Avisos: Como sempre, Death Note não me pertence uu

Contém insinuações yaoi :3 entre L e Light, obviamente :D

POV do Light e One-Shot :3'

Se não agrada, dê o fora daqui D: rs

X.X.X.X.X.X.X.X.X

Blue Light

Dizer que ele é uma pessoa simples é uma utopia, assim como o seu anseio de um mundo perfeito. Em nada, desde os traços que definiam quem ele é no mundo terreno, até o mais profundo e obscuro em que se era possível invadir a mente sombria e inviolável, nada era simples. Era uma engenhoca complexa, com milhões de engrenagens girando e se encaixando perfeitamente a todo instante. Nunca nenhuma falha ou imperfeição. E caso viessem a acontecer, as engrenagens rodavam mais rápido, como se fossem banhadas em óleo, num ritmo insano, cobrindo as imperfeições invisíveis. Essa era sua imutável natureza: a perfeição. E é óbvio que tanta perfeição acabou desenvolvendo uma imperfeição. Um defeito irreparável na imagem santa de um herege.

As engrenagens continuam rodando, descontroladamente, desesperadas para reparar a imperfeição, tampar o enorme buraco que só parecia aumentar com o passar do tempo. Entretanto, tampar não é sinônimo de preencher. E aí estava a maior tolice de Deus. Sorver a podridão como se fosse um buraco negro. De onde nem a luz conseguia escapar. Ninguém jamais escaparia, se esse fosse o seu divino desejo. E a podridão foi aos poucos ocupando o vazio do pequeno e brincalhão Deus herege, o primeiro e talvez não o último da história.

Naquele estado de putrefação irreparável, onde a luz desistia ao tentar penetrar, o buraco se alastrava ainda mais, a uma medida onde não teria mais volta ou arrependimento. E ainda que houvesse o arrepender, ele certamente seria sugado e se juntado ao bolor confuso e nojento, o bolor enferrujado de seus sentimentos. Sentimento: a pior arma de destruição dos frágeis humanos. A última fuga de um herege. O óleo das engrenagens. E com mais uma porção de óleo, mesmo que representasse uma mísera gota naquele intenso oceano negro, fez as engrenagens insanas se partirem, quebrarem de uma só vez, como um corrente que já não podia manter firme seus grilhões.

A podridão saiu, destampando o buraco, retornando ao vazio insuportável. Mas o buraco não cicatrizava, por mais que ele tentasse fazê-lo. Era preciso tudo aquilo que ele havia se privado durante tanto tempo: Calor, luz, conforto. Tarde demais?

- Isso dói... O que devo fazer?

Era hora da cratera ser preenchida. E então, veio a luz. A luz azul, exatamente como ele se lembrava: Branda, quente, acolhedora, gentil. A luz interrompeu a queda ininterrupta de óleo, e o buraco pôde, finalmente, receber os verdadeiros cuidados. Aqueles dos quais sempre precisou. Calor, daquela luz azul que ele jamais esqueceu.

X.X.X.X.X.X.X.X.X

N/A: Espero que tenham entendido que a "luz azul", é o L. Bom, tanto faz, eu nunca explico as coisas que escrevo mesmo ' morre . Well, that's all :3