Eu não criei o anime/manga Beyblade e nem os seus personagens, eles não são meus! Se fossem a história seria diferente...
Aqui Kai e Rey são "apenas" irmãos por consideração, nada mais
Mas vai ter romance entre dois jogadores de beyblade... mais ou menos...
" " = pensamento
O segredo de Rey Kon
Capítulo 1
Olhos azuis observavam ansiosos para o relógio de pulso. "Quanto tempo mais eles precisam pra uma missão tão simples?" pensa impaciente enquanto volta a olhar para o muro de metal de dois metros de altura que continha arame farpado no topo.
Um leve barulho de passos apresados chama sua atenção. "Finalmente!"
- Vamos rápido! - sussurra pros vultos que corriam o mais silenciosamente possível para ele. Eles se aproximam, eram dois homens vestidos de preto, no braço do mais alto estava algo cuidadosamente enrolado em uma manta, não deixando nada a vista.
Com mais um gesto para se apresarem, o rapaz de olhos azuis salta pra cima do muro, seu corpo melhorado bionicamente fazendo esta tarefa extremamente fácil. Ele se equilibra em cima do muro onde o arame farpado já fora cortado e retirado, e escaneia os arredores confirmando a ausência de guardas. O homem mais alto sobe em um objeto posto na base do muro pelo outro se juntando ao homem de olhos azuis em cima do muro e lhe passa a manta para poder saltar do outro lado do estabelecimento sendo imitado pelos outros dois, o de olhos azuis aterrissando com muito mais suavidade do que se esperaria de um humano carregando algo daquele tamnho.
Os três saem do local em um carro escondido que os esperavam por perto, deixando o lugar novamente silencioso e vazio como se eles nunca estiveram lá.
Kai já esperava a mais de 6 horas. Ele não se preocupou por chegar em casa e achar nenhum sinal do seu amigo de infância, com o qual divide a casa, até surgir o conhecido sentimento de que o ruivo estaria aprontando algo. E sua intuição lhe diz que dessa vez ele se meteria em algo perigoso, e que provavelmente envolverá mais pessoas do que gostaria.
Sua inquietação piora ao lembrar-se de ontem.
--- Ontem ---
Kai, sentado na cozinha, se atualizava com os acontecimentos da cidade lendo o jornal local quando seu amigo se senta à sua frente. De relance, ele percebe no outro uma expressão que lhe é muito conhecida. Desejando ser deixado quieto, nos raros momentos de paz que se permitia ter, Kai pergunta meio irritado, encarando o amigo de olhos azuis.
- O que você quer Tala?
- Preciso verificar uma informação, é algo muito promissor para ser adiado então você precisará me substituir na reunião. –respondeu olhando-o direto nos olhos, sua expressão séria e decidida.
Kai coloca o jornal no canto da mesa e o olha com mais atenção escolhendo com cuidado as palavras que usaria. Seu forte nunca fora as palavras, mas conhecendo Tala como ele conhece, ele sabia que algo muito maior está por trás de um pedido tão simples. Mesmo que não pareça simples para outras pessoas a realidade em que vivem e a constante presença do "passado" os forçam a manter todas as suas ações cuidadosamente camufladas a pedido do Sr. Dickenson até obterem um final conclusivo nas operações da Abadia. É obvio que se algo chamou a atenção do ruivo é por um bom motivo. Internamente ele agradecia o esforço que os outros faziam em tentar concertar os atos de Voltaire...
Ele levanta uma das sobrancelhas, um modo de perguntar o porquê do pedido. Tala responde com a voz neutra e fria, característica dele, que não afeta nem um pouco o outro.
- Se não contei o motivo significa que não o farei agora. – Kai levanta as duas sobrancelhas, forçando o outro a se explicar melhor, a contra gosto. –É um assunto para ser conversado quando eu tiver as informações- responde secamente pondo ponto final no assunto.
- Hn. Não se acostume com isso, Dickenson já me incomoda o suficiente com o fato de eu faltar as reuniões, não preciso ouvir outro sermão de o quanto estou acabando com a minha saúde e o quanto ele teria desaprovado o que estou fazendo...
Kai estava tão absorto em suas memórias de uma certa pessoa e o quanto preferiria ver a reprovação nos olhos dourados a não vê-los, que não percebe seu amigo saindo da cozinha, com uma expressão pesada falando para si mesmo, com a voz tão suave que mau saíra de sua garganta.
- Se estivermos certos, e para o nosso bem eu espero que sim, você terá a sua família completa novamente. - Ele pára na porta da cozinha e dá um relance por cima dos ombros pro amigo de infância – e pensar que uma pessoa tão humilde e inesperada poderia fazer uma diferença tão grande na vida das pessoas, mesmo que acidentalmente. – Mas Kai não o ouviu ainda absorto em suas recordações.
--- ----
Ele é tirado de suas lembranças ao ouvir a porta se abrindo. Imediatamente ele se dirige a porta e pára a alguns passos do ruivo, com suas sobrancelhas franzidas.
Tala, vestido todo de preto, segurava uma espécie de manta negra em seus braços que protegia algo do vento frio do início do inverno, e os olhos azuis pareciam brilhar com algo que Kai não pôde identificar.
Passando por ele, o ruivo se dirige ao quarto com passadas rápidas, mas cuidadosas para não chacoalhar muito quem segurava enquanto falava irritado pro amigo.
- Não fique aí parado! Tranque a porta e depois me ajude com ele!
A casa possui dois andares, o primeiro andar consta de uma grande sala de estar com lareira, um pequeno sofá de dois lugares e um par de cadeiras confortáveis sobre um tapete extremamente macio e aconchegante. Logo à direita fica a cozinha, muito bem equipada e com uma mesa de jantar com quatro lugares, e ao lado dela o modesto escritório que raramente utilizavam. No segundo andar, quatro quartos, dois sendo reservados para visitas, ocupavam parte do andar, o resto sendo ocupada pela sala de ginástica, com alguns equipamentos de musculação e uma arena de beyblade, e um banheiro modesto.
Não pensando duas vezes Tala entra no primeiro quarto colocando, com cuidado, a manta na cama de Kai. Ele sabia que ouviria reclamações por estar usando a cama dele e não um dos quartos vagos, mas Tala também sabia que logo que descobrisse de quem se tratava o fênix faria questão de não tirar os olhos do outro por um bom tempo, mesmo que não admitindo.
Um grunhido baixo chega aos seus ouvidos quando o outro sente a fonte de calor, que seu corpo oferecia ao segurá-lo, se afastar. Só quando Tala tem certeza que o outro não emitiria mais nenhum som ele dá a sua atenção ao rapaz de cabelos azulados que o fitava da porta do quarto como se o quisesse matá-lo.
Segurando o meio sorriso que ameaçava escapar ao pensar na reação do amigo, Tala o chama perto com um gesto de cabeça.
Sejam gentis, é a primeira vez que escrevo um fanfic
sdefogo
