Prólogo 1: Kuchiki Rukia.
Seu nome era Rukia. Apenas Rukia. Uma pequena menina de 8 anos, cabelos tão negros quanto a noite, olhos mais azuis que o mar e pele tão branquinha quanto porcelana, que atenuava ainda mais sua aparência de boneca. Apenas aparência, pois aquela menina era sem dúvida alguma, uma fortaleza por dentro. Era capaz de agüentar qualquer coisa, principalmente se fosse em prol das pessoas que ama.
Há dois anos Rukia havia perdido a memória. Um dia acordou na cama de um hospital, cheia de machucados, faixas e tubos. Tudo o que os médicos disseram foi que ela havia sofrido um grave acidente.
Fogo, dor, uma garota chorando e gritando desesperadamente sobre ela e sangue, muito sangue. Essa cena e um nome, Hisana, eram as únicas coisas das quais ela lembrava após ter acordado. Os médicos só descobriram seu nome por um pingente de ouro escrito "Rukia" que a menina usava quando fora resgatada. Pela falta do sobrenome não conseguiram identificar a criança.
Um dia um senhor idoso de longas barbas brancas foi visitá-la. Ele era muito gentil e simpático. Passou a vir fazer-lhe companhia todos os dias, até que ela estivesse totalmente recupera. Logo teve alta do hospital.
- Rukia-chan, a partir de hoje você vai viver aqui. Disse amavelmente, adentrando com a menina naquela casa.
Era grande, aparentava ser um pouco velha e tinha um estilo clássico. Havia um grande jardim nos fundos, com muitas flores e uma enorme árvore com dois balanços pendurados em seu maior galho.
A menina passou a viver feliz naquele lugar. Naquele orfanato. Ela a todos amava e por todos era amada. Aprendeu milhões de coisas com o Senhor Yamamoto, o diretor, sempre tinha longas e divertidas conversas com Ukitake e Kyouraku, ajudantes e aprendizes do diretor, e já era amiga de todas as crianças que lá viviam, que não eram muitas, apenas três meninas e cinco meninos.
Mas um daqueles garotos era especial para ela. Renji, seu maior e melhor amigo. Estavam sempre juntos. Passavam horas e horas naqueles velhos balanços conversando. Falavam sobre qualquer coisa que vinha a cabeça. Queriam apenas rir juntos.
Sem aviso algum, aquele mundo começou a mudar. Aos pouquinhos todas as crianças começaram a serem adotadas, até que restaram apenas a pequena e o garoto de cabelos vermelhos. E uma hora chegou à vez dela.
- Rukia! – o garoto entrou apressado no quarto. – Tem um casal ai!
- O que?! – a menina surpreendeu-se.
- Rápido! Vamos nos esconder! – dito isso o menino puxou-a pela mãe e então os dois se trancaram dentro do armário.
Ouviram a porta do quarto ser aberta e passos desordenados pelo cômodo. Silêncio. De repente a porta do armário se abre ruidosamente, assustando-os. Era Ukitake.
- Meu deus. Será que toda vez que chegar alguém nesta casa vocês vão se esconder? – disse em tom de reprovação.
- Sim! – responderam em uníssono. O homem apenas deu um suspiro.
- Bem, desta vez é algo mais sério. – falou seriamente.Encarou a menina. – Rukia-chan, a pessoa que está ai talvez seja um parente seu.
- Meu...Parente? – os olhos estavam mais arregalados do que nunca. Ela apenas balbuciou tais palavras e já correu para a escada, sem se quer dar ouvidos as palavras de Renji. Seu corpo inteiro paralisou ao encarar aquela pessoa. Uma linda moça de aparência frágil, muito parecida com ela. Em questão de segundos tudo voltou a sua cabeça. Aquela cena, a dor, aquele nome.
- Hisana... – deixou escapar baixinho, mas alto o suficiente para que moça escutasse e a encarasse.
- Ru...kia. – sussurrou. Rapidamente seus olhos foram inundados por lágrimas. – Rukia! – correu e abraçou-a com todas as forças. Chorava sem parar. – Finalmente! Finalmente eu te encontrei! Procurei tanto por você Rukia. Tenho tantas coisas para te falar. – limpou as lágrimas e sorriu.
- Você é...A Hisana? – pergunta, ainda um pouco desnorteada.
- Sim. – afirmou com a cabeça. – Sou sua irmã mais velha, Hisana. – sorri novamente.
- Hisana-onesama... – lágrimas começaram a brotar naqueles grandes olhos azuis. Hisana apenas abraça-a novamente.
- É melhor deixarmos as duas sozinhas por enquanto. Vamos ao escritório cuidar dos papeia, senhor Kuchiki. – disse Yamamoto ao elegante homem que acompanhava a moça. Seu nome era Kuchiki Byakuya, um alto executivo, dono da maior rede de hotéis do país e marido de Hisana.
Da escada duas pessoas assistiam a tudo aquilo. Renji estava feliz por Rukia finalmente ter reencontrado sua família, mas mesmo assim sentia uma terrível dor no peito, pois sabia que havia acabado de perder o que tinha de mais importante na vida.
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Já fazia três meses desde que fora morar naquela mansão. Agora era Kuchiki Rukia. Não mais uma simples garota desconhecida. Agora ela tinha um verdadeiro nome, uma verdadeira família novamente. Estava feliz por poder viver ao lado de sua irmã, que era tão gentil e carinhosa, e também gostava muito de Byakuya, apesar de às vezes ele ser meio sério demais. Já até chamava-o de nii-sama.
Mas sentia muita falta do orfanato. Daquela casa, do senhor Yamamoto, de Ukitake e Kyouraku, mas principalmente de Renji. Se separar de seu melhor amigo não foi nada fácil. Ela já havia feito alguns amigos na escola nova, mais mesmo assim ele era insubstituível. Será que nunca mais iriam se ver? Só de pensar nisso já entristecia.
Os dois choraram ao se despedir, apesar do garoto sempre ter se julgado incapaz de chorar. Abraçaram-se e não queria se soltar mais, mas a menina tinha de ir, por isso ele prometeu: "Não importa quanto tempo passe, nem a distância que nos separe, um dia eu vou te encontrar Rukia. E quando nos reencontrarmos eu quero ver que você está feliz!". Essa promessa jamais será esquecida por nenhum dos dois.
Caia uma horrível tempestade. As aulas já haviam terminado a um bom tempo. O motorista estava atrasado. Todos os outros alunos já haviam ido embora, e como Rukia não é exatamente a pessoa mais paciente do mundo, resolveu ir embora a pé.
Ela começou a corre pela chuva, na tentativa frustrada de não se molhar tanto.Depois de corre por algum tempo é que a garota percebeu que não sabia como chegar até sua casa. Não tinha ninguém na rua para quem ela pudesse perguntar. Já nem mais sabia onde estava.
Resolveu procurar por um lugar onde pudesse abrigar-se da chuva. Corria sem parar, até que chegou na margem do rio que cruzada a cidade. Devido a grande quantidade de chuva o rio já estava quase transbordando. Olhou ao longo da margem e avistou alguém. Era um garoto, que parecia encara fixamente a água.
Pensou que talvez ele soubesse o caminho de volta para a escola então correu ao seu encontro. Rukia acabou escorregando, e antes que percebesse, ja havia rolado margem a baixo e caído no rio. A correnteza era muito forte, ela tentava com todas as forças continuar segurando naquela pedra. Já não conseguia agüentar mais, quando ouviu alguém gritando.
- Ei!! Rápido, segura a minha mão! – era aquele garoto. Estava na margem, esticando-se o máximo que podia para alcançá-la. A menina estende o braço ao máximo e consegue segurar a mão dele. Com muito esforço ele puxou-a para fora da água. Ele perguntando se ela estava bem foi a ultima coisa que Rukia ouviu antes de desmaiar.
E foi assim que Kuchiki Rukia conheceu Kurosaki Ichigo.
Em primeiro lugar eu queria agradecer a quem teve paciência de ler esse cap chato X3
essa é a segunda fic que eu escrevo :3
bom, eu resolvi fazer 3 prólogos sobre como o Ichigo e a Rukia se conheceram, pra não ter que ficar explicando td no meio da fic
espero qui vcs tenham gostado e COMENTEM ;D
