Ela estava em um local pegajoso, nojento, apertado e estranhamente reconfortante.

E ela simplesmente não sabia como tinha parado lá, em um momento ela estava olhando para o céu e depois tudo ficou escuro, e agora ela esta aqui.

Tudo estava bem, por um tempo indefinido, ela não conseguia sentir a passagem do tempo, até que ela se sentiu sugada, aperta e puxada fora, e ouviu: "ESTOU VENDO A CABEÇA!".

Ela estava nascendo, NASCENDO! Um bebê de novo...

HOSPITAL - MATERNIDADE:

"Por favor, senhora, empurre mais forte!" A enfermeira gritou.

Beryl Grace estava sentindo dor, muita dor e estava gritando, e berrando, para essas crianças saírem logo de dentro dela, GEMEOS! Como isso pode acontecer, não bastava ter uma só?

Um choro de bebê encheu a sala, um barulho alto e suave ao mesmo tempo, Beryl só conseguiu ver um pequeno ser humano, ou melhor, um pequeno semideus passando para outra enfermeira, antes dela manda-la empurrar mais.

Beryl agarrou firmemente o colchão da cama do hospital, soltando um ultimo berro, como Zeus não esta aqui com ela? Ela deu DOIS filhos a ele, e nem no dia do nascimento ele aparece!

Outro choro encheu o quarto, esse bem mais estridente. Beryl só conseguiu ver o bebê sendo passado, antes de desmaiar de dor.

DOIS DIAS DEPOIS:

Duas enfermeiras vieram em direção a ela, cada um levando um pequeno pacote de panos.

"São duas meninas, lindas e saudáveis".

Beryl levantou os braços para pega-las, duas filhas de Zeus, duas princesas.

A mais que velha estava com um lenço rosa, e a mais nova com um amarelo. Beryl olhou para a sua filha mais velha, e ao mesmo tempo ficou paralisada, a menina estava lhe olhando, como se tentando identifica-la, mas não foi por isso que Beryl paralisou, foi por causa da cor, era exatamente o mesmo tom de Zeus, era como se fosse os olhos dele. "Você, você será Helena, assim com Helena de Tróia, Helena Grace, a filha de Zeus." Na mesma hora, a menina agora chamada Helena, soltou um riso infantil, como se tivesse entendido.

Voltando-se para o outro bebê, Beryl sorriu, a menina estava olhando para sua irmã, os olhos uma da eram diferente, o de Thalia era um azul bebê, mais próximo do seu. "Você será Thalia Grace." Os olhos da menina, Thalia, se voltaram para ela, antes de irem para a porta.

Um homem entrou no quarto.

Beryl estava em choque. "Zeus?"

MONTE OLIMPO – DOIS DIAS ANTES:

Solstício de inverno:

Zeus sabia o que estava acontecendo naquele exato momento.

Ele quebrou o juramento, e seu filho – ou filha – iria pagar por isso. Beryl esta provavelmente com ódio dele por não estar lá. Mas ela tinha que entender que ele era um deus, o rei dos deuses, e do seu jeito ele amou todas as suas amantes mortais. E, também, do seu jeito, ele ama todos os seus filhos.

Mas existem regras, e ele tem que dar o exemplo, e segui-las.

Era por isso que ele estava deixando todos brigarem a vontade, no solstício de inverno sempre era assim, mais hoje em especial estava pior.

Hera tinha descoberto tudo, como sempre. E estava com ódio dele, Zeus só podia imaginar o tanto de divórcios que estão acontecendo no momento. E que o estava preocupando, era que ela poderia ter feito alguma coisa com Beryl, ou a criança.

O barulho no olimpo estava se tornando insuportável de aguentar, seus pensamentos indo de conflito um com o outro.

"SILÊNCIO!" Raios e trovões explodiram junto com suas palavras, todos se calaram.

Os visitarei futuramente.

DOIS DIAS DEPOIS:

Zeus tinha acabado de conseguir um tempo, e se transportado para a porta do quarto de hospital.

"-será Thalia Grace." A voz de Beryl falou.

Entrando no quarto, ele se deparou com visão dela com dois bebês em seus braços. Gêmeos?

"Zeus?" Beryl falou com uma voz espantada.

"Beryl." Zeus acenou para ela, se aproximando das crianças. "Os nomes?"

Beryl olhou para ele, antes de se voltar para as meninas. "Essa, de pano amarelo, é Thalia, a mais nova." Zeus pegou a menina, no mesmo instante seus olhos uma vez fechados, se abriram. A menina tinha um tufo de cabelo preto, e olhos azuis bebê. Thalia Grace.

"E essa é Helena." Olhando para o pequeno pacote rosa, Zeus a pegou, era como olhar para um espelho, os olhos eram os mesmos. Helena, assim como Helena de Troia. Ele sentia o poder de Hera na criança, era para destruí-la, mas a criança foi mais forte.

Se o destino interferiu assim com a criança, é por que ela será grande.

Ajeitando a menina em seus braços, Zeus colocou a mão em seu rosto. Uma afeição estava crescendo por elas, principalmente por Helena.

POV HELENA:

Depois de pirar por dois dias com seu renascimento, tudo estava se tornando melhor para ela, Helena estava entrando em acordo consigo mesma. Nesse momento, ela estava no seu quarto em casa, no seu berço, olhando para o teto.

Então seu novo nome é Helena, interessante.

E sua irmã se chama Thalia, e sua mãe se chama Beryl e seu pai se chama Zeus.

Onde ela ouviu isso antes mesmo? Thalia, Zeus, Beryl... NÃO! Não podia ser talvez eles só gostassem de Percy Jackson, ou mitologia. Essas coisas não existiam, é tudo ficção.

Mas aqueles olhos de "Zeus", não... Helena irá culpar seus instintos de bebê mais tarde, mas ela começou a chorar e soluçar, não podia ser. Por que ela?

Seus berros foram se tornando cada vez mais altos, seus olhos estavam embaçados com as lagrimas. Até uma presença entrar no quarto, seus gritos caindo até pequenos soluços, seus olhos embaçados estavam tentando decifrar quem estava ali do lado de seu berço.

Hera ficou parada olhando para a criança chorando no berço, seu rosto estava impassível, não demonstrando nada para a criança ou a situação que ela estava.

Se aproximando, ela pegou a menina no colo, que agora tinha parado de chorar completamente.

Olhando para aqueles olhos que estavam saindo do cinza para um azul de céu sem nuvens, ela só sentia mais raiva do seu infiel marido.

"Olá, filha de Zeus."