mais um amigo para mim do que uma figura paterna, de qualquer maneira. Mas, ao contrário das ações da minha mãe, ninguém jamais substituiria Charlie em meu coração.
"Você sabe que a capota desse conversível vai se desgastar com as chuvas, certo? Você provavelmente terá vazamentos, e mofo, e..."
"Obrigada, pai. Eu estava pensando em começar a trabalhar, então eu posso trocar a capota, ou colocar gasolina e cuidar das minhas necessidades sozinha." Eu falei com um pouco mais de indignação do que era necessário. Eu meio que tinha a sensação que esse novo estilo de vida seria uma grande mudança para ele e eu só podia esperar que ele não ficasse ressentido com a minha presença inesperada.
O trabalho de Charlie ficava a três horas de distância, em Seattle. Ele também tinha uma namorada que residia lá, da qual ele raramente falava, mas que havia me comunicado da sua existência. Quando minha mãe pediu a ele a sua permissão para que eu voltasse a morar aqui, Charlie foi um pouco relutante, informando a ela que ele frequentemente ficava fora de Forks durante vários dias. Ela garantiu a ele que eu era uma pessoa adulta e podia cuidar de mim mesma. Na verdade, esse arranjo era bom para mim.
"Não foi isso o que eu quis dizer, Bella. Se você precisar de qualquer coisa, não hesite em me pedir. Eu sei que não posso estar ao seu lado o tempo todo, e sua mãe disse que você é muito independente e madura para a sua idade, mas eu ainda sou o seu pai e quando você precisar de alguma coisa, você pode falar comigo, entendeu?" Eu assenti, meio atordoada com aquela sensação reconfortante e confusa de me sentir protegida pelo meu pai. "Eu, hmmm... tenho um amigo que tem uma vaga de trabalho disponível, se você estiver interessada." Ele puxou um cartão amarelo que estava no bolso da sua calça e o entregou para mim.
"Hora da Festa Divertida do Grande Billy? Não tenho certeza o quanto eu estou confortável fazendo danças eróticas." Eu disse dando uma risadinha, enquanto girava o cartão entre os meus dedos. Nele havia um palhaço segurando um buquê de balões coloridos na frente.
"Bella, por favor." Ele me repreendeu com um olhar ameaçador. "Você se lembra do meu amigo Billy Black? Bem, sua empresa leva alguns personagens para as festas de aniversário das crianças. Você pode se vestir como uma princesa, ficar na festa durante uma hora e ser paga por isso".
"O que eu teria que fazer nessa festa?" Eu perguntei, franzindo minhas sobrancelhas em pensamento. Perguntei-me se eu teria que cantar, ou recitar algo estranho. Eu poderia dançar muito bem, e graças a todas as aulas de ginástica que eu tive quando era criança, eu podia fazer cambalhotas e ficar de cabeça para baixo. Mas eu não era uma artista. Todas essas aulas me deram uma estrutura e me deixaram com um porte elegante e gracioso; no entanto, eu ainda era super desajeitada.
"Eu não sei, querida. O que as princesas fazem?" Ele murmurou, me olhando de lado.
"Certo, ligarei para ele amanhã e verei no que isso pode dar." Eu disse, colocando o cartão em minha bolsa. Ele assentiu, parecendo satisfeito com o meu acordo verbal.
~%~
Quando voltei das compras, uma voz muito familiar estava gorjeando animadamente na cozinha, imersa em uma conversa com Charlie.
"Bella... você está aqui!" Alice gritou, envolvendo seus minúsculos braços ao redor de mim. Nós nos abraçamos com entusiasmo, balançando para frente e para trás.
"Ei, Alice! Eu senti sua falta." Eu disse sinceramente, acariciando seu cabelo negro e sedoso, que ia até a sua cintura. Ela estava exatamente a mesma como era quando tinha 12 anos... exatamente igual. Bem, exceto que agora ela tinha peitos bem maiores.
"Oh, eu também senti sua falta!" Ela disse, batendo suas mãos com entusiasmo.
"Bella, o que diabos aconteceu com o seu rosto?" Charlie nos interrompeu. Eu rapidamente toquei meu nariz com a ponta dos meus dedos, que aparentemente começava a mostrar sinais de contusão.
"Eu trombei contra um gigante pedaço de madeira de dois por quatro que estava pendurado para fora da traseira de uma caminhonete." Respondi fazendo uma careta, encolhendo os ombros e revirando os olhos como se aquilo não fosse grande coisa. Isso acontecia o tempo todo. Eu podia andar graciosamente com um par de saltos altos de 7 cm sem problema algum, mas me chocar contra objetos parados e coisas regularmente caindo sobre a minha cabeça eram ocorrências comuns para mim. Ele abriu a geladeira, entregou-me um saco de ervilhas enquanto balançava a cabeça em descrença. Charlie pediu licença, dizendo que ia até a casa do Billy, e que estaria de volta para o jantar.
"Você está tão diferente! Seu cabelo está tão longo." Ela segurou algumas mechas do meu cabelo recém pintado e o puxou. "Uau, estou tão feliz por você estar aqui. Todos estão ansiosos para te ver novamente! Você está animada para ir à escola amanhã?"
"Animada e nervosa, você sabe, primeiro dia de aula me deixa ansiosa. Ei, você e Rosalie ainda andam com Jess e Lauren?"
"Ecaaa, Deus, não. Elas são vadias e totalmente piranhas agora. Bem, Rosalie é meio que uma piranha também, mas nem sequer diga a ela que eu disse isso." Ela riu. Sua risada era contagiante; eu agora estava rindo junto com ela.
"O que eu diria? 'Oh, olá, Rose, eu não te vejo há cinco anos, você parece ótima, e eu ouvi dizer que você é uma vadia'?" Eu perguntei, rindo. Não foi uma grande surpresa eu saber que Rose estava desse jeito agora. Ela sempre foi maravilhosa; alta, magra e com seios grandes, seu longo cabelo loiro fluía como o de uma modelo. Mesmo quando estávamos na primeira série, os meninos sempre olhavam para ela. Eu me lembro que no penúltimo ano do ensino fundamental o nosso professor de ginástica costumava olhar para o peito dela enquanto ela jogava basquete, e ela deliberadamente 'esquecia' de usar sutiã por debaixo da sua camiseta. Rose sempre gostou de ser o centro das atenções.
"Seu carro é fodidamente incrível! É um dos carros mais legais que eu já vi! Eu mal posso esperar para que faça sol e nós possamos andar por aí com a capota abaixada, como naquele filme. Qual é mesmo o nome do filme? Oh! Thelma e Louise! Só que nós não somos criminosas... mas nós podemos pegar um cara tãããõ gostoso como Brad Pitt. Eu ainda não tenho um carro. Meu pai disse que eu ainda não estou pronta para dirigir porque eu não consigo prestar atenção na estrada, mas ele está totalmente enganado. Mesmo assim, eu não tenho dinheiro suficiente guardado para comprar o carro que eu quero, e eu me recuso a dirigir por aí em um pedaço de merda." Ela disse com os olhos arregalados enquanto me ajudava a colocar as sacolas de compras em cima da mesa da cozinha.
Eu fiquei parada com as sobrancelhas erguidas para ela. Eu não fazia absolutamente nenhuma ideia do que diabos ela tinha acabado de falar, mas, aparentemente, ela estava tão doida como nunca. Desde que nós éramos pequenas, Alice costumava falar assim sem parar quando estava animada com algo. Às vezes, isso pode ser muito chato, mas ela é tão fofa que a maioria das pessoas parece não se importar com isso. Eu tinha me esquecido o quanto... ela era animada.
"Eu posso pegar uma carona com você até a escola? Rosalie estava me levando, mas ela sempre reclama que tem que desviar do seu caminho só para me pegar, e às vezes Edward e Jasper me dão uma carona, mas eu odeio ir com eles porque Edward dirige rápido demais e às vezes ele me assusta, mas eu não me importo muito quando Jasper vai dirigindo porque eu amoooo ficar olhando para ele, mas eu acho que ele nem sabe que eu existo." Ela falou tão rápido que eu estava esperando que ela respirasse fundo quando terminasse, o que ela nunca fez. Ela meio que fazia minha cabeça girar um pouco.
"Claro, Alice, eu vou te levar. Quem são Edward e Justin?" Eu perguntei.
"Edward e Jas-per." Ela me corrigiu. Ela apontou em direção à grande casa no final do quarteirão, exatamente como Charlie havia feito anteriormente. "Jasper e Edward Cullen. Eles são meio irmãos e vivem com Carlisle e Esme Cullen. Ah, e Emmett. Ele é o irmão mais velho".
"Então, por que Edward te deixa assustada?" Perguntei casualmente enquanto colocava uma caixa de ovos em uma das prateleiras da geladeira. Charlie não limpava sua geladeira em tipo, oh, cinco anos. Estava nojento e tinha cheiro de chulé.
Ela revirou os olhos e sussurrou, "Ele tem problemas. Eu pessoalmente acho que ele é um psicopata. Ele mal fala com as pessoas e ele só anda com Jasper e Emmett, e alguns outros garotos da escola. Ele não sai com nenhuma garota. Há alguns boatos de que ele seja... gay." Alice deu-me um aceno conhecedor com os olhos arregalados. Seu cabelo sedoso sacudindo para cima e para baixo sobre os seus ombros.
"Então, só porque ele é tímido e gay significa que ele é um psicopata?" Eu sussurrei, confusa. Parecia uma grande suposição para mim.
"Não, ele é apenas... ele é apenas Edward. Você vai entender quando conhecê-lo. E já que ele não fala com nenhuma outra garota por aqui, isso meio que significa que ele joga no outro time. Embora algumas das garotas achem que ele seja simplesmente um rico esnobe que se acha melhor que todo mundo aqui em Forks, mas isso simplesmente o torna ainda mais desejável, sabe? Ele faz bem para os olhos. Você vai ver".
"Então, Jordan e Ernest também são tímidos, gays e psicopatas?" Eu perguntei sarcasticamente.
"Jas-per e Em-mett." Ela disse, um tom de irritação em sua voz. "Você tem algum problema de memória recente?" Ela me entregou um pedaço de pão que estava em cima da mesa. Na verdade, o Prozac que eu tomava por causa dos meus ataques de pânico meio que deixavam as coisas confusas às vezes, mas eu não estava prestes a revelar esse pedaço de informação a menos que fosse absolutamente necessário. Deixar as pessoas saberem que você está tomando antidepressivos por causa do seu transtorno de ansiedade geral não é necessariamente a melhor forma de fazer amigos.
Revirei meus os olhos com energia novamente. "Desculpe. Jas-per e Em-mett." Eu deliberadamente me corrigi para fazer um ponto. "Eles têm algum problema também, ou é só Ed-ward?"
Que diabo de tipos de nomes são esses, afinal?
Ela riu, revirando os olhos de volta para mim. "Não, eles são muito normais. Jasper é tão fofo e ele é muito quieto também, mas não como Edward. Jasper sai com algumas garotas, mas não muito. Ele gosta mais de flertar. Emmett é muito popular e ele pratica todo tipo de esporte aqui. Rosalie tem uma quedinha por ele. Ela está planejando torná-lo oficialmente seu namorado no dia de Ação de Graças".
"Isso é muito ambicioso da parte dela. Ei, você quer jantar conosco? Nós vamos pedir pizza." Eu perguntei a ela.
Seu sorriso desapareceu e ela fez uma careta. "Obrigada, mas eu tenho que ir trabalhar. Meu turno hoje no restaurante começa na hora do jantar. Mas eu te vejo amanhã de manhã, às sete, certo?" Ela me abraçou novamente. "Ei, Bella? Bem vinda de volta!"
Eu a observei atravessar a rua e desaparecer em sua pequena casa azul. Então, eu respirei fundo e suspirei. Eu tinha que me acostumar com essas grandes doses de Alice. Eu a conhecia quase a minha vida toda e parecia que ela tinha definitivamente ficado mais agitada conforme fica mais velha. Seus exageros me deixariam ainda mais ansiosa, a menos que ela consiga se controlar.
Assim que terminei de jantar, subi para ligar para a minha mãe e agradecê-la pela decoração do quarto e também separar a roupa que eu usaria amanhã. Eu sabia muito bem que a impressão do primeiro dia estabeleceria o tom do ano inteiro. Eu fiquei em dúvida entre uma aparência fofa e flertante, com uma esperta e madura e sofisticada, e uma hora depois parecia que uma bomba havia explodido em meu quarto, completamente destruindo os meus esforços fúteis de arrumação de mais cedo.
Finalmente, resolvi usar minha calça jeans escura e justa favorita e uma camisa branca de botões que eu gostava de usar com um cinto de couro envelhecido e um par de botas marrons com saltos altos. Elegante, bonita e não muito conservadora.
Peguei o meu pijama, liguei meu laptop e então verifiquei o meu nariz no espelho. O inchaço tinha diminuído, mas eu podia facilmente cobrir o machucado com um corretivo. Caminhei em direção à janela do quarto para fechá-las e deslizei meus dedos pela nova cortina reverentemente sentindo o tecido de seda sob meus dedos. Minha mãe tentou tornar aquela mudança mais confortável para mim comprando roupa de cama e eu estava completamente contente pelos seus esforços.
Da janela do meu quarto, eu podia ver a frente e a lateral da enorme casa dos Cullen através das árvores. A casa foi construída próxima da floresta, fazendo com que ela parecesse ainda maior durante a noite.
Eu me despi, tirando minha camisa e a calça jeans, jogando-as depois dentro do cesto. Parando em frente ao enorme espelho de corpo inteiro que ficava na porta do meu armário, usando apenas sutiã e calcinha, olhei para o meu reflexo, perguntando-me o que diabos eu estava fazendo comigo mesma. Amanhã seria o início de uma nova vida aqui em Forks... um novo futuro. Lista de candidatos limpa, um pedaço de papel em branco, um novo recomeço.
Querido Deus,
Por favor, permita que eu tenha um bom ano aqui em Forks. Por favor, não deixe que eu tenha nenhum ataque de pânico, e não permita que eu tropece e caia no refeitório em frente a todo mundo enquanto derramo suco de maçã em minhas botas novas. A propósito, obrigada pelas minhas botas novas. Oh, e abençoe todas as pessoas pobres e crianças doentes e minha mãe e meu pai e Phil e Alice, e mande um 'oi' para Jesus por mim.
Amém.
~ Edward ~
"Como você está hoje, Edward?" Ela perguntou, sem olhar para cima ou fazer contato visual comigo. Tenho certeza que ela estava evitando contato visual como precaução. Era como olhar diretamente nos olhos de um leão, eu sabia que eu a deixava inquieta. Eu sabia disso e usava isso.
Sim, eu podia ser um imbecil às vezes, e daí?
Ela estava ali sentada em seu terno horroroso com as pernas cruzada exatamente o suficiente para ela pensar que eu não estava conseguindo ver o rasgo evidente em sua meia-calça. Seu bloco de notas estava sobre o seu colo e uma caneta Mont Blanc de 200 dólares girando delicadamente entre os seus dedos, apenas esperando que eu dissesse algo profundamente perspicaz, ou definitivamente incriminador para que ela pudesse escrever alguma coisa, analisar e me curar... ou me prender, o que eu realmente acredito que seja seu objetivo final.
Ela devia estar muito desapontada hoje, assim como todas as outras terças-feiras em que eu me sentei aqui em seu escritório, tentando preencher os 50 minutos da minha sessão de terapia semanal com respostas mínimas, mas satisfatórias, para suas perguntas banais com o mínimo de esforço ou detalhes possíveis. Ela sabia que eu não estava disposto a contar nada para ela. Ela sabia malditamente bem que eu era um moleque irritado e desconfiado que estava zangado e amargurado com o mundo por ter tirado as coisas que eram importantes para mim.
E nunca passou despercebido que ela nunca, nenhuma vez, levou-me a acreditar que ela pensava que eu era inocente. Uma vez atrás da outra, com referências sutis e obscuras, ela tentava fazer com que eu entrasse em uma admissão de culpa. Eu fodidamente a odiava por isso. E eu odiei os últimos dois terapeutas que se sentiam exatamente da mesma maneira.
"Eu estou bem, obrigado. E você?" Eu perguntei, delicadeza arrepiante gotejando das minhas palavras.
"Muito bem. Então, como foi a escola essa semana?" Ela não se incomodou em olhar para mim enquanto fazia suas anotações.
O que, em nome de Deus, ela poderia estar escrevendo?
"A escola foi o mesmo de sempre".
"Você se importaria de explicar melhor?" Ela ainda não tinha olhado para mim.
"Nada em particular." Respondi secamente. Porque, sério, o que diabos eu deveria dizer? Que a Forks High School era uma piada que não representa um desafio como instituição de ensino? Que eu sabia muito mais do que as aqueles professores miseráveis que eram mal pagos e que tinham raiva de pessoas ricas e mimadas como eu, que viviam vidas privilegiadas enquanto eles de maneira não gratificante passavam o seu dia em uma sala de aula?
Certo, Dra. Kate, já que eu estou entediado, vou morder a sua isca só para me distrair um pouco.
Cuidadosamente, com um sorriso discreto, eu disse. "Uma garota nova acabou de se mudar para o quarteirão da minha casa. Ela deve começar a ir para a escola essa semana".
Ah, aqui está... contato visual.
Ponto para mim!
Ela olhou para mim abruptamente, fixando seus olhos nos meus, rapidamente desviando deles, e então de volta para o seu bloco de notas. "Você já a conheceu?"
"Ainda não. Mas pelo que eu ouvi, ela é muito bonita. Tenho certeza que metade da população masculina está planejando em reclamá-la para si antes mesmo de ela começar a frequentar a escola." Eu disse, com uma risada inteligente. Os garotos da escola estavam ansiosos por carne fresca, e fazia anos que eles não viam algo novo e interessante. A nova garota tem sido o único tema de conversas nesses últimos dois dias.
"E você? Você quer reivindicá-la para si também?"
Aqui vamos nós...
Eu franzi as sobrancelhas em confusão e perguntei, "E como eu seria capaz de fazer isso? Receio que eu não entendi a sua pergunta, Dra. Kate. O que você está me perguntando?"
"Edward, por que você escolheu contar-me sobre ela? Você poderia ter falado sobre qualquer outra coisa que aconteceu durante a sua semana, mas você decidiu falar sobre a nova garota. Por que isso?"
"Porque ela é a única coisa que não era a mesma coisa da semana passada, quando você me fez essa mesma pergunta".
Ela suspirou, claramente frustrada com o meu comportamento insolente e falta de cooperação. "Você tem sido meu paciente há 15 semanas, Edward. E cada uma dessas semanas você vem aqui, fica sentado aí por 50 minutos e não diz absolutamente nada. Eu percebi que você não está aqui por vontade própria, mas você podia pelo menos fazer valer a pena para nós dois vir à sessão".
"O que exatamente você espera que eu faça?" Eu perguntei, estreitando os olhos para ela.
Ela ergueu as mãos em um gesto de súplica. "Eu quero que você se abra. Que me dê algo com o quê trabalhar. Fale comigo".
"Eu não tenho nada para dizer. Minha vida é completamente chata, sem qualquer emoção, diversão, ou prazer real. Eu simplesmente existo. Eu vou para a escola, saio com os meus irmãos depois, jogo um pouco de vídeo-game e faço meu dever de casa... às vezes eu leio um livro, e depois vou para a cama. E é isso. Esse é o meu dia. Você quer saber o que eu como no café da manhã, ou...?"
Ela bufou com um aceno resignado. "Você deu alguma consideração em jogar baseball na primavera?"
Awww, ela vai começar com essa merda novamente? Poooorra.
"Hm. Não. Eu estou farto de jogar." Respondi secamente, deixando claro para ela que esse não era um assunto que eu estava disposto a discutir. Não que qualquer assunto em particular pudesse necessariamente ser considerado como aberto, mas esse em especial não era da conta dela.
"Por que isso, posso perguntar?"
Não, você fodidamente não pode perguntar, estúpida vadia idiota.
Eu balancei a cabeça, apoiando os cotovelos em meus joelhos.
Assunto encerrado.
"Edward, eu acho que esse é um assunto importante que nós devemos discutir. Isso seria de grande ajuda para..."
Eu a interrompi abruptamente, mostrando meus sentimentos. "Eu não sou assim. Eu não sou mais aquela pessoa, certo? Jesus..."
O garoto americano, popular, jogador de baseball, bom menino da casa ao lado que toda garota adoraria levar para casa e apresentar à sua mãe, morreu na noite em que fiquei com aquela-de-quem-eu-não-quero-lembrar.
Pronto. Fim. Da. História.
Eddie Masen está fodidamente morto.
Agora, pegue a dica e mude de assunto antes que eu jogue aquela foto do seu filho feio em sua cabeça e saia desse consultório.
"Como vão os seus ataques de pânico?" Ela disse calmamente, mudando de assunto. Eu acho que a hostilidade em minha voz e a minha postura tensa tiraram toda a sua confiança. Eu sabia que eu podia ser muito intimidante às vezes. Eu acho que é por que toda a minha maldita situação desagradável aconteceu comigo, em primeiro lugar.
"Bem. Eu não tive nenhum nos últimos seis meses".
"Você já pensou em voltar a tomar sua medicação?"
"Por que eu faria algo assim? Eu não preciso mais disso".
Jesus do caralho Cristo. Essa mulher...
"Bem, eu acho que isso pode ajudar a controlar um pouco a sua raiva, talvez faça você colocar alguma perspectiva nas coisas".
Deixei cair minha cabeça em minha mão em frustração, correndo meus dedos distraidamente pelo meu cabelo. Eu realmente queria um cigarro e um copo de café e dar o fora daqui. "Não, eu não quero mais tomar Zoloft. Ele não é nada além de um consolo, e eu estou me saindo muito bem sem ele".
Além do mais, eu tenho maconha o suficiente para me manter calmo, de qualquer maneira.
Eu não precisava contar a ela que o principal motivo para eu ter parado de tomar os remédios foi porque eu descobri que misturar álcool com antidepressivos era um desastre total. Eu não estava a fim de estragar meus finais de semana também.
"Então, sem remédios então... que tal voltarmos a falar sobre a sua nova vizinha? Você tem algum interesse em conhecê-la como amiga?" Ela perguntou, provavelmente tentando ver algum sinal da minha mente doentia do caralho e meus sentimentos aparentes de desinteresse com relação às mulheres em geral.
Falar novamente sobre a garota?
"Claro. Eu acho que seria interessante conhecer uma jovem e doce garota, e depois ter que explicar para ela por que eu tenho que me manter tão distante, só para tê-la fugindo de mim gritando." Eu respondi, cheio de sarcasmo.
"Edward, você não precisa de contato físico para ter um relacionamento com alguém. Existem várias maneiras de se tornar íntimo de uma mulher sem realmente tocá-la. Você não precisa ter contato corporal com um amigo".
Eu queria fodidamente arrancar o meu cabelo em mechas.
Não se estenda para o outro lado da mesa de café para ela. Não faça isso.
Tomei uma respiração calmante, meus punhos fechados em bolas ao lado do meu corpo. "Viu? Isso... isso aqui é exatamente o que eu estou falando. O que basicamente você está dizendo para mim é, 'Edward, você pode transar com uma garota sem forçá-la a fazer isso'. Você quer ver a minha reação a isso. Você está esperando que eu fique com raiva, então eu faço o que? Admito uma coisa que eu fodidamente não fiz?" Eu me levantei, chutando a perna da cadeira e cuspindo, "Estou farto dessa besteira".
Fechei a porta atrás de mim, meu peito pesado em agitação e raiva, eu nem precisei olhar para trás para ver sua expressão horrorizada. Perguntei-me como ela lidaria com isso. Carlisle certamente receberia uma ligação.
Peguei o elevador e desci três andares até o saguão, enquanto enviava uma mensagem de texto para o meu irmão Jasper. Ele disse que estava na Starbucks no outro lado da rua, então eu fui até lá, olhando para ele enquanto eu pedia um café expresso duplo. Inclinando-me contra a parede de tijolos em frente ao meu carro, esperei por ele do lado de fora com um cigarro enquanto ele terminava sua conversa com a loira peituda que estava dividindo a mesa com ele.
Assim que ele se aproximou do meu carro, eu dei a partida e parei, olhando com desaprovação para o copo em sua mão. Sem dizer uma palavra, ele o jogou no lixo. Quando tirei o pé do freio, ele perguntou, "Você tem papel?"
Apontei para o porta-luvas, de onde ele tirou um pacote de papel e começou a esvaziar um saquinho para a folha esperando.
"Você está bem, irmão?" Ele perguntou. Eu balancei a cabeça duas vezes, ainda muito agitado. Ele sabia quando eu queria conversar e quando eu não queria. Meus irmãos, Jasper e Emmett, eram as únicas pessoas que realmente me conhecem. Meus pais conhecem a versão autorizada de Edward Cullen, e tanto quanto eu consigo lembrar, minha mãe é a única mulher em quem eu posso confiar. Eu odeio me sentir dessa forma, mas eu realmente não tenho escolha nesse assunto.
Quando nós chegamos na cidade de Forks, Port Angeles uma recordação distante, eu tinha me acalmado e esquecido sobre a merda da sessão de terapia que tinha acontecido há meia hora. Minha mente estava concentrada em fumar o baseado que Jasper enrolou. Ele fez uma bagunça do caralho com isso, mas eu não podia dirigir e enrolar ao mesmo tempo, e eu seria amaldiçoado se eu o deixasse dirigir o meu carro.
Nós estávamos parados em um sinal vermelho, quando meu olhar focou em uma pequena morena atravessando a rua com uma bunda que me fez querer apertá-la em minhas mãos e morder cada pedacinho dela. Jasper também a viu, apesar de nenhum de nós ter dito nada. Ela estava de cabeça baixa, distraída, seus olhos focados completamente em seu telefone quando percebi que ela trombaria contra um pedaço de madeira que estava na parte traseira de uma velha caminhonete vermelha.
"Ela vai se chocar diretamente contra aquilo." Eu disse.
"Sério?" Ele respondeu. "Eu aposto cinquenta que ela vai levantar a cabeça no último minuto." Meus instintos diziam para eu buzinar e assustá-la, assim ela olharia para a frente, mas eu não queria que ela, ou qualquer outra pessoa, pensasse que eu estava buzinando porque eu a tinha achado bonita. Uma acusação de assédio sexual era tudo o que eu precisava.
"OOOOOHHHH, porra!" Nós gritamos ao mesmo tempo quando ela bateu o nariz contra o pedaço de madeira, fazendo com que ela literalmente desse alguns passos para trás. Seu telefone caiu no chão, a bateria rolando pela calçada.
"Toda bonita, mas sem cérebro." Comentei secamente.
"É uma pena, realmente." Ele disse rindo, enquanto enfiava a mão no seu bolso para tirar o dinheiro. "Bom para ela ter uma bunda tão bonita".
"Não, eu acho que isso é bom para nós, irmão".
Uma vez que chegamos em casa, nós fumamos o baseado no lado de fora, jantamos com a mamãe e então, subi as escadas para me deitar. Percebi que houve uma pausa na chuva caindo contra as portas de vidro no meu quarto, então aproveitei a oportunidade para fumar. Tirei um cigarro do maço e fui até a varanda que unia os três quartos que ficavam no andar de cima. O ar da noite de setembro era levemente frio, mas não era ruim - quente o suficiente para sair sem uma jaqueta. Dei uma longa tragada, saboreando aquela deliciosa tontura e soltando a fumaça logo em seguida, o ar úmido deixando a nuvem de fumaça ainda mais densa. O efeito da maconha que eu havia fumado antes estava passando, e eu estava cansado como o inferno.
Eu gostava de ficar alguns minutos do lado de fora a noite, sob a cobertura do telhado apenas aproveitando a solidão. Alguém sempre está falando, e era raro eu ter algum momento de silêncio, mesmo dentro da minha própria cabeça. Deslizei minhas costas pela parede de tijolos, aproximei meus joelhos do meu rosto e descansei meus cotovelos sobre eles.
Pela primeira vez em quase um ano que eu vivia nesta casa, notei uma luz saindo da janela superior daquela casa que ficava do outro lado do quarteirão. Devia ser o quarto da nova garota, eu acho. Eu mal podia vê-la através da janela, sem traços com o cabelo escuro que ela tinha prendido no topo da sua cabeça. Ela olhou para o lado de fora da janela por alguns instantes, e então voltou a desaparecer dentro do quarto.
Enquanto eu empurrava minha bunda para cima do chão de madeira da varanda, eu a notei surgir na janela novamente. Dessa vez, não era realmente ela, mas o seu reflexo em um grande espelho que estava preso em uma porta. Eu ofeguei e sorri quando percebi que ela estava parada lá em apenas seu sutiã e calcinha, suas curvas femininas suaves e sutis através do vidro e da cortina.
Oh, por favor, tire tudo, querida. Por favor.
Vamos lá... seja uma boa nova vizinha.
Mordi o meu lábio, descaradamente desejando que ela tirasse tudo enquanto eu debatia se devia chamar Japser e Emmett para se juntarem a mim e assistirem ao show.
Jasper fodidamente amaria essa merda.
Lentamente, como se eu estivesse preso em um sonho, ela tirou seu sutiã, rapidamente deslizando uma camiseta sobre o seu torso nu, para o meu desalento. Eu realmente não podia ver muitos detalhes, mas pelo que eu vi, ela tinha um ótimo par de seios, tamanho médio, firmes, inchados e femininos.
Ela era fodidamente linda.
Eu realmente devia compartilhar isso com os outros, certo?
No entanto, percebi que se eu avisasse meus irmãos sobre esse meu show recentemente descoberto, eles nunca mais sairiam do meu quarto durante a noite. Eu também decidi não invadir a privacidade dessa garota mais do que o necessário por respeito a Charlie Swan, que era um bom homem e tinha sido ótimo com a minha família. Além disso, a lista negra da última pessoa da qual eu queria estar era na do Chefe de Polícia da cidade, esteja ele aposentado ou não.
Esperei apenas alguns minutos antes de entrar em casa novamente, apagar as luzes e começar a fantasiar com a nova garota, antes de nós sermos sequer apresentados apropriadamente.
Nota da Tradutora:
Uma nova fic estreando... espero que vc's gostem. Essa é uma fic que vai fazer muita gente chorar, se "descabelar" com o que acontece. Os caps. dela são longos e a história é realmente maravilhosa, então, só o que eu peço, é que quem ler, por favor, perca um tempinho e deixe uma review! Não custa nada.
A música do capítulo pode ser ouvida aqui: http:/ www. youtube. com/ watch?v=9_BTsooVH9s (retirar os espaços)
Postarei aqui aos domingos. E no próximo eu verei como foi a resposta e talvez faça alguns "acordos" com vc's, pois vários caps. já estão prontos!
Deixem reviews e até domingo!
Bjs,
Ju
Para quem acompanha, fiquem "atentos" pq essa semana vou estrear mais algumas fics tb...
