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O dia estava nublado em Boston, mas nada comparado à tempestade de dor que passava no coração daquele homem ao estar na frente daquela lápide fria, Wilson lia aquele nome implorando para que em algum momento ele simplesmente mudasse como em um passe de mágica.
Wilson: Sinto a sua falta amor, sinto como se você ainda estivesse aqui... As lágrimas do médico começaram a sair... Por que me abandonaste, ou melhor, por que ainda não vieste me buscar?... As lágrimas e a dor se tornavam mais forte a cada palavra que ele proferia... Eu ainda deixo a casa como você gostava, e agora nosso colchão está bem macio... Um sorriso triste brotou com esse comentário, lembrando-se do episódio em que mais uma vez ela havia lhe dado uma lição de vida... Ainda preciso de você, estou perdido em relação a tantas coisas... Vou indo, não esquece de mim... Amo-te... Para sempre.
O tempo estava piorando, a leve brisa começou a tornar-se mais forte fazendo seu cachecol sair voando. Wilson pensava: ótimo só me faltava essa. Indo atrás da sua peça de roupa, deparou-se com uma cena que para ele estava mais para um episódio de "Além da Imaginação" do que para realidade.
Um homem que ele conhecia bem ou até algum tempo atrás julgava conhecer, falava ternamente com os olhos lacrimejados em frente a um tumulo, o tom de voz que ele ouvia era de uma sinceridade que ele jamais esperaria daquele ser.
House: Sinto muito, eu falhei, mas isso já era de se esperar só você acreditava em mim, acreditava que eu poderia ser feliz, que poderia ficar com ela, mas eu tive medo mais uma vez, não tive coragem de dizer o quanto a amo... Será que algum dia ela me perdoará? Ela é tão doce e meiga, não merece ter no lado um ser como eu, que só sabe afastar as pessoas que ama, você aí em cima deve saber o que eu fiz com o Wilson, não é?... Sabe... Eu sinto muita falta dele.
Wilson ao escutar aquilo, não acreditava no que ouvia, House demonstrando ter coração e por que ele estava em Boston se confessando para alguém que já partira? Quem era mulher que ele lamentava em perder será que ele conhecia? Mas o mais importante, quem foi essa pessoa que conseguia fazer House demonstrar um pouco de humanidade. Ao se aproximar da lápide para enxergar melhor conseguiu ler o nome: Meridith Denver.
Wilson: House, que você está fazendo aqui?
House, não o olhando: Não foi só você que já perdeu alguém importante na sua vida James.
Wilson: Pelo menos sabes como me sinto.
House, agora se erguendo ainda sem olhar para Wilson: Nada que eu fizer vai fazer você me perdoar, não é?
Wilson: Eu não te culpo House pelo que aconteceu, só te culpo por teres esse espírito destrutivo que consegue além de machucar você, machucar pessoas alheias.
House: Espero que um dia você me perdoe Wilson, sinceramente... depois de falar isso House parte sem ainda ter olhado no rosto de Wilson.
Wilson sentia pena de seu amigo, mas será que ainda podia chamar ele assim depois de tudo? Mas alguma coisa o impulsionava a fazer algo por ele, o que seria então? Será que aquele cachecol voando era o sinal que ele havia pedido para Amber?
Wilson: House!
Pela primeira vez ele olhou para seu antigo amigo, com um olhar que Wilson já conhecia, esperando o que este falaria.
Wilson: Estou de carro, vamos embora, não quero fazer a viagem sozinho.
House apenas acenou positivamente e mais tarde soltou um fraco obrigado. Wilson passou na frente dele e com a cara mais debochada, olhou para House e disse: eu também te amo, e não adianta falar que você não me ama que eu ouvi bem o que você falou ali... Wilson ria sentia como se toneladas fossem tiradas das suas costas, já House finalmente sorriu, como se sentisse em seu coração que as coisas poderiam mudar, mas claro não poderia deixar de fazer seus comentários típicos: você nunca mais vai ouvir eu falar isso novamente James, se eu souber que você contou para alguém você me paga.
Wilson rindo: Esta bem, vai ser nosso segredo.
Dias se passaram depois disso, a amizade estava entrando nos eixos, mas ambos não tocaram mais no assunto do cemitério, Wilson já estava digerindo melhor a perda, House por sua vez estava estranho como se tivesse um caso muito grave e não sabia por onde começar. Todos estavam percebendo que ele não estava como se dizer...House...estava aéreo e mais introspectivo e por incrível que pareça não estava humilhando ninguém, realmente ele estava com problemas.
Taub: Até agora nenhum caso!
Foremam: É verdade, House o que vamos fazer sem nenhum caso?
House estava absorto em suas idéias, lendo seus e-mails até que um deles realmente o chamou atenção, algo que foi percebido por todos deixando-os curiosos.
Foremam: House! Você me ouviu?
House, acordando de seus pensamentos: Você e Taub vão para clínica... Kutner e 13 vão para o P.S ajudar a Cameron, agora saiam daqui que preciso resolver um problema.
Eles acharam melhor não argumentar, nunca haviam visto House daquela maneira
Kutner: Ele está estranho.
13: É verdade
House olhava para seu micro com olhar perdido, lia e lia como se procurasse uma solução.
Oi Greg, que bom que você está bem, fico feliz que tenha resolvido seu problema com esse seu amigo chamado Wilson.
Mas falando do que interessa, você sabe depois do que aconteceu não posso ficar mais em Boston, consegui um emprego em Chicago, acho que vou aceitar, sei que você não gosta de tocar nesse assunto, mas acho que está na hora de você lutar pelo que é seu, você tem condição de ser muito feliz, eu aposto e torço por isso. Só preciso saber o que você vai querer fazer, qualquer que seja sua decisão eu te apoio.
Com carinhos
Anne Denver
House pensava, pensava, até que pegou o telefone e discou, esperou alguns segundos até que uma voz feminina deu um singelo: Alo!
House: Anne...
Na sala de Cuddy, ela e Wilson conversavam sobre o estranho comportamento de House.
Cuddy: Será que ele está bem?
Wilson: Fisicamente? Tirando a perna sim, agora que tem algo incomodando ele, isso tem.
Cuddy: Se ele não fosse tão estúpido, quem sabe poderíamos ajudar.
Nesse momento Cameron entra na sala para deixar alguns documentos para Cuddy.
Cuddy: Obrigada Cameron, conseguisse entregar rápido essa papelada... Falava com um sorriso
Cameron: Pois é, depois que Kutner e a 13 foram lá ajudar no P.S, me deu chance de terminar isso.
Wilson: O que os dois estão fazendo lá?
Cameron: Parece que como não tinham nenhum caso, House pediu para eles irem me ajudar e para surpresa de todos, ele pediu amigavelmente, ele deve estar doente, só pode.
Wilson começa a ficar mais preocupado, seu amigo não era assim, ou estava com algum problema ou estava aprontando uma bem grande.
Wilson: Vocês já ouviram falar em Meridith Denver?
Cuddy balançava a cabeça negativamente, já Cameron acenava que sim.
Cameron: Eu a conheci sim, foi minha colega de faculdade, depois se especializou em cardiologia, pena que morreu tão precocemente.
Wilson interessado: Você sabe como?
Cameron: Não, única coisa que sei que foi há quatro anos.
Wilson pensando: Pouco antes de House vir para trabalhar aqui.
De repente a porta é aberta no melhor estilo de vocês sabem quem.
Cuddy: Não aprendesse a bater ainda?
House: Olá Cuddy... Seu semblante sério já mostrava que lá vinha alguma coisa, depois de cumprimentar Wilson e Cameron, ele continuou.
House: Vim te perguntar duas coisas, primeiro: quantas horas de clínica estou te devendo?
Os outros três quase tiveram um ataque, House perguntar sobre a clínica!... Era no mínimo assustador.
Wilson: Que você fez com meu amigo?
Cuddy ainda atordoada: Deixa-me ver, 70 horas.
House apenas acenou com a cabeça positivamente.
House: Estamos na quinta, não é?
Cameron: Sim
House: Vou cumprir essas horas em haver até quinta que vem, vai dar umas dez horas por dia, certo?
Cuddy rindo: Até parece, mais fácil um camelo passar por um buraco de uma agulha do que você fazer isso, qual é o jogo dessa vez House?
House: Não há jogo Cuddy, vou fazer pessoalmente esse tempo.
Cuddy: Tudo bem, mas te conhecendo bem... O que você quer em troca? Cuddy falava arqueando a sobrancelha de um modo debochado.
House por sua vez deu um riso de canto de boca e falou: Tenho três anos de férias em haver, apartir de sexta que vem quero os três meses que tenho direito.
Cuddy: Nem pensar! Eu não posso te liberar três meses, está louco? Eu sabia que você estava aprontando alguma coisa.
House: Lisa, por favor, é importante.
Cameron & Wilson pensando: Lisa?
Cuddy sentiu seu corpo arrepiar, ele não chamava ela assim há anos e viu no rosto dele uma tristeza que nunca tinha visto até agora, mas não podia deixar ele sair por tanto tempo.
Cuddy: Desculpe House, mas não.
House: Eu já esperava por isso, tome.
Cuddy pegou um papel e o questionou sobre o que era aquilo.
House: Minha carta de demissão... Falou simplesmente e virou as costas.
Wilson: HOUSE! Você está louco, como você vai embora assim?
Cameron: House se acalme... Cameron olhava Cuddy pedindo com os olhos que ela resolvesse aquilo.
Cuddy estava atordoada, esperaria tudo dele menos aquilo, sabia que ele gostava de jogos, mas principalmente, ele amava seu trabalho, sabia que ele não o colocaria em jogo por algum motivo banal e mais, alguma coisa a deixava preocupada, seus olhos mostravam uma tristeza e sinceridade que ela não via há mais de 20 anos. House estava com a mão na maçaneta da porta quando ouviu sua voz.
Cuddy: Um mês
House: Dois meses e meio
Cuddy: Um mês e meio
House: Um mês e meio livre e o restante de plantão na minha casa, vou atender somente para casos que não tenha como resolver sem mim.
Cuddy, com o semblante cansado: OK, mas se você não cumprir o horário na clinica perdesse as férias.
House: Obrigado...ele parecia realmente agradecido, se despediu e voltou para sua sala.
Cameron: Que foi isso que eu vi. House gentil?
Wilson: Cuddy por que você aceitou esse trato?
Cuddy: Simples, eu duvido que ele cumpra o horário da clinica sem colocar o pessoal dele pra ajudar, vou estar na cola dele, o mínimo deslize e ele já era.
Cameron: Se eu fosse você eu não teria tanta certeza disso.
A semana passou e realmente, House estava sendo um "clínico" exemplar, todos comentavam isso, era a fofoca do hospital, ninguém entendia o porquê da mudança, principalmente seus subordinados diretos, já estavam até levantando teorias que ele havia sido abduzido, ele estava sendo rápido e atencioso com os pacientes. E terminado o tempo de clínica, lá estava ele com Foremam na sala da Cuddy.
House: Boa tarde chefinha só vim avisar que cumpri o acordo, amanhã estou de férias... Ah, vou deixar Foremam no meu lugar.
Cuddy: Muito bom House!... Falava com sarcasmo... Vou ter que inventar mais férias para você se portar como um médico de verdade.
House: Pode falar assim, mas eu sei que no fundo você já está sentindo minha falta, ou melhor, seus peitos já estão sentindo a minha falta... Dando uma risadinha.
Cuddy um pouco envergonhada, mas muito irritada: Assine aqui... Foremam você já sabe os procedimentos, não é?
Foremam: Sim Cuddy, pode deixar.
House: Bom pessoal, se me derem licença, vou partir para minha liberdade.
Foremam: Boas férias House.
Dois meses haviam passados sem o médico no hospital, Wilson sempre que ia tentar visitá-lo ele inventava uma desculpa e ia ao encontro do médico, no hospital ninguém sabia do seu paradeiro a não ser seu amigo e quando precisavam de sua opinião, ele fazia de tudo para resolver a distância conseguindo com êxito não pisar no hospital até aquele momento, Cuddy estava pensando em como ele estaria, na realidade estava sentindo a falta das provocações dele, perdidas nas suas idéias foi acordada com o barulho que a porta fez quando Wilson adentrou na sala.
Wilson: Vim ver como você está.
Cuddy: Estou bem obrigada...Você sabe como House está?
Wilson: Ele está bem, saudades?
Cuddy: Devo admitir que ele faz falta... Falava um pouco cabisbaixa
Wilson: Daqui um mês ele está de volta, só não entendi uma coisa até agora.
Cuddy: O que?
Wilson: Sempre que falava que iria à casa dele, ele sempre evitava que eu fosse lá.
Cuddy: Por que não foste assim mesmo?
Wilson: Não quis incomodá-lo.
Cuddy um pouco preocupada: Quem sabe ele quer um pouco de privacidade.
Wilson: Pode ser... Bom Cuddy vou indo meus pacientes me esperam.
Cuddy: Até mais.
Aquelas palavras do Wilson haviam deixado Cuddy incomodada, por que House não queria que ele o visitasse, várias dúvidas a cercaram, faziam dois meses que ele não dava noticias, será que ele estava mal? Ou pior, será que ele estava bem demais longe dela? Mas afinal, ela era Lisa Cuddy, ela não iria deixar essas dúvidas pairar em sua cabeça.
Cuddy: Jane vou dar uma saída, qualquer coisa peça para ligar amanhã...
Algumas horas se passaram, e o pessoal do diagnóstico estavam com um caso muito difícil, depois da 13 ligar insistentemente para House, ele chegou na sua sala com cara de muito poucos amigos.
House: Que foi dessa vez?
Kutner: House, não se preocupe descobrimos que ela tinha era uma doença tropical, depois que soubemos que ela tinha viajado para o Equador, juntamos as peças... Falava orgulhoso.
House irritado: E os idiotas não poderiam ter me avisado antes para eu não precisar pisar aqui?
Taub: Desculpa, nós tentamos, mas seu telefone estava fora de área.
House visivelmente irritado simplesmente bufou indo embora, falou: Espero não ver vocês até minhas férias acabar.
Cuddy, adentrando na sala: Por que House? É tão desgraçada a sua vida aqui no hospital? Ou a sua nova vida é mais agradável?...Cuddy o olhava com dor e mágoa, ele já tinha visto aquele olhar anos atrás... Sem reação, ele simplesmente esboçou falar algo quando foi novamente interropido por ela.
Cuddy: Sabe House, acho que você já aproveitou demais as suas férias, quero você de volta trabalhando amanhã.
House: Cuddy... Nosso trato, eu fiz a minha parte.
Cuddy: E por causa disso uma paciente quase morreu, se estivesse aqui, teríamos resolvido o caso mais cedo e com menos gasto para o hospital.
House já alterado: Cuddy o que é isso, eles conseguiram resolver o caso, Foremam foi competente sem mim e não esqueça, eu fiz a minha parte no trato.
Cuddy: Ah! Foremam foi competente não é? Quem sabe eu o coloco definitivamente no seu lugar, afinal você mais do que ninguém sabe que devemos substituir coisas em nossas vidas.
House já muito alterado: AFINAL ESTAMOS FALANDO DO HOSPITAL OU DE NÓS?
Cuddy: AMANHA VOCÊ AQUI OU ASSINO A SUA CARTA DE DEMISSÃO DE VERDADE HOUSE, NÃO ESTOU BLEFANDO.
Wilson: Que esta acontecendo aqui? Que gritaria é essa? Todo o hospital pode ouvir!
Cuddy: Nada Wilson, vou para minha sala.
Wilson: Cuddy...
Lisa vai embora rapidamente, visivelmente desnorteada, Wilson olhava preocupado a face de seus dois amigos, House estava furioso e confuso não entendia o ataque repentino de fúria da Cuddy, mas algo o dizia que ela precisava de mais atenção do que ele no momento.
House: Wilson vai ver o que aconteceu com ela.
Wilson simplesmente acenou com a cabeça e foi atrás dela.
Os outros disfarçaram e deixaram House sozinho na sala, não queriam ser alvo da raiva do chefe ainda mais depois de ter presenciado aquela cena, ele tentava fazer conta de cabeça sobre o que estava acontecendo ali... Que foi aquela cena?...Depois de um tempo pensando, ele chegou a uma conclusão e um pequeno sorriso brotou de seus lábios, nesse momento o seu telefone toca.
House: Sim...
Portaria: Dr. House tem uma pessoa desesperada querendo falar com o senhor no saguão.
House: Diga que não estou.
Portaria: Ela mandou dizer que se chama Anne Denver.
House atende ao telefone e depois de trocar algumas palavras com a moça sai desesperado ao seu encontro.
Chegando ao saguão do hospital, ele encontra uma mulher de aparência jovem, linda, cabelos avermelhados e olhos azuis, que ao vê-lo correu desesperadamente ao seu encontro com os olhos marejados.
Anne: Greg, me desculpe, não tinha ninguém na sua casa.
House: Tudo bem a culpa foi minha, agora vamos procurar.
House e Anne se olharam por mais um momento e esta acenou positivamente para ele. Quando, não mais que de repente, ouviram o grito seguido de choro.
-PAPAI!...AIIIIIIIIII!
House: CLAIRE!
A menina que corria em direção de House tropeçou e caiu, sangrando um pouco os lábios, Cuddy, Wilson e Cameron que estavam perto tiveram a mesma surpresa... House, pai?...Isso sem duvida era inimaginável. Já House sem se importar com sua bengala foi em direção à menina, afagando ela colocou no seu colo e fazendo um verdadeiro escândalo.
House: ALGUM MÉDICO AQUI AGORA!
Anne: Greg, calma ela só caiu...
Kutner que estava chegando naquele momento: Que houve House?
House: Chama o Chase, eu quero uma tomografia nela para... AGORA!
Kutner apavorado com o comportamento do chefe, mesmo achando exagero saiu correndo atrás do intensivista.
Cameron: House pára com o escândalo, deixa-me ver ela... Cameron a pegou e levou para uma sala da clínica sendo seguido por um House muito nervoso, Anne que ria da cara de preocupação e por Wilson e Cuddy que estavam até agora perdidos na história.
Na sala.
House, visivelmente nervoso: Vamos Cameron... E o Chase que não chega!
Cameron: Calma House, ela esta bem e o Chase está em cirurgia.
House: Eu vou esganar aquele australiano.
Wilson estava atordoado com a revelação, se bem que House nem se preocupou em explicar nada até o momento, ele só tinha olhos para a pequena garota, que poderia se passar facilmente por filha da Cuddy. Já Lisa também estava muito surpresa com a revelação, se bem que ela começou a compreender algumas coisas, ela olhava os dois e não entendia com um ser feito House poderia ter gerado alguém tão linda quanto aquela criança, que os poucos minutos que haviam ficado juntas foram suficientes para ela se afeiçoar tanto e ainda, não conseguia entender, como uma simples criança conseguiu destruir em segundos toda a fortaleza de sarcasmo e amargura chamada House... Ela começou sentir-se estranha, que sentimento era aquele?...Ciúmes?...Talvez, agora só restaria saber em relação a qual dos dois.
Cameron: Qual seu nome princesa?
Claire: Claire Denver House... Falava envergonhada.
Cameron: Claire, que lindo nome, meu é Cameron, mas pode me chamar de Cam ou Tia Ally, ok?
Claire acenou com a cabeça positivamente.
Cameron: Estas sentindo alguma dor em outro lugar?
Claire apontava para a perna.
Cameron: Hum... Vamos ver, você pode tirar a calça para tia ver?
Claire ficou vermelha, logo Cameron entendeu o porquê, House e Wilson estavam no quarto.
Cameron: Rapazes, fora.
House: O que? Eu não saio.
Cameron: House agora... Todo mundo saindo.
Todos estavam saindo, nesse momento Claire pede algo: Tia Cam, eu gostaria que a Tia Lisa ficasse.
House: Tia Lisa? Que parte, eu perdi da história.
Cuddy, atordoada com o pedido: Claro querida a tia fica.
Claire pega a mão de Cuddy enquanto os outros saiam, Cameron examinou ela rapidamente e viu que era somente um hematoma no joelho.
Cameron: House é pai, essa eu não esperava, você sabia Cuddy?
Cuddy: Não, pegou até mesmo o Wilson de surpresa.
Cameron: Esse dia foi histórico... Falava rindo... Bom mocinha esta tudo bem com você.
Claire olhava Cameron e agradeceu com um sorriso, depois olhou para Cuddy e a abraçou... Cuddy por sua vez ficou surpresa, olhava para Cameron que se emocionou com a cena.
Cameron: Acho que ela gostou de você.
Cuddy já emocionada: É acho que sim.
Cameron: Vou chamar o pessoal.
Todos haviam voltado, depois que souberam da novidade Foremam e os outros foram conhecer a menina, Claire ainda estava acanhada com tanta gente na sua volta, por algum motivo ela não largava mão de Cuddy por nada e sempre que podia ficava perto de Cameron.
Claire: Tia Cameron, você é tão bonita, você tem namorado?
Cameron um pouco surpresa com a pergunta: Tenho sim, querida... Que por sinal já devia ter chegado, pensava ela.
Claire: Eu queria ter um namorado, mas a tia Anne disse que só quando eu for para faculdade.
Nesse momento, House quase morre engasgado, tirando risada de todos, algo que ele estava profundamente irritado por fazer, mas ele não tinha como fugir, não seria estúpido na frente da criança.
House: Você tem só quatro anos querida, tem tempo para isso.
Claire: Eu sei papai... Falava cabisbaixa
Chase entrando ofegante: Desculpa a demora, vim mais rápido que eu pude, quem é essa garotinha linda? Ela está bem?... Ele olhava com uma cara muito simpática para Claire...
Cameron: Ela está bem, não foi nada demais.
House: Mas se fosse algo urgente coitada dela, não é!
Chase: Calma House... Chase voltou a olhar a menina... Então princesa que houve com você? Cadê seus pais?
Claire simplesmente apontou para House.
Chase: House, ela é sua filha? Falava com uma cara muito surpresa.
House: Dãhnn... De onde você acha que ela saiu tão linda?
Chase: Da mãe dela, óbvio... Você deve ser ela certo?...Ele falava apontando para Anne
Anne: Não sou tia... Falava simpaticamente
Claire: A mamãe está no céu... Falava inocentemente.
Cuddy sentiu uma dor no peito, o que havia acontecido com aquela criança? Será que tudo isso havia contribuído para o House ser daquela maneira? Ela não sabia quais eram as sensações que estavam surgindo ao estar perto daquela menina, sentiu ciúmes do comentário dela para Cameron, ficava maravilhada ao ver seu jeito doce mas uma coisa ela tinha certeza, ela havia se afeiçoado instantaneamente pela menina.
House: Então Chase, como ela está?
Chase: Pelo que eu vi muito bem... Certo princesa?
Claire: Estou sim!...Chase?... Ela parou um pouquinho e disparou: Você quer ser meu namorado?
Todos riram, Chase ficou tonto com a pergunta, House se encheu de ciúmes.
House: Ele é muito velho pra você.
Chase ainda rindo: Se a Cameron deixar.
Claire: Tia Cam?
Cameron: Hum me deixa ver... Está bem, com você eu o deixo namorar, se bem que acho que consigo alguém mais novo pra você namorar logo, mas por enquanto deixo você ficar com ele... Falava rindo.
House: Ok... Já que ela está bem, todo mundo circulando!
Chase: Bom, eu tenho que fazer algumas coisas ainda... Até mais pessoal... Ao sair olhou para House com uma cara debochada: Tchau sogrão.
House ficou vermelho de raiva, e falou entre os dentes: Tchau, Chase.
Chase foi embora, rindo da expressão do médico ranzinza.
Cameron: Claire, você já pode ir pra casa.
House: Vamos querida, papai quer te mostrar sua nova casa.
Claire: Tá papai... Ela parou em pensou um pouco
House: Que foi Claire?
Claire: Será que a Tia Lisa e o Tio Jimmy e a Tia Cam pode jantar conosco.
House com um olhar contrariado: Pode.
Claire sorridente: E os outros tios e o Chase... Ela pedia com um olhar que derretia qualquer um, deixando House numa saia justa
House, descorçoado: Pode sim querida... Mas já vou avisando a vocês, apontando para seus empregados: Levem alguma coisa para ajudar na janta.
Todos concordaram.
Wilson: House, você poderia me explicar essa historia direito?
House com um olhar cansado, mas ao mesmo tempo aliviado: Em casa eu te digo tudo James.
Anne: James Wilson? O oncologista?
Wilson, um pouco envergonhado: Sim.
Anne: Meu Deus! Sou sua fã, eu também sou oncologista, já li vários artigos seus, foi aluna do Dr. Leadger, ele sempre admirou seu trabalho... Greg por que não me falou que o conhecia?
House, com um sorriso maroto: Você não me perguntou, agora vamos, quero chegar logo em casa, ainda tenho um mês de férias... Lisa você vem?
Cuddy olhava para Claire que até aquele momento não havia largado sua mão... Ela olha para menina, que com aquela carinha de anjo parecia implorar para ela aceitar o convite.
Cuddy: Claro! Vamos Claire?
Claire sorridente: Sim, Tia Lisa.
TBC
Nota do Autor:
A - Para entender essa fic:
- Ela não está no tempo cronológico da série, imaginem que entre a separação de House e sua admissão no hospital, houve um espaço de um ano e meio aproximadamente.
- Esse capítulo foi feito mostrando algumas partes do que aconteceu desde a conversa no cemitério até a ida para o jantar, os espaços que estão faltando para completar esse tempo serão mostrados em flash back a partir do próximo capitulo, então não pensem que eu enlouqueci ou apressei os fatos.
B - Capitulo enorme eu sei, mas os próximos não serão tão grandes assim.
C - O próximo vai explicar o que aconteceu para que House tivesse uma filha, o porquê de a Cuddy ter tido aquele ataque de fúria e outras coisas sobre o passado de House, Cuddy, Claire e Anne... Então estejam prontos para muito Flash Back (por mais que eu não goste disso)
D - Atualizações de 20 em 20 dias (espero)
E - Vou tentar fazer uma fic não muito grande, como já deu para perceber ela é Huddy, Chameron e Wilson & OC
F – Se quiserem mandem reviews, são bem vindos.
G - House. MD e seus personagens não me pertencem, mas sim a FOX e David Shore.
