Entre a Esquerda e a Direita

Esquerda, vinte.

Direita, vinte.

Não que precisasse contar para saber que estávam cercados. Não restava outra alternativa, a não ser, lutar. Ela, certamente, estava contaminada pela adrenalina. Já ele, soltava suspiros cansados, lamentando o esforço que ainda nem fizera. Ora, fazer o que, se eram praticamente dois opostos?

- Ok, você fica com os da esquerda e eu os da direita.

- Yosh!

Apesar da desvantagem numérica, os dois não tinham dificuldade alguma em conter os inimigos. Afinal, eles eram os shinobis de Konoha. Ela, era uma jounnin especial, aprendiz do grande Sennin das Cobras. Ele, era o fantástico copy ninja, cuja a fama ultrapassava fronteiras. Tudo corria bem, até que ele escuta um gemido contido de dor. Resolve virar-se para verificar como estava sua companheira. Encontra-a com um pequeno filete de sangue escorrendo pela boca e fitando o adversário com muita raiva:

- Tá tudo bem ai? – O Hatake perguntou preocupado.

O que ele estava pensando? Que ela era frágil e que não sabia se virar sozinha? "Não preciso da preocupação dele". Sua mente estava perturbada pelo cuidado que ele sempre tinha com ela. Às vezes, ele a tratava como se fosse uma bonequinha de porcelana. "Me poupe!" Nunca fora frágil, pelo contrário! Sempre muito independente. Mas ele parecia querer insistir naquilo.

- Sen-ei Jashu no Jutsu! - ela olhou pra ele com desdém, enquanto as cobras que saiam de sua manga esquerda, davam o bote no inimigo. - Não precisa se preocupar comigo.

Kakashi ficou atônio com a cena que viu:

- Anko, você é...

SOC!

Não teve tempo de concluir a frase, foi acertado. Anko olhou pra ele com um sorriso maldoso. "Hunf, bem feito."

Voltou a se concentrar na luta, porém, sempre espiava a sua esquerda, onde Anko estava. "Será que eu vi errado?" Não. Todas as vezes que olhava pra ela, o gesto se repetia, e ela atacava do mesmo jeito. Engraçado, nunca havia percebido antes.

- Anko... – disse ofegante, após derrubar o último adversário. – Você é canhota!

- Hã? – a kunoichi se preparava para atacar os dois inimigos que restavam, mas com a distração, eles acabaram fugindo.

- Você é canhota!

- E...? – ela o olhava confusa, enquanto Kakashi parecia bastante supreso.

- "E...?" Como, "e..."? Isso é incomum!

- E você só viu isso agora? – respondeu debochada.

- Err... Pois é. – ele ficou sem jeito. Era sempre tão observador, como deixou escapar uma coisa como aquela? – Mas isso é bem raro, Anko.

- Que bobagem, Kakashi!

- É nada! Você não reparou que não existem muitos ninjas canhotos por ai?

- Não. – ela simplesmente deu de ombros e saiu a caminhar sozinha, de nariz empinado. Estava brava pelo modo como ele a vinha tratando. Aquele corte o deixou indignado. Resolveu não deixar barato.

- Hunf... Vai ver é por isso... – murmurou não tão baixo, certificando-se de que ela ouviria.

- Vai ver é por isso, o que? – começava a dar os primeiros sinais de irritação. Feito. Dali pra frente, ela gritaria, brigaria e ele ficaria calado, curtindo com a cara dela.

- Ora, vai ver é por isso que você é lenta. – sorriu simplesmente.

- EU SOU LENTA?

- É. Não viu que eu terminei primeiro que você?

Era óbvio que aquilo não fazia o menor sentido, mas ele tinha que desafiá-la de alguma forma. Sabia que Anko não suportava que se vangloriassem sobre ela.

- Isso não tem nada a ver com o fato de eu ser canhota.

- Claro que tem. Você é sinistra. ^^

SOC!

Era o segundo soco do dia, e esse era, pelo menos, quatro vezes mais forte do que o primeiro. Um poderosíssimo soco de esquerda. Perdeu o equilíbrio e caiu no chão. Ela sentou por cima dele e o pegou pela gola da blusa.

- Eu sei o que você tá tentando fazer, mas você não vai conseguir.

- Não vou conseguir? Eu JÁ consegui, sinistra. – lançou um olhar desafiador.

Kakashi não fazia a menor ideia do por que estava respondendo, mas estava se divertindo em vê-la provar do próprio veneno: sarcásmo. Diferente da maioria das pessoas, ele não se sentia coagido perto dela, pelo contrário, sempre fazia questão de desafiá-la. A Mitarashi já não sabia mais se preferia o tratamento de bonequinha ou aquela prepotência. De qualquer forma, as duas coisas a deixavam furiosa. Kakashi sempre aparentar conhece-la muito bem e isso a deixava extremamente nervosa. Sentia-se como se estivesse perdendo o controle. Não! Ela não perderia o controle, não pra ele.

- Olha só você... –disse com um sorriso sarcástico no rosto - Será que é uma bruxa, ou tem um pacto com o demônio?

- BRUXA É A TUA TIA, TÁ LEGAL? – largou-o sem aviso, o que fez a cabeça do ninja prateado ir à um acelerado encontro com o chão.

Anko respirou fundo. "Relaxa... Ele quer te encomodar, mas ele não vai conseguir". Virou-se para o Hatake com o sorriso mais doce que pode improvisar.

- Vamos embora? Ainda temos coisas a fazer. – Kakashi se levanta um tanto cambaleante, passando a mão sobre o novo galo.

- Você quem manda, Sinistra-chan. - Conteu-se em rir da têmpora que pulsava naquela carinha fingidamente angelical.

(...)

Assim que chegaram na vila, dirigiram-se para a academia. Naquele dia seria realizado um questionário e algumas dinâmicas de interação de grupo com todos os jounnins. Nada de mais, apenas um procedimento para atualizar alguns arquivos da Hokage.

Durante o trajeto, Anko vinha reparando na localização dos coldres dos ninjas que passavam.

Direita, direita, direita, direita, direita, direita, direita, direita...

Todos estavam na perna direita. Kakashi também observava e percebeu que Anko fazia o mesmo:

-Vê? Não é comum. – disse com um sorriso.

(...)

Um pequeno aglomerado de shinobis encontrava-se em um daqueles espaçosos corredores. Caminhavam devagar até avistarem Asuma e Gai:

- Yo! – o Hatake faz um pequeno aceno para os companheiros.

- Olha, chegaram! – exclamou Gai. Asuma olhou os dois recém chegados de cima a baixo.

- Sabia que vocês foramam um belo casal? – disse com um sorriso maldoso no rosto enquanto Gai fazia a sua típica pose "Nice Guy".

- Deixa de ser idiota, Asuma! – retrucou Anko, corando furiosamente. – Onde está a Kurenai?

- Ela está lá, bem na frente da porta. – apontou para o fim do corredor. – Ela passou a noite estudando e ainda está nervosa.

- Ela estudou pra isso? – berrou a kunoichi - Mas são só perguntas pessoais o que ela...

- Hunf, Anko... você conhece a Kurenai, né? – falou com indiferença.

Anko fez uma careta e deu um breve aceno para os companheiros, seguindo na direção apontada por Asuma.

- E ai, porque se atrasaram?

- Emboscada...

- Hunf, sempre acontece.

(...)

- MAS ISSO É UM ABSURDO! É DISCRIMINAÇÃO!

- Anko-sensei, você é quem é problemática... – respondeu Shikamaru.

Não que fosse uma novidade ver Anko gritando e brigando com alguém mas, qual seria o motivo daquela vez? Ninguém deu muita atenção... Todos continuavam a tomar seus lugares e ela continuava berrando:

- Como que uma academia não tem mesa pra canhotos? Isso é inaceitável!

- Tsc, eu não posso fazer nada. – disse o Nara com cara de tédio.

- Como assim, não pode fazer nada? – pegou o chuunnin pela gola, fazendo-o arregalar os olhos. – Não é você quem está coordenando essa joça?

- Só é permitido usar as mesas dessa sala, ordens da Godaime. – respondeu nervoso.

- Que palhaçada é essa? EU ME RECUSO A FAZER ESSA MERDA! DIREITOS PARA OS ESQUERDOS! – levantou o punho esquerdo, fazendo o Nara cair no chão.

- Qual é o problema, Anko? – a voz da Hokage soou bem de trás de sua nuca, como se fosse uma assombração.

- Hehe,- começou a rir nervosamente. – nenhum Hokage-sama! – a Hokage lhe deu um sorriso e dirigiu-se para a frente do quadro, aguardando que todos se sentassem, para passar algumas instruções. - Então eu vou usar duas mesas. – disse à Shikamaru.

- Não pode. – o Nara, mais uma vez, cortou seu embalo.

- O QUE?!

- Não pode. Tem um número certo de cadeiras aqui dentro.

- E O QUE VOCÊ QUER? QUE EU FAÇA A PROVA TODA TORTA?

(...)

- Aai... minhas costas.

- Anko, você demorou! – disse Kurenai.

- HUNF! Tive que fazer a prova virada pro lado errado. Foi quase uma tortura, minhas costas estão estouradas. – gemeu a Mitarashi, massageando o próprio ombro.

- Aposto que foi porque você não estudou. – Kurenai disse com soberba.

- Awww, Kurenai-chan! – começou sarcástica. – Desculpa se eu não passei a noite inteira estudando pra responder se "eu tenho orgulho em ser um shinobi de Konoha" ou se "minhas missões tem atrapalhado no meu relacionamento com a família". Ora, me poupe! Minhas costas estão me matando por causa desse mundo de destros desgraçados!

- Você estava lá até agora porque estava tentando pedir cola, não é mesmo?

- Kurenai, você é louca? O.O" – olhava para a morena, estarrecida.

- Anko, você devia dar mais atenção aos estudos.

- GRRRRRR! EU NÃO VOU DISCUTIR COM VOCÊ, SUA MALUCA. – a canhota saiu batendo o pé, furiosa, deixando Kurenai pra trás.

- Hunf... Ela não estuda, vai mal na prova e depois desconta em mim...

(...)

- Muito bem, escutem com atenção. – a Hokage se pronunciou mais uma vez na frente de todos. – Esta dinâmica avaliará a capacidade de trabalhar em equipe. Eu sortearei os nomes dos componentes e a sala na qual vocês realizarão a tarefa. Assim que eu chamá-los, dirijam-se para a sala indicada.

Shikamaru leva até Tsunade uma pequena urna vermelha. Ela começa o sorteio.

- Shizune, Genma e Asuma. Sala número 1, final do corredor...

- Bom, faremos o melhor, não importa o que seja. – Genma disse simplesmente.

- Asuma, apaga um pouco esse cigarro! – a medica nin falou em um tom alterado.

- Ai... – suspirou Asuma, dando uma útlima e longa tragada no cigarro.

- Kurenai, Ebisu e Ibiki. Sala número 2, ao lado da 1...

- Yooooosh, meninos! Ninguém nos vencerá! – disse Kurenai com fogo nos olhos.

- Kurenai... Isso não é uma competição. – retrucou Ibiki com uma gota na cabeça.

- Kakashi, Gai e Anko. Sala número 3...

- EU PROTESTO! – bradou Anko.

- Protesta o que, Anko? – Tsunade tinha uma veia pulsando na testa.

- Hokage-sama, eu já tive que aguentar o Kakashi a manhã inteira! E agora vou ter que aguentar ele e o Gai? JUNTOS? Nem pensar! – cruzou os braços.

- MITARASHI ANKO, EU TENHO MAIS O QUE FAZER DO QUE FICAR APARTANDO SUAS BRIGAS INFANTIS COM OS OUTROS! SUMA DA MINHA FRENTE E CUMPRA A SUA TAREFA! – gritou a Godaime, espumando pela boca.

Anko saiu murmurando algo inudível na direção de Kakashi e Gai que a esperavam na porta.

- Sou tão insuportável assim? – disse Kakashi zangado.

- Não se preocupe, Anko-chan, nós iremos nos comportar! – Gai fez... aquilo que ele sempre faz.

Ao entrarem na tal sala número 3, se depararam com uma... cozinha? Ué... A sala haviasido transformada em uma cozinha! Geladeira, pia e balcão, fogão, panelas, e vários outros utencílios. Tinha tudo lá. No centro da sala, uma mesa e três cadeiras.

- O que é isso? – perguntou a Mitarashi, olhando em volta, confusa. Kakashi foi a até a mesa, onde encontrou um papel com algum conteúdo.

- Torta de Bolachas. – começou a ler para o grupo - O grupo da sala número três, será responsável pela torta de bolachas da festa de confraternização dos jounnins. Todos os ingredientes e utencílios estão disponíveis na sala. Segue abaixo a receita... – ele olha para os outros dois.

- Ai meu deus... – lamentou Anko dando um tapa estalado na testa.

- YOOOOSH! Será a melhor torta de bolachas do mundo! – gritou Gai fazendo sua pose clássica. Anko e Kakashi tinham gotas na cabeça.

- Que trabalheira... – murmurou Kakashi. – Yosh, minna! Vamos começar, então!

Anko foi lavar as latinhas de leite condensado e creme de leite, enquanto Gai e Kakashi raspavam as barras de chocolate¹. Às vezes eles ouviam gritos medonhos vindos das outras salas. Na certa já tinha gente discutindo.

Não demorou muito até perceberem que, a única coisa que faltava para a torta de bolachas eram... as bolachas! Que absurdo. Como queriam que eles fizessem uma torta de bolachas, sem as bolachas? Gai garantiu que traria as melhores bolachas de Konoha, enquanto Kakashi e Anko adiantariam os cremes.

- Oee, Anko... Abra as latas pra mim, pra eu começar a misturar. – dito isso, ele começou a separar a clara da gema. "OOO geminha sem-vergonha..." Kakashi parecia um químico tentando descobrir a cura para algum grande mal que aflingia o mundo, de tão concentrado, tão entretido. E nisso, quase não ouve um sussurro chamando por seu nome.

- Kakashi...

- Hum? – ele vira para trás e se depara com Anko de costas, estática. Ele caminha até ela. – O que houve, Anko?

Ele procura por onde os olhos dela miravam. Em cima da mesa, estava um pequeno e odioso objeto que ela encarava num misto de raiva e constrangimento.

- Não consigo abrir... – balbuciou como uma criança, ainda fitando o maldito abridor de latas.

- Ah, não tem problema. – ele deu um sorriso compreensivo, que a deixou coradíssima, e tratou de abrir as latas. – Pegue o leite e misture com leite condensado e o creme de leite. – disse isso voltando para a pia.

- Pera, ai... – ela o impediu de ir pegando-o pelo braço. Coloca a mão sobre a máscara e tira uma minúscula rapinha de chocolate. – Tá sujinho aqui. – sorriu.

- Obrigado... – ele corou um pouco. Ficaram se encarando por um instante, até que:

- ENCONTREI AS BOLACHAS! – a porta se abre adruptamente com a chegada de um escandaloso Gai, com os olhos ardendo em chamas. Kakashi e Anko se afastam rapidamente.

- Er, bom trabalho, Gai! – o Hatake colocou a mão atrás da cabeça, ainda um pouco sem jeito com o momento estranho que acabara de acontecer. – Mas você voltou muito rápido, nem deu tempo de prepararmos os cremes...

- Yooosh, vamos lá! – Gai ergueu o punho, entusiasmado.

Anko fechou a cara e tratou de se concentrar no que estava fazendo.

"Tá sujinho aqui? Que merda foi essa?"

Começou a dar fortes tapas no fundo da lata de creme de leite para que escorresse tudo na vasilha.

"Aw deeeus, como eu sou ridícula, só posso ter ficado doida."

Fez o mesmo com a lata de leite condensado e por fim colocou o leite.

"Não... Tudo bem que ele é lindo e tem uma bundinha redondinha e uma cara de pateta kawaii mas ele é IRRITANTE!"

Kakashi aparece ao seu lado e despeja as gemas no pote que ela usava.

"GRRRRRRRRR... IRRITANTE, MUITO IRRITANTE! Sempre se achando O bonzão, O golã, O ninja. EXIBIDO."

A mulher pegou o batedor de claras e começou uma mistura nervosa.

"Sempre assim, sempre assim... QUE ÓDIO, QUE ÓDIO. Sempre me respondendo... Que mania Kakashi, que mania!"

- Oeee, Anko-chan, vai com calma, daqui a pouco vai esparramar tudo e... AAAH MEU DEUS, VOCÊ É CANHOTA! – Gai aponta para a mão que segurava o batedor, escandalosamente.

- Gai! – Kakashi lançou um olhar repreensivo.

Muito calmamente, Anko pousa a tigela sobre a mesa e olha para Gai com um olhar fuzilador.

- E qual é o problema? – a Fera Verde começa a suar frio.

- Ne-nenhum Anko-chan! Só é... você sabe... – Anko se aproxima de Gai com o punho erguido.

- Estranho? Anormal? Bizarro? Sinistro?

- N-não... É diferente. – deu um sorriso amarelo.

- Hunf! – a kunoichi empina o nariz e volta para o lugar onde estava.

- Eu acho interessante. – Kakashi disse virado para a pia enquanto lavava alguma louça.

Ok, qual era o problema dele? Ou melhor, qual era o problema dela? Era a segunda vez no dia que corava por conta de algo idiota que ele disse. Que droga. Procurou esquecer aqueles pensamentos malucos, enquanto cortava as folhinhas dos morangos, mas... Ah... Volta e meia se pegava olhando pra ele. Tsc, porque ele tinha que ser tão bonitinho cozinhando?

Enquanto Kakashi preparava o creme de chocolate, Gai começava a montar a torta. Era engraçado vê-lo mergulhando as bolachinhas no leite e passando a primeira camada de creme branco. Não demorou muito até o de chocolate ficar pronto.

TOC-TOC.

Asuma aparece na porta da sala, sujo de farinha da cabeça aos pés.

- O que aconteceu com você? – perguntou Kakashi.

- Heh, tivemos alguns probleminhas. O que vocês estão fazendo?

- Torta de bolachas! – exclamou Gai.

- Nós fizemos bolo! – Genma aparece com o cabelo melecado com o que parecia ser ovo, e igualmente branco como Asuma.

- Uaau, estou curiosa pra saber qual foi o método que vocês usaram... Será que atiraram todos os igradientes pra cima esperando-os cair na forma? – perguntou Anko divertida.

- Hunf, foi o Asuma quem começou... – olhou com desprezo para o colega. – E depois, bem...

- Shizune ficou muito brava... – ambos fitavam o chão.

- ...

- Bom, estamos indo, nos falamos depois! – os dois jounnins despediram-se com um breve aceno e partiram.

- YOOOSH! Está pronta! – Gai levanta as mãos pro alto em comemoração.

- Gai... Você deveria virar confeireiro. Está linda! – disse Anko olhando para os moranguinhos calculadamente posicionados na superfície da torta.

- E garanto como está deliciosa também! – o cabelo de tigela sorriu. – Vamos lá?

- Vão na frente, eu vou terminar de limpar aqui. – disse Kakashi se levantando.

- Eu fico pra te ajudar.

- Yosh! Confiem em mim, levarei a torta em segurança! – Gai deu um "legal" para os amigos e saiu da sala. Um silêncio estranho se fez presente. Terminavam de limpar a sala quando um alegre grupo de jounnins passau saltitando pelo corredor.

- VAMOS LÁ, RAPAZES! – gritou Kurenai.

- SIM KURENAI-TAICHOU! – Ibiki e Ebisu seguiam sua "capitã", sorridentes.

- Nossa... – Anko assistia a cena, incrédula, caminhando na direção da saída, seguida por Kakashi . – Pelo visto se saíram bem...

- É.

- Kurenai tem pulso firme.

- Claro, ela é destra.

- Vem cá, qual é o seu problema? – pôs as mãos na cintura.

- Problema? – ele arregalou os olhos.

- É! Você é irritante, vive me enchedo o saco, fica se achando o bonzão, incomodando, eu acho que você...

MUÁ.

O leve beijo por cima da máscara não a deixou concluir a frase.

- Vem, estou doido pra comer aquela torta! – puxou-a pelo braço, e saíram esquerda com direita...

Juntos de mãos dadas.


Yooo, minna!

É fato, hoje, dia 13/08 é Dia Internacional do Canhoto. E dia da Bruxaria também. Antigamente, ser canhoto era considerado coisa do demônio, por isso as crianças canhotas eram obrigadas a escrever com a mão direita. Muito triste Ç_Ç

Anko, canhota? De onde? Bom, Anko é uma das minhas personagens favoritas mas, eu a escolhi meio que por acaso. Reparei que nenhum, NENHUM ninja de Konoha é canhoto, isso é claro só pelo coldre que eles usam, sempre na perna direita. Numa das aberturas de Naruto, Anko aparece soltando as cobrinhas da manga esquerda. Achei legal e a escolhi como protagonista da fic. O ÚNICO canhoto que eu vi no desenho foi um daqueles bandidos do exame chuunnin, um dqueles "trigêmeos" HAIOHAOIHAOIAA.


Escrevi esse treco há anos, ressucitei agora só porque era dia do Canhoto. Não tinha relido e acabei de perceber o quão mal escrita çá merda tá, há! :B