Um brinde preciso
Capítulo I
Os acontecimentos que se seguiram após o anúncio de que Lorde Voldemort finalmente recuperara seu corpo e aparecera para Harry no final do período letivo passado foram muito conturbados.
Enquanto Harry sentia as emoções se intensificarem dentro dele, descobrindo-se dono de uma raiva e um sarcasmo incomum a sua personalidade, o Ministério da Magia se dedicava exclusivamente à duas tarefas: fazer o jovem rapaz parecer um delinqüente juvenil sedento de atenção, e transformar a imagem outrora tão respeitada de Alvo Dumbledore em figura central de piadinhas sobre sua senilidade.
A volta no Expresso de Hogwarts foi no mínimo a mais penosa. Seus melhores amigos foram nomeados monitores e ele acabou confinado num vagão do trem acompanhado de Neville Longbottom e de uma estranha figura que lia um ainda mais estranho jornal com as páginas de cabeça para baixo. Isso definitivamente não era um bom sinal. E, tal como previra, seu ano se arrastava cada vez mais difícil.
Harry agora estava deitado no quarto, após uma longa e dolorosa detenção com Umbridge.
- Aquela vaca – pensava revoltado – ainda me paga!
Apesar do silêncio aconchegante do dormitório da Grifinória, Harry não se sentia em paz. As vozes que ecoavam dentro dele o impeliam mais e mais à solidão. Não adiantava! Nada adiantava! Por mais que se esforçasse, ele não conseguia silenciar seu coração e isso o desesperava. Queria apenas descansar. Queria um lugar para se esconder do mundo e encontrar o que seria impossível naqueles dias tempestuosos: paz.
Do outro lado do castelo, uma figura visivelmente contrariada tamborilava os dedos sobre o tampo da mesa de madeira escura de lei. Mordia o canto direito do lábio inferior enquanto repassava tudo o que ouvira em casa durante as férias de Natal.
Jurou que não contaria a ninguém. Mas temia. Por si, pelo pai, pela segurança da família. Sentia o peito apertar, sufocado. Era como se estivesse mergulhado num vácuo profundo, alheio a todo o barulho do salão comunal da Sonserina.
Nem mesmo as palavras de Crabbe ou Goyle, ou mesmo os insistentes carinhos de Pansy, tiravam-lhe a concentração de seus problemas. Na verdade, todo aquele mimo por parte dos companheiros de casa, ao qual ele se acostumou durante os cinco anos que passara em Hogwarts, agora o irritava profundamente.
De todos ali na sala, ninguém seria capaz de lhe escutar e oferecer apoio numa hora tão crítica. Ao mesmo tempo em que se diziam amigos, não passavam de parasitas que apenas o acompanhavam por ele ser um Malfoy, parte de uma das famílias puro-sangue mais respeitadas da bruxidade. Seu peito explodiu de raiva pela impotência diante dos fatos e ele afastou as mãos de Pansy.
Não era aquilo que ele precisava no momento. Mais tarde talvez a procurasse num canto escuro do castelo, mas naquele instante ele precisava de um lugar só seu. Um refúgio onde pudesse lavar a alma.
Rumou decidido para fora da sala, pensando em sair do castelo e tomar um ar. O vento gélido da noite talvez congelasse seus medos e angústias. Mas, ao alcançar o jardim, não viu nada que lhe trouxesse a tranqüilidade desejada.
A verdade é que a escuridão da noite de lua nova, que transformava a Floresta Proibida num mar de sombras e incertezas, fazia Malfoy pensar que aquele seria o mesmo destino que a vida reservara para ele e sua família.
Num ímpeto de fugir da realidade, imposta mais pelo passado dos seus parentes do que por uma escolha própria, Draco alcançou as escadas do castelo e correu. Usava o distintivo de monitor para tirar do caminho qualquer pessoa que tentasse questioná-lo.
Quando deu por si, avistou um corredor vazio, coberto por tapeçarias estranhas, incluindo uma com um trasgo trajando um tutu de balé. Encostou-se à parede e deixou o corpo deslizar em contato com a pedra fria.
Respirou longamente e só então se deu conta de onde estava. Era o tal corredor que Snape mencionara num almoço em sua casa nas férias de verão.
- Como era? – esforçou-se para lembrar as instruções para fazer surgir a porta da Sala Precisa.
Quando conseguiu recordar, caminhou por três vezes diante do quadro dos trasgos bailarinos, mentalizando um lugar onde pudesse "lavar a alma". A porta apareceu, imponente, e ele a atravessou sem cerimônia, buscando uma cadeira próxima à janela.
Harry se levantou da cama decidido. Ficar ali só traria mais tormento. Desceu as escadas, cruzou o salão abarrotado de gente sem sequer perceber os apelos dos amigos e atravessou o buraco do retrato da mulher Gorda. Esta o avisou que ele não deveria sair naquele horário, e permaneceu resmungando algo sobre "os estudantes que não respeitam as regras" até que Harry dobrou o corredor e não foi mais capaz de escutar.
Conhecia um lugar ideal para se deixar ficar por um longo período de tempo. E assim, caminhou até o corredor do sétimo andar.
Seus pensamentos se concentraram em visualizar um local onde encontraria a tão sonhada paz. Onde poderia se deitar, no aconchego de almofadas quentes e fofas e esquecer que o mundo estava um caos.
A sala atendeu seu pedido e a porta se fez visível. Harry abriu-a rapidamente, na ânsia de repousar o corpo cansado e a mente fustigada. E, para a sua surpresa, deu com Malfoy a encará-lo assim que fechou a porta atrás de si.
- Você! – berrou o loiro pondo-se de pé, secando as lágrimas que molharam seu rosto pálido instantes antes.
- O que faz aqui? – perguntou Harry sem entender – Isso só pode ser um engano!
O moreno voltou para a porta, mas para completar seu espanto, a maçaneta não girava.
- Está trancada! – reclamou o rapaz.
- Mas será que você não sabe nem mesmo abrir uma porta sem a ajuda da sangue-ruim ou do pobretão, Potter? – falou Malfoy empurrando o rapaz para o lado e forçando a porta com as mãos, depois com os ombros e finalmente com mágica.
Nada adiantava. Pelo visto, a confusão da sala, atendendo a dois pedidos simultâneos, provocou uma espécie de "pane" na mágica que envolvia o lugar.
Malfoy bufou irritado e voltou para sua cadeira. Harry reparou que a sala não era nada confortável e não se parecia nem um pouco com o que ele imaginou que encontraria ao abrir a porta.
Móveis velhos e carcomidos ocupavam o amplo espaço iluminado por archotes. Dezenas de caixas e vasos estavam espalhados pelo chão.
Irritado de ficar ali com Malfoy, Harry chutou uma das caixas, provocando um barulho de vidro batendo contra outro. Curioso, abriu a caixa de papelão e encontrou as garrafas de xerez da professora Trelawney.
Olhou outras caixas e aos poucos foi retirando uma imensa variedade de bebidas, incluindo uma bela coleção de hidromel e muitas garrafas de vinho de elfos. Pelo visto, aquela sala foi usada por muitos professores para armazenar seus estoques particulares de bebidas.
Malfoy se interessou quando viu a cor das bebidas refletirem a luz bruxuleante do fogo que iluminava o salão. Aproximou-se de Harry, tomou uma garrafa de vinho dos elfos, abriu-a e deu um gole sem a menor cerimônia.
- Não é lá muito bom – disse com desdém, mas continuou a beber.
Harry não falou nada. Deixou Malfoy se satisfazer com o vinho dos elfos. O jovem loiro ia, aos poucos, ficando menos agressivo e vez ou outra até esboçava um sorriso, fruto dos pensamentos que tomavam o lugar dos temores que o levaram até ali.
Harry continuava quieto, mas não pôde resistir ao aroma da bebida que exalava pela sala. Abriu uma garrafa, cheirou interessado e deu um grande gole. Realmente, sentiu-se mais aliviado. E pela primeira vez imaginou que ficar naquele lugar não era tão ruim assim, apesar da presença indesejada de Malfoy.
Os dois jovens beberam em silêncio, mas logo um soluço de Draco fez Harry soltar uma risada involuntária.
- Acha isso engraçado, Potter? – perguntou Malfoy com uma voz mais fina que o normal.
Harry continuou a rir, agora da voz embriagada do rapaz.
Malfoy levantou-se irritado, mas tropeçou nas próprias pernas e desabou sobre uma das caixas. Olhou para dentro dela e esquecendo-se de brigar com Harry tirou uma garrafa de lá e exclamou satisfeito:
- Uísque de fogo!
Abriu a garrafa e deu um longo gole. Depois, com uma careta no rosto, comentou:
- Porcaria! Esse é o mais vagabundo! Prove – e passou a garrafa para Harry, que pegou e bebeu, produzindo uma careta também ao engolir o líquido que queimava a garganta.
Draco já abrira outra garrafa e mesmo praguejando contra a qualidade da bebida virava-a avidamente. Harry não saberia dizer se era ou não uma bebida boa. Sentia apenas que seus pés não estavam mais gelados e logo todo seu corpo se via tomado de um calor intenso.
Tirou o blusão, ficando apenas de camiseta, mas ainda assim sentia o suor escorrer pelo peito e ensopar a roupa. Malfoy foi menos cerimonioso, arrancando não só a blusa, como a camiseta, os sapatos e as meias.
Levantou-se cambaleante e caminhou até a janela, exibindo um físico magro, porém saudável. Harry não pode deixar de notar o quanto os ombros de Draco eram mais largos e faziam com que a cintura do sonserino se parecesse com a de uma garota.
- Uma garota com a pele pálida e lisa – falou Harry sem se dar conta de que dizia isso em voz alta.
- Está delirando, Potter? – falou Malfoy com um ar zombeteiro, virando-se para o rapaz – Aposto que está pensando na ruivinha pobretona. Sabe, ela não é de se jogar fora!
- Você não sabe do que está falando - retrucou Harry.
- Ah não, não vai me dizer que estava pensando na sangue-ruim da Granger? Ela está muito longe de ter a pele pálida e muito menos lisa. Mas eu não o culpo por falar isso agora! A culpa é dessa porcaria de uísque! Em casa temos garrafas de marcas bem melhores.
- Deve ser a única coisa de qualidade na sua casa! Com um pai comensal, uma mãe que parece andar com um saco de bosta embaixo do nariz e um filho perdedor, só o uísque para salvar...
Mas Harry não pôde concluir a frase. Malfoy batera sua garrafa na parede, espalhando bebida pelo chão, e agora partia para cima de Harry disposto a ferir o garoto com os cacos de vidro.
Harry só teve tempo de tirar o corpo da reta e acompanhou Draco despencar sobre umas cadeiras velhas, que cederam com o peso do garoto.
Ainda trêmulo pelo efeito do vinho e do uísque misturados, Harry procurava sua varinha entre as vestes, mas não precisou dela. Malfoy se virou, ainda no chão, dando gargalhadas.
- Patético! Você tem razão, Potter! Minha família é patética! E eu não posso fazer nada...
Harry balançou a cabeça, como que para ter certeza de que havia escutado aquilo mesmo. Então tentou levantar o rapaz, mas este parecia decidido a ficar no chão. Puxando o moreno para perto de si, Draco pediu:
- Fique aqui do meu lado. Vamos brindar aos fracassos de nossas vidas – falou enquanto tentava levar a garrafa quebrada aos lábios. – Não tem mais nada aqui!
Deixou a garrafa quebrada e pegou uma nova que Harry lhe estendia. Agora, os dois dividiam a mesma garrafa e, junto com a bebida, começaram a dividir seus problemas. Malfoy colocou para fora tudo o que lhe oprimia. Harry tentava gravar cada palavra, mas tinha certeza que não se lembraria de nada no dia seguinte, a não ser da dor de cabeça que o acompanharia pelos corredores barulhentos do castelo.
Quando foi a vez de Harry falar, Malfoy ouviu tudo, se emocionando e pronunciando palavras de apoio. Até mesmo xingar Dolores Umbridge ele foi capaz, confirmando assim seu apoio incondicional ao novo amigo de bebedeira.
- Vou lá falar com aquela sapa velha – bradou Malfoy ficando de pé a muito custo – Vou dizer que ela é uma bruxa encarquilhada que não tem o direito de machucar ninguém!
Draco cambaleou até a porta que continuava trancada e começou a esmurrá-la. Logo, acompanhou as batidas fortes com gritos, nos quais xingava Umbridge com os nomes mais sujos que conseguia se lembrar.
Harry levantou-se apressado, com medo que a barulheira de Draco fosse ouvida e eles fossem encontrados em tal estado de embriaguez. Agarrou o jovem loiro com força, arrastando-o sob protestos para longe da porta.
- Me solta, Potter! – berrou Draco fazendo força para se desvencilhar dos braços de Harry.
Quando conseguiu, deu um empurrão no moreno, que acabou desequilibrando e caindo de encontro aos cacos de vidro da garrafa que o loiro quebrara. O sangue jorrou de um grande corte feito na lateral externa da mão direita.
Harry correu a apertar o pulso para tentar estancar o sangue. A imagem de Harry machucado fez Draco se recuperar parcialmente do porre. Tomou a mão machucada do rapaz, dizendo:
- Sei de um jeito melhor de estancar esse sangue.
Cravou seus olhos nos de Harry e levou o ferimento até a boca, fazendo um movimento de sucção com os lábios finos e delicados. Harry sentiu que os lábios de Malfoy permaneciam frios, apesar de todo o uísque de fogo que ele havia bebido.
A sensação fez os pêlos da nuca de Harry se arrepiarem. Um arrepio muito diferente, que provocava medo, mas ao mesmo tempo o impelia a seguir adiante.
Os olhos de Harry agora passeavam pelo rosto do jovem loiro, detendo-se nos lábios bem desenhados, sutilmente tingidos de seu próprio sangue. Depois desciam pelo pescoço esguio do rapaz e caíam em seu torso, acompanhando cada volta de seus músculos discretos, porém definidos.
- Está melhor? – disse o loiro, soltando a mão de Harry e fazendo-o despertar de sonhos que ele jamais se permitira imaginar.
Ele apenas respondeu com um aceno de cabeça. Malfoy foi até a cadeira próxima a janela em que estava sentado quando Harry chegou e se pôs a olhar o horizonte ainda dominado pela escuridão da noite.
Harry despiu a camisa, com a desculpa de enfaixar a mão machucada. Mas o que realmente queria era tentar amenizar o calor, que agora sabia não ser mais efeito das bebidas.
As pernas tremiam e ele se afastou de Draco o mais que pôde, mas não conseguiu negar o chamado do rapaz, ao avistar algo na janela que devia ser realmente interessante.
- Venha ver, seu amigo grandão está lá fora. Parece que está com problemas!
Harry se aproximou em passos rápidos e teve que se posicionar atrás do loiro para enxergar pela janela estreita. Sem se dar conta do que fazia, deixou o peito ainda molhado de suor se encostar às costas delicadas do outro.
Draco, sentindo a proximidade dos corpos, virou-se para Harry, mas antes de falar qualquer coisa, sentiu-se perdido na imensidão daqueles olhos muito verdes. Sem poder se conter por mais nenhum instante, segurou o rosto do moreno num beijo ávido e quente.
A Harry, o único pensamento que ocorreu naquela hora foi de se deixar levar e extravasar todos os desejos despertados naquela noite. Esqueceu-se do ferimento, que ainda não cicatrizara, e apertou o corpo de Draco, impedindo-o de se desvencilhar.
No entanto, isso não seria preciso. O loiro não fazia questão alguma de sair daquele abraço de desejo.
Seu corpo, agora marcado do sangue que ainda teimava em escorrer da mão de Harry, exalava toda a ânsia do que estava por vir. Deixou o peso do corpo dobrar-lhe os joelhos, fazendo Harry entender que deveriam se deitar ali, naquele chão frio.
Os dois agora rolavam numa luta horizontal, tentando decidir entre as carícias quem seria o dono da situação. Para ambos, isso era o que menos importava. Sabiam que aquilo não aconteceria apenas uma vez. Sentiam que acabariam invertendo os papéis, mas a disputa era prazerosa e eles não precisavam se apressar.
Quando por fim, Harry se viu submisso às vontades de Draco Malfoy, o coração disparou, como se buscasse quebrar-lhe os ossos, rasgar as carnes e fugir de seu peito. A explosão final veio com uma sensação de preenchimento. O vazio, que insistia em atormentar as noites insones de Harry, havia dado lugar a uma sensação de plenitude. Ele encontrou o que estava buscando. E agora, chegava a sua vez de retribuir o que Draco lhe oferecera de tão sublime.
Foi com uma expressão de regozijo que eles se largaram, arfando, de encontro ao assoalho frio. Cada parte do corpo anestesiada pela onda de prazer.
Escondendo o rosto do clarão dos archotes no ombro do amante, Draco procurou as mãos de Harry. E eles adormeceram.
Quando Harry abriu os olhos, uma hora mais tarde, pensou ter vivido um sonho estranho. Mas as mechas de cabelo loiro ao lado de sua cabeça o fizeram perceber que tudo aquilo era real.
Desenlaçou as mãos do garoto adormecido e ficou de pé, procurando as roupas e os sapatos. Vestiu as calças, as meias e o tênis e foi até a janela. Os primeiros raios de sol começavam a despontar no horizonte, tingindo o céu de um laranja muito vivo, dando indícios de que o fim de semana que acabava de começar teria mais graça e mais cor que todos os outros.
Ficou apreciando o amanhecer quando sentiu uma mão firme se apoiar em seu ombro. Draco também acordara e agora estava a seu lado.
- Um belo dia – comentou Harry.
- Não tanto – respondeu o loiro com a voz entristecida – Agora falta um dia a menos.
- Um dia a menos para quê?
- Para eu cumprir a promessa... A promessa que fiz ao meu pai – respondeu dando um olhar discreto para o braço esquerdo, onde os comensais gravavam a Marca Negra.
- Mas um dia assim, tão claro, com um céu tão límpido... só pode ser um bom sinal!
Draco encarou Harry com uma maturidade que fugia da comum expressão arrogante e infantil que costumava usar com os colegas, e falou:
- Não há bons sinais para pessoas como nós, Harry! Os bons sinais só existem para as pessoas comuns.
Deixando Harry parado junto à janela, Malfoy vestiu suas roupas e caminhou em direção à porta, que finalmente aceitou ser aberta. Sem se despedir, ganhou o corredor e logo desapareceu entre os muitos caminhos que levavam às masmorras que abrigavam as dependências da Sonserina.
Quando chegou ao salão principal para o café, Malfoy já voltara a ser o mesmo de sempre, e Harry, observando-o a distância, entendeu que nada do que tinha acontecido na noite anterior poderia mudar o abismo que os separava.
E mais uma vez, Harry mergulhou a alma numa redoma de silêncio e ausência que nada, nem mesmo o alvoroço dos alunos animados com as atividades de fim de semana, seria capaz de quebrar.
