Olá, minha gente!

Venho com uma nova fic de InuYasha! Espero que gostem!

"as aparências nos enganam mais do que gostaríamos, nossa presunção de que conhecemos as pessoas apenas com a convivência também é traiçoeira, eles vão descobrir da maneira mais difícil o que realmente sentem um pelo outro."

Capítulo 1 – Primeiro Dia

O dia começou como outro qualquer, o despertador tocou a todo volume, provocando gemidos de descontentamento na figura morena que não queria abandonar a quentura e conforto de sua cama. Entretanto não tinha escolha, hoje era o primeiro dia no novo emprego ao qual foi convidada pelo próprio dono da empresa, Inu No Taisho.

Se obrigou a levantar, já que chegar atrasada logo no primeiro dia seria muita falta de respeito com seu contratante, tomou café, fez sua higiene matinal, levou dez minutos até decidir o que vestiria, optou por algo sóbrio e elegante.

Usou o metrô para chegar a empresa, apesar de dirigir, não possuía carro. Ao chegar, se permitiu contemplar a fachada espelhada, que dava um ar moderno e potente. Se identificou na recepção, sendo direcionada ao último andar, o da presidência. Sango, a secretária da presidência, lhe disse que poderia entrar na sala, pois Inu No Taisho a aguardava.

O próprio se encontrava em uma conversa com seus dois filhos, ao menos foi o que pensou, já que também tinham cabelos prateados, de quem ele sempre se gabava e também tecia algumas críticas. Quando percebeu sua presença na sala, sorriu, interrompendo a conversa.

- Serenity, minha querida, pontual como sempre! – ele disse indo em sua direção.

- senhor Taisho, gentil como sempre. – ela lhe devolveu o sorriso.

- ora que isso! – Inu no Taisho sorria de modo fácil. – aproveitando que está aqui, finalmente te apresento meus filhos. Sesshoumaru e InuYasha.

Sesshoumaru o mais velho, tinha a mesma altura e ombros largos do pai, os olhos dourados tinham um olhar gélido, enigmático, a boca perfeitamente desenhada, o nariz fino, todo seu rosto era harmonioso, apesar do terno podia-se perceber o corpo musculoso dele. InuYasha era um pouco mais baixo que eles, assim como o irmão, seu rosto também era harmonioso, no entanto mais expressivo.

- Serenity vai trabalhar com você, Sesshoumaru. – o pai disse, recebendo apenas um olhar entediado do filho.

- não é necessário, pai. – ele disse com a voz fria.

- tá bom e eu não sou o Presidente da empresa. – Inu disse divertido. – ela é formada em Direito na Universidade de Tokyo, a primeira da turma.

Aquela pequena informação atraiu a atenção do mais velho que a olhou da cabeça aos pés de maneira bem crítica, mas nada disse.

- esse meu cubinho de gelo. – Inu disse. – não se preocupe, se você sobreviveu ao idiota do Nakashima, você sobrevive ao meu cubinho. – ele disse a morena.

- s-s-sim, senhor. – Serenity não pode não gaguejar sem jeito, olhando para Sesshoumaru de forma discreta.

- Aoshi Nakashima? – foi a única coisa que ele falou.

- sim, o próprio, até eu a arrancar daquele tirano. – o pai disse. – bom vou te mostrar a empresa e depois a deixo em sua sala.

- sim, senhor. – ela sabia que ele não gostava que o chamasse assim, mas tinha que manter o nível de respeito, principalmente na frente dos filhos.

- agora aos dois, trabalhar! – ele disse levando a morena consigo.

- feh, o pai está cada dia pior... – InuYasha disse saindo logo em seguida.

O pequeno passeio pela empresa durou quase a manhã toda, por já se conhecerem, puderam conversar de assuntos além de trabalho. Apesar da diferença de idade entre eles, Inu No Taisho a considerava uma amiga, além de uma filha, a conheceu em uma reunião, onde Aoshi que deveria estar presente para resolver, a mandou, ainda sendo uma estagiária e desde então sempre que tinha alguma reunião ou negociação em que ele estava, ela ia, pois foi com ele com quem mais aprendeu sobre a profissão e sobre negócios.

- deveria ter feito isso antes. – ele comentou.

- o que? – ela perguntou um pouco confusa.

- te tirar daquele tirano, deveria ter feito isso quando nos conhecemos na reunião em Okinawa. – ele respondeu.

Ela sorriu um pouco nervosa e com um rubor nas bochechas.

- apesar dele ser um tirano, graças a mania dele de me mandar no lugar dele eu pude aprender bastante e nos conhecemos. – ela disse sorrindo.

- é verdade, assim conheceu minha magnânima pessoa. – ele disse com um sorriso convencido. – espero sinceramente que goste de trabalhar aqui.

- você é o meu chefe não é? – ela perguntou divertida.

- claro que sim. – ele respondeu.

- então claro que vou, tenho o melhor chefe do mundo. – ela respondeu sapeca.

Ele sorriu vitorioso, mas o sorriso se desfez com o som do celular dele e seu tom de voz foi ficando sério conforme a conversava avançava, ao final suspirou cansado.

- bom, vamos a sua sala, infelizmente nossa conversa foi interrompida por outro tirano... – ele reclamou. – lembra do Yamamoto?

- sim, aquele que se mandou para a Coréia do Sul com todo o dinheiro da ex-mulher. – ela lembrava dele e do ser asqueroso que era.

- o próprio, está dificultando a negociação de algumas ações. – ele comentou. – e se continuar nessa situação, serei obrigado a ir ou mandar Sesshoumaru.

- ainda não entendo como ele não foi preso... – ela comentou.

- eu também não, mas infelizmente dinheiro compra o sistema judiciário em qualquer parte do mundo... – Inu no Taisho disse sem muita animação.

A caminhada para a sala não foi demorada, ao entrarem Sesshoumaru já estava completamente concentrado no que fazia, Inu No Taisho passou instruções rápidas do que ela deveria fazer naquele primeiro dia, mas que com o tempo ela pegaria o ritmo sem qualquer tipo de problema.

Sesshoumaru estava em sua mesa completamente absorto em seu trabalho, foi até a mesa que lhe foi designada e começou a analisar os papéis e pegando o ritmo intenso de trabalho da empresa. Tudo tinha ocorrido exatamente como o previsto por seu chefe, ela não teve dificuldades em se adaptar. Sequer percebeu quando um par de olhos cor de âmbar a espiou curioso.

- Sesshoumaru. – Inu No Taisho chamou pelo filho conforme entrava na sala.

- pai. – ele respondeu sem tirar os olhos da tela do laptop.

- você terá que ir para a Austrália em meu lugar. – ele foi direto ao ponto.

- e por que eu? – Sesshoumaru perguntou sem olhar para o pai.

- porque terei que ir para a Coréia resolver pessoalmente as pendencias da negociação, Yamamoto está bancando o difícil. – ele respondeu.

- é só dizer que vai delata-lo a ex-mulher, até hoje ela tenta de alguma forma puni-lo. – Serenity perdeu sua concentração ao ouvir o nome daquele homem, pois tinha fama de dar em cima de todas as mulheres que encontrava, infelizmente ela não foi exceção.

- não tinha pensado nisso, nada como uma boa chantagem, no caso dele, judicial. – Inu No Taisho deu um sorriso um pouco suspeito, enquanto Sesshoumaru levantou a sobrancelha esquerda, pois não gostou da intromissão da moça na conversa.

- como pode ter tanta certeza de tal fato, senhorita? – sua voz saiu ríspida ao ponto de arrancar um olhar zangado do patriarca.

- porque ele e Aoshi não tinham a menor vergonha de falar sobre isso na minha frente quando eu ainda era apenas uma estagiária, acharam que por causa disso eu jamais faria ou falaria nada para ninguém, mas discrição nunca foi o forte deles. – ela respondeu voltando a se concentrar no trabalho.

O que nenhum dos dois percebeu foi o sorriso sem vergonha que se formou no rosto de Inu No Taisho.

- você vai precisar de ajuda na Austrália já que pelo que me disse, sua secretária/estagiária terá provas na faculdade e não pode faltar. – ele disse.

- eu posso dar conta. – Sesshoumaru disse sem muita empolgação, mas sentiu uma ideia mirabolante do pai vindo em sua direção e teve certeza que não seria do seu agrado. – se pensa em mandar aquele inútil do InuYasha comigo, sinto, mas posso voltar sozinho, afinal... acidentes acontecem.

- não me faça te dar um tapa na nuca até você envergar, menino. – o pai disse sério. – leve Serenity com você.

A morena no momento em que ouviu seu nome e viagem na mesma frase parou o que fazia com os olhos arregalados.

- senhor? – ela disse de forma automática, pensando que tinha sido apenas um delírio.

- está decidido, você vai com meu filho para a Austrália. – ele disse divertido. – eu sei que dá conta do recado, afinal foi em uma dessas viagens de negócios que nos conhecemos.

- mas senhor... – ela ainda tentou argumentar, mas foi em vão.

- é uma ordem, pequena. – ele sabia como desestabiliza-la.

- sim, senhor. – ela disse depois de um suspiro cansado.

- ótimo, vocês viajam em dois dias, levará uma semana ou mais. – ele disse. – ah não, serão três semanas, pois haverá uma festa em que Sesshoumaru terá que comparecer e como ele não é muito chegado a esses eventos, preciso de alguém que faça ele comparecer enquanto eu estou na Coréia.

O mais jovem dos Taisho olhava para o pai com um olhar bem crítico, pois o pai não estava simplesmente mandando a moça com ele para auxilia-lo, sentiu que havia uma intenção por trás e se fosse a que ele pensava, jamais aconteceria.

Ao perceber o olhar duro que ele dirigia ao pai, ela achou melhor se manter calada, seu chefe avisou que as passagens estariam nas mãos deles no máximo no dia seguinte e pediu que ela levasse uma roupa de gala por causa do evento, teve que conter o suspiro, já que teria que ir até o shopping comprar uma. Seu vestido de formatura não serviria para a ocasião não só por estar velho, mas inadequado. Foi tirada de seus devaneios quando Aced of Space do Motohead começou a tocar em seu telefone, olhou o identificador, seu irmão mais velho.

Decide por atender já que poderia ser muito importante e poderia ser sobre a saúde do pai deles, começa a conversar com o irmão em grego, chamando a atenção do homem de cabelos prateados na mesa próxima a dela.

- ao que vejo fala grego fluentemente. – ele disse a assustando.

- sou parte grega. – ela respondeu depois de se recuperar do susto.

- mãe? – ele simplesmente perguntou.

- mãe e pai. – ela respondeu, voltando a sua compostura e a prestar atenção no trabalho.

- sempre faz isso para ninguém entender o que falam? – Sesshoumaru se recriminou por deixar a curiosidade lhe tomar de tal forma.

- na casa dos meus pais só falamos grego. – ela deu os ombros.

A conversa acabou por morrer ali mesmo, ele assumiu novamente sua postura distante e inacessível.

A viagem para Austrália foi silenciosa, voaram de primeira classe, o que pareceu um tanto óbvio já que o jovem Taisho era Vice Presidente da Corporação, mas o que ela não entendeu foi o porque de terem ido em assentos juntos, visto que ele não era uma pessoa que gostasse de conversa. No desembarque também não trocaram uma única palavra, nem quando ele abriu a porta do carro para que ela entrasse.

Não foi nenhum espanto quando chegaram a um dos hotéis mais luxuosos de Melbourne. Sesshoumaru não era o tipo de homem que se hospedaria em qualquer hotel, só que o que nenhum dos dois desconfiava era da pequena tramoia de Inu No Taisho. Dividiram uma suíte.

- típico dele... – Sesshoumaru reclamou para si e foi para seu quarto, a deixando sozinha.

Seu celular tocou a despertando.

- já cheguei. – ela disse de uma vez ao irmão.

- me encontre no louge do hotel em uma hora e tome um banho descente, tirar essa sua inhaca. – Orion ria do outro lado da linha tão alto que teve que afastar o aparelho do ouvido.

- tudo bem, mas você paga o jantar, estou azul de fome, sabe que não gosto de comida de avião. – ela respondeu.

- misericórdia, não sei quem é pior, você ou Tuksan. – Orion continuava rindo.

- vocês dois juntos em qualquer restaurante no mundo, seus dois sacos sem fundos... – ela disse entediada.

- tá bem tá bem, eu pago, mas só porque você é minha irmã favorita. – ele disse sabendo que ela ficaria furiosa.

- EU SOU SUA ÚNICA IRMÃ, SEU CENTAURO SEM CASCOS! – ela sempre perdia a compostura quando ele falava daquele jeito. – AÍ DE VOCÊ SE CHAMAR OUTRA DE IRMÃ, EU ARRANCO SEUS OLHOS E TE FAÇO COME-LOS!

- aiai maninha, como eu amo te pilhar, bom, nos vemos em uma hora. – ele disse e desligou em seguida.

- maldito centauro sem cascos... me fazendo perder a calma... – ela reclamou enquanto ia para seu quarto, sem perceber que era observada.

"- mulher esquisita..." Sesshoumaru pensou enquanto fechava com um clique suave sua porta do quarto, depois de ouvir o tom nada calmo e praticamente escandaloso da morena.

A água quente era mais que bem vinda, tirando-lhe o cansaço da viagem, os músculos estavam um pouco doloridos, pois ficou na mesma posição o voo inteiro. Evitou a todo custo qualquer contato físico com A Coisa, como resolveu apelidar Sesshoumaru, o mero esbarrão no aeroporto na hora do embarque por parte dela, foi o suficiente que lhe olhasse com raiva.

- qual o problema dele? – ela se perguntou enquanto tomava banho. – será que é gay? Explicaria muita coisa.

Pensou em prolongar um pouco mais o banho, mas só despertaria o mau humor do irmão, fora com ele que aprendeu a ser tão pontual em qualquer compromisso que tivesse. Colocou uma roupa mais confortável, um perfume suave e uma maquiagem leve, se sentia gente outra vez, ao passar pela sala da suíte percebeu o silêncio sepulcral do lugar, provavelmente ele já foi dormir, assim pensou.

- finalmente você chegou! – Orion olhava o relógio.

- não demorei seu chato, sou 10 minutos adiantada. – ela disse abraçando o irmão bem apertado.

- agora vai me contar tudo, tenho direito! – ele sorriu brincalhão enquanto a levava para o restaurante do hotel.

- fui convidada a trabalhar na Corporação Taisho. – ela contou com um sorriso.

- convidada? Por quem? – ele queria zombar, mas se sentia muito orgulhoso, pois desde muito novos ambos trabalhavam e duro.

- pelo próprio Inu No Taisho. – seu sorriso se alargou.

- uau! Parabéns, Sery! Finalmente aceitou! – ele brincou, pois já sabia da intenção do Taisho de leva-la para a empresa.

- estou na empresa há 3 dias e já fui mandada em viagem! – ela contou, cansada, porém feliz. – mas não vim sozinha, vim com o filho.

- InuYasha? – Orion perguntou.

- não, Sesshoumaru. – ela respondeu. – ele tem problemas...

- ele tentou algo com você? – se sentiu preocupado.

- o que? Não, ele não fala, parece que tudo o incomoda... sei lá, ele é estranho. – ela disse enquanto olhava o cardápio.

- ele é assim mesmo, só fala em reuniões ou negociações, ele não é lá chegado em interações ou relações, a não ser que você seja a Rin, irmã caçula dele. – Orion respondeu.

- pelo menos a irmã é poupada disso. – ela disse e chamou o garçom para fazer seu pedido.

O jantar correu de forma leve e tranquila, sentia muita saudades do irmão, mas Orion foi obrigado pelo emprego a se mudar para Bruxelas. Se encontravam sempre em reuniões em outros países, a única coisa boa daquela situação.

Quando se deu conta do horário já era muito tarde, haveria uma reunião logo cedo, se despediu do irmão com um certo pesar, Orion iria embora em 2 dias enquanto ela ainda ficaria pelo menos três semanas.

Entrou no quarto com todo cuidado, não queria acordar Sessehoumaru e acabar levando uma bronca, abrindo a porta do quarto, sentiu uma mão em seu ombro, estava a ponto de gritar de susto quando outra tapou sua boca.

- não ouse gritar. – Sesshoumaru disse sério. – não sei com quem estava e o que fazia, apenas não faça nada que possa prejudicar a imagem da empresa.

- eu não sou nem louca, sai pra jantar, qual o problema? – Serenity não era muito boa em se controlar quando alguém queria mandar em suas ações fora do trabalho.

- escandalosa. – Sesshoumaru disse com um olhar aborrecido.

- grosseiro! – ela respondeu.

- como é? Com quem pensa que está falando? – ele disse de forma desdenhosa.

- com o filho do meu chefe, um mala sem alça, problemático e grosseiro! – ela abriu a porta e bateu na cara dele.

A reunião da manhã seguinte, felizmente, não foi maçante como das outras vezes, Sesshoumaru teve que admitir que a presença dela acabou por lhe trazer uma vantagem. Ela tinha se desenvoltura, falava bem, coerentemente, tinha domínio do conteúdo das negociações e não era dobrada com facilidade.

Entretanto ela travou por alguns segundos quando viu Aoshi se juntar a reunião, seu antigo chefe.

- perdão pela hora, meu voo atrasou. – ele disse.

- sempre atrasado, Nakashima. – Sesshoumaru disse de forma bem ríspida.

- intransigente como sempre, Taisho. – ele ignorou a arrogância dele. – pode continuar, senhorita Solo.

Serenity deu um sorriso nervoso e Sesshoumaru aproveitou a deixa para ele tomar o controle, o incomodo que a chegada de Aoshi causou na morena não passou despercebido por ele, mas esse assunto ficaria para outro momento.

- e qual seria a vantagem? – Aoshi perguntou.

- todas as possíveis, se não está satisfeito, pode se retirar. – Sesshoumaru não fazia questão alguma da presença dele ali.

Quase no meio da tarde a reunião se encerrou, Serenity esperou todos saírem, principalmente Aoshi Nakashima, andou de forma cautelosa, não queria encontrar com o antigo chefe fora de reunião alguma.

Ao sair da empresa, viu Sesshoumaru de óculos escuros, encostado no carro, a expressão dura, se ela demorasse mais um pouco, a deixaria ali e seria problema dela como voltaria para o hotel. Entrou sem dar um palavra novamente e seguiram para um restaurante para enfim poderem almoçar.

O lugar era agradável, apesar da companhia muda. Ambos pediram uma refeição leve devido as longas horas em jejum por conta da reunião.

- por favor, pare de me olhar assim. – ela o olhou nos olhos.

- recobrou a educação. – ele disse irônico.

- por favor. – ela insistiu, mas Sesshoumaru não cedeu.

- qual sua relação com Aoshi Nakashima? – ele foi direto.

- ele é meu antigo chefe. – ela respondeu sem entender a intenção da pergunta dele.

- ele lhe fez algo ou não teria travado. – a intensidade do olhar dele sob ela, a incomodava.

- ele... – ela gelou. – já tentou se jogar pra cima de mim.

- e você resistiu. – ele ainda a olhava fixo, procurando um sinal de mentira.

- sim, quando ele tentou novamente, foi quando seu pai me ofereceu o emprego e aceitei sem hesitação. – ela contou.

- meu pai não é o tipo que oferece emprego para qualquer um. – o tom ácido não passou despercebido.

- impressionante como você não lembra em nada seu pai, se está insinuando que eu tive algum relacionamento com seu pai além do profissional, você é um crápula. – ela disse bastante irritada.

- ele tem uma afeição muito grande por você. – ele disse.

- porque me vê como um filha, só isso. – ela disse e cruzou os braços.

- ele já tem uma fil...

- a Rin, sim, eu sei, ele me contou, eu conheço seu pai desde que tinha dezessete anos. – ela olhou para ele de forma dura. – seu pai me ajudou muito, sou muito grata e sei que o devo muito, então antes de vir com pedras nas mãos para me julgar, saiba dos fatos primeiro.

A sombra de um sorriso apareceu no rosto do homem a sua frente, ele a desafiou e foi vencido, nunca foi alguém de deixar baratos falsas acusações que caiam sobre si. Trabalhava desde os quatorze anos e com isso aprendeu a ter jogo de cintura e a enfrentar homens como Aoshi Nakashima, Yamamoto e Sesshoumaru Taisho. Ele ficou impressionado com a mulher na sua frente, o brilho da determinação nos olhos e um gênio tão forte quanto o dele, seria interessante a convivência deles na empresa.