Olá a todos e a todas! Estou reatualizando esta fic, pois, lendo-a, percebi diversos erros, principalmente de digitação. Espero que continuem lendo...

Só relembrando: a maioria dos personagens que aparecem na história não são meus, mas da J.K. Rowling.

Beijos e abraços,

JuRuby

DA MORTE NÃO SEI O DIA

"Vou caminhando pra morte,
não decidi meu nascer.
Da morte não sei o dia,
Mas posso saber."

(Pedro Bandeira - livro "A marca de uma lágrima)

Capítulo 1

Sentado em uma das cadeiras do miserável Caldeirão Furado, Draco Malfoy esperava pacientemente. Olhava com certo ar de nojo para aquele lugar sujo e cheio de gente estranha e que, na maioria das vezes, eram miseráveis ao extremo, fazendo-o lembrar da cama macia e limpa com os lençóis de seda em que ele deitaria quando chegasse em sua casa, também muito limpa. Estava fora desde depois do almoço, quando saiu para caminhar e tomar alguma coisa, esperando excitante que algo acontecesse. Não iria procurar briga com qualquer um. Queria alguma missão. Fazia dias que o Mestre não lhe dava uma. Talvez, não quisesse colocá-lo em risco, pois passara pouquíssimo tempo desde que fizera algo útil, para falar a verdade, apenas duas semanas. Havia aurores demais em seu encalço no momento, mas precisava de uma distração, senão enlouqueceria!

Levou a garrafa com cerveja amanteigada aos lábios, pensando em tudo que ocorrera logo que terminara a escola há quatro anos. Conseguira um ótimo emprego no Ministério, já que seus N.I.E.M.s foram absolutamente altos, apesar de seu pai estar sendo perseguido por ser um Comensal da Morte e ele, portanto, estar sendo investigado como suposto cúmplice. Tivera que jurar não saber onde o pai se encontrava, mas sabia que era muito vigiado pelos aurores. Logo depois, numa noite durante um sonho, ele ouviu alguém lhe falando. Logo deduziu ser o Lorde das Trevas que lhe mandava uma mensagem:

"Draco. Você precisa seguir os passos de seu pai. Junte-se a mim..."

"Mas o que eu farei em sua companhia? Acabei de sair da escola e sei pouquíssimo sobre a Arte das Trevas."

"Você aprenderá rápido. Seu pai é um excelente Comensal da Morte, está no seu sangue. Aliás, você tem sede de poder, assim como eu. Daremos-nos muito bem, tenho certeza. Ensinar-lhe-ei tudo o que irá precisar saber."

"Então, irei juntar-me ao senhor como seu fiel servo..."

E no mesmo instante ele foi transportado para um cemitério. Vários Comensais da Morte, inclusive seu pais, o cercaram. Junto com ele, no centro do círculo, estava Lorde Voldemort. Ele o encarou com aqueles olhos vermelhos de cobra e um sorriso de escárnio nos lábios muito finos. A noite estava fria, mas Draco, mesmo de pijama, não sentia frio, o vento não o incomodava. Quase tudo não o incomodava. Voldemort tocou-lhe o braço esquerdo, produzindo a Marca Negra, símbolo de seus seguidores. Ele não sentiu dor alguma, apenas uma queimadura de leve, mais nada.

"Agora você é um verdadeiro Comensal da Morte." disse o Lorde soltando uma gargalhada maligna logo em seguida como se tê-lo ao seu lado mudaria tudo.

A partir daí, Draco Malfoy começou seu treinamento, vistoriado de perto pelo próprio Mestre, mostrando-lhe que possuía mais poder do que ele pensava. Já fora para várias missões envolvendo desde torturas de trouxas por pura diversão até a morte de alguns bruxos considerados perigosos ao poder das trevas. Só que até agora, seu mestre não atingira seu principal objetivo, que acabara tornando seu também logo após a prisão do seu pai naquele quinto ano em Hogwarts: matar Harry Potter e seus leais seguidores e amigos como os Weasley e a maldita trouxa que achava que era bruxa: Granger.

Terminou de tomar sua cerveja amanteigada, jogou os seus últimos sicles em cima do balcão e saiu do bar. Recebeu uma golfada de ar frio da noite que despenteou os cabelos compridos e loiros, quase brancos de tão claros, jogando-os sobre os olhos.

"Mais uma noite de ventos gelados", ele lembrou, vindo logo em sua mente aquela noite em que fora marcado com o sinal do grande Lorde. Andou sem rumo por um tempo através do Beco Diagonal com suas lojas já fechadas, retraindo a vontade de ir até a Travessa do Tranco e segurando com firmeza a varinha guardada no bolso do sobretudo negro. Entrou no Gringotes para reabastecer sua bolsa de moedas que esvaziara nessas duas semanas que não fizera nada e logo voltou para casa. Aparatou em seu quarto, que logo foi invadido por seu pai, pelo jeito, furioso:

"Onde você estava? Sua mãe estava quase morrendo de preocupação! Você sabe muito bem que ela não pode ficar nervosa. E não venha com a desculpa de que estava num dos serviços do Milorde, porque que bem sei que você não estava, visto que estive a tarde toda com ele."

Sua mãe tinha uma doença degenerativa e mal saía da cama. O estômago dela estava cada vez mais sendo corroído por uma doença trouxa chamada úlcera. Infelizmente, os bruxos não tinham remédios para isso e seu pai se recusara a levá-la a um hospital trouxa ou aceitar que um dos curandeiros fosse descobrir algum remédio para curá-la, dizendo que nada nesse mundo o faria buscar ajudas desses "seres", como ele mesmo dissera, que tanto desprezava e queria extinguir da face da Terra.

"Eu estava por aí, caminhando, já que o nosso querido Lorde não me dá nada para fazer a dias."

"Não pronuncie o nome de nosso mestre com esse tom de ironia e de desagrado!" disse Lúcio ameaçadoramente, avançando alguns passos na direção do filho.

"Tudo bem. Desculpe-me..." falou Draco da boca para fora, pois não sentia nenhum remorso pelo que dissera.

"Ótimo, então vá dormir."

E saiu do quarto. Draco deitou-se na cama, mas logo sentou de novo ao sentir a marca queimando no braço: Voldemort requisitava-o. Olhou no relógio. Já passava das dez.

"Já vou, mestre. Já vou..."