Disclaimer:
. Bleach continua não me pertencendo... Mas a esperança é a última que morre!
. AU, com alguns casais, o central é Ichigo & Rukia, mas também terão outros...
. A noção de tempo está um pouco confusa... Mas, para deixar claro, ele avança e volta ao meu bel-prazer. XDDD Quem precisar de esclarecimentos deixe uma review chantagem?...
. Boa leitura.
EDITADO: Fui dar uma olhada nas fics antigas e vi como Obrigação estava impossível de ler! O site ignorou a separação entre as cenas... Então tive que repostar a fic (que eu espero mesmo terminar algum dia!)
( Kimisa Hanagiri)
Capítulo 1
Sangue...Escorrendo...Lágrimas...escorrem por meu rosto...lábios...manchados com...sangue...meu maior desejo...não o era.
Aquele era um país pequeno, controlado por treze capitães. Além deles, ainda tinham tenentes e nobres que ajudam nas decisões e cuidados com as cidades. O povo respeita estes homens, e embora alguns sejam temidos a maioria serve conforme as leis. É um país pacífico, um bom lugar para se viver, apesar das exceções. Existem criminosos e cidades muito violentas onde nem mesmo os shinigamis, como são chamados os integrantes dos esquadrões, têm poder.
Numa dessas cidades Rukia nasceu. Seus pais morreram e sua irmã a abandonou. Durante muito tempo foi sozinha, tentando sobreviver nas perigosas ruas daquela cidade. Um dia viu crianças roubando água de um comerciante, o homem ia alcançá-las quando ela interveio e os salvou. Foi nesse incidente que o conheceu, Renji Abarai. Os dois crescem e partem para outra cidade, a capital. Lá o garoto vê uma escola.
O trabalho mais prestigiado daquele país, servir como shinigami. Naquela escola ensinava-se a lutar, com diversas armas, e se aprendia também a usar seu poder espiritual. Para ser shinigami era preciso entrar na escola, e para isso era necessário ser aprovado.
Os amigos, encantados com aquela construção, e pensando em finalmente viver bem, resolvem tentar entrar para a escola de shinigamis. Para surpresa de ambos eles passam.
Os Kurosaki eram uma família nobre, assim era necessário que vivessem de acordo com as leis e regras da sociedade. O futuro herdeiro daquela família era Ichigo. Seu pai era rei, mas não o seria para sempre. O garoto ainda tinha duas irmãs mais novas. A rainha, sua mãe, falecera anos atrás, mesmo assim seu pai nunca casara novamente. Masaki era a única para ele, era o que dizia à família quando lhe propunham novas mulheres.
O casamento de Isshin e Masaki não era correto, ela não era uma nobre e ele já estava destinado a se casar com outra mulher. Isshin desistira de tudo por ela, seria deserdado, mas seu pai não permitiu, ao fim aceitando o casamento deles mesmo sobre protesto de outros familiares.
Ichigo cresceu aprendendo as artes de um shinigami. Aprendendo a lutar, se defender e controlar seu poder, que era grande para alguém de sua idade. Seu professor já fora um grande shinigami, um capitão. Seu nome era Kisuke Urahara, fora contratado especialmente pela família para proteger o castelo e cuidar do aprendizado de Ichigo. Também treinava com ele a filha de um servente, que desde pequena era sua amiga. Não tendo um poder espiritual muito desenvolvido ela era mais habilidosa em lutas com mãos livres. Porém Tatsuki Arisawa fora para outro reino ser dama de companhia e protetora de uma princesa.
- Ichigo! – o rei chama seu filho, quando o avista pula em sua direção, mas é parado por um soco.
- Você é um rei! Tente ficar sério! – responde o jovem de cabelos laranja. – O que quer, afinal?
- Quero que conheça a herdeira da família Inoue, da cidade vizinha. A senhorita Orihime.
- Não quero. Prefiro treinar. – ele responde, andando em direção as árvores do jardim.
- Você vai! – dizendo isso soca o filho e o arrasta para dentro.
Depois de se trocar ele desce as escadas e segue para onde estão seu pai, irmãs e convidados. Entra na sala e, para seu espanto, ao lado de uma moça de longos cabelos castanhos está sua amiga, Tatsuki.
- O-O que você faz aqui? – ele grita apontando a garota.
- Eu sou a dama de companhia de Orihime-sama! – ela responde calmamente com um largo sorriso no rosto. Mesmo depois de alguns anos ele não mudara.
Além de Tatsuki, mais duas pessoas acompanhavam a princesa, um homem alto, com cabelos castanhos que lhe cobriam os olhos, o outro, mais baixo, com cabelos pretos e um lenço sobre a cabeça.
- Inoue-san ficará aqui durante algum tempo, talvez algumas semanas. – diz Isshin.
- Que bom! Inoue-san mostraremos todo o castelo e a cidade à senhorita! – sorriu Yuzu. Karin apenas concordou com a cabeça.
- Fico muito feliz! Obrigada pela hospitalidade! – Orihime também sorriu, olhando de relance para Ichigo, que continuava em pé, alheio à conversa.
- Pedirei que arrumem seus quartos então. – dizendo isso Isshin se levanta, saindo da sala.
- Quando quiser conhecer o castelo é só nos avisar Inoue-san! – Yuzu sai atrás de seu pai, arrastando sua irmã.
- Veremos nossos cômodos agora, sim? – comenta Tatsuki se aproximando da garota e fazendo gestos para que os dois homens a acompanhassem. – Vamos, Chad, Ganjyu!
Os dois seguem-na, se retirando da sala também. Assim ficam apenas Ichigo e Orihime.
- E-Eu fico muito feliz de estar aqui! Poder conhecer seu castelo e visitar outra cidade... – ela olhava para suas mãos que descansavam sobre sua perna.
- Uhn... – Ichigo responde, sem prestar muita atenção. Preferia estar em outro lugar agora, de preferência desafiando seu professor. Algum dia arrancaria aquele chapéu estúpido dele.
Um silêncio permaneceu na sala, nenhum dos dois falou nada. A princesa já estava incomodada, mas não pensava em algo para conversar com ele.
Já haviam passado alguns anos desde a aprovação dos dois, entraram em diferentes esquadrões, por mérito próprio. Renji entrara no 11º, mas fora promovido, agora era tenente do 6º. Já Rukia permanecera no 13º esquadrão. Não por falta de talento, mas não tinha vontade de lutar por um posto mais alto.
Ela estava feliz ao lado de seu capitão. Além dos outros shinigamis de seu esquadrão. Seu tenente a chama para conversar, eles se dirigiram a uma sala.
- Kaien-dono... O que houve? – expressava curiosidade e tinha um certo brilho nos olhos.
- Rukia-chan, não se preocupe! O capitão só precisava lhe contar a novidade... – ele sorriu, passando uma mão sobre a cabeça dela.
- Kaien, Rukia. – Ukitate entrou na sala, sério. - Bem, preciso lhe contar, você foi escolhida para uma missão. Protegerá o herdeiro da família Kurosaki.
- M-Mas então irei para outra cidade, Taichou? – ela pergunta, um pouco espantada.
- Sim, mas se precisar de qualquer coisa basta nos avisar. – ele responde calmamente. – Partirá depois de amanhã, está bem?
- E-Eu... Sim Taichou! – ela fez uma reverência e dirigiu-se à saída.
Rukia caminhou pelos jardins um pouco, precisava pensar. "Outra cidade... Faz muito tempo que não saio daqui... Desde que vim para esse esquadrão. Preciso contar ao Renji. E... quanto tempo ficarei lá? Não quero ficar longe de Kaien-dono." O último pensamento a fizera corar levemente.
- Rukia? – era ele, foi até onde a garota estava e sentou-se na grama, ao lado dela.
- Fukutaichou? – ela o olhou, ele a puxou pelo pulso para sentar ao seu lado.
- Você está preparada para ir? – ele não a encarava, olhava para frente, fitando as árvores.
- Sim, estou. – ela foi firme e séria. – Preciso aceitar minha tarefa e cumpri-la.
- Sei... Só não esqueça que eu estarei aqui, sempre que precisar. – Kaien se vira e sorri para a garota, que fica vermelha.
- AHHH! Fukutaichou! Desse jeito a Rukia-chan vai ficar apaixonada! – Kiyone falava alto, rindo. Ao seu lado Sentarou se jogava no chão, gargalhando. Os dois haviam pulado de trás das moitas.
- AHHHHH! – gritaram em uníssono Rukia e Kaien.
- Vão embora daqui seus bêbados! – Kaien gritou, irritado.
Ela caminhou silenciosamente até a frente do 6º esquadrão, já avisara Renji de que o encontraria lá, mas ele deveria ter se esquecido. Pelo país ser pequeno, as cidades eram bem próximas então foi rápido chegar à cidade onde estava seu amigo.
A garota respirou fundo e entrou na grande construção. Por também ser uma shinigami não foi barrada, apenas pediram que especificasse o motivo da visita, depois de explicar ela passou por uma porta, andando em busca dele. Caminhava por diferentes corredores, perguntando às vezes sobre o tenente. Ninguém respondeu direito, provavelmente Abarai não ficava muito tempo no mesmo lugar.
Continua andando, mas avista o rapaz de cabelos vermelhos e pára um instante. Caminha até ele, que levava alguns papéis.
- Que sobrancelhas estranhas, Fukutaichou! – ela bateu de leve nas costas dele, lhe dando um pequeno susto.
- Ah! Rukia? O que está fazendo aqui? Não viria só amanhã? – ele vira para ela, ainda equilibrando a papelada. – Como assim sobrancelhas estranhas?
- Eu avisei a data! Amanhã eu vou embora... você confundiu os dias! – ela ainda ria divertida pelos erros do amigo. – E você ouviu bem sobre as sobrancelhas...
- Bem, então vou deixar isso na minha sala, aproveitamos e conversamos lá... Daí você me explica direito essa história de ir embora.
Os dois seguiram para o escritório dele, onde sentaram e conversaram. Fazia tempos que não se encontravam, aproveitaram para falar de tudo que acontecera desde a separação quando cada um foi para seu esquadrão. Ao fim, Rukia explicou sobre sua nova missão.
- Virou babá, então? Provavelmente vai ser uma criancinha mimada! – Renji ria dela, deixando-a brava.
- Pare de rir! – ele parou, depois de levar socos na cabeça. – Duvido que seja assim, ele é o futuro herdeiro, mas não deve ser uma criança...
- Hunf! É... Mas você sabe quando volta?
- Na verdade não... Talvez quando não precisarem mais de mim. – ela ficou pensativa.
- Essa cidade é bem longe daqui...
- É, mas duvido que sejam mais que dois dias de viagem.
- Como assim? – Ele se irritou, no que seu pai estava pensando... – Eu não quero nenhum guarda-costas!
- É melhor assim Ichigo, e duvido que vá mudar alguma coisa. Além do que eles já devem tê-lo enviado. – Isshin continuava sério, bem se esforçava o máximo para isso.
- Você fez só para me irritar, né velho?
- Também... Mas é melhor que tenha segurança, bem pelo menos enquanto seu primo estiver por aqui.
- O que? Ele vem? Por que dessa vez? – essa não seria uma semana fácil.
- Bem... Não sei ao certo... Parece que a família acha bom ele passar uns tempos por aqui. – Isshin respondeu, pensativo.
O primo de Ichigo morava em outro castelo naquelas redondezas, também era da nobre família Kurosaki, mas não era seu pai quem era rei. Incrivelmente parecido com Ichigo, a diferença era pouca, na cor dos cabelos que eram brancos e a pele, mais pálida. Se, por qualquer motivo, Ichigo não assumisse o trono, Kagerou o faria.
Ichigo nunca gostara muito dele, desde pequeno sempre sentia aqueles olhos sobre si, além da estranha similaridade entre eles. Mas se era inevitável, ao menos passaria grande parte do dia treinando, longe de todos.
- Estou indo agora, Taichou! – Rukia se inclinou saindo em seguida da sala onde estava seu capitão, Kiyone e Sentarou. – "Eu queria me despedir do Kaien também, mas parece que ele não virá..."
Ela continuou andando em direção ao portão, mas antes de sair alguém segurou seu pulso, virando-a. Ela sentiu um perfume bom e sorriu quando viu as flores na mão de seu superior.
- Tchau Rukia! Aproveite seu tempo lá. – Kaien sorriu também, estendendo as flores para ela, que ficou corada. – Miyako achou que eu deveria trazer alguma coisa para você.
- Sim, obrigada... Adeus Kaien-dono. – entristeceu-se, tinha as flores em mão quando entrou na carruagem.
Miyako era a noiva de Kaien, ele a pedira em casamento a alguns dias. Rukia agora pensava nisso enquanto se dirigia à nova cidade. A carruagem era bem simples, de madeira, e balançava muito, ainda assim a shinigami adormeceu com as flores em seu colo.
.Tsudzuku.
. Continua... \o/
. ...Em breve! XDD
. Reviews? Adoraria! Mas publicarei até o final, com ou sem elas!
. Para quem não percebeu...O primo do Ichigo seria o Hollow dele...Kagerou foi um nome de última hora...Sou péssima para planejamentos... u.u
. Taichou – capitão; Fukutaichou – tenente; Acho que quem assiste Bleach sabe, mesmo assim...aí está!
. Até o próximo capítulo.
