Levando a sério o que ela tinha dito, resolvi "raptar" a Bella esta noite. Com toda a minha família fora na caçada que antecipa a luta com os recém-nascidos, tinha de aproveitar o tempo para estar com o meu anjo. Tirando as poucas horas no seu quarto à noite, nas quais grande partes delas ela dorme, não a tenho tido só para mim. Inteiramente minha. Numa casa cheia de vampiros com uma audição ultra sensível era difícil falar-mos sobre qualquer coisa sem sermos escutados.
Já estava tudo pronto.
Ela, na sua tentativa de manter o máximo de amigos a salvo, deu o nosso presente de formatura à Ângela, Ben e Mike que supostamente iria levar a Jessica. O Charlie iria ficar com o pai do canídeo na reserva.
Apesar de eu tentar fazê-la descontrair-se e relaxar um pouco, a Bella continuava nervosa.
- Por esta noite, podemos tentar esquecer tudo o que existe para além de nós os dois? – disse eu olhando para aquela imensidão castanha que tanto me maravilha – Preciso de estar contigo. Só contigo…
Apesar de toda a ansiedade que dela emanava esse pedido pareceu acalmá-la um pouco. Se calhar a ideia de termos a casa somente para nós por esta noite também a agrade. Não Edward, tens de afastar esses pensamentos. Irias magoá-la. Podes matá-la.
Estávamos na sua pick de caminho à minha casa e por ela ter finalmente aceite algo meu deixava-me excitado. Claro que ela jamais poderá saber que irá usar um diamante verdadeiro ou seria o meu "fim". A sua aversão a jóias tornava-a mais adorável.
Quando chegámos a casa já tinha escurecido devido à reduzida velocidade a que ela conduzia levámos mais tempo a chegar do que se fosse eu ao volante. Mas por esta noite não me importava de ir à velocidade dela, simplesmente acompanhá-la e não guiá-la como normalmente faço.
Ela ainda mal tinha desligado o ruidoso motor da carrinha e já eu tinha saído do meu lugar e segurado a porta do condutor entreaberta. Com um só braço, ergui-a da cabina, tirando a sua mochila e colocando-a aos ombros. Fechei a porta com o pé esquerdo e sem conseguir resistir mais, deixei que os nossos lábios se encontrassem.
Sem os largar, coloquei-a ao colo e subi as escadas do patamar entrando em casa.
Sem separar os nossos lábios, deixei-me saborear o momento, aprofundando o beijo o suficiente para que ela sentisse a minha vontade de a ter e a minha relutância em a deixar ir. Estava entusiasmado. Ficámos assim durante vários minutos e pude sentir que ela também estava. Talvez tomasse o meu entusiasmo como um sinal de que talvez tivesse mudado de ideias. Ah minha doce Bella, se soubesses como me é difícil controlar quando estás assim tão próxima do meu corpo.
Rindo-me dos meus pensamentos, afastei os nossos lábios segurando ainda o seu corpo delicado.
