Oi genteeee! Minha primeira fic do 5D'S e eu acho que a única em português aqui. xD Ela é sobre o que acontece depois de todo mundo ter abandonado Neo Domino City então contém spoilers para quem não chegou até o final do anime. Ela também é basicamente cheia de AkixYusei, CarlyxJack, SherryxBruno e CrowxOC. Deixem review please. Obrigada!
Capítulo 1 - Reunion
" Ninguém tem um sorriso mais lindo que o seu no mundo. "
Essa com certeza era a frase mais marcante de toda a sua vida. E por causa dela, Aki estava lá, a poucos quilômetros de entrar no território de Neo Domino City que não via a alguns anos. Quatro torturosos e intermináveis anos. Claro que foi para um bem maior. No entanto, ela não conseguira esquecer nada do que tinha vivido naquele lugar e sua última visita a Yusei antes de partir, ainda era tão clara em sua memória que ela sabia que teria de voltar e enfrentar de uma vez por todas aqueles sentimentos que a perseguem desde a Fortune Cup. Ela deu um sorriso discreto enquanto acelerava em sua D-Wheel vermelho-sangue, que era outra preciosa lembrança de seus amigos. Aki nunca esqueceria o dia em que, decidida, resolveu tornar-se uma D-Wheeler para que pudesse compreender os sentimentos de Yusei. E ele tão gentilmente fez para ela a D-Wheel que tanto sonhava, além de ajudá-la tanto com as habilidades práticas. Um dos momentos os quais ela desejava profundamente poder voltar no tempo e viver novamente foi o dia em que Yusei resolveu ensiná-la a como rodar a D-Wheel 180 graus para que ela pudesse analisar o estado do adversário. E notando as dificuldades de Aki, ele levou-a para patinar. Foi um dos dias mais divertidos de sua vida. E também um dos mais significativos.
Só estava faltando ela naquela cidade. Todos já haviam voltado. Ela não tinha certeza do porquê de ter demorado tanto mas não importava. Tudo o que importava agora era que ela teria de acertar as contas. De uma vez por todas. Aki atravessou o arco e adentrou sem hesitar na cidade. Em questão de minutos estava de volta à casa de seus pais. Tirou o capacete e olhou para a mansão onde crescera. Tinha tantas memórias ruins daquele lugar. Mas ele tinha ajudado ela a esquecer esse passado terrível e a contruir uma coleção de memórias felizes e preciosas naquele lugar. Poucos segundos depois, tendo ouvido o barulho do motor da D-Wheel de Aki, Sra. Izayoi disparava pela casa, atravessando a porta escancarada e praticamente pulando em cima da filha.
- Aki! Aki! Você voltou! Finalmente minha filha! Eu estava morrendo de saudades. - Ela disse enquanto abraçava-a fortemente. Forte até demais.
- Mãaaaae! Está me esmagando! - Aki sorriu contente enquanto retribuia ao abraço. - Mas olhe, se me soltar com calma, podemos almoçar juntas e eu conto à você tudo que passei lá fora, combinado?
Ela finalmente estava em casa. Esse sentimento de lar... Aki esperava nunca mais ter de abandoná-lo. Então ela pegou suas malas, habilidosamente presas no D-Wheel, e correu para seu antigo quarto, deixando suas coisas lá, e em seguida, indo almoçar com sua mãe. Ela queria fazer uma surpresa à Yusei. Fez sua mãe prometer que não contaria à ninguém que ela havia chegado mais cedo do que o previsto. Depois de comer bastante, já que a comida caseira não era um luxo que ela podia obter estudando fora, e ter passado horas conversando com sua mãe e seu pai, que chegara logo em seguida animadíssimo com a volta da filha, ela subiu para o seu quarto trocar de roupa. Já estava de noite. E que noite. O céu, em um tom anil, deixava com que uma leve brisa tocasse sua pele, fazendo-a estremecer de frio por um momento. Estava fechando a porta de casa e indo ao encontro de sua D-Wheel. Olhou por um momento para sua Bloody Kiss. Vermelho sangue. Yusei havia feito para ela. E apenas por sentir aquela noite, tão semelhante a sua última noite aqui, e por observar aquele presente que ela nunca fora capaz de retribuir à altura, Aki sentiu-se nostálgica a ponto de paralizar-se sem saber o que fazer. Será que ela deveria ir agora mesmo?
Havia uma coisa que a perturbava desde a sua saída da universidade. Ela não sabia se ele estava em algum relacionamento. Certo, não era algo que ela queria, obviamente. Mas ela deveria saber. Por mais que doa saber, ela precisava. E encararia a verdade de cabeça erguida. Por mais que ele não pudesse ser o seu namorado, aquele com quem ela amaria passar o resto de seus dias, ainda era seu melhor amigo, certo? Os laços, aqueles que ele contruiu com ela, mesmo que no início ela não quisesse, permanecerão para sempre, e nenhuma garota, por mais bonita, inteligente e encantadora que fosse, poderia tirar isso de Aki. Ela balançou seus cabelos ruivos em resposta a essas dúvidas. O que é isso? Cadê o positivismo? Eles se falavam mesmo que distantes. Se Yusei tivesse alguma namorada, ele diria, não? Aki subiu em sua D-Wheel e deu partida, seguindo rumo para a garagem de Zora. Constantemente, Aki o perturbava de brincadeira. "Ainda está morando aí, é?" ela perguntava retoricamente algumas vezes. Mas, de certa forma, ela não poderia imaginá-lo vivendo em outro lugar.
Não custou para que chegasse. Não havia tráfego pesado e a noite estava mais do que agradável para andar em sua moto. Parou em frente ao portão de metal que cobria e protegia aquele local. Obviamente, alguém deve tê-la escutado com o barulho de moto, porque rapidamente, o portão começou a se abrir. O garoto, estranhando o movimento noturno, abriu o portão. Yusei estava trabalhando em um novo protótipo para o Momentum. Sempre havia alguma coisa que ele precisava, ou sentia a necessidade de ajeitar. Jaeger nunca pedia nada, mas Yusei via naquilo, uma distração. Para não pensar neles. Para não pensar nela. Faziam oito anos que eles se separaram. Cada um seguiu seu caminho, e ele ficou ali. Por mais que falasse com eles, por mais que ouvisse suas vozes de microfones de mil partes do mundo, por mais que visse seus rostos alegres e crescidos através de alguma câmera, não era a mesma coisa. Ele sentia falta da presença de seus amigos mais do que tudo.
E dela. Aki. A última vez que se viram, antes de que ela partisse, foi quando a menina resolveu se despedir. Ela quase cometera o "erro" de dizer que o amava antes de ir embora. Mas concertou-se. No entanto... Yusei havia entendido. E se matava todos os dias por dentro por não ter dito à ela que a amava. Por quê? Até mesmo dos pais dela, ele sentia um apoio silencioso. Mas nunca pode ter a coragem de dizer a ela como se sentia. Um barulho de motor se aproximava. Quem poderia ser àquela hora? Com certeza alguém com uma emergência que precisava de algum reparo. Ele ainda concertava aparelhos eletrônicos para outras pessoas e ganhava um bom dinheiro com isso. Apertou o botão vermelho ao lado da porta, fazendo-a levantar-se e abrir-se. Olhou para baixo. Parecia uma... Espere, aquelas rodas... Sim, ele tinha certeza. Bloody Kiss! Só podia significar que...
- Yusei... - Aki murmurou olhando para ele. Notou seu olhar de surpresa instantaneamente. - Há quanto tempo. - Ela sorriu. Ah, como ele sentia falta de ver aquele sorriso. Era o mais bonito que existia. Em dois ou três passos, Yusei se aproximou lentamente ficando frente à frente com ela.
- Aki... você... - Balbuciou algumas palavras tentando formular alguma frase. Mas que se importava com lógica no momento? Ela estava ali! Mas... Como? Por quê? Seus pensamentos se calaram, no momento em que Aki se aproximou e abraçou-o fortemente. Aquele cheiro. Óleo. Típico dele. E tão característico. Era viciante como uma droga.
- Eu voltei. Não achou que eu fosse fazer medicina para sempre, não? - Ela largou-o devagar, contra seus desejos e instintos e olhou novamente para ele sorrindo.
- Sim, mas... Medicina, não são mais que quatro anos? - Ele perguntou, curioso, mas puxando-a para dentro da garagem e fechando a porta.
- Ok espertinho. Se não me quiser aqui, eu vou embora, tá? - Ela riu de brincadeira. Sabia que ele não a mandaria embora. Nunca.
- Não! Não é isso... É só uma curiosidade, mas tudo bem. Você voltou. Mas porque eu não fui avisado dessa volta? - Ele sorriu de volta como se mais nada no mundo importasse naquele momento. Perguntou em seguida num tom irônico. Ele gostaria que ela tivesse avisado a ele. Teria se preparado. Em um reflexo olhou para a garagem. Ele era organizado, mas ultimamente tudo tem estado uma zona. Não gostaria de ter seu reencontro com ela ali...
- Sim, eu vou fazer residência no hospital daqui. O que quer dizer, que eu vou ficar. E provavelmente trabalhar por aqui mesmo. Vou ficar na casa dos meus pais. - Ela abraçou-se olhando para o lado por um momento. Ela não queria ficar naquela mansão. Ao menos não aquela noite. - E eu queria ver a sua cara de surpresa. Foi... I-M-P-A-G-Á-V-E-L! - Aki começou a rir, tentando esconder seus dentes brancos por trás das costas de sua mão. Mas a imagem da cara de choque de Yusei, foi a melhor imagem que tivera nos últímos anos.
- Aki! Isso não tem graça! - Ele tentou conter-se mas não pode deixar de rir também. A risada dela era contagiante. - Eu podia ter arrumado um pouco a garagem... Não repare a zona. Eu estou apenas ajustando umas coisas...
Ah, claro. Você sempre esta ajeitando algumas coisas, Yusei Fudo. Aki sabia disso. Não ligava. Ela não estava nem aí para a desorganização. Afinal, enquanto Jack vivia por ali, o lugar já tinha passado por momentos piores. Tudo o que importava era realmente a presença dele. Só o que ela queria, mais nada. E por falar em presença...
- Ah, até parece... Vem cá, por um acaso, tem mais alguém aqui? - Ela perguntou, tentando fazer um jeito inocente de quem não tem curiosidade secreta sobre a resposta.
- O que? Não, claro que não. Sabe que eu moro sozinho por aqui. - Ela sabia, e era assim que ela gostava. O máximo que permitia, era a convivência com Jack e Crow. Não mais. Não outra garota. - Por que a pergunta?
- Nada. - Ela colocou sua mão sob seu estômago que reclamava de fome. Mas ela tinha jantado! Não, ela tinha comido alguma coisinha, mas deixou um espaço imenso para um outro jantar. Apostava que Yusei estava com fome. - Eu estou com fome. - Ele sorriu e concordou. Aparentemente ele também estava com fome.
- Vamos sair para jantar. É uma ocasião especial afinal. Além do mais, não tem mais do que ramem por aqui. - Ele a puxou pelo braço e saiu pela porta da frente, subindo as escadas. Aquela noite. Trazia consigo uma sensação familiar. Não iriam andar de moto. Estava tarde e uma caminhada seria perfeita para aprveitar melhor o percurso e colocar a conversa em dia. E os restaurantes da cidade não ficavam muito longe.
