Título: Paris wa Akiiro

Autora: Mademoiselle Lillie.

Banda: Versailles.

Casal: Kamijo x ?

Classificação: + 18.

Gênero: Romance/Lemon/AU/self-inserction (é assim que se escreve?XD)

Status: Fic em andamento.

Direitos Autorais: Versailles não me pertence, se me pertencesse estaria faturando horrores hj!XD Amélie, Nino e os outros personagens de "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain" também não me pertencem, pertencem a Jean Pierre Jeunet.

Sinopse: Aline é uma estudante brasileira em Paris e em uma agradável tarde de sexta-feira vê sua vida sofrer uma reviravolta ao ver um homem de longos cabelos loiros entrar no café.

* * * * * * * * * * * *

Paris wa Akiiro

I – Vendredi:

Estava eu sentada no Deux Moulins, bebericando um café e fazendo planos para o fim de semana, afinal fazia mais de um mês que eu havia chegado à Paris para estudar e ainda não tinha ido visitar os pontos turísticos da cidade, principalmente o Château de Versailles que era meu sonho.

Meu orientador resolvera dar-me esse fim de semana de folga depois de, em uma conversa informal ficar sabendo que eu ainda não havia feito o tour pela cidade pela falta de tempo (ele queria o quê?! Me mandou ler trocentos livros e fichá-los!!)

Estava sentada na mesa com um monte de folhetos de Paris e um que para mim era especial: o do Château de Versailles, chegava a sonhar com o dia de conhecê-lo e pelo jeito seria amanhã mesmo!! \o/

Pedi mais um café a garçonete e continuei analisando o folheto.

- Merci, Amélie! – respondi a ela ao trazer-me o café.

Conhecia a todos do Deux Moulins, pois acabara me tornando um dos clientes habituais do lugar: Madame Suzanne, mancando depois de um acidente a cavalo; Gina, a outra garçonete sempre sorridente; Hipólito, o poeta frustrado (até já li os poemas dele!); Joseph, o cara doido com o gravador; Georgette, a hipocondríaca da tabacaria; a adorável Amélie, sempre simpática com todos e seu namorado Nino que sempre vinha buscá-la todo dia (aliás, os dois formam um lindo casal!).

Estava absorta na leitura dos folhetos e preparando meu roteiro, quando vejo um homem entrando no café e dirigindo-se imediatamente a tabacaria, pedindo um maço de Salem Pianíssimo, coisa que, aliás, acabou me chamando a atenção, além dele mesmo.

Ele era alto, tinha longos cabelos loiros cacheados presos em um rabo de cavalo baixo, usava óculos escuros e estava muito bem vestido, tinha traços marcantes e lábios bem delineados - em resumo, ele era lindo! - não sei por quanto tempo fiquei o observando até que ele me pegou o "secando", senti minhas bochechas vermelhas e rapidamente voltei meus olhos para os folhetos a minha frente.

Nisso acabei não vendo o sorriso que se desenhou em seus lábios.

Morrendo de vergonha, tentava a todo custo prestar a atenção no que tinha a minha frente, quando de repente percebo que alguém parou a meu lado, qual não foi minha surpresa quando ao levantar os olhos, vejo diante de mim o loiro, sorridente:

- Posso me sentar? – perguntou-me ele em francês com um leve sotaque indefinido.

- Claro fique a vontade! – respondi meio sem jeito - Desculpe a bagunça!

Recolhi a bagunça que havia feito em cima da mesa, juntando os folhetos que tinha espalhado antes e os deixando empilhados num canto da mesa, próximo a janela.

- Tudo bem! Te atrapalho? Vejo que está ocupada.

- Não, que é isso! Estava apenas planejando meu fim de semana.

Nesse momento Amélie aproxima-se da mesa:

- O que vai querer, monsieur?

- Um café puro, por favor. – respondeu ele à sorridente garçonete.

Amélie voltando-se para mim:

- Vai querer mais alguma coisa mademoiselle Aline?

- Vou querer mais uma xícara de café e um Petit Gateau de chocolate daqueles que só Madame Suzanne sabe fazer!

- Tudo bem mademoiselle, já o trago! Não querendo ser intrometida, mas já se decidiu por onde vai começar? Nossa cidade tem lugares belíssimos para se visitar, principalmente para alguém que vem pela primeira vez.

- Ainda estou pensando por onde começar e, tudo bem, não se preocupe não é intromissão nenhuma.

Percebo que ele me olha com interesse enquanto falo com Amélie, até que ele me pergunta, surpreso:

- Você não é daqui?!

- Eu, daqui? Hahahaha Não!! Eu sou brasileira e estou aqui a estudos a mais ou menos um mês e ainda não tive tempo de conhecer a cidade. Mas, por que a surpresa?

- É que seu francês é perfeito e pareceu-me estar falando com uma legítima parisiense, além do fato de parecer tão à vontade com todos aqui.

- Quanto ao meu francês parecer perfeito tomarei como elogio, pois estudei muito, mas ainda acho que tenho um pouco de sotaque ao ver um francês falando. Quanto a me sentir à vontade aqui, é que todos são muito gentis e me deixaram super à vontade, aliás, a vizinhança aqui é maravilhosa!

- Seu francês é muito bom também, mas percebo que não é daqui, tal como eu, pois tem um leve sotaque que eu não soube identificar. – continuei sorrindo.

- Sou japonês, e estudo francês há alguns anos e confesso que amo essa língua.

- Japonês! Que interessante! Por isso que seu sotaque não me parecia estranho!

- Mas por que não lhe parecia estranho o sotaque?

- É que estudei japonês no Brasil e para treinar meu ouvido eu ouvia e ainda ouço música japonesa e em muitas dessas músicas que ouço sempre há algo em francês ou em inglês junto, então já estou um pouco acostumada com o sotaque.

- Hum... – concorda o estranho.

- Oh me desculpe! Como sou avoada!! Meu nome é Aline! Qual é o seu?

- Eu me chamo Youji! Muito prazer mademoiselle Aline! – disse me estendendo a mão.

- O prazer é meu, monsieur Youji! Agora que estamos devidamente apresentados, você está aqui a trabalho ou a passeio, quer dizer, se não for muita indiscrição minha. – pergunto meio encabulada

- Ambos! – respondeu sorrindo, aliás, que sorriso! – Vim adiantar algumas coisas para meus colegas que chegam semana que vem e ai aproveito para visitar o Château de Versailles.

- Vai visitar Versailles é? Eu estou em dúvida se vou primeiro lá ou se visito os pontos turísticos de Paris, mas acho que vou ao Château! Esse tem sido meu sonho desde que comecei a minha faculdade! – falei empolgada.

- Em que você é formada? – perguntou, curioso.

- Em história! - respondo feliz – e agora estou aqui pra fazer minha pós na Sorbonne.

- Em que parte da História pretende se especializar?

- Revolução Francesa! Amo essa época e que lugar melhor para se estudar Revolução Francesa que na França? Eu... – nesse momento começa a tocar "Bara wa Utsukushiku Chiru", peço licença e atendo o meu celular que era de onde vinha a música.

"– Oi mãe! Tudo bem sim! Aqui é lindo! Amanhã mesmo quero ver se saio pra conhecer a cidade!"

"– Não, eu não saio de casa sem levar um casaco e um guarda-chuva!"

"– Tá, diz pro pai que to morrendo de saudades dele e que daqui uns dias vou mandar uma garrafa de vinho que eu vi e que sei que ele vai gostar!"

"– Tchau, um beijão pra todos e amo muito vocês!" – me despeço de minha mãe com os olhos marejados.

Apesar dele estar com os óculos escuros, percebo que ele olha interessado para mim:

- Me desculpe, mas era minha mãe ao telefone, ela sempre me liga quando pode. – falei encabulada.

- Não tem do que se desculpar! Posso lhe fazer uma pergunta: que música é essa do seu celular? Ela não me parece estranha...

- Ah essa é uma musica de uma banda que eu gosto muito e que infelizmente não existe mais, é uma versão feita a partir de uma abertura de uma série de Tv que amo!^.^ Aliás, foi graças a essa série que escolhi no que iría trabalhar e por isso estou estudando aqui! Mas por quê, mal lhe pergunte? Você a conhece?

Nesse momento ele tira os óculos escuros, sorrindo:

- É que eu queria confirmar uma coisa que estava pensando, se não era apenas uma coincidência!

- Na-não pode ser! - Gaguejo, o rosto vermelho feito pimentão.- Kamijo-sama!! O.O - "Como é que eu não percebi isso! ."

"Ai Meu Deus! O que q eu faço agora!" Pensei enquanto ele continuava a me olhar, sorrindo.

- Eu... Hum...- "Que vergonha! . Não consigo falar nada! Daqui a pouco ele vai achar que sou retardada!".

Ele pareceu perceber meu desconforto e ficou ali me olhando, com seus olhos gentis e sorriso franco. "Se eu já não fosse fã dele, com certeza viraria agora! *¬*"

Depois de alguns minutos, consegui falar algo coerente:

- Desculpe meu estado, mas não é todo dia que temos nosso ídolo tomando café conosco! – falei vermelha, com os olhos fixos em minhas mãos que estavam sobre a mesa.

- Não é preciso se desculpar, eu entendo sua surpresa! Mas por favor, tente me ver como o homem que lhe chamou a atenção e não como o cantor, tá? – falou, piscando o olho.

- Foi tão visível assim? – pergunto querendo um buraco pra me enfiar e ficando mais vermelha ainda.

- Hum...digamos que sim! – falou rindo – Não, eu estou brincando! É que estou acostumado a ser reconhecido na rua e percebo logo que estão me observando. – falou sério, e logo depois pegou minha mão - Mas a forma com que você me olhava era diferente da forma como as fãs geralmente me olham, você me viu como o homem e não como o cantor, tanto que conversou comigo normalmente e confesso que gostei disso.

- Hontou ni? – pergunto, erguendo meus olhos.

Nesse momento Amélie retorna trazendo nossos pedidos:

- Aqui está mademoiselle Aline, seu café e o Petit Gateau de chocolate que pediu! – falou colocando-os a minha frente

- E aqui está o seu café, monsieur...?

- Kamijo.

- Oui, monsieur Kamijô, aqui está seu café! Posso ajudá-los em mais alguma coisa?

- Por enquanto é só, mademoiselle! – respondeu-lhe sorrindo.

- Então, você gosta de Rosa de Versailles. Mas não foi por minha causa né? – ele me perguntou

- Gosto sim, aliás, amo, mas eu já conhecia a série e o mangá muito antes de ter ouvido falar em Lareine. – respondo olhando para a rua, ainda sem coragem de fitá-lo – Eu me lembro bem de quando vi uma foto sua vestido de Géremy numa Ichiban do início de 2000, lembro que pensei "Ele deve ser fã da Oscar, pois a roupa que ele tá vestindo parece a farda dela!"

- Tempos depois uma amiga minha me falou que você tinha feito uma música pra Oscar, aí confesso que tive um treco! A essas alturas eu já tinha ouvido algumas músicas suas e tinha gostado delas e quando minha amiga me falou isso, virei fã de carteirinha! – respondo finalmente o olhando, ainda vermelha.

- Hum... Quer dizer que virou minha fã só porque eu gostava de Rosa de Versailles? – perguntou com olhar magoado e fazendo biquinho

- Sim... Quer dizer, não!!!! Eu... – "Ai Meu Deus, me atrapalhei toda de novo!" Corando enquanto ele ria.

- Não precisa ficar assim! Eu fiz isso só pra ver se você relaxava.

- O quê!? - falei surpresa

- Eu já disse que eu quero que me vejas como homem e não como o cantor de quem é fã, por favor! – me pediu com cara de cachorro abandonado, novamente segurando minha mão – "Ai, assim também é covardia! ."

-Tá, eu vou tentar! Mas se eu estiver sendo chata, por favor, me avise! Às vezes acabo me empolgando e perco a noção das coisas!

- Pode deixar!- respondeu piscando olho – Em todo caso eu posso te atirar no Sena!

- O quê!? – falei apavorada.

- Eu to brincando! Eu jamais faria isso a uma dama! – respondeu galante. – Mas voltando então, você é brasileira e veio pra cá pra estudar a Revolução Francesa e...

- Sim, vim porque achei que era o melhor a fazer, afinal aqui posso "sentir" o clima andando pelas ruas antigas de Paris e claro, visitando Versailles, além de poder encontrar livros de todos os pensadores da época e... – comecei a falar empolgada.

- Seu café está esfriando! – cortou ao perceber que eu não havia tocado no café ainda.

- Ah... é! Eu disse que quando me empolgo perco a noção! – falei sem jeito.

- Tudo bem! É sinal que gosta do que faz! – respondeu, rindo do meu embaraço.

- E gosto mesmo! – respondi num muxoxo

- Não precisa ficar brava! Eu não estou debochando de ti ou do teu trabalho, mas é que você fica uma graça encabulada! – falou charmoso.

- Ano, Kamijo-sama...

- Por favor, me chame de Youji.

- Ok...Y-Youji. Então, está aqui a trabalho? Veio fazer algum show aqui?

- Sim e não!

- Como assim? Sim e não? O.o

- Ué, você me fez duas perguntas e eu lhe dei duas respostas! – falou zombeteiro.

- Hum...

- Falando sério, nós vamos filmar um clipe no Château de Versailles na semana que vem e eu então quis vir antes pra ver quais seriam as melhores locações pro clipe, além de poder visitá-lo e apreciá-lo como se deve, mas não vamos fazer show aqui dessa vez.

- Ah tá! É um belo lugar para um clipe mesmo! – falei.

Ficamos conversando por um bom tempo, nem percebi as horas passando de tão agradável que estava a conversa então, enquanto dava uma garfada no Petit Gateau, percebi que ele me olhava fixamente:

- Que foi? Tô com chocolate no rosto?

- Não, é que eu queria saber se poderia me dar um pedaço do bolo pra provar. – pediu manhoso

- Hã...claro! – concordei lhe estendendo o garfo e o prato.

- Não, por favor! Eu quero só uma garfada! Gostaria que você me de-se ela.

- Tá, tudo bem! – concordei enquanto ele abocanhava o pedaço de bolo que eu servira.

- Hum... Que delícia! – gemeu, de olhos fechados, ciente de meu olhar sobre ele.

"Ai Meu Deus do Céu! Isso é um atentado à sanidade feminina! Ele tinha que ser proibido de fazer isso em público! ."

Ele abre os olhos e pergunta zombeteiro:

- Que foi? Eu me sujei? – falou passando a língua pelos lábios.

Eu não conseguia falar, apenas balancei a cabeça negando. Nessa hora eu já estava mais vermelha que um tomate, se é que isso é possível. "Eu ainda morro disso!"

- Acho que vou pedir um também! Mademoiselle, por favor! – falou chamando Amélie.

- Oui, Monsieur!

- Eu gostaria de um Petit Gateau como esse que a Aline pediu.

- Oui, Monsieur! – respondeu Amélie e virando-se para mim, perguntou: - O que houve Mademoiselle Aline, está passando mal? Quer que lhe chame um médico?

- Não obrigada! Já vai passar! Às vezes tenho crises assim, mas elas passam logo! – menti, tentando esconder o motivo de minha alteração.

- Tem certeza que não quer ver um médico?

- Absoluta!

- Tudo bem então! – voltando-se pra ele: - Em um minuto lhe trago seu pedido, Monsieur Kamijô!

Ao ficarmos sozinhos ele falou:

- Tsc, tsc. Sabia que mentir é feio? – falou meneando a cabeça.

Novamente fiquei sem ação, "Ai Meu Deus o quê que eu faço! É óbvio que ele percebeu o porquê de ter ficado naquele estado, mas também eu nunca fui tão afetada por um homem assim antes!". Depois de alguns momentos encarei aqueles olhos zombeteiros e falei:

- Fez isso de propósito né?

- Isso o quê? – perguntou-me, ainda com olhos zombeteiros e com algo mais que não pude identificar... ou não quis identificar.

- Ah esquece! – falei, amuada.

- Ah não, agora eu quero saber! O que foi que eu fiz? – perguntou com cara fingidamente inocente.

- Como se você não soubesse! O que foi aquela 'ceninha' de agora a pouco? – falei rubra de raiva e ao mesmo tempo de vergonha.

Ele ficou me olhando, aparentemente surpreso e começou a rir:

- Hahahahahahahahahahahaha!

- Qual é a graça?

- Hahahahahahahahahahahahahahahhaha!

- Quer parar, por favor! Tá todo mundo olhando!

Ele pára de rir abruptamente:

- Não foi ceninha, honey! Eu realmente estava saboreando o pedaço de bolo! – falou com a cara mais lavada do mundo – Agora se você achou que eu estava sugerindo algo, podemos resolver isso logo, logo!

- Não, não!! Deixa assim! Eu é que me enganei! Muito café!! . - respondi, falando coisas sem o mínimo sentido, tentando esconder minha vergonha.

- Com licença, vou ao toilette! – falo enquanto me levanto e me dirijo ao banheiro.

Ao entrar, tranquei a porta e fui molhar meu rosto que estava em brasa. "Aline, Aline! Te controla! Tudo bem que ele é lindo, gostoso, tudo de bom e mais um monte de coisas que não lembro agora, mas não quer dizer que ele esteja interessado por ti ou que vá te seduzir! Tu anda lendo fic yaoi demais!" – Continuava a me auto-recriminar enquanto secava o rosto e retocava a maquiagem – Pronto! Acho que agora estou apresentável! – respirei fundo, destranquei a porta e retornei para a cafeteria, voltando a me sentar em meu lugar.

- Achei que tivesse se afogado lá! – falou zombeteiro.

- ¬¬'

- Tá, não precisa me olhar assim! – falou ele, erguendo as mãos e ainda com olhar zombeteiro. Ao ver-me ainda contrariada, ficou sério e disse:

- Desculpe se fui inconveniente ou se te ofendi de alguma forma. – falou sorrindo e me fitando profundamente.

- Hã... Tudo bem! Não me ofendeu de forma alguma! É que me senti um pouco encabulada com todos nos olhando, ainda sou novata aqui na região. Me sinto ainda um pouco insegura com tudo!

- Mas não parece! Parece tão à vontade com tudo e com todos! É como se sempre vivesse aqui e convivesse com essas pessoas.

- Por favor, não exagere! – pedi encabulada.

Apesar do desconforto ocasionado pelo incidente, continuamos a conversar normalmente, vez ou outra eu percebia um brilho indefinido no olhar dele enquanto ele prestava atenção no que eu falava, o que acabava fazendo com que eu perdesse a minha linha de raciocínio e ele parecia se divertir com isso!

Até que:

- Pardon, mademoiselle et monsieur, mas está na hora do café fechar. – era Amélie que falava.

Foi só então que percebemos que éramos os únicos ali dentro além dos funcionários.

- Nossa! Olha que tarde que é!!! – exclamo surpresa – Desculpe Amélie, já vamos sair e deixar vocês fecharem! – falei para Amélie, ao que ele concordou. – Sim, já vamos.

Recolhi minhas coisas que estavam sobre a mesa e me dirigi ao caixa para pagar o que eu havia consumido.

- Desculpe Madame Suzanne por fazê-la ficar esperando até sairmos! Nem senti as horas passarem!

- Tudo bem minha jovem! Eu entendo! Se eu estivesse também em boa companhia não perceberia as horas passarem! – me respondeu, piscando um olho e eu, claro fiquei vermelha.

- Bonne nuit Mme Suzanne, Amélie, Nino! À demain! – falei enquanto saia do café sendo acompanhada por ele.

- Você mora aqui perto? Não é bom uma moça andar sozinha a noite! Posso te acompanhar? – falou ele.

- Moro sim, e sim, pode me acompanhar! Seria um prazer, afinal a conversa está tão boa! – respondi sorrindo.

- Ok, então vamos? – perguntou ele, oferecendo galantemente seu braço esquerdo para que eu o enlaçasse.

- Vamos! – respondi, ligeiramente encabulada por estar de braços dados com ele.

- Então, já se decidiu o que vai visitar amanhã?

- Sim, vou visitar o Château! Não adianta! Eu não vou sossegar enquanto não conhecê-lo!

- Hum... E, eu poderia te acompanhar nessa visita? Sabes que tenho que visitá-lo também e como pra ti ele tem tanto significado quanto pra mim, acho que seria legal irmos juntos, até pra mostrarmos um pro outro o que achamos de interessante. – propôs ele, enquanto caminhávamos pelas ruas, já desertas, do bairro.

- Eu topo! Acho que via ser bem divertido! Afinal nós dois gostamos de lá!^^

Caminhamos mais um pouco até que chegamos ao meu prédio. Ele fez questão de me acompanhar até a porta de meu apartamento, segundo ele por causa do adiantado da hora.

- Então, que horas posso vir te buscar? As nove está bom?

- As nove está bom pra mim! Não é muito cedo e também não é tarde! Assim poderemos aproveitar todo o dia né? – respondi feliz.

- Então tá! Amanhã as nove estarei aqui!

- Boa noite então Kamijo-sama, digo...Youji! – falei me corrigindo ante o olhar contrariado dele ao chamá-lo de "Kamijo-sama".

Enquanto abria a porta do apartamento, ouvi-o me chamar:

- Aline...

- Sim? – ao virar-me para atendê-lo, senti seus lábios capturando os meus em um beijo. Pega de surpresa, a principio não reagi, mas ao sentir suas mãos abraçando minha cintura, ergui as minhas até seu pescoço e permiti que o beijo se aprofundasse, ao que ele pareceu feliz, pois apertou mais seu abraço.

Foi um beijo profundo, intenso, mas ao tempo doce e gentil e que me fez perder a noção de espaço e tempo. Quando nos separamos para podermos respirar, percebi um brilho intenso em seus olhos.

Ficamos os dois silentes, olhando um para o outro até que ele interrompeu o silêncio:

- Boa noite, ma belle! – deu-me um beijo rápido nos lábios e virou-se, indo em direção a saída.

- Boa noite... – sussurrei, tocando meus lábios enquanto fechava a porta, ainda não acreditando no que havia acontecido.

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Esse é o primeiro capitulo de minha primeira fic, portanto sejam clementes comigo! XD É a primeira vez que me aventuro no universo das fanfics com j-rockers e já começo "pirando na batatinha"!XD Não prometo atualiza-la muito rápido pois tico e teco só funcionam quando querem e também porque ando com pouco tempo.

Bom, reviews são sempre bem vindas, nem que sejam pra tocarem pedras! :P