Capítulo único:
Eles tinham acabado de passar um relatório para Skipper e estavam indo embora quando Mulder disse algo engraçado. Ela não lembrava o que era, mas os dois começaram a rir e ele disse que tinha sentido a sua falta se posicionou atrás dela, colocando o braço em torno de seu pescoço e lhe dando um beijo no rosto. Scully segurou-se no braço dele e disse que sabia que ele não era capaz de terminar um caso sem ela. Mulder cheirou os cabelos dela e a virou de frente para ele, se aproximando muito e algo mudou naquele instante. Ele sentiu uma imensa vontade de beijá-la de repente. Nunca tinha percebido antes como tinha vontade de beijá-la, exceto talvez no tempo em que ela ficou desaparecida e quando estava em coma. Ele não queria pensar muito a respeito mas percebeu que não podia perder a oportunidade e sem demora colou seus lábios aos dela, agarrando de forma possessiva sua cintura, trazendo-a mais para perto. Scully foi pega de surpresa e mal podia respirar mas correspondeu ao beijo, cedendo talvez aos seus hormônios que renasceram naquele momento. Os lábios dele eram macios e agradáveis e sabiam muito bem o que estavam fazendo. Aquela sala não era o local adequado para aquilo, e se alguém visse? Isso era o de menos, era Mulder! Seu parceiro, seu amigo, não, aquilo não estava certo.
- Pare, Mulder. -Ela o empurrou com dificuldade, pois o beijo fora tão intenso que todo seu corpo havia se aquecido, embora estivesse frio.
- Porque? -Ele perguntou simplesmente, de forma sorridente.
- Porque fez isso? -Ela perguntou ainda confusa.
- Porque me deu vontade. – Ele deu de ombros, passando o dedo nos lábios, limpando o batom dela.
- Você está bem? Não somos assim, Mulder. Somos colegas de trabalho. Ela tentou racionalizar mas o olhar dele a despia mentalmente, o que dificultava seu raciocínio.
- Somos mais que colegas de trabalho, Scully, não me ofenda. Ele acariciou o rosto dela e ela se afastou, esquivando-se do toque dele. – Do que você tem tanto medo?
- Tem razão, somos mais que parceiros, somos amigos, sexo estragaria tudo. Não consigo ver você assim. Ela tentou explicar, porém estava mentindo, ela sentia sim atração sexual por ele, mas realmente achava que isso estragaria tudo.
- É esse o problema? Ele se afastou até a porta e apagou as luzes. – E agora? Scully teve que rir, mas o riso passou quando ele voltou a abraça-la.
- Isto não vai estragar nada, pode melhorar, já pensou nisso? Ele voltou a acariciar o rosto dela e dessa vez ela não fugiu do toque.
-Mas também pode ser muito ruim e eu perder um ótimo parceiro. Ela revidou suavemente.
- Depois desse beijo? Duvido que seja ruim! Ele garantiu.
- Você está mesmo disposto a pagar para ver? Ela perguntou ainda insegura.
- Pode apostar que sim. Posso beijar você de novo agora? Ela apenas fez que sim com a cabeça e Mulder segurou o rosto dela e a empurrou contra a parede beijando-a de forma violenta. Ela era tão pequena que ele temia machuca-la então a carregou prendendo as pernas dela em torno da cintura dele. – Ainda acha estranho? Ele perguntou entre beijos no pescoço dela.
- Um pouco, talvez se fizermos de novo... – Ela brincou, puxando o rosto dele e beijando-o novamente, instigando-o com a língua. Mulder soltou um gemido satisfeito e abriu desajeitadamente os botões da camisa branca que ela usava.
- Não, aqui não. Ela impediu-o.
- Vamos pro meu apartamento? - Ele perguntou no ouvido dela. Ela mal concordou e ele a colocou no chão e enquanto se ajeitavam e limpavam os lábios lambuzados de batom vermelho foram saindo em direção ao carro, caminhando de forma apressada.
Durante o trajeto trocaram apenas olhares cúmplices e pequenos sorrisos, imaginando o que fariam a seguir. Mulder queria muito mais que aquilo e percebeu quanto tempo já havia perdido nestes três anos não tendo feito isto antes. Scully estava muito nervosa e com medo de como seria no dia seguinte, depois disso. Mas seu medo não era maior que seu desejo.
Quando finalmente chegaram no apartamento dele, Mulder já tratou de colar-se a ela mais uma vez, tirando-lhe o casaco enquanto beijava seus lábios. Scully fazia o mesmo com o dele. Ele então carregou-a mais uma vez e começou a leva-la ao quarto. Como não acenderam nenhuma luz ele acabou tropeçando numa mesa de centro, o que a fez rir.
- Isso parece mais fácil nos filmes. – Ele comentou. Quando entraram no quarto ele a soltou no chão, a pondo em pé e perguntou novamente:
- Ainda é estranho? –
- Deixe-me pensar... Ela o puxou pela gravata e começou a dar beijos suaves no pescoço dele enquanto afrouxava o nó da gravata, para retira-la em seguida. Então abriu a camisa dele sem muita delicadeza e a retirou, acariciando os ombros dele. Mulder se abaixou para beijá-la e só parou para retirar a camisa que ela usava. Scully pensou por um momento que era muito bom que justamente naquele dia ela estivesse usando uma lingerie bonita, pois isto era a última das coisas que ela imaginou que aconteceria naquela noite. Mulder soltou os lábios dela e começou a traçar uma linha com a língua desde o ponto entre os seios dela até o umbigo, ajoelhando-se no chão e abrindo-lhe as calças. Scully puxou-o para cima e ficou nas pontas dos pés, sussurrando no ouvido dele enquanto abria-lhe a calça.
- Primeiro você.
- Damas, primeiro. Ele sorriu, dando uma mordida suave no queixo dela.
- A ideia foi sua. Ela replicou sem desviar o olhar.
- Está com medo de não gostar do que vai ver? Ele sorriu com um ar convencido.
- Você tem algo a temer? Ela provocou.
- Eu me garanto. -Ele deu uma piscadela e retirou os sapatos e as meias, jogando-os contra a parede com rapidez, fazendo-a rir. Scully fez o mesmo com seus sapatos e meias. Logo em seguida fez o mesmo com o cinto e a fitou de forma profunda.
- Depois disso, nossa amizade já era. -Ela comentou, sem conseguir desviar o olhar da ereção que já estava visível sob a calça.
- Nunca fomos tão amigos assim. - Ele deu de ombros de forma divertida fazendo-a rir. Mulder a beijou novamente e ela abriu o botão da calça dele, fazendo-a cair. Mulder a retirou por completo usando os pés e soltou um gemido abafado pelo beijo quando sentiu a mão dela adentrando seu boxer.
- Nossa. Ela sussurrou, apertando-o.
- Calma, ele não vai fugir, Scully. – Ele deu um leve salto pois ela o apertou demais.
- Desculpe, ela deu um sorriso sem graça. Mulder a levantou pelas nádegas e a jogou na cama, retirando as calças dela sem mais demora. Deslizou sobre ela vagarosamente, acariciando suas pernas, até alcançar-lhe a cintura. A pele dela era macia e tinha um cheiro floral inebriante. O corpo dele era muito maior e mais pesado que o seu, porém lhe dava segurança e calor sem ser opressivo. Era agradável tê-lo ali depositando beijos úmidos em sua barriga enquanto uma das mãos se escondia dentro do sutiã. Inconscientemente ela já abriu mais as pernas para recebe-lo e soltou um gemido alto quando ele apertou com força um de seus seios, então brincou com ele dizendo: - Calma Mulder, ele não vai fugir.
- Boa jogada. Ele voltou a beijar os lábios dela, num encontro de línguas brigando por espaço, enquanto as mãos passeavam sem pudores pelos corpos um do outro. Era difícil respirar com o peso dele sobre ela, então ela soltou os lábios por um minuto e ele logo colocou a língua atrás de sua orelha, causando-lhe arrepios na espinha. Scully agarrou o boxer dele e começou a empurrá-lo para baixo, liberando finalmente. Mulder girou para o lado para deixa-la respirar um pouco e deixou o boxer cair por suas pernas. Scully virou-se deitando a cabeça no ombro dele com a respiração ofegante e mordeu-lhe a orelha, usando uma das mãos para massageá-lo, fazendo sua ereção crescer.
- Shh. Ela tapou os lábios dele e fechou seus olhos deixando-o curioso por alguns segundos até entender o que ela estava fazendo. Sentiu os lábios úmidos e quentes dela sobre aquela parte tão sensível de seu corpo. E ela não estava sendo nada delicada, parecia que queria engoli-lo de forma selvagem e aquilo era extremamente agradável. Para quem relutou em começar tudo aquilo, ela parecia estar se divertindo muito. Ele não conseguiu conter os gemidos e isso apenas a fazia continuar com ainda mais vigor. Ela estava se divertindo, saboreando cada instante, sentindo o gosto e a textura dele da maneira mais íntima possível. Ele então segurou os cabelos dela, que caiam em seu rosto e percebeu que ela o encarava, o que tornava tudo ainda mais sensual. Definitivamente aquela não estava sendo uma experiência nada ruim ter aqueles olhos claros sedutores encarando-o. Ele nunca soube dizer se eram azuis ou verdes, tudo dependia do dia ou do humor dela.
- Ah pare, Scully, por favor... -Ele resmungou. – Nós mal começamos, e se você não parar, vai terminar logo. Ele usou um tom sedutor e rouco e ela atendeu o pedido dele. Assim que ela se ergueu, ele a girou na cama e caiu sobre ela, adentrando dois dedos dentro da vagina dela que estava completamente molhada, soltando um suspiro satisfeito. Então sentou-se e retirou-lhe a calcinha, arrastando-a até a beirada da cama, e colocando-se de joelhos entre as pernas dela, fazendo com que ela apoiasse os pés sobre os ombros dele. Como ela era muito pequena esta posição facilitava a degustação daquela região que já estava tão preparada para recebe-lo. Ele devolveu os carinhos dela com a mesma energia, ora com sua língua, ora com seus dentes. Suas mãos acariciavam seus seios, brincando com seus mamilos enquanto as dela se seguravam com força no travesseiro, depositando nele a tensão acumulada pelos movimentos dele. Todo o corpo dela estava arrepiado e sem perceber ela começou a arquear o corpo, entregando-se ainda mais a ele. Ela não queria ter um orgasmo agora, mas estava difícil segurar, especialmente porque ele alternava beijos e mordidas entre as laterais de sua virilha e seu clitóris.
- Pare de reprimir o seu desejo, Dana. – Disse ele escorrendo as mãos suavemente até as coxas dela.
- Não... – Ela abaixou as pernas e ergueu o troco, apoiando-se nos cotovelos. – Vem... E ele obedeceu encaixando-se com facilidade sobre ela. Seu corpo deslizou com facilidade, sem encontrar barreiras e a tensão que ela sentia finalmente se dissipou. O temor inicial dela sobre aquilo ser um fracasso fora completamente substituído pelo temor de não conseguir mais viver sem aquilo. Mulder se movimentava gentilmente com medo de depositar muito peso sobre ela porém ela pedia mais ao pé de seu ouvido até que estivessem num ritmo tão frenético que a cama começou a fazer barulho, assim como eles mesmos. Gritos foram abafados em beijos demorados e mordidas no ombro e pescoço. Finalmente Mulder cedeu à sua vontade e deixou todo aquele fogo acumulado esvair-se dentro dela. Scully sentiu o líquido quente preenchendo-a e recebeu-o puxando-o ainda mais contra si, enquanto Mulder tinha pequenos espasmos. Ela ficou encarando a reação dele, segurando-lhe o rosto completamente absorta isso a deixou ainda mais excitada, permitindo abandonar aquela batalha juntamente com ele num êxtase relaxante. Todas as forças do corpo dela se esvaíram e ela sentiu um tremor incontrolável dominar todo seu corpo. Um longo sorriso se abriu nos lábios dela enquanto Mulder deitava sobre seu peito completamente ofegante.
- E então, foi muito estranho? – Ele perguntou quando acalmou um pouco a respiração.
- Não, é estranho que nunca tenhamos feito isso antes. Ela deixou um sorriso discreto se abrir no canto dos lábios e Mulder ergueu-se para depositar um beijo suave nos lábios dela. Logo em seguida girou-se saindo de cima dela porém enlaçando-a pela cintura enquanto acariciava os cabelos dela empapados de suor.
- Bom, por mim, podemos repetir quando você quiser. Ele sussurrou no ouvido dela.
Fim.
