Siempre

By Dama 9

Nota: Os personagens de Saint Seya não me pertencem, apenas Aishi, Febe e Hélios são criações únicas e exclusivas minhas para essa saga.

N/a: Essa fic se passa paralelamente com 'O Jardim das Rosas', e se inicio a partir do capitulo 8.

Boa Leitura!


Capitulo 1: Terra Abençoada Pelos Deuses.

.I.

Desceu as escadas a passos calmos, entretanto sentia o coração disparar de ansiedade, com toda aquela agitação que seguiu-se a luta entre Isadora e a pupila de Astéria na arena, fez com que não pudesse vê-lo.

Parou por um momento, pensando se era realmente o certo descer a Sagitário, mas de qualquer jeito já estava na metade do caminho, não faria mal dar uma passada casualmente por lá; a jovem de melenas lilases pensou, sentindo a face aquecer-se levemente.

Continuou a descer, logo chegando a seu objetivo. Aproximou-se da porta com passos calculados, quase hesitantes. Dois toques na porta, deu um baixo suspiro, esperando que a qualquer momento ele abrisse a porta, mas intermináveis minutos se sucederam e nada.

-"Estranho"; Saori pensou, franzindo o cenho, antes que tornasse a bater, a aproximação de alguém lhe chamou a atenção.

-Oi Saori;

-Oi; ela respondeu timidamente ao deparar-se com a irmão do leonino.

-Esta procurando pelo Aioros? –Litus perguntou, embora fosse obvio a resposta.

Estava subindo para o ultimo templo, já que ficara de ajudar Ilyria a colocar ordem nas bagunças de Shion, na biblioteca, mas surpreendeu-se ao ver a deusa ali em Sagitário, pensou que Aioros houvesse avisado-a que iria viajar com os outros; ela pensou.

-...; Saori assentiu, tentando não se preocupar. Provavelmente ele deveria ter saído, ou estava na casa de Shura; ela tentou se convencer.

-Ahn! Saori, o Aioros, o Leo, Shura e Saga foram para o Brasil; Litus falou, tentando ser o mais delicada possível ao dar a noticia.

-Como? –a jovem perguntou, sentindo-se estranhamente inquieta com isso.

-Aioros tinha algumas coisas para resolver e os outros foram junto com ele, pensei que ele tivesse lhe dito alguma coisa; ela falou, tentando entender porque o sagitariano não contara nada.

-Não, não contou; Saori respondeu quase num sussurro. –Provavelmente não deve ter achado importante; ela completou, em tom magoado.

-Saori; Litus falou, compreendendo qual a conclusão que ela tirara sobre isso.

-Obrigada pela informação Litus, vou aproveitar e ir falar com Yuuri no observatório, tenha um bom dia; ela falou maquinalmente, despedindo-se da garota com um aceno, enquanto se punha a descer os degraus para o templo seguinte.

-Saori esp-...; A jovem não conseguiu falar, pois a deusa já havia sumido de seu campo de visão. –"Mas que droga, porque ele não contou?"; Litus pensou irritada com o sagitariano.

.II.

Fitou a paisagem abaixo de si com atenção, dezoito anos que não voltava ali. Alias, há dezoito anos atrás nunca pensou que aquilo fosse acontecer. Poderia dizer que fora uma loucura decidir viajar sem mais nem menos, mas se não fizesse isso agora, talvez jamais faria novamente; ele pensou, ouvindo um resmungo a seu lado.

Virou-se de lado vendo o leonino remexer-se no acento, ronronando em meio a suspiros e pequenos balbuciares que ele chamava pela noiva. Ah como queria ter uma filmadora na mão agora, Marin bem que iria achar interessante ver uma cena daquelas; Aioros pensou, dando um meio sorriso.

Nos acentos de trás, Shura e Saga provavelmente estavam dormindo como os demais passageiros, já era noite, o que lhe dava uma bela visão daquela terra abençoada pelos deuses e bonita por natureza.

Logo pousariam no aeroporto de Congonhas, as reservas estavam feitas no Hilton. Porque voltar lá, simplesmente porque não conseguia se ver indo a outro lugar. Era como se algo o guiasse para reviver passo a passo tudo o que aconteceu e descobrisse o que estava faltando.

É, faltava algo... O que? Não sabia ainda definir se era algo quanto ao que sentia, ou quanto a todas as mudanças que sofrera ao longo dos últimos anos.

Mas nem essa busca era capaz de acalmar-lhe os pensamentos, ainda se perguntava como ela estava, desde o que acontecera na arena com Isadora não tiveram tempo de conversar e com a viajem, menos ainda; ele pensou, passando a mão nervosamente pelos cabelos, queria ter contado a ela que viajariam, mas simplesmente não soubera como fazer isso.

-Senhores passageiros, permaneçam em seus lugares, pois em breve o avião estará pousando; uma comissária de bordo avisou, através de um alto-falante.

Ouviu Aiolia resmungar acordando, junto com os demais passageiros, enquanto ele, não conseguira ao menos pregar os olhos a viajem toda.

.III.

Entrou no observatório assustando-se ao ver uma grande nuvem de poeira erguer-se, cobrindo parcialmente as prateleiras, moveis, livros e aparelhos. O que estava acontecendo? –Saori se perguntou confusa.

-KAMUS EU TE MATO; Aishi berrou do andar de cima.

Franziu o cenho, para a amazona falar isso, certamente o aquariano havia aprontando alguma. Subiu as escadas rapidamente até lá, encontrando o telescópio igualmente cheio de poeira e um buraco imenso na parede.

-O que esta acontecendo aqui? –ela perguntou, confusa.

-Saori; Aishi, Kamus e Yuuri falaram surpresos com a presença dela ali.

-...; A jovem assentiu, ainda esperando por uma resposta.

-Eu pedi ao Kamus que ajustasse melhor o ar-condicionado, mas ele travou; Aishi explicou apontando para o buraco.

-Eu só queria ajudar; ele se defendeu indignado.

-Abrindo um rombo na parede, porque perdeu a paciência quando o negocio travou e você o chutou para o lado de fora; a amazona falou acusadoramente.

-Ahn! Bem...; Saori balbuciou, com uma gotinha escorrendo na testa.

Era tão estranho ver aqueles dois brigando daquele jeito, não que nunca houvesse presenciado uma briga entre os dois, mas eles sempre se acertavam de tal forma que os fazia parecer um casal tão seguro e intocável; ela pensou, dando um suspiro frustrado.

-Mas aconteceu alguma coisa Saori? –Yuuri perguntou, sentando-se em uma cadeira, que era a única aparentemente sem pó.

-Não, só vim ver se você não precisava de ajuda com algo; ela falou, voltando-se para a amazona de melenas prateadas.

-Olha, dessa vez eu agradeço, porque precisamos muito. Desde que o Kamus arrebentou a parede, tudo isso aqui ficou cheio de poeira; Yuuri explicou.

-Hei! –o aquariano falou indignado.

-Amor, você sabe que ela esta certa; Aishi falou, aproximando-se dele e apoiando uma mão no ombro do cavaleiro.

-...; voltou-se para ela com os orbes serrados, mas viu-a sorrir docemente, o que serviu para desarma-lo completamente. Suavizou a expressão, balançando a cabeça levemente para os lados, não conseguia mesmo ficar muito tempo discutindo com ela. –Está certo, eu limpo tudo; ele falou.

-Obrigada, você é uma amor; Aishi falou, sorrindo largamente antes de dar-lhe um rápido beijo nos lábios.

-Her! Bem...; Yuuri pigarreou, notando o olhar vago da jovem deusa para o casal, entendendo perfeitamente onde a mente dela estava. –Vamos colocar ordem logo nisso;

-...; Todos assentiram, engolindo em seco. Ela estava realmente pegando alguns trejeitos do canceriano meio suspeitos; eles concluíram.

.IV.

-Finalmente chegamos; Aiolia resmungou, arrastando as malas nada leves pelo hall do Hilton Palace.

-Pare de reclamar, você dormiu a viajem inteira; Saga ralhou, sob o olhar curioso de muitas pessoas que encontravam pelo caminho.

Pelo visto o hotel estava recebendo alguns turistas para um congresso que seria executado ali por perto durante aqueles dias, então, não era difícil encontrar com pessoas de varias regiões do país.

-Devíamos ter trazido o Aldebaran junto, afinal, a terra é dele; Shura comentou, enquanto aproximavam-se do balcão central.

-Desejam algo, senhores? –um homem de pouco mais de quarenta anos perguntou, permanecendo atrás de um balcão.

-Temos reservas; Aioros explicou, retirando a carteira de dentro do bolso interno do sobretudo.

-Os documentos, por favor; ele pediu, sendo prontamente atendido.

Olhou atentamente o computador, enquanto baixava o registro feito dos cavaleiros na hora em que fizeram a reserva. Franziu o cenho, voltando-se para o sagitariano.

-Nossa que coincidência;

-O que? –Aioros perguntou, confuso.

-A ultima suíte que o senhor reservou, foi à mesma de quando esteve aqui há dezoito anos atrás; ele falou.

-Como? –Saga perguntou, trocando um olhar preocupado com Shura.

-Os computadores registraram sua entrada aqui há dezoito anos atrás na suíte do ultimo andar, a mesma que o senhor reservou agora; o recepcionista falou distraído. –Mas isso não é importante, os senhores devem estar cansados da viajem e eu aqui os aborrecendo, só mais um minuto, por favor; ele falou, se desculpando e terminando de conferir os documentos e validade da reserva.

Deu um baixo suspiro, passando a mão pelos cabelos. Dezoito anos atrás, mesma suíte. Coincidência? Definitivamente não; Aioros pensou.

.V.

-To morta; Saori murmurou, alongando os braços para cima, enquanto subia quase arrastando-se pelos templos.

-Tinha poeira demais; Yuuri falou, subindo com eles até Câncer.

-Hei! Eu fiz o que pude para tirar tudo; Kamus se defendeu, ficando emburrado.

-Nós sabemos, amor; Aishi falou em tom consolador, sorrindo para ele.

-Obrigada pessoal pela ajuda, eu vou ficando por aqui; Yuuri avisou.

-Imagina, amanhã estamos lá de novo; a amazona avisou, despedindo-se com um aceno.

-Até mais;

-Até; os três responderam, voltando a subir.

-o-o-o-o-

Entrou no ultimo templo a passos lentos e cansados, despedira-se rapidamente do casal, tentando chegar ainda acordada até seu quarto. Estava cansada demais, mas pelo menos não pensara o dia todo; Saori concluiu.

Entrou no salão principal, mas logo parou ouvindo o som baixo de notas musicais. A sala de musicas só era usada por si de vez em quando, então, quem estava lá? –ela se perguntou, aproximando-se do lugar, cautelosa.

Mal abriu a porta prendeu a respiração surpresa, ao ver uma jovem de longas melenas rosadas e orbes incrivelmente azuis, virar-se para si.

-Luna?

-Athena, há quanto tempo? –a jovem perguntou sorrindo docemente.

-Séculos; ela murmurou, apertando a maçaneta da porta fortemente entre os dedos, sentindo todos os músculos do corpo, ficarem tensos.

.VI.

Envolveu uma toalha felpuda na cintura, enquanto encaminhava-se até o centro do quarto. Era como se estivesse se vendo novamente naquela situação, saindo rapidamente do banheiro e indo atender a porta, talvez tenha sido o primeiro passo para que tudo acontecesse, ou talvez não; ele pensou, pegando em um aparador no canto do quarto uma taça de cristal com um liquido tinto.

-"O que será que aconteceu depois que eu fui embora?"; Aioros se perguntou, enquanto calmamente caminhava até a sacada do quarto, com a taça em mãos.

Era tão estranho que aquela cidade principalmente a noite fosse tão fria, enquanto na Grécia o calor era excessivo a qualquer época do ano, provavelmente ali não era assim; ele pensou, lembrando-se que estavam no final do inverno.

Ergueu os orbes para o céu, lua cheia. Nunca vira uma lua tão cheia quanto aquela antes. Podia facilmente definir um fino anel avermelhado em volta da mesma. Eram poucas ás vezes que conseguia ver esse fenômeno.

Levou a taça aos lábios, sorvendo suavemente o liquido tinto, sentindo o vinho descer frio pela garganta.

Ouviu o celular tocar em cima do aparador, franziu o cenho, quem será que estaria ligando? –Aioros se perguntou, indo em direção ao aparador. Franziu ainda mais o cenho ao ver que o numero era do templo de Leão. Se Aiolia estava com ele, provavelmente era Litus, mas o que ela queria consigo?

-Alô;

-PORQUE NÃO CONTOU A ELA? –a garota berrou, fazendo-o afastar o celular do ouvido.

-Litus?

-Aioros, vou te matar quando você voltar; ela avisou, serrando os punhos do outro lado.

-Litus, acalme-se, por favor; ele pediu, tentando entender as palavras dela, em meio aos resmungos.

-Aioros; Litus começou, com um sorriso mais do que assassino. –Você não contou a Saori que ia para o Brasil, não é?

-Bem...; Aioros começou, passando a mão nervosamente pelos cabelos.

-Seu idiota; ela vociferou.

-Hei!

-Isso mesmo, que decepção. Depois o Leo que é o pato. Ainda bem que desse mal eu não padeço; Litus resmungou. –Hoje ela foi te procurar em Sagitário; ela continuou.

-Droga; Aioros murmurou, sentando-se em uma poltrona no canto do quarto.

-Ela ficou bastante chateada quando eu falei que você tinha ido com os outros para o Brasil;

-Eu não consegui contar a ela; ele falou, encostando-se na poltrona, sentindo um grande peso sobre si.

-Aioros. Aioros. Até parece que você não sabe, que o silencio é pior do que uma palavra concreta; Litus falou, com pesar.

-Eu sei; o sagitariano falou, dando um baixo suspiro. –Vou falar com ela assim que voltar é por pouco tempo;

-Você é que sabe, só não espere ser tarde demais, para dar um rumo a sua vida; ela completou. –Até mais;

-Até; antes mesmo que ele terminasse de falar, ela já havia desligado.

.VII.

Indicou uma poltrona a jovem de melenas rosadas e sentou-se em outra, não sabia ao certo, mas algo lhe inquietava e a presença de Luna ali, só aumentava isso.

-Me desculpe aparecer dessa forma; Luna falou, sentando-se.

-Não tem problema, mas aconteceu alguma coisa? –Saori perguntou, tentando manter-se emocionalmente controlada.

-Queria conversar com você sobre um assunto meio delicado; ela falou, cautelosa.

-Pode falar; a jovem respondeu, achando estranho o fato dela hesitar, isso não condizia com a personalidade dela.

-É sobre o Aioros; Luna falou, surpreendendo a deusa.

-Como? –Saori perguntou, com a voz tremula.

-Queria te contar uma coisa que aconteceu há muito tempo atrás entre nós e o quanto isso influenciou no presente; ela falou, fitando-a seriamente.

-...; Assentiu, agora sabendo com certeza a razão de sua inquietação.

-Tudo começou a exatos dezoito anos atrás; Luna começou.

.VIII.

Estava com sérios problemas; ele pensou, remexendo-se incomodado na cama novamente. Não conseguia dormir, desde que Litus ligara, não conseguira fechar os olhos.

A garrafa de vinho jazia fazia sobre o aparador e a taça que antes tinha em mãos, estava caída ao pé da cama.

Fitou o teto com um olhar vago, queria ter contado a ela tudo o que aconteceu, todos os motivos que o faziam por varias vezes hesitar quando estavam juntos, mas não conseguia, não ainda; Aioros pensou, vendo o sol nascer através da cortina semi-aberta.

Seria um dia muito cheio; ele concluiu, lembrando-se dos lugares que desejava ir enquanto estivesse ali.

.IX.

Respirou fundo, fechando a mala com força, ouvia Aishi falar alguma coisa, mas seu cérebro simplesmente não registrava mais nenhuma informação. Já havia decidido.

-Saori; Aishi chamou, impaciente, vendo que estava sendo ignorada.

-O que foi? –a jovem perguntou, voltando-se para ela, enquanto colocava em uma bolsa, seus documentos passaporte.

-Isso não é certo, você esta tomando uma decisão precipitada; Ela falou, com os orbes serrados.

-Aishi, tenho algumas coisas para resolver lá sobre a empresa, não poso deixar todas as responsabilidades em cima do Shun; ela justificou, tentando convencer a si mesma de que era só isso.

-Você não sabe mentir; Aishi falou, fitando-a seriamente. –Você só tomou essa decisão depois que conversou com a Luna ontem à noite;

-Como voc-...;

-Eu posso sentir a presença dela Saori, mesmo ela ocultando o cosmo; a jovem falou, pacientemente. –O que ela lhe disse?

-Nada importante; a jovem mentiu.

-Saori; Aishi falou em tom de aviso.

-Por favor; Saori pediu num sussurro, voltando-se para a amazona com os orbes marejados. –Eu preciso ir, preciso sair daqui, não agüento mais ser a deusa que zela pela paz na Terra e não pode ser normal; ela confessou, sentando-se na cama.

-Calma; a amazona falou com suavidade, sentando-se ao lado dela. –Entendo como esta se sentindo, mas agir precipitadamente não vai ser a melhor. Deveria esperar Aioros voltar;

-Porque? –Saori perguntou, com certa ironia.

-Porque vocês precisam conversar e colocar tudo em pratos limpos; ela falou.

-...; Negou com um aceno. –Não temos nada para conversar, mesmo porque, quando ele chegar, vai estar bastante ocupado com a Luna; ela falou, se levantando, secando o canto dos olhos, que teimavam em derramarem algumas lagrimas.

-Saori; Aishi falou, incrédula quanto ao que ouvira.

-Aishi, eu bem que gostaria de ficar e conversar mais com você, mas tenho um avião para pegar; ela falou, pegando a mala sobre a cama e antes que a amazona pudesse falar algo, despediu-se com um aceno, deixando o quarto.

Balançou a cabeça levemente para os lados, ela ainda iria se arrepender por estar fugindo, quando deveria ficar e lutar por aquilo que queria; ela pensou, dando um baixo suspiro, sentindo a presença de mais alguém ali.

-Pode sair Luna; Aishi falou, sentindo a jovem materializar-se atrás de si.

-Harmonia, eu só queria ajudar; a jovem de melenas rosadas falou, aflita.

-Eu sei disso, não se preocupe; ela falou, pacientemente.

-Mas...;

-Ela só esta com medo; Aishi falou, vendo-a sentar-se a seu lado, com um ar melancólico.

-Eu não queria que ela pensasse que ainda temos algo; Luna confessou. –Ela não quer entender que o que aconteceu no passado foi entre o Aioros e a Sheila, não entre o Aioros e eu; a jovem deusa falou, dando um suspiro cansado.

-Deixe que o tempo encaminhe as coisas Luna, é o melhor que se pode fazer agora;

-Mas Harmonia, nós nunca tivemos nada, quando o levei para os Elíseos, mal nos víamos. Foram raras às vezes que nos encontramos, porque ela não entende que ela sempre esteve em primeiro lugar na vida dele; a jovem falou, com os punhos serrados sobre o colo, abaixando os olhos, deixando a franja repicada cobrir os orbes azuis. –Desde que a viu pela primeira vez; ela sussurrou.

-Isso se chama ciúme, Luna. Quando se está cego de ciúmes, olhos e ouvidos ficam tampados para as verdades, mesmo que elas sejam tão evidentes como agora; Aishi falou, com um olhar vago. –Deixe que eles aprendam a confiar um no outro e se descuram pouco a pouco, sem pularem nenhuma etapa. Se conseguirem isso, o resto, é tudo questão de tempo;

-...; Luna assentiu. –Só queria que ela soubesse que enquanto esteve nos Elíseos ele jamais deixou de pensar nela; a jovem confessou, lembrando-se que a jovem deusa não lhe deixara ao menos explicar o que realmente acontecera.

-Como disse, deixe que o tempo se encarregue de encaminha-los; ela completou, vendo a jovem assentiu.

Continua...