Gina Weasley, 21, tinha uma vida que muitos poderiam chamar de perfeita. Era linda, extremamente simpática e educada, tinha um ótimo emprego, uma família maravilhosa, amigos fantásticos e divertidos, muitos homens aos seus pés... Inclusive Harry Potter, ou o Menino-Que-Sobreviveu, ou O Eleito, ou O-Homem-Que-Derrotou-Você-Sabe-Quem, ou qualquer outro título.
Gina tinha apenas quatro motivos para não se suicidar: o primeiro por causa de seus lindos sobrinhos, o segundo por causa de sua linda cadela, a Prit (ela não faz idéia de onde estava com a cabeça quando deu esse nome para ela), o terceiro porque várias pessoas gostam dela e não queria ver ninguém triste, e o quarto, o mais importante de todos, porque não tinha nenhum motivo especial para se suicidar, à não ser a vontade de usar uma maldição imperdoável e a curiosidade em saber como era morrer.
Draco Malfoy, 22, era uma pessoa popularmente conhecida como infeliz. Mas ele desconsiderava essa possibilidade. Ele tinha dinheiro, era puro-sangue, bonito. Mas por outro lado, à exceção de sua mãe, sua família, agora em Azkaban, odiava-o, depois que traiu Voldemort contando todos os seus segredos para Harry Potter. Ele não estava nem aí pra família ingrata dele. Voldemort estava ficando muito chato, então fez o que achava que seria melhor para ele. Não tinha amigos, mas também não sentia falta, pois odiava conversar sobre coisas que não fossem negócios, e quase todos da comunidade bruxa odiava-o, mas ele estava pouco se lixando, só pensava em si mesmo e em sua cadela de estimação, a Bo.
Pela ironia do destino, num dos raros ensolarados domingo, os dois se encontraram. Gina estava sentada em um banco olhando sua sobrinha, Melissa, filha de Rony e Luna, brincando com uma borboleta, em um parque ao lado da casa do irmão, em Hogsmeade. Draco estava voltando de sua compra mensal de ração para a sua cadela.
Gina viu um loiro lindo andando distraído, contemplando o nada, com uma sacola de rações da mesma marca que ela costumava comprar. Era uma ração pouco conhecida, que apesar disso, na opinião de Gina era a melhor. Sem reparar direito no que estava fazendo, sorriu para o loiro lindo.
Draco esta andando, distraído, quando viu uma mulher, ruiva, muito bonita. Tentando se lembrar da última vez que agarrou uma ruiva, foi andando em direção à ela, afim de um pouco de diverção.
-Eu não te conheço de algum lugar?-perguntou, sem se preocupar que estava mais do que na cara que não fazia a mínima idéia de quem era ela.
-Não sei.- Gina respondeu com um outro sorriso, que ele retribuiu, ao sentar-se ao seu lado.
-Bem, agora, da próxima vez que nos vermos, pode responder que sim. Quer tomar alguma coisa?
-Ah, eu estou cuid...-mas foi poupada de explicar sua situação quando uma garotinha ruiva, que aparentava uns 4 anos veio correndo na sua direção, com uma borboleta nas mãos fechadas em formato de concha.
-Olha, eu peguei! Tia, eu peguei!- A menina abriu a mão feliz, deixando a borboleta voar.- Ah... foi embora...
Gina convocou a borboleta e prendeu-a por meio de um feitiço na garota, para que a borboleta ficasse sempre voando ao seu redor. Ela olhou para o homem ao seu lado, que não conseguiu disfarçar uma cara de nojo. Draco odiava crianças. Gina achou que o problema fosse a borboleta, e não sua linda sobrinha. Não havia como não gostar dela. Resolveu deixar a menina em casa e se divertir um pouco com esse loiro lindo, já que hoje não tinha nada para fazer.
-Claro. Pode me esperar aqui um pouquinho? Vou levar ela para casa, e estou de volta em um instante.- virou-se para a sua sobrinha e disse - Olha, Melissa, vou te levar para casa. Já está passando da hora. Gina pegou na mão de sua sobrinha, e conduziu-a para os seus pais. Voltou em um minuto.
-Eh... ela era a sua filha?-perguntou Draco. Não queria sair com uma mulher que tivesse hora pra voltar por causa de uma criança.
-Ah, não. Quem dera. Ela é a minha sobrinha. Vamos?- Gina, apesar de nem saber o nome do homem, puxou-o pela mão, em direção da ao Três Vassouras. Estava um pouco cheio.
Sentaram-se à mesa. Se olharam durantes alguns segundos. Pediram duas cervejas amanteigadas. Era a primeira vez, em todos os encontros de Draco, que não sabia o que falar. Estava encantado com a beleza da ruiva a sua frente, que procurava alguma coisa na sua bolsa, com um sorriso que parecia nunca abandonar. Ia perguntar onde morava, quando se lembrou que nem sabia o nome da mulher com quem estava saindo.
-Então, qual o seu nome? O meu é Draco Malfoy.
Gina derrepente desistiu de procurar sua poção anticoncepcional(N/A: nossa, que rápida.) para encarar aquele cara, que a alguns segundos era o loiro lindo, que dizia ser Draco Malfoy, o último homem com quem gostaria de sair. 'Mas que droga, porque esse cara tão lindo tem que ser o Draco Malfoy? De tooooooodas as pessoas que ele poderia ser?'
Gina estava pensando se deveria dizer o nome dela mesmo assim, afinal de contas só queria uma noite com ele, mas concluiu que ele iria espancar ela se falasse que era uma Weasley.
Decidiu que não iria falar o seu nome. Inventou um.
-Marissa Roberts.
Draco pensou por um momento, e certa de que ele iria perguntar alguma coisa sobre o parentesco dessa tal Marissa Roberts, que ela duvidava que existia, perguntou, apressada:
-Então, você mora aqui em Hogsmeade?
-Ah, não, eu moro em Londres. Estou aqui só pra comprar a ração do meu cachorro.- Draco disse, sorrindo, apontando com o queixo para a sacola que estava na cadeira ao seu lado.- Só vende aqui em Hogsmeade. Nem no Beco Diagonal...
-Sério? Você vem aqui só pra comprar ração para o seu cachorro? Bem, eu também vou naquela loja de nome complicado só pra comprar ração, mas eu moro ali do lado...
-Eu não confio em ninguém a ponto de deixar comprar a ração do meu cachorro.- Draco se defendeu
Os dois passaram o resto da tarde conversando. Gina, com o seu bom-humor, ria de tudo o que Draco falava, e Draco, contagiado pela alegria da ruiva, ria junto. Falaram sobre muitas coisas, inclusive cachorros. Gina estava começando a gostar muito dele. Nem sabia como era possível que aquele loiro lindo era Draco Malfoy, aquele cara pentelho do tempo de escola. Ele amadureceu tanto! Ah, mas é claro, qual foi a última vez que eu vi ele?´
Já estava escurecendo, quando Gina falou que iria embora, esperando ele chamá-la para ir na casa dele, com qualquer desculpa. Draco abriu a boca pra falar alguma coisa, mas mudou de idéia antes de emitir qualquer som.
-Você... quer sair um dia desses? Tem um restaurante muito bom em Londres.-Draco falou, sem fazer idéia do porque não puxava-a para um canto escuro e aparatava para sua casa.
-Ã... quero. Passa na minha casa? É uma roxinha, depois do Cabeça de Javali. Amanhã as 9? Daí o restaurante já vai estar um pouco mais vazio.- Gina arrependeu-se no momento em que deixou essas palavras saírem de sua boca: e se depois ele descobrisse a quem realmente pertencia a casa?
-Eu tô hospedada lá, enquanto a minha casa está em reforma, é a casa da minha amiga.
-Claro. Então... tá. Até amanhã.-
Despediram-se e Draco foi embora.
Gina ficou pasma quando ele foi embora sem nem ao menos beijá-la. Será que ele não tinha gostado dela? Porque pelo que ela sabia, ele nem ao menos conversaria com ela. Mas gostava da idéia de terem passado a tarde inteira conversando. Ela sabia que com nenhuma outra deveria ter sido assim. Gostava de ter sido diferente. Quer dizer, não precisava ser diferente. Só queria uma noite com ele. Gina voltou pra casa andando, pensando sobre Draco.
Já eram quase 8 horas e Gina estava com um estranho frio na barriga que nunca sentira antes de nenhum encontro. Talvez porque costumava odiar o seu ficante. Estava se arrumando já à 3 horas, e estava bem cansada. Vestia um vestido preto um pouco decotado, que apesar de ser simples, chamava a atenção por causa do contraste com o cabelo, preso em um simples e elegante coque na nuca. Estava muito linda. A campainha tocou. Gina arrumou a casa com um feitiço, deu uma última olhada no espelho e foi correndo pra abrir a porta.
-Oi Draco! - cumprimentou ela, com um sorriso de orelha à orelha, encantador, como sempre.
-Oi Marissa. Posso entrar? - perguntou ele, dando uma espiadinha pra dentro.
-Claro! - Gina respondeu, desbloqueando o caminho.
Gina morava sozinha. Se é que podia chamar aquilo de morar. Passava quase o dia inteiro fora de casa. E se é que aquilo podia ser chamado de sozinha. Nas poucas horas que ficava em casa, estava sempre acompanhada por um de seus amigos.
Draco admirou a casa por uns instantes, era muito aconchegante. Mudou de idéia sobre o restaurante.
-Sabe, Marissa, acho que a gente devia ficar aqui. O restaurante deve tar cheio, e eu sei fazer ovo mexido...- Draco não tinha segundas intenções. Realmente gostara da casa, o que estava falando era verdade.
Gina alargou o seu sorriso. - Sim, claro.
Os dois foram até a cozinha, e fizeram omelete. Era um jantar bem simples, mas Gina reparou que Draco realmente tinha jeito com ovos. Era a melhor omelete que já havia comido em sua vida. Depois do jantar, que para uma simples omelete levou muito tempo, sentaram-se no sofá.
-Hmmm... Quer alguma bebida?
-Quero.-Mas Draco agitou a varinha antes de Gina e conjurou uma garrafa do melhor champagne e duas taças.
-Ou, que é isso? Na minha casa, você é quem conjura as bebidas?-falou Gina ironicamente.
Draco encostou a cabeça na almofada, e ficou olhando Gina servir o champagne para os dois. Uma mecha mal-presa caiu cobrindo os seus olhos verdes. Draco, que queria continuar a observar aqueles olhos encantadores, levantou-se e tirou a mecha dos seus olhos. Gina olhou-o. Seus rostos estavam a menos que um palmo de distância. Draco pôs a mão na nuca de Gina, que virou um pouco o rosto e beijou-o.
Gina sentia o calor dos lábios e da língua de Draco. Só isso. Não tinha mais consciência de nada. Só de uma dorzinha insignificante no seu pescoço.
Draco sentia a mão de Marissa (ou Gina?) nas suas costas. Olhou para o chão, sem desgrudar os lábios dos de Marissa (ou Gina?). Tinha champagne e cacos de vidro espalhados por todo o chão. Mas Draco estava pouco se lixando. Tudo o que importava era aquela boca delicada, que incrivelmente estava colada à sua. Draco derrepente reparou que a posição não deveria estar agradável para Marissa (ou Gina?), e deitou-a no sofá, indo por cima dela, parando um pouco o beijo para respirar melhor. Draco não deitou literalmente em cima dela, sabia que era um pouco pesado demais, e afundando o rosto no pescoço dela, inalando aquele perfume floral.
Continua...
N/A: imaginem o resto! XP
Essa é a minha primeira fic, dêem um desconto. Esse primeiro cap. tá meio ruim, vai melhorar com o tempo... hehe.
Eu tô achando muito divertido escrever essa fic, e espero que quem ler goste!
Qualquer erro de distração ou ortografia me perdoem, apesar de eu duvidar que tenha algum, reli umas mil vezes.
Bem, como qualquer autora, peço reviews, elogiando ou criticando, será bem-vinda. Quanto mais reviews, mais caps! Já escrevi até o terceiro...
, Gi
