Antes de tudo: Capitulo aki, naum eh capitulo, eh alguma coisa que divide a história em pedaços....e por incrivel q pareça, isso eh sério....
CAPITULO I
Era uma bela tarde de verão em Londres. O beco diagonal estava cheio como de costume nessa época do ano, já que o ano letivo em Hogwarts estava pra começar. Várias figuras estranhas andavam por lá, a maioria se encontrava em um pequeno tumulto no meio da avenida principal.
- Ce é cega? Num olha pra onde anda não?
- Fica um pouco complicado passar quando se tem uma VACA GORDA no MEIO do caminho atrapalhando a passagem de pessoas inocentes querendo tem um dia FELIZ!!!
- VACA GORDA?!? Vaca eu até posso ser, mas gorda é a sua mãe!!!
A garota de cabelos cor de mel começou a mudar de cor tornando seu tom de pele claro em um vermelho gritante, e com um par de chamas em seus olhos castanhos. Discretamente ela colocou a mão em uma sacola e tirou de lá uma coisa marrom.
- Nunca...mais...insulte...a...minha...MÃE!!!- Ela atirou duas bombas de bosta em direção a vaca, quer dizer, a garota a sua frente.
- AAHH!!!
Uma das bombas atingiu em cheio o rosto da garota em quanto a outra atingiu a testa de uma senhora de face muito enrugada (uma velha...) e chapéu pontiagudo roxo-púrpura.
- Opa! Foi mal...
Quando a outra garota pulou para atacá-la, dois bruxos que assistiam entusiasmados a cena impediram a briga. Cada uma pegou seus pertences e saíram andando para lados opostos.
- Eu ainda te pego!- gritou a garota fedendo a bosta.
- Isso é o que vamos ver.
As duas continuaram caminhando e nunca mais se viram.
1º de Setembro. Estava um pouco frio para o verão, mas mesmo assim agradável. A estação King´s Cross estava um pouco mais movimentada.
- Filhinha, minha vida...vê se toma muito cuidado viu? Se comporta, você sabe muito bem que Hogwarts é totalmente diferente daquela "escolinha" que você freqüentava! – disse uma mulher de estatura média, cabelos escuros e encaracolados se dirigindo a garota de cabelos com de mel.
- Tá mãe...não se preocupe não, ok?
- E vê se não me fume maconha nem qualquer tipo de erva que tenha naquele lugar...e....e também se proteja se for fazer alguma besteira...E VE SE ME CONTA TUDO!!! – disse a mulher ficando histérica
- Mãe!!!
- Bom, pena que seu pai não veio, ainda não acredito que ele foi trabalhar justo hoje, nesse dia tão importante – seus olhos começaram a se encher de lágrimas – em que nossa "baixinha"...
- Baixinha?
-...irá partir!
- Mãe! Eu vivi 4 anos fora de casa.
- Mas estávamos no mesmo país.
- Mas Hogwarts continua na Inglaterra!
- Não é a mesma coisa! – disse a mulher chorando abundantemente
- Isso é deprimente mãe.
O apito que avisava que o expresso Hogwarts, que saia da plataforma 9 ½, iría partir, tocou.
- Graças a Deus! – pensou a garota, e dando um abraço na mãe, disse – Manda um beijo pro pai, tá?
- Tá bom Sasá, cuidado! – Dando um beijo estalado em sua filha.,
- Tchau!
Ela entrou no trem e sentou na primeira cabine que achou vazia; arrumou suas coisas e acenou para sua mãe que estava formando um lago em sua volta com tantas lagrimas.
Depois que o trem partiu ela foi até o corredor para dar uma volta. Viu um grupo de garotos do segundo ano brincando com sapos de chocolate e também outro grupo sujo com uma gosma verde. Quando ela se cansou de ficar perambulando, voltou para sua cabine. Ela abriu a porta e levou um susto.
- O que VOCÊ está fazendo aqui? – disse ela olhando para uma garota de cabelos escuros, trançados, não muito compridos, jogados pelo ombro. Ela estava com um par de calças jeans, cintura bem baixa e boca larga, e uma blusa preta decotada.
- Era a única cabine vaga.
- Mas EU estava aqui primeiro! – disse ela olhando pasma.
- Cabe mais de uma pessoa – disse ela sem olhar.
- Ah não, não...não e não!!!
- Não o caralh...
- Oh, olha a boca!!!
- Hum – resmungou a garota morena sem entusiasmo.
A outra menina sentou calada na sua frente . Ficou encarando-a por algum tempo até que tomou coragem e perguntou:
- Você não é daqui né?
- Como você sabe? – perguntou ela secamente.
- Pelo sotaque... mas, se a madame me permite perguntar...
- Claro – disse ela com tom irônico.
- ...qual o seu nome e de onde você veio?
- hã....hum...acho que não te interessa – respondeu ela olhando para fora do trem.
- Ah é, sua mãezinha disse para você não falar com estranhos, né baixinha?
- Bom – disse ela ligeiramente vermelha – e eu suponho que uma vaca gorda não tenha nome.
- Se você falar o seu eu falo o meu – disse a morena.
- Primeiro você.
- Ao mesmo tempo?
- Pode ser.
Então elas contaram até três e falaram juntas:
-Sarah, Brasil – falou a "loira".
- Luana, Brasil – falou a morena.
Elas se olharam pasmas. Luana comentou no idioma português:
- Você é brasileira?
- Sou – respondeu Sarah – mas, você não estudava naquela escola de magia no Brasil. Não me lembro de você.
- Não, eu viajo muito. Nunca fico por lá.
As duas deram algumas risadas. Depois Luana olhou para Sarah e disse:
- Sá, posso te chamar de Sá?
- Claro.
- Sá, eu estava pensando com meus neurônios.... Acho que começamos com o pé errado.
- Na realidade Lú, eu posso de chamar de Lú né?
- Pode.
- Na realidade começamos com uma bomba de bosta errada – falou Sarah sorrindo.
- Bem, não foi tão errada assim.... Ainda estou fedendo a bosta, acredita?!
As duas finalmente estavam se dando melhor que antes, conversaram quase a viajem toda.
- E ai – disse Sarah – Eu achei que seria a única transferida este ano, sabe, não é uma coisa muito comum.
- Eu sei, não foi muito fácil conseguir a transferência, nunca é – comentou Luana.
O trem começou a diminuir a velocidade.
- Acho melhor pegarmos nossas coisas.
- Você tem razão.
Assim que o trem finalmente parou, elas pegaram as coisas e foram em direção à porta, mas o tumulto era tão grande que resolveram esperar. Passaram uns 10 minutos e elas saíram. Ao pular do trem, se esbarraram com dois garotos.
- Puta merda, não dava para ir mais depressa? – vociferou Luana.
- Olha a boca, caralho – gritou Sarah, esfregando o braço parar a dor – mania de falar palavrão, porra!!!
Depois de pegarem as coisas caídas do chão elas olharam para cima e viram dois garotos ruivos, visivelmente gêmeos com aparência de uns 17 anos.
- Desculpe-nos – disse um deles.
- Não foi por querer – disse o outro.
- N...n..não.... foi nada não...- gaguejou Sarah abismada com os dois.
Luana notando a situação cutucou a amiga tentando disfarçar a ansiedade da coitada.
- Bom – disse Luana – Agora que já está tudo resolvido, podemos ir embora.
- Beleza – disse o primeiro – mas caso vocês precisem, meu nome é Jorge.
- E o meu é Fred.
- Fred e Jorge – disse Sarah – pode deixar que a gente vai lembrar.
Luana lançou um olhar totalmente misterioso e atraente para Fred, que ficou sem jeito. Puxado pelo irmão, eles sumiram entre os alunos.
- Que olhar foi aquele? – perguntou Sarah com um sorriso malicioso.
- Regra número 1 do manual da Lulu: sempre tenha um menino aos seus pés; um dia você vai precisar – respondeu Luana andando em direção as carruagens.
- Posso ficar com o outro?
- Se você descobrir quem é.
- Vou fazer o possível.
Elas subiram na carruagem e foram conversando até o castelo.
CAPITULO II
- Eu não acredito que vou me atrasar no primeiro jantar – disse Sarah correndo.
- Eu não tenho culpa se aquele fantasma idiota mandou a gente pro corujal; tá que eu achei estranho o Salão Principal ficar numa torre.
Elas chegaram na porta do salão e quanto entraram já estava todos comendo
- OBA!!! Pelo menos a comida parece boa. – disse Sarah olhando para os pratos em cima da mesa com uma cara faminta.
- Acho que temos que no preocupar com coisas mais importantes do que comida – disse Luana um pouco irritada.
- Acho que vocês duas são as transferidas não? – disse um dos fantasmas que vagavam pelo salão.
- Como é que você sabe? – perguntou Sarah intrigada.
- Vocês são as únicas sem uniformes e que chegaram atrasadas.
Por alguns segundos elas se entreolharam e Luana disse:
- Sá, tipo.... Adorei a sua blusa.
- Vocês deviam ter colocado os uniformes no trem.
- Bom, agora é um pouquinho tarde, sabe onde podemos sentar?Estou MORTA de fome....
- Sarah!!!
- Opa....desculpe. é que.....
- Não, tudo bem – disse o fantasma que, de longe poderia se ver sua cara de repreensão – Este ano a Sonserina, que é uma das quatro casas, recebeu poucos alunos comparado ao ano passado. Tenho certeza de que tem lugares para vocês lá, e depois do jantar procurem a professora Mcgonagall que....
- Quem é ela? – Perguntou Luana.
- Aquela de vestes verde, ela irá levá-las até a sala do diretor.
- Tipo, eu to com fome – disse Sarah – então se você já acabou.
O fantasma saiu flutuando em direção a outro canto do salão dando passagem a Sarah que puxava Luana em direção a mesa. As duas se sentaram ao lado de alunos do terceiro ano que fizeram uma cara muito estranha.
- Tomara que a gente não fique nessa coisa, quer dizer, casa – disse Luana – Sabe, foi a casa do DITO-CUJO.
- O santo do diabo? – perguntou Sarah com a boca cheia.
- Esse mesmo – respondeu Luana se servindo de batatas.
De repente, Sarah olha para o seu lado esquerdo e observa um garoto loiro de aparência sombria olhando com frieza em sua direção.
- Meu, não fui com a cara dele. – disse Luana ao perceber a troca de olhares.
- Hunf! Que foi? Que levar pra casa? – falou Sarah num tom mais alto.
- Não obrigado, não gosto de porcarias.
- Então você deve se odiar quando se olha no espelho!
- Não me dirija com essas palavras infames. Sou o monitor e posso muito bem acabar com você e sua casinha idiota.
- Como? Nem casa eu tenho?
Podem-se ouvir risadas abafadas vindo de várias mesas (menos da sonserina) neste momento.
- Liga não miga; vamos acabar de jantar – disse Luana tomando um gole do seu suco de abóbora.
Neste momento ouviram passos vindo em direção à mesa onde elas estavam. Era a tal da professora McGonagall que parou atrás das meninas assustando-as e fazendo Luana cuspir todo o suco.
- As senhoritas poderiam me acompanhar por gentileza?
- Claro – disse as duas ao mesmo tempo.
Elas acompanharam a professora se retirando do salão principal. Durante todo o caminho elas puderam observar a arquitetura do lugar, as paredes tinham quadros cujas pessoas se moviam e olhavam para elas. Pararam de repente em frente a um gárgula meio obscuro, aonde após um sussurro da professora, surgiu uma escada rolante em espiral. Elas subiram e bateram na enorme porta a sua frente. Pode-se ouvir uma voz serena dando permissão para que as duas entrassem. - Professor, aqui estão as meninas.
- Por favor, fiquem a vontade – falou um senhor com barbas longas e brancas usando óculos meia-lua e veste longa azul e prateada.
- E o senhor que é? – disse Luana bem atenta.
- Sou Alvo Dumbledore, professor e diretor da escola de magia e bruxaria de Hogwarts – disse suavemente.
- Ah! Então o Senhor é o diretor. Legal – comentou Sarah.
- E suponho que vocês sejam as alunas transferidas do Brasil? – disse Dumbledore com um leve sorriso.
- Somos sim. Quer dizer, eu estou vindo da Índia, mas sou brasileira. – falou Luana.
- "timo, acho que já podemos começar – Ele olhou para McGonagall que logo andou em direção a uma prateleira aonde pegou um chapéu pontiagudo, velho e cheio de remendos.
- A senhorita pode se sentar aqui? – falou a professora olhando diretamente para Luana.
- Ok! – disse ela sentando – mas para que?
- O chapéu irá dizer para que casa deve ir – respondeu Dumbledore.
- E...- comentou Luana com o dedo indicador no queixo – quais são as opções.
- Quatro para ser mais clara – disse a professora – Grifinória, Sonserina, Corvinal e Lufa- Lufa.
-
A professora olhou-a com um olhar de censura.
- Vamos continuar.
Nessa hora a professora pegou o chapéu seletor e pôs sobre a cabeça da garota.
- Humm... - disse o chapéu acordando – interessante, vejo coragem em seu coração e mais algumas coisinha confusas, mas...acho que vou te colocar na...GRIFIN"RIA! – gritou. Pode se ver um breve sorriso de felicidade da professora.
- Ahn, isso é bom ou ruim? – perguntou Luana olhando pra Sarah.
- Acho que é bom, aquele chapéu velho falou com tanto entusiasmo. – falou Sarah se sentando no lugar da amiga.
- Chapéu velho??? – esbravejou o chapéu.
- Desculpe...não foi a minha intenção – Sarah se desculpou com o chapéu na cabeça.
- Bem, bem...vejo muita força em você, blá, blá, blá, isso não importa muito....vou por você na...GRIFIN"RIA!
- Legal – se levantando ainda com o chapéu na cabeça – e agora?
- Agora a professora McGonagall vai acompanhá-las até seus dormitórios, pois já é tarde e amanhã quero que vocês procurem saber sobre as regras do colégio. Perguntem para os monitores de sua casa, vão saber responder. – falou Dumbledore sorrindo.
- Tá, boa noite então – falou Luana em quanto acompanha a professora e sua amiga para fora da sala do direto. Quando a porta se fechou, Dumbledore comentou com seu pássaro:
- Duas figuras, elas... acho que tem futuro....uma futuro mais ou menos, mas é um futuro...
- Legalzinho ele, né? Nem parece diretor... – disse Sarah passando por vários quadros
- Achei ele FOFO! – disse Luana.
Elas pararam na frente de um quadro de uma mulher gorda.
- A senha por favor! – disse a mulher.
- Eu ouvi falar sobre esses quadros- sussurrou Sarah para Luana.
- MIMBULUS MIMBLETONIA! – disse a professora enquanto o quadro se abria como uma porta deixando livre a passagem.
- Mimbu...o que? – perguntou Sarah.
Quando a professora se virou, percebeu o rosto de incompreensão das garotas, que pareciam que tinham vários pontos de interrogação em suas testas.
- Mimbulus mimbletonia, essa é a senha e sem ela vocês não conseguirão entrar. É o nome de uma planta, deveriam ter aprendido em herbologia. – disse a professora calmamente.
- Não tinha uma senha mais difícil pra decorar não? – disse Sarah com um tom muito cínico. – sou péssima em herbologia !
- Não, não tinha. Agora, por favor, entrem e durmam pois amanhã será um longo dia. O quadro se fechou. Elas observaram os quatro cantos da sala e todos os seus detalhes. Viram duas escadas que davam nos dormitórios.
- Cara, tô com sono. Pronde a gente vai? – disse Sarah bocejando ao mesmo tempo.
- Péra...uni, du, ni, tê, sa, la, me...ah, tanto faz....aquela! – apontou Luana para uma das escadas. A sala estava deserta, pois já passava da meia noite.
- Vamos subir, não quero chegar atrasada de novo amanhã – falou Sarah.
As duas subiram as escadas e abriram cuidadosamente a porta de um dos quartos. Aparentemente era um dormitório de garotas e todas elas estavam dormindo. Havia duas camas vazias no fundo, perto da janela. Sarah e Luana andaram até as camas sem fazer barulho.
- Eu vou ficar na janela – disse Luana sussurrando e abrindo a mala pra pegar o pijama.
- E eu vou ficar do lado daquela garota com uma biblioteca e uma loja de meias de lã em seu criado mudo!?! – disse Sarah rindo abafadamente ao por seu pijama e se deitando.
Elas pegaram no sono rapidamente. Sarah acordava às vezes pois tinha certeza que ouvia roncos no quarto ao lado.
CAPITULO III
Luana acordou antes do amanhecer, todas as outras garotas ainda estavam dormindo, e Sarah tinha desmontado a cama de tanto se mexer. Ela aproveitou o tempo que faltava para o café da manhã e arrumou suas coisas. Também escreveu uma carta para sua mãe. Ela tirou seu uniforme da mala já com as cores da grifinória, colocou-o sobre a cama e ficou olhando.
- Que coisa mais cafona ! – disse ela com uma cara de desgosto – Já sei!
Sarah acordou com um raio de sol em seu rosto.
- Hmmm.
- Acorde, querida – falou Luana
- Ai, Lú, eu ainda tô com sono
- Hei – falou a garota dos livros – quem são vocês?
- Ah, desculpe a gente, eu sou Luana e aquele bicho deitado sem força nenhuma pra levantar é a Sarah. Nós somos as transferidas brasileiras, que dizer, ela veio do Brasil e eu acabei de voltar da Índia.
- Ah, sim, muito prazer, eu sou Hermione, a monitora da Grifinória – disse a garota olhando para o uniforme de Luana.
- Ah...hum...a gente precisava mesmo ...MEU DEUS DO CÉU, o que você fez no seu uniforme??? – gritou Sarah acordando as outras garotas.
- Gostou? – perguntou Luana.
- A-DO-REI! Faz no meu!
O uniforme de Luana estava todo diferente, a saia estava uns dois palmos mais curta, o suéter mais justo e ela tinha substituído a camisa da escola por uma outra mais moderna e também tinha mudado o tamanho das meias.
- Eu acho que é contra as regras... – mas antes que hermione pudesse acabar a frase, elas já estavam fazendo de tudo e mais um pouco com o uniforme de Sarah.
- Pode deixar Hermi – disse Luana. – Não tem regra nenhuma sobre mudar o estilo do uniforme, mas claro que pra prevenir, eu não mudei a capa.
As outras duas meninas ficaram olhando para Luana e Sarah com uma cara de inveja excepcional. A porta do quarto se abriu e uma menina ruiva acompanhada por uma outra loira um tanto estranha entraram.
- Dia mione. Ah... quem são vocês? – perguntou a menina ruiva.
- Transferidas, Luana e Sarah. – respondeu Hermione – E essa é Gina.
- Meu, muito prazer.- disse Luana.
- Por acaso você tem dois irmãos que são gêmeos? – perguntou Sarah muito interessada.
- Tenho, e um da idade de vocês – respondeu a garota.
- Ele é o outro monitor, Rony – disse Hermione pegando os livros.
- Bom, se você dois puderem, mais tarde ou outro dia, explicar pra gente quais são as regras da escola, nós vamos agradecer. – disse Luana ajudando Sarah a colocar o suéter apertado.
- Se bem que.... eu não.... estou nem um pouco... interessada em... saber as ...regras – disse Sarah sem fôlego.
- É melhor saber, fica mais fácil de quebrar – Elas riram, se despediram das outras garotas, pegaram as coisas e foram pra sala comunal. Ao descer da escada elas bateram em alguma coisa.
- Ai caralho! Minhas costelas! – gritou Luana se dobrando.
- Não acredito, você não se cansam de ficar no nosso caminho! – disse Sarah olhando para os gêmeos.
- Vocês é que são apressadas de mais – disse Fred rindo e esfregando o cotovelo que provavelmente teria atingido Luana.
- Acho que vocês são cegas – disse Jorge.
- Pode acreditar que não – disse Sarah olhando para Luana que logo entendeu o que a amiga queria dizer e, é claro, concordava.
- Nós precisamos parar para conversar qualquer dia desses.- continuou Jorge
- É verdade, a gente se esbarrou tantas vezes e nunca conversamos.
- Claro – disse Luana com aquele olhar – a gente se fala mais tarde.
Eles se despediram e, com uma expressão risonha, Sarah comentou:
- A gente só se esbarrou duas vezes, e eles já estão se atirando pra cima.
- Pois é, mas isso é bom... – As duas se perderam de novo. Demoraram tanto para achar o Salão Principal, que desistiram e foram direto para a sala da primeira aula.
- Eu não acredito que eu não tomei café. Eu não consigo nem pensar, imagina prestar atenção na aula... – disse Sarah gemendo de fome com a mão na barriga. Elas entraram na sala de História da Magia e se sentaram bem no fundo. Luana ficou prestando atenção na aula até que sua visão desviou para um garoto famoso no mundo mágico sentado ao lado de Hermione e de um ruivo que provavelmente seria Rony, o outro irmão de Gina. Ela cutucou Sarah e falou em português:
- Hei, aquele não é o Harry Potter?
- O garoto que sobreviveu?
- Esse mesmo.
- Deve ser. Gostei da cicatriz, será que eu posso fazer uma?
- Espero que não, ele quase morreu várias vezes por causa dela.
- São pequenos detalhes que podemos ignorar...
Quando todas as aulas da manhã acabaram, as duas estavam quase desmaiando de fome (literalmente) e foram correndo para o salão principal.
- Não acredito, Deus é Pai! – disse Sarah branca, cambaleando para os lados.
- Calma Cá – disse Luana segurando a amiga pelo braço – isso TUDO é fome?
- É sim, e sem exageros!
Elas caminharam até a mesa da Grifinória aonde sentaram na frente de um garoto um pouco baixo, gordinho com bochechas rosadas.
- Voxxe ebo Defill te? – Sarah perguntou para o garoto cheia de comida na boca
- Desculpe? – disse o garoto tentando decifrar a pergunta.
- Ela perguntou se você é o Neville – traduziu Luana – Olha, tô pegando o jeito!
- Ah! Sim, sou eu – disse Neville observando a ferocidade de Sarah em cima dos pratos.
- Eu sabia! – disse Luana.
- Sabia o que?
- Que você era o Neville.
- Como?
- Você... – Falou Sarah engolindo a comida - ...é o único tchutchuco que anda pra lá e pra cá com um sapinho fofu!
- A..acho que sim – respondeu o quintanista muito vermelho – Eh, com licença, eu tenho que pegar alguns livros lá na biblioteca... – Ele se levantou rapidamente e saiu do salão quase correndo.
- Você constrangeu o garoto! – disse Luana que acabara de notar que seu bolinho tinha desaparecido de seu prato.
- Eu só disse a verdade... – respondeu Sarah colocando o bolinho desaparecido na boca.
- Acho que isso me pertence – disse Luana olhando para as migalhas que sobraram do bolinho.
- Você quer de volta? AAAHHH! – abrindo a boca para mostrar o "conteúdo".
- Éca, quero isso mais não, sua nojenta!
- OK! – disse Sarah sorrindo para a amiga. Após o almoço, quando elas adorariam tirar uma soneca bem baiana, elas se retiraram do salão, caminhando pelos corredores procurando – Sarah meio desesperada no momento – a sala da próxima aula.
- Não acredito que a gente se perdeu de n...Lú?
- Aqui miga, achei a sala.
- Você é um anjo, sabia?
- Sinceramente? Sabia.
- O anjo mais convencido que eu já conheci – falou Sarah entrando na sala que ainda estava vazia.
- É, isso eu também sabia.
CAPITULO IV
As aulas acabaram naquele dia, que foi para muitos, bem cansativo. A pilha de deveres do 1º dia já era um pouco grande e todos, pelo menos a maioria, estavam chateados com isso.
Depois do jantar, todos os alunos subiram para suas casas. Não foi diferente para as novas amigas, quer dizer, menos por uma pequena razão:
- Ai ai ai, como era mesmo? – disse Sarah.
- Péra. Nimbus 2000!!! – falou Luana quase gritando.
- Não sua tonta, esse é o nome da vassoura; a senha era...era...mintunga falitoquínica!
- A senha esta incorreta – Falou a mulher do quadro.
- Mindala?
- Não
-Minctônia?
- Não
- Delicia gasosa?
- Shhh! Essa é outra senha, imbecil – sussurrou Luana.
- Desculpe!
- Mimbalos teletubbies?
- Mixuxu Mixixi?
- Musculus Máximus? Alguma coisa que rime com o nome daquela vassoura?
- Não, não e não.
- Que merda – resmungou Luana.
- MERDA!!! – gritou Sarah esperançosa.
- Tem alguma coisa a ver com merda? – perguntou Luana a Sarah com um sorriso odioso nos lábios.
- Não, é que merda começa com M e eu sei que a senha também começa com M...
- Eu joguei pedra na cruz, só pode!
Se passaram 40 minutos de tentativas fracassadas e as duas ainda se encontravam na frente do quadro.
- Eu desisto! – Disse Luana sentando no chão – Por que você teve que demorar tanto pra comer, se a gente chegasse antes, aposto que ia ter algum aluno por aqui ainda.
- Desculpe, mas eu não quero dormir aqui! – disse Sarah - imagina como deve ser desconfortável dorm...ai, que merda! – Nesse momento, Fred e Jorge estavam atrás de Sarah que tinha sido empurrada por eles "sem querer".
- Parece que estão com um problema – disse Jorge
- Que bom que você notou – respondeu Luana exausta.
- Vocês sabem a senha? – perguntou Sarah esperançosa.
- Sabemos – respondeu Fred – mas só vamos falar com uma condição.
- Ai Meu Deus; e qual seria?
- Nós podíamos trocar uma idéia com vocês lá dentro, o que vocês acham?
- Na minha opinião é uma oferta irrecusável. – disse Jorge com cara de vendedor de carros usados.
- Tudo bem – falaram as duas juntas sorrindo.
- Com licença - disse Fred se aproximando do quadro – "Mimbulus Mimbletônia"!
- Ah, essa é a senha!
- Prontas pra cumprirem a promessa? – disse Jorge indicando a mesa perto da janela com a cabeça.
- E a gente que tentou até merda...- disse Sarah indo até a mesa
- "Nós" vírgula, você que tentou – corrigiu Luana se sentando.
- Sabe... – disse Jorge – vocês são muito mais interessantes quando não estão debaixo da gente.
- COMO?!? – gritou Sarah abismada.
- Seja mais explícito senão minha amiga vai ter um treco. – disse Luana coçando a cabeça.
- Eh, desculpe, eu quis dizer que é muito mais interessante conversar com vocês do que ficar ouvindo os palavrões que vocês gritam.
- Ah – disse Sarah mais calma – é como se fosse costume.
- Eu até achei estranho ver garotos de 15/16 anos sem soltar um "caralho" ou "porra". O máximo foi "bosta" – disse Luana abrindo um pacotinho de feijões de todos os sabores e estendendo até os garotos. Fred se serviu de um punhado e disse:
- Vômito! Delícia! – rindo – Acho que vocês não prestaram atenção na gente, já que nós só não falamos palavrões na frente de familiares.
- E professores? – Perguntou Sarah.
- Não, os professores escutam muito nossos palavrões, mas nem fazem tanto caso.
- Nossa, o Snape quase matou quando viu nossos uniformes. – disse Luana.
- É, mas ele não pôde faze nada.
- Eles até que são bem legais – falaram os dois juntos.
- Brigado! – disse Luana se vangloriando
- Quem dera se todas as meninas andassem assim – disse Jorge olhando para as pernas de Sarah, que não percebeu e cruzou-as, deixando o garoto ligeiramente vermelho.
- Bom – disse Luana percebendo a situação – nos falem um pouco de vocês.
- Nós somos de uma família muito grande, onde todos são ruivos e Gina é a única mulher – disse Fred.
- Tirando a mamãe – completou Jorge – Nós somos conhecidos por isso e por sermos muito corajosos e uma linha de "grifinorianos".... E outros detalhes.
- Ow, outra coisa que esquecemos de perguntar – disse Sarah – Quantos anos vocês tem?
- Dezessete - disseram os gêmeos
- Vocês são maiores? – perguntou Sarah animada.
- Somos
- Legal!
- É, bastante – disse Fred.
- E vocês? – Perguntou Jorge.
- Quinze.
- WOW! – exclamou Fred que cochichou alguma coisa para o irmão que elas não conseguiram ouvir, mas tinham certeza de que era besteira.
- Algum problema? – perguntou Luana
- Nenhum – responderam os dois
- Posso pedir uma coisa? – perguntou Sarah.
- Qualquer coisa – respondeu Jorge imediatamente.
- A gente poderia ficar com vocês nas refeições? È que eu acho que o Neville não gostou muito da gente.
- Meu, que mania de falar tudo no plural! Foi VOCÊ que chamou ele de tchutchuco – censurou Luana.
- "Tchutchuco"? – os gêmeos perguntaram, mas elas nem deram bola.
- Tenho culpa que ele é fofo? – Perguntou Sarah
- Eu tive uma idéia! – disse Fred, e logo foi compartilhá-la com o irmão. Depois eles se voltaram para as garotas com sorrisos maliciosos no rosto.
- Queremos fazer uma aposta – começou Fred – Nós queremos que vocês vão até Neville e provem que ele não gosta de vocês.
- Como – elas perguntaram
- É simples – continuou Jorge – Vocês tem que falar coisas obscenas a respeito dele, pra ele!
- E o que a gente ganha?
- Se vocês falarem e o Neville não notar que é brincadeira, nós deixamos vocês ficarem com a gente e fazemos suas lições por 1 semana, começando na segunda. – falou Fred.
- Caso contrário – Completou Jorge – Vocês tem que...
- Que?
- Que...
- Fala logo filho de Deus! – Gritou Luana
- Dar um beijo na gente.
- Na bochecha, né? – Perguntou Sarah com uma carinha inocente.
- Claro que não – disse Fred baixando a voz, deixando as garotas um tanto aflitas – tem que ser na boca.
- Ah...bom... – disse Sarah meio na dúvida.
- Claro que aceitamos, e se preparem, por que vamos fazer questão de pegar muita lição.
- Vamos? – perguntou Sarah com um ar de desgosto.
- Claro que sim – respondeu a outra.
- Então podem ir. – disseram os garotos apontando para Neville, que estava com seu sapo, sentado em frente a lareira.
Quando elas se afastaram dos garotos, Sarah perguntou a Luana:
- Será que a gente não poderia perder de propósito?
- Claro que não! Apesar de ser uma proposta tentadora a regra nº. 2 do manual da Lulu diz: nunca, ouviu? NUNCA perca a 1ª aposta.
- OK, OK...
- Calma, Sá, eu tenho certeza de que mais propostas tentadoras virão.
- Deus te ouça.
