Guerreiros dos Elementos 4: A Ilha Misteriosa

Bem-vindos a mais uma história da saga dos guerreiros. Esta história tem um estilo bastante diferente. Esta história é baseada no livro O Caso dos Dez Negrinhos/As Dez Figuras Negras de Agatha Christie, mas com os guerreiros. Eles encontram-se presos numa ilha e depois? Quando lerem irão descobrir. Ao contrário das outras histórias, se não lessem esta, quando houver uma continuação para a história dos guerreiros, iriam perceber a história na mesma, pois ela adiciona apenas uma novidade importante no final da história, mas que irá ser abordada na história seguinte. É como se fosse um episódio filler de um anime. Mas apesar disso, vai desenvolver as personalidades de cada personagem. Boa leitura!

E ficam aqui os perfis das personagens:

1. Nome: Anne Mary Slate

Idade: 16 anos

Personalidade: Ela é uma pessoa alegre, bem-disposta, muito distraída e desastrada.

Aparência: Cabelos castanhos, longos, olhos verdes

2. Nome: Sara Ruth Laker

Idade: 16 anos

Personalidade: Ela é uma pessoa com grande senso de justiça, consciente, sonhadora e fiel

Aparência: Cabelos castanhos-escuros, apanhados num rabo-de-cavalo, olhos azuis-escuros

3. Nome: Laura Dina Terence

Idade: 16 anos

Personalidade: Calma, tímida e muito inteligente

Aparência: Cabelo preto, longo, olhos castanhos

4. Nome: Marina Teresa McSouth

Idade: 16 anos

Personalidade: Temperamental, metediça, engraçada

Aparência: Cabelos castanhos-claros, pelos ombros, olhos castanhos

5. Nome: Rick Peter Shields

Idade: 17 anos

Personalidade: Amigo, bom conselheiro, calmo, um pouco introvertido

Aparência: Cabelo loiro, olhos azuis

6. Nome: Karen Drake Salomond

Idade: 16 anos

Personalidade: Vaidosa, fútil, um pouco egoísta, mas dedicada

Aparência: Cabelo ruivo, pelos ombros, olhos cinzentos

7. Nome: Josh Edmund Rolland

Idade: 17 anos

Personalidade: Decidido, calmo, corajoso

Aparência: Cabelo castanho, olhos verdes

8. Nome: Helena Vanessa Rosevelt

Idade: 17 anos

Personalidade: Convencida, vaidosa, frontal, directa

Aparência: Cabelo loiro, comprido, abaixo dos ombros

9. Nome: Leon Michael Ashford

Idade: 17 anos

Personalidade: Introvertido, corajoso, discreto, inteligente

Aparência: Cabelo preto, apanhado num rabo-de-cavalo, olhos castanhos

10. Nome: Pitágoras (Pit) Sócrates Ptolomeu

Idade: Desconhecida

Personalidade: Engraçado, trapalhão, valente

Aparência: Cabelos cinzentos, longos, olhos azuis

11. Nome: Marie Jenna Bertner

Idade: Desconhecida

Personalidade: Decidida, inteligente, convencida

Aparência: Cabelos castanhos, pelos ombros, olhos castanhos

12. Nome: Peter Eduard Beresford

Idade: 16 anos

Personalidade: Calmo, fiel, alegre

Aparência: Cabelo castanho, olhos verdes

13. Nome: Sabrina Melody Laker

Idade: 14 anos

Personalidade: Decidida, activa, curiosa, temperamental

Aparência: Cabelos castanhos, pelos ombros, olhos azuis-escuros

14. Nome: Dean Frederic Simon

Idade: 17 anos

Personalidade: Esperto, fiel, sonhador

Aparência: Cabelo ruivo, olhos castanhos

Capítulo 1: A Ilha

Quando a Anne abriu os olhos, olhou à sua volta e viu que estava numa pequena praia. Levantou-se e viu que perto dela estavam os seus amigos. O Rick ajudou a Laura a levantar-se. O Josh, a Karen e a Marina estavam lado a lado e já se tinham levantado. A Sabrina, a Sara, o Dean e o Peter estavam mais afastados à olhar à volta deles. O Pit estava perto da Marie. A Helena levantou-se e sacudiu a roupa. O Leon fez o mesmo.

Anne: Onde estamos?

Rick: Não faço ideia. - disse ele, encolhendo os ombros. - Nem sei como viemos aqui parar.

Sabrina: Eu também não sei. - disse ela, confusa.

Pit: É estranho... eu também não me lembro de como viemos aqui parar. Alguém se lembra?

Todos os outros abanaram a cabeça negativamente.

Karen: Mas afinal estamos onde? Numa mini praia ou quê?

Leon: Há um caminho que sobe por ali. Vamos ver?

Os outros acenaram afirmativamente e começaram todos a subir o caminho. Ao chegarem ao topo do caminho depararam-se com uma grande casa.

Josh: Uma casa? Bem, pode ser que viva aqui alguém que nos ajude e nos diga onde estamos.

Helena: Bem, estamos numa ilha. Olhem.

Todos admiraram a vista. Viram que estavam quase no topo de uma ilha. A sul situava-se a pequena praia onde eles tinham acordado. A oeste havia uma grande massa de árvores e uma cabana a cair aos bocados. A este havia um pequeno lago rodeado de árvores de fruto. A Norte situava-se o pico da ilha, uma elevação enorme que terminava num penhasco.

Laura: Ok, agora ainda estou mais confusa. Estamos numa ilha e não sabemos como viemos aqui parar. Nenhum de nós sabe.

Sara: E ainda por cima nem temos as roupas molhadas. Não viemos por mar... parece que caímos aqui de pára-quedas. – disse ela, encolhendo os ombros.

Sabrina: Mas não temos pára-quedas nenhum.

Sara: Era uma maneira de dizer, Sabrina.

Marina: Vamos mas é ver se está alguém aqui em casa. - disse ela, batendo à porta.

Esperaram uns segundos, bateram novamente, mas ninguém apareceu.

Anne: Parece que ninguém está em casa.

Marie: Bem, eu vou usar os meus poderes para tentar tirar-nos daqui. - disse ela, concentrando-se, mas nada aconteceu. - Eu... não consigo usar os meus poderes.

Os outros também tentaram transformar-se em guerreiros, mas não conseguiram.

Rick: E agora?

Dean: Acho que não temos outra solução a não ser entrar na casa à força e telefonar à nossa família ou assim.

Laura: Ah claro e dizemos-lhe o quê? Para nos virem buscar a uma ilha que nem sabemos onde fica? - perguntou ela, com sarcasmo.

Sara: Pois, realmente a Laura tem razão. Mas não podemos ficar aqui na rua, não é?

Marina: Com um pouquinho de força, eu consigo arrombar a porta. - disse ela, aproximando-se da porta.

Mas mal a Marina fez com um pouco de força, a porta abriu-se.

Marina: Ora esta... a porta não estava trancada nem nada.

Peter: Vamos mas é entrar.

Eles entraram todos na casa.

Anne: Está aqui alguém?

Mas ninguém respondeu.

Marina: Vamos explorar a casa a ver o que encontramos. Pode ser que encontremos uma pista de onde estamos.

Os outros acenaram afirmativamente e dispersaram. A Sara, a Laura e a Anne subiram as escadas para o primeiro andar.

Sara: Olhem aqui! - disse ela, apontando para uma porta. Ao lado da porta estava uma pequena placa com um nome. - É o meu nome!

Laura: E está aqui outra com o meu nome!

Elas percorreram o primeiro andar e viram que havia catorze portas, cada uma com o nome de um deles.

Anne: Isto é bizarro. - disse ela, assustada.

Elas abriram várias portas e viram que as que tinham nomes davam cada uma para um quarto. Depois havia algumas portas que davam a casas de banho e outra porta dava acesso a uma escada que ia para o rés-do-chão e dava para um pequeno corredor.

No andar de baixo, os outros tinham entrado nas várias divisões. O hall de entrada tinha cinco acessos: a escada para o primeiro andar, uma porta à esquerda que dava para a sala de jantar, uma porta à direita que dava para a sala de estar, uma porta do lado esquerdo da escada que dava para um pequeno corredor de acesso à cozinha, a outra escada para o primeiro andar e a uma despensa.

Do lado direito da escada havia uma porta para uma sala de bilhar. A sala de jantar estava também ligada com a cozinha e a sala de bilhar e a sala de estar davam acesso à biblioteca.

Eles procuraram na casa, mas não encontraram ninguém. Reuniram-se novamente no hall de entrada.

Marina: Não encontrámos ninguém na casa. - disse ela.

Anne: Pois eu, a Sara e a Laura fizemos uma descoberta estranha. Nesta casa há catorze quartos, cada um com o nosso nome!

Os outros pareceram surpreendidos.

Josh: A sério?

Rick: Quero ver isso.

Eles subiram todos até ao primeiro andar e puderam verificar que era verdade.

Helena: Isto é mesmo muito estranho. - disse ela, pensativa.

Marie: E não encontrámos nenhum telefone. Aliás, nem rádio, nem televisão, nem computador. Nada.

Sabrina: Parece que estamos presos nesta ilha...

Os outros olharam para ela e depois ficaram pensativos. O que ela dizia era bem verdade.

Eles começaram a deambular por ali, sem saber o que pensar. O Dean olhou por uma das janelas.

Dean: Está a começar a escurecer. - disse ele, preocupado.

Laura: Parece que vamos ter de passar a noite aqui.

Leon: Pelo menos temos onde dormir. Menos mal. - disse ele, mais aliviado.

Marina: Eu estou a ficar com fome...

Karen: Eu também.

Marie: Quando vimos a cozinha, vi que tanto o frigorifico como a dispensa tinham bastante comida. - disse ela. - Vou preparar alguma coisa.

Helena: Eu ajudo.

Anne: Eu também.

As três dirigiram-se à cozinha.

Sara: Eu vou descansar na sala.

Dean: Vou contigo.

Os dois dirigiram-se à sala e sentaram-se.

Rick: Eu acho que se calhar pode haver alguma informação importante na biblioteca. Há pouco apenas passámos por lá para ver se não estava lá ninguém.

Laura: Tens razão Rick. Vá, vamos lá os dois ver se encontramos alguma coisa.

Os dois afastaram-se em direcção à biblioteca.

Pit: E que tal um jogo de bilhar para passar o tempo? - sugeriu ele.

Leon: Por mim, tudo bem. – disse ele, encolhendo os ombros.

Josh: Eu também jogo.

Os três foram para a sala de bilhar.

Marina: Eu vou para o meu quarto.

Peter: Bem, se calhar é boa ideia irmos ver melhor os nossos quartos. - disse ele.

Marina: Foi o que eu pensei. Por isso vou para o meu quarto.

Os dois subiram as escadas, deixando a Sabrina e a Karen no hall.

Sabrina: E nós?

Karen: Não sei... olha se calhar é melhor irmos ver os nossos quartos também. De qualquer maneira não temos nada que fazer.

Elas subiram também as escadas.

O Peter entrou no seu quarto e sorriu. As paredes estavam pintadas de azul-escuro, a cama era grande, tinha duas janelas que deviam deixar entrar bastante luz, apesar de agora não dar para ver muito porque já estava quase completamente de noite.

Peter (pensando): Que fixe, parece que estou dentro do mar. Gosto da cor da parede. - pensou ele, sorrindo. - Hum... não devia estar animado. Afinal, de repente estou numa ilha isolada... devia estar preocupado.

Ele ficado pensativo durante uns segundos.

Peter (pensando): Sim, devia estar bastante preocupado. Naturalmente, estou um pouco preocupado... mas é como se fosse uma aventura! E eu não tenho poderes como os guerreiros para viver aventuras assim. Vir parar a esta ilha até pode ter sido bom... contando que achemos uma forma de sair daqui, é claro.

A Marina deitou-se na sua cama. Era fofinha.

Marina (pensando): Que coisa esquisita... não me lembro de como vim aqui parar... aliás, não me lembro nem do que estava a fazer antes de vir aqui parar.

Ela saltou da cama e foi até a uma das janelas do quarto.

Marina (pensando): Esta ilha é um bocado sinistra. Quem é que no seu perfeito juízo ia construir uma casa aqui, no meio do nada? E ainda por cima a ilha nem é muito grande.

A Sabrina passou uma vista de olhos por todo o quarto. Abriu um dos roupeiros e encontrou várias roupas. Tirou algumas para fora.

Sabrina (pensando): Que fixe, as roupas servem-me! Mas... como é possível que haja aqui roupas do meu tamanho? Ainda por cima o quarto tem o meu nome na porta. Parece que esta mansão foi preparada para a nossa chegada.

A Sabrina sentou-se na sua cama.

Sabrina (pensando): Será que isto é obra de algum inimigo dos guerreiros? Mas porque é que me trouxeram a mim para aqui? E ao Dean e ao Peter. Nós não temos poderes. Enfim... nem os guerreiros conseguem usar os poderes deles... estou a ficar cada vez mais preocupada.

Na biblioteca, a Laura e o Rick estavam a passar os olhos pelos títulos dos livros.

Laura: Acho que não vamos encontrar nada. - disse ela.

De repente, o Rick soltou uma exclamação.

Rick: Encontrei qualquer coisa!

A Laura aproximou-se dele. Ele segurava um papel na mão.

Rick: Isto estava dentro da escrivaninha. - disse ele, entregando-lhe o papel. - Supostamente, este é o nome da ilha.

A Laura olhou para o papel e ergueu as sobrancelhas.

Laura: Estou a ver... o nome não beneficia em nada a ilha, nem a nossa situação. - disse ela.

Rick: É verdade. - disse ele, aproximando-se novamente da Laura e espreitando mais uma vez para o papel.

O nome que lá estava escrito era Ilha da Morte.

No seu quarto, a Karen olhou-se ao espelho e abanou a cabeça.

Karen (pensando): O meu cabelo está um desastre. Tenho de o ir pentear.

Ela olhou para a parede do quarto e viu um quadro com algumas coisas escritas. Aproximou-se. Era um poema.

"Catorze pessoas confusas com a sua condição;

Uma delas é envenenada e restam treze.

Treze pessoas em pânico, sem saber o que fazer;

Uma adormece para sempre e restam doze.

Doze pessoas vão jantar perto da lareira de bronze;

Uma delas come demais e restam onze.

Onze pessoas olhando de rés-vés;

Uma leva uma pancada e restam dez.

Dez pessoas vão almoçar enquanto não chove;

Uma delas acaba por não comer e então restam nove.

Nove pessoas pensando numa solução;

A uma delas falta o ar e então restam oito.

Oito pessoas foram dar uma volta, por onde lhes compete;

Uma não quis mais voltar e então restam sete.

Sete pessoas na casa não querem sair, mas eis

Que uma delas vai cortar lenha e restam seis

Seis pessoas na casa, cada uma com seu vinco

Uma delas toma a bebida fatal e restam cinco

Cinco pessoas comportam-se como se vivessem no mato;

Uma delas leva um tiro e restam apenas quatro.

Quatro pessoas assustadas, uma desaparece de vez;

E mesmo desconfiadas apenas restam três.

Três pessoas fechadas no seu quarto, e depois?;

Uma é esfaqueada e restam dois.

Duas pessoas encaram-se e fica tudo em suma;

Uma mata a outra e resta uma.

Uma pessoa sozinha na ilha, de todas só restou uma;

Por fim ela enforcou-se e não ficou nenhuma."

A Karen abanou a cabeça novamente.

Karen (pensando): Mas que porcaria! Que poema parvo.

Ela pegou no quadro e foi pô-lo dentro do guarda-fato, onde não teria de olhar para ele. Depois viu que tinha várias roupas no guarda-fato e foi experimentá-las.

Na cozinha, a Marie, a Anne e a Helena estavam a preparar o jantar.

Marie: Vamos fazer massa que é das coisas mais simples e rápidas. Temos carne picada para acompanhar. E para jantar, está óptimo.

Anne: Temos alguns doces no frigorífico. - disse ela.

Marie: Pois, mas não vamos mexer neles. Nem sabemos de quem é esta casa. Vamos comer só o indispensável.

Helena: É estranho que o frigorifico e a dispensa estejam cheias de comida mas ninguém esteja nesta ilha, não acham?

A Anne encolheu os ombros.

Marie: Amanhã pensaremos numa maneira de sair desta ilha e não quero saber de mais nada. - disse ela.

Algum tempo depois, o jantar estava pronto. A Helena foi chamá-los a todos para jantar. A Sabrina e a Karen entraram na sala de jantar com roupas diferentes.

Sara: Onde é que arranjaste essas roupas, Sabrina? – perguntou ela, confusa.

Sabrina: Estavam dentro do guarda-fato do meu quarto.

Karen: E as que eu estou a usar estavam no meu guarda-fato. - disse ela, contente. - Fui ver ao quarto da Marie e do Rick e também têm lá roupas para vocês.

A Marie abanou a cabeça violentamente.

Marie: Isto é demasiado estranho. Começo a pensar que a nossa chegada aqui não foi nenhuma coincidência. Está tudo preparado para nós!

Os outros entreolharam-se.

Anne: Será? Bom eu quero é sair da ilha.

Laura: Todos queremos, Anne.

Dean: É verdade. – disse ele, abanando a cabeça vigorosamente.

Rick: Eu e a Laura descobrimos qual é o nome da ilha. - disse ele. - Mas não vão gostar.

Marina: Diz lá! Estou curiosa!

Rick: A ilha chama-se Ilha da Morte.

Todos outros pareceram surpreendidos e apreensivos, menos o Peter.

Peter: Oh, isso é apenas um nome. Não quer dizer nada. - disse ele. - Eu até gosto de estar aqui.

Sara: Deves estar maluco, Peter.

Peter: Não estou nada maluco. Mas... esta casa é grande, o meu quarto é muito fixe. E... isto é uma aventura!

Josh: Pois eu não estou nada entusiasmado. Não percebo como é que esta casa nem um telefone tem, mas tem luz eléctrica, quartos completos, salas de luxo... não percebo!

Marie: Deixemos os pensamentos para depois. Vamos comer antes que a comida arrefeça!

Todos concordaram e começaram a comer.

Sabrina: A massa está muito boa. - disse ela, sorrindo.

Anne: A Marie fê-la de uma maneira especial.

Marie: Eu até gosto de cozinhar. Não o podia fazer quando estava na minha forma de catatua, é claro.

Nesse momento, a Anne olhou para uma pequena mesa que estava ao fundo da sala de jantar e soltou uma exclamação.

Anne: Olhem para ali!

Todos olharam para onde a Anne estava a apontar. Em cima da pequena mesa estavam catorze estátuas de vidro, cada uma esculpida de maneira a ser igual a cada um dos catorze ocupantes da casa.

Karen: Que estranho...

Marina: São figuras esculpidas iguais a nós! – disse ela, entusiasmada.

Sara: Mais outra coincidência...

Dean: Mas as estátuas são giras. Parecemos mesmo nós.

Karen: Fala por ti. A minha estátua é muito mais feia do que eu. Eu não sou nada assim. Sou muito mais bonita.

Marie: Isto é tudo muito estranho. Porque é que há pequenas estátuas nossas nesta casa?

Mas ninguém sabia a resposta.

Pouco depois, eles terminaram o jantar. A Sara, a Laura e o Rick levaram a louça para a cozinha enquanto a Sabrina e o Leon foram lavar a loiça.

Quando a loiça estava lavada, eles juntaram-se na sala de estar.

Pit: Será que conseguiremos sair da ilha amanhã?

Marie: Bom, não podemos contar com a nossa magia... mas até pode ser que amanhã alguém apareça. O dono da mansão pode estar fora e voltar amanhã.

Leon: Será mesmo?

Marina: Ninguém sabe, Leon, mas esperemos que sim, para o bem de todos nós.

Marie: Bom, querem ir já deitar-se?

Karen: Eu não. - disse ela, prontamente. - Podíamos ficar aqui um bocado a conversar.

Sara: Por mim, tudo bem.

Marie: Estão ali umas bebidas ao fundo... o dono da casa não se deve importar se nós bebermos alguma coisa.

Rick: Também acho que não.

A Marie lançou-lhe um olhar gelado.

Marie: Vocês não bebem nada. Só eu e o Pit. Vocês são muito novos. – disse ela, abanando a cabeça.

Rick: Não somos nada!

Pit: Ainda são jovens e além disso não precisam de beber nada.

Ele e a Marie foram até um canto da sala onde estavam umas garrafas. O Rick sentou-se no sofá, zangado.

Laura: Eles têm razão Rick. Além disso, não fica bem bebermos coisas alheias, não achas?

Rick: Eles não acham isso.

Leon: Considerando que eles estiveram imenso tempo presos no corpo de pássaros, é normal que agora queiram aproveitar para fazer coisas que não podiam fazer.

Rapidamente começaram todos a falar uns com os outros. A Marie e o Pit começaram a ficar animados com as bebidas e começaram a dançar no meio da sala.

Anne: Eles são engraçados. - disse ela, rindo-se.

Dean: Pois, mas não os podemos deixar é beber mais nada.

Sabrina: Dançam pior que a Britney Spirs.

O Pit andava a dançar com o copo na mão e a Marie tinha pousado o copo numa das mesas.

O grupo continuou a falar, ocasionalmente alguns deles levantavam-se e espreitavam pela janela, para a noite escura. Passado um tempo, a Marie e o Pit sentaram-se e ficaram a conversar com os outros.

Marie: Amanhã vamos ter de arranjar maneira de sair desta ilha mesmo que ninguém apareça.

Anne: Mas é difícil... a nado não vamos conseguir.

Karen: Parecemos o Robinson Crusoié, presos numa ilha. Falta cá é o Quinta-feira.

Peter: Acho que não o nome dele não era Quinta-feira, mas pronto.

Josh: Hum… talvez do pico da ilha dê para ver se há terra aqui perto. - disse ele. - Amanhã temos de ir lá ver.

A Marie levantou-se para ir buscar o seu copo.

Helena: Marie, já chega de beber, não? - perguntou ela, com um olhar gelado. – Nem parece teu!

Marie: Está bem. Vou só terminar a minha bebida. - disse ela, bebendo o liquido do copo rapidamente. - Pronto. Não bebo mais nada hoje.

Nesse momento, a Marie começou a cambalear. Todos olharam para ela, surpreendidos.

Leon: Marie, estás a sentir-te bem?

Helena: Eu bem disse que ela não devia ter bebido mais nada!

Mas nesse momento, a Marie caiu no chão. Todos correram para ela. O Pit e o Leon baixaram-se.

Sabrina: Ela desmaiou?

Peter: Bebeu demais, foi o que foi. - disse ele, abanando a cabeça.

Leon: Marie, acorda. - disse ele, dando-lhe palmadinhas na cara.

Mas ela não acordava.

Anne: Quando se desmaia, leva-se um tempo a recuperar.

Laura: Mas ela... não parece estar a respirar... não vêm que o peito dela não está a mexer?

Os outros olharam alarmados da Laura para a Marie. O Pit encostou o ouvido ao coração da Marie.

Pit: Não oiço nada... - disse ele, alarmado, pegando-lhe de seguida no pulso.

Todos ficaram calados durante uns segundos, em suspenso.

Pit: Ela... está morta.

Leon: M-morta?!

"Catorze pessoas confusas com a sua condição;

Uma delas é envenenada e restam treze."

Helena: Não pode ser! - disse ela, empurrando o Pit para o lado e pegando no pulso da Marie. - Oh não... é verdade.

Ninguém se atreveu a dizer mais nada por uns segundos. Estavam todos em choque.

Sabrina: Ela sofria do coração ou algo assim?

Helena: Eu não sei... Pitágoras você conhece-a há mais tempo que nós.

Pit: Que eu saiba ela não sofria de nada...

Dean: Será que foi da bebida? – perguntou ele.

Pit: Não pode ter sido. Eu bebi o mesmo que ela. - disse ele. - A bebida não tinha nada de mal.

Sabrina: Ela morreu outra vez... Deuses, desta vez não nos podem ajudar? Isto é injusto! - gritou ela, mas nada aconteceu. - Vocês não podem usar magia e parece que nem os Deuses nos ouvem aqui…

Leon: Ela morreu mesmo... outra vez...

Laura: Mas é estranho. Ninguém morre assim sem mais nem menos. Tem de haver uma explicação!

Josh: Será que alguém lhe lançou um feitiço? – perguntou ele, em modo de sugestão.

Marina: Não me parece...

A Laura baixou-se e pegou no copo que a Marie tinha segurado e que agora estava no chão. Cheirou o copo.

Laura: O copo tem um cheiro estranho. - disse ela.

Todos se aproximaram.

Anne: Então o copo tinha alguma coisa!

Sara: O que seria?

Laura: Se ela morreu assim... devia ser veneno. – concluiu ela, abanando a cabeça.

Peter: Mas quem pôs o veneno no copo? - perguntou ele.

Rick: Talvez já lá estivesse.

Helena: Então porque é que ela não morreu logo?

Laura: O veneno podia ser de actuação lenta. - explicou ela.

A Karen olhou para a Marie.

Karen: Que mal ela ter morrido... e numa ilha chamada Ilha da Morte...

E assim termina o primeiro capítulo. A Marie morreu, os outros estão vivos mas presos numa ilha. Será que vai aparecer o dono da mansão? E como é que havia veneno no copo da Marie? Isto e muito mais, no próximo capítulo! Não percam!