Dark Side of the Moon

Capítulo 01 – Chegada na mansão Asakura.

Era uma manhã de primavera em Izumo. O jardim da mansão Asakura parecia um espetáculo de cores e aromas. As mais diversas e belas flores haviam brotado para prenunciar a beleza e riqueza daquela estação. Faltavam alguns meses para a última fase do Shaman Fight. Onde e como seriam os combates, era totalmente um mistério para os shamans classificados. Até l�, eles poderiam aproveitar para descansar ou mesmo, treinar.

Yoh Asakura havia convidado seus amigos para se hospedarem na mansão Asakura. L�, haveria espaço mais que suficiente para todos se entreterem ou treinarem; e Yoh queria ficar perto de sua família antes das últimas batalhas. Keiko e Yohmei resolveram adiar seus compromissos pendentes para receberem os shamans que chegariam àquela tarde. Até mesmo Kino deixara suas discípulas nas gélidas montanhas de Osorezan para estar presente em Izumo.

Apenas Manta e Faust chegaram com Yoh, Anna e Tamao aquela tarde na mansão Asakura. Os outros shamans iriam aproveitar o tempo que lhes restava antes das últimas batalhas para ficarem com seus familiares ou conhecidos. Todos foram muito bem recebidos pelos familiares de Yoh. Tamao fora encarregada de levar os hóspedes, Manta e Faust, para seus quartos. Kino mandara sua discípula Anna acompanhá-la até a biblioteca, pois ela precisava falar-lhe. Enquanto isso, Yoh ficara conversando com sua mãe e seu avô.

- Você tem que ser muito forte, Yoh... Diz Yohmei, com uma expressão séria.

­- Não se preocupe, vovô. A Anna disse que vai me treinar...

- Seu avô não está se referindo ao Shaman Fight, Yoh. Interrompe Keiko.

Yoh coça a cabeça e pergunta:

- Do que vocês estão falando?

- Muitas coisas ainda estão para acontecer antes da última fase do Shaman Fight. E você tem que ser forte para superá-las. Por você... E por ela... Responde Keiko.

- Por ela quem? Eu não estou entendendo o que você quer dizer, mamãe. Diz Yoh, com uma expressão confusa.

- Não importa. Diz Yohmei. – Quando chegar a hora certa, você entenderá. E não nos decepcione, menino.

- T-T�, vovô. Diz Yoh, mais confuso do que nunca. Mas, ele resolve apenas deixar as coisas acontecerem ao seu tempo. Seja lá o que for, para tudo se tem um jeito.


- Anna... O passado é algo do qual não podemos fugir. O futuro é refletido por nossas ações no passado. E é chegada uma hora que o passado precisa ser enfrentado, para que possamos construir um futuro. Diz Kino.

- Então, toda a teoria do "Carpe Diem" está sendo jogada no lixo com suas palavras... Torna a itako.

- O "Carpe Diem" somente é válido quando não há rombo no passado. E, no seu caso, está chegando a hora que terá que enfrentar o seu passado. Diz a velha itako.

- O meu passado... É tão misterioso quanto a Lua Nova. É uma escuridão total, em busca de uma luz que demora a chegar. Para mim, essa luz ainda não chegou. Diz Anna.

- Haverá o tempo que sua vida se tornará como uma Lua Crescente. Poderá alcançar a plenitude da Lua Cheia, ou a mortalha da Lua Negra. Só depende de você, Kyouyama Anna. Torna Kino, deixando o recinto e a sua discípula com seus próprios pensamentos.


Yoh encontrou-se com Manta e os dois amigos resolveram ir conversar um pouco no jardim. O garoto com fones de ouvido sentou-se no chão, encostado em uma árvore; e o pequeno sentou-se num banco perto de seu amigo. Ambos ficaram durante algum tempo em silêncio: Yoh apenas sentia a leve brisa da primavera, e Manta estava pensando, um pouco preocupado.

Apesar de terem sido recebidos muito bem pela família Asakura, Manta sentia o pesado clima que abatia aquela mansão. Ele sabia que havia algo de errado. Então, resolveu quebrar o silêncio:

- Yoh... Tem algo de estranho acontecendo...

Yoh olha para seu amigo primeiramente sério, mas logo seu habitual sorriso invade a sua face:

- Não se preocupe, Manta. Seja lá o que for, para tudo se tem um jeito.

Manta dá um longo suspiro, antes de falar a seu amigo:

- Eu te invejo, Yoh. Você está sempre calmo. Nada te afeta. Mas, eu não posso deixar de ficar preocupado.

- Relaxa, Manta.

- Como você me pede pra relaxar? Eu senti a tensão que está nessa casa. Se não está acontecendo algo agora, logo vai acontecer. Eu não posso deixar de imaginar o pior. E se for algo com o Hao? Porque o Hao é capaz... Dizia Manta, mas logo foi interrompido por Yoh.

- O Hao não fará nada.

- Não sei como você pode ter tanta certeza...

Yoh resolve mudar de assunto, para ver se seu amigo fica mais relaxado:

- Manta, eu pensei que você iria querer visitar a sua família em vez de vir comigo...

- Ahn... Pra dizer a verdade, Yoh, eu não sinto falta de casa... Até eu conhecer você, a minha vida era cheia de rotina e monótona. Por isso, eu quis vir com você. Não quero perder um segundo a expectativa do Shaman Fight... E... Eu vim com você porque você é meu amigo! Diz o pequeno, com um brilho nos olhos ao pronunciar a palavra "amigo".

- Fico muito feliz que tenha vindo, Manta. Diz Yoh, sorrindo feliz da vida. Afinal, Manta fora o primeiro amigo verdadeiro que ele tivera... E ele ficava realmente feliz de ter um amigo que nem o pequeno.


Anna refletira sobre as palavras de sua mestra, Kino Asakura. A expectativa de enfrentar o seu passado lhe dava medo, mas também havia esperança. Ela não sabia por que a simples menção da palavra "passado" trazia uma imensa angústia e dor em seu coração. Para ela, o passado era um total mistério, e ela tinha entendido que além de desvendá-lo, teria que enfrentá-lo... Para que pudesse construir o seu futuro.

A itako olha pela janela da biblioteca e vê Yoh e Manta conversando alegremente no jardim. Ela invejava Manta. Invejava a proximidade que o pequeno tinha de Yoh. Ela jamais conseguira que o jovem se mostrasse tão feliz e contente com a sua presença ao lado dele. Como Anna queria ter uma relação mais próxima e mais funda com Yoh...

Anna resolve ir até o jardim e aproxima-se dos dois amigos. Manta percebe que a itako se dirige até eles e dá uma desculpa para poder se retirar. Afinal, ele queria deixar Yoh e Anna a sós, pois já estava mais do que na hora dos dois criarem um relacionamento mais profundo. O pequeno sabia que ambos tinham sentimento um pelo outro, e quem sabe era o momento para os dois se entenderem.

Anna senta-se no banco que o pequeno estava e olha para o Yoh. "Tão puro, tão inocente, tão cheio de vida... E tão diferente de mim... Como eu queria que o abismo que nos separa sumisse... E que nós pudéssemos ser felizes... Juntos...", pensava a itako.

- Anna... Quer dar uma volta comigo? Pergunta Yoh, meio apreensivo.

­- O quê? Torna a itako.

- É que... Aqui tem muita gente e... Eu estava pensando... A praia perto do farol... L�, a gente pode conversar melhor... Diz o garoto, meio nervoso.

- T�! Vamos... Diz Anna, ganhando um sorriso do garoto.

E os dois caminham lentamente até a praia deserta que fica perto do farol de Izumo.


Notas da autora

Ufa, finalmente consegui escrever o primeiro capítulo do meu fanfic novo...

Eu já tenho quase toda a idéia de como ele vai ser...

É UA – Universo Alternativo... Por enquanto não dá para saber o porque, mas mais para frente será bem claro o porque do UA...

Bom, eu adorei a idéia que eu tive pra esse fanfic... Acho que vai ficar bem legal. Espero que vcs gostem!

Deixem reviews! É muito importante para mim saber o que vcs estão achando do meu fic. Qualquer dúvida, ou sugestão, e até reclamação, é só falar!

Por enquanto é só, até o próximo capítulo:)