Notas da fic: #Crepúsculo não me pertence, se pertencesse eu estaria em Londres mergulhando em uma banheira de dinheiro, com mordomos de sunga e gravata borboleta me servindo.

#Plagio é crime! A fic me pertence e não permito nenhum tipo de cópia!

#Fic 100% Beward

#Postada tambem no Nyah! em meu perfil de mesmo nome: JessykC :)


Notas iniciais do capítulo: Olá!

Faz eu tempão que não posto nada, mas estive enrolando com essa fic a um bom tempo e finalmente consegui termina-la.

Bom, ela devia ser uma one-shot, porem ela acabou ficando um pouco grande, então decidi dividir em 2 capítulos.
Espero que gostem.


Capitulo 1

Era noite e faltavam algumas horas para o ano novo, as ruas estavam desertas, e a luz dos postes não alcançavam esta parte da rua.
Eu estava com medo.
Eu podia estar em casa com minha família agora , curtindo uma janta maravilhosa, dando risadas. Porem, à uma semana eu havia tido uma briga feia com meus pais, então como uma adolescente rebelde eu resolvi sair de casa. Não permanentemente! Eu não era tao idiota! Mas pelo menos por alguns dias até que a poeira abaixasse.
Eu não sai de casa e fui pra baixo da ponte como você deve estar pensando. Eu sai da cidade, fui para a casa dos meus tios. Eles moram nessa pequena cidade no estado de Washington, Forks é o nome. Eu não conheço nada dessa minuscula cidade, e por mais que aqui seja um ovo, eu consegui me perder.
Meus tios e meu primo haviam ido para a celebração de ano novo em uma pequena praia perto daqui, haveria musica, comida e fogos de artificio. Porem eu não estava no clima e falei que iria ficar em casa. Depois que eles saíram eu resolvi dar uma volta pela cidade... Não foi uma grande ideia!
Sabia que a casa do tio Billy ficava em uma rua estreita com uma loja de ferramentas bem na esquina e com uma placa luminosa na frente... o problema era que as vezes ela não funcionava, assim como muitos postes de luz por aqui. Perdida em uma cidade interiorana que tem problemas de iluminação publica! Perfeito!
Eu parei, observando pela rua escura, tentando achar meu caminho de volta... ate que ouvi um barulho vindo de uma ruela. Ah droga, droga, droga. Voltei a caminhar apertando o passo, tentado sair dali o mais rápido possível.
– Ei garota! Espera! - Uma voz masculina chamava atras de mim.
Olhei para trás e vi um cara alto, vestindo uma roupa escura, vindo ate mim.
Merda! Disparei atravessando a rua, tentando chegar em um lugar mais iluminado. O cara continuava, mais rápido agora, olhei para trás pra ver se estava muito perto, porem esse foi meu erro. Sempre fui muito desastrada, então não foi nenhuma surpresa o belo tombo que tomei.
– Que merda! - xinguei tentando me levantar.
– Espera! Não se mexe! - o cara falou, chegando até mim.
– Sai de perto de mim! - gritei, me virando tentando me afastar dele.
– Calma garota! Só quero te ajudar...
Ajudar? Ata. Ele chegou mais perto estendendo as mãos pra mim.
– Não me toca, seu maluco! - gritei, batendo nas suas mãos.
Ele se afastou um pouco e me olhou franzindo o cenho.
– Maluco? Não fui eu que sai correndo como uma besta desenfreada e cai de cara no chão! - respondeu ele.
– Você tava correndo atras de mim! Queria que eu fizesse oque? - joguei de volta.
Ele suspirou e se agachou perto de mim.
– Não queria te assustar, ok? Eu pensei que precisava de ajuda...
Eu semicerrei os olhos e avaliei seu rosto, ele parecia estar sendo sincero... mas eu já errei antes. Aproveitei para reparar em sua fisionomia... tinha uma pele clara e olhos azuis, uma barba rala e cabelos escuros curtos meio arrepiados, seu nariz era anguloso, seus lábios eram cheios e sua mandíbula era quadrada e forte. Engoli em seco tendo que admitir que ele era realmente um cara bonito, e não se vestia como um ladrão ou coisa parecida, suas roupas eram escuras, porem nada feias, uma calça jeans preta ajustada ao corpo, botas e uma jaqueta de couro por cima de uma blusa azul marinho.
Quando voltei a olhar para seu rosto ele sorria, deve ter se dado conta de minha avaliação. Meu rosto corou.
– E então? Já me analisou... qual o veredicto? Pareço um maluco? Ou um ladrão? Ou... oque quer que achou que eu fosse?
Baixei o rosto e respondi um "não" sussurrado.
– Que bom! - ele riu e estendeu as mãos pra me ajudar a levantar.
Deixei que ele me ajudasse, suas mãos grandes me segurando pelo braço e cintura, ele me ajudou a sentar em um muro que tinha por ali. Então se abaixou na minha frente dando uma olhada nos meus machucados. Ele olhou pelo rasgo em minha calça jeans e viu que não estava sangrando.
– Não foi nada demais, um pouco arranhado só.
– Porque não foi com você. - eu resmunguei.
Ele riu e se sentou ao meu lado.
– Meu nome é Edward Cullen. - ele estendeu a mão para mim.
– Isabella Swan. - respondi, segurando sua mão. Estremeci com o contato, oque não passou despercebido por ele.
– Frio? - ele perguntou. - Espera. - ele rapidamente tirou a pesada jaqueta de couro que usava e habilmente a colocou sobre meus ombros. - Prontinho, assim esta melhor.
Eu sorri e agradeci. Meus olhos logo se prenderam na roupa que ele usava, uma regata azul marinho que deixava seus braços longos e fortes a mostra. Edward não era musculoso, mas era forte e oque mais me chamou atenção foi a tinta que cobria a maior parte dele. Tatuado! Fiquei olhando fascinada por um momento, tentando identificar oque era. Percebi tinta preta misturada com um pouco de vermelho, laranja e verde, que se mesclavam formando desenhos, algo parecido com escamas de peixe e pele de cobra, e tudo isso junto com algumas palavras fechavam a manga de tatuagens em seu braço.
– Gosta?
– Oque? - perguntei, finalmente tirando os olhos do braço de Edward.
– Da minha tatuagem... - respondeu rindo. - Gosta?
– Ah, sim! É muito bonita!
– Obrigada. - ele sorriu, também olhando. - Ela vem até o peito e desce pelo outro braço. - ele disse, virando e mostrando o braço esquerdo.
Olhei novamente fascinada, ela se espalhava por seu peito apenas abaixo de sua clavícula e gracas a sua regata eu pude ver rosas vermelhas com folhas verdes em seus dois ombros, e o topo do que parecia ser uma caveira. Os dois braços tinham desenhos parecidos com as mesmas cores combinadas. Suas mãos também tinham tinta e seus dedos juntos pareciam formar uma palavra que não identifiquei, mas morri de vontade de saber oque era.
– É muito legal. - eu disse por fim, dando por encerrada minha avaliação, por agora pelo menos.
– Obrigada. Você tem alguma?
Eu ri.
–Não, sou muito medrosa. Mas pretendo fazer um dia.
Ele sorriu, porem de repente ficou serio.
– Me fala, quando te encontrei você estava perdida, não é?
Corei novamente.
– Ahm.. talvez.
– Uhm, se mudou faz pouco tempo?
– Não, vim apenas para o feriado. Não vejo a hora de ir embora dessa cidade idiota! - resmunguei. - Sem ofensa. - acrescentei rapidamente.
Ele riu.
–Não me ofende, também não moro aqui. A diferença é que conheço essa cidade com a palma da minha mão, oque não é difícil pois ela é bem pequena.
– Sim, mas todas as ruas parecem iguais! E não tem iluminação!
Ele ri novamente, e eu acho que já posso trabalhar como comediante.
– De onde você é? - Edward perguntou.
– Nova Iorque. - falei com orgulho.
– Sério? Você saiu daquela cidade caótica, e veio se perder aqui?
– Não ria! As únicas referencias aqui são arvores, tem arvores em toda parte!
– Sim, para vocês nova-iorquinos que adoram prédios, fumaça e barulho de buzina, Forks deve ser entediante...
– E você não acha isso também? Disse que não é daqui... E com esse estilo, deve morar em uma cidade grande.
– "Com esse estilo"? Você quer dizer que só por eu ser tatuado e usar roupas modernas eu obrigatoriamente não posso morar em cidades pequenas? - perguntou Edward, incomodado.
Merda. Porque não fica com a boca fechada Bella?
– Bom, eu.. é que no interior... Ahm...
– Sabe, nem todos que moram no interior se vestem como caipiras. Temos escolhas. - ele continuou, parecendo irritado.
– Tudo bem! Já entendi! Fui rude... me desculpa.
– Ta, tanto faz... - ele se levantou, batendo nas calças para tirar a sujeira do muro em que estávamos sentados. - Me diz onde você ta hospedada que te acompanho.
– Bom, se eu to perdida eu obviamente não sei!
Edward revirou os olhos e tentou conter um sorriso. Ufa, me incomodou que ele estivesse magoado com oque eu disse.
– Ah é, a menina da cidade grande não sabe se orientar sem placas brilhantes. - ele debochou. - Você esta na casa de quem?
– Do meu tio.. Billy Black.
Seu rosto retorceu em uma careta, por um momento tive esperanças de que ele soubesse de quem eu falava.
– Não... Não sei quem é. - ele disse por fim.
– Você não disse que conhecia a cidade toda?
– A cidade, não as pessoas. - ele apontou. - Bom, quem sabe meus pais conhecem.
– Seus pais? Veio visitar seus pais?
– Sim, porque? - perguntou incomodado.
– Então você já morou aqui!
Ele se virou e esfregou os braços, coitadinho devia estar congelando só com aquela regata.
– Sim.. Agora vamos indo.
– Vamos para onde?
– Para minha casa. - respondeu como se fosse obvio.
– C-como? Eu não acho q..
– Calma. Não precisa ter medo menina. - ele sorriu de lado. - Vamos apenas perguntar aos meus pais.
– Você não pode apenas ligar?
– Oh, você conseguiu sinal por aqui? Então porque não ligou para seu tio?
Eu fiz uma careta, havia esquecido o celular em casa... nem sabia que não havia sinal aqui. Eita cidadezinha boa!
Edward interpretou minha careta como um "não" e saiu andando.
– Vem logo garota! Ou não, você que sabe!
Eu suspirei o vendo caminhar rápido pela rua, eu não tinha escolha, então sai aos tropeços atras dele. Enquanto caminhávamos começou a ventar e uma chuvinha fina começou a cair sobre a gente, se intensificando ao longo da caminhada até a casa de Edward.
– Era só oque me faltava! - eu grunhi, enquanto Edward abria o portão da sua casa e nós nos abrigávamos em sua área coberta.
Meus cabelos escorriam e Edward estava com a blusa bem molhada. A jaqueta que ele me emprestou não deixou com que minha roupa molhasse. Pobre Edward estava batendo os dentes de frio. Ele abriu a porta e me convidou a entrar, correu até o banheiro e pegou duas toalhas para nós. Coloquei sua jaqueta no cabideiro e observei Edward tirar a camisa, porem colocou a toalha nos ombros, cobrindo assim seu peitoral de mim... Que pena. Virei o rosto, me distraindo, olhando seu hall de entrada.
Edward me deixou secando o cabelo e foi até a cozinha, poucos segundos depois ele voltava com um bilhete, com certeza escrito por seus pais pois dizia:
"Fomos para Port Angeles, voltaremos tarde, coloque uma pizza no forno."
– Me desculpa. - ele disse.
Edward não parecia surpreso, e por um momento pensei ter visto um olhar de diversão em seu rosto, porem podia ser coisa da minha cabeça.
Eu estava na casa de um estranho, sem saber voltar para a casa do meu tio, com uma chuva caindo em pencas la fora, e o pior: o estranho era um cara lindo de morrer. Vish.
– Bom, você aceita alguma coisa? Eu to com fome, acho que vou fazer aquela pizza agora... oque acha? - perguntou erguendo a toalha até o cabelo e secando.
Eu fiquei estática por um momento... isso não ia prestar. Eu podia ver seu peito parcialmente coberto pela tatuagem. Nossa, que homem gostoso! Seu peitoral era definido e sua barriga cheia de gominhos formando um taquinho delicioso.
– Ta tudo bem? - ele perguntou. Como eu não respondi ele suspirou e colocou as mãos em meus ombros, fazendo com que eu olhasse pro seu rosto. - Olha me desculpa por isso, ok? Eu sei que você deve estar nervosa por estar na casa de um estranho e por toda essa situação, mas não tem como ir pra sua casa agora. E não podemos sair perguntando de casa em casa no meio desse temporal! Então não temos opção. Oque posso fazer é te prometer que não vou te machucar de modo algum e posso colocar uma pizza no forno, ficamos conversando até meus pais chegarem.
Respirei fundo, eu realmente não tinha opção e Edward não parecia ser um cara mau. Eu ia ficar bem e podia até ser legal, Edward era divertido e passar algum tempo com ele não seria nada ruim, nada ruim mesmo.
– Ok. Mas só se a pizza for de calabresa. - eu brinquei, lhe dando um sorriso pequeno.
Edward sorriu de volta e me indicou o caminho. Fomos até a cozinha e sentei em uma das cadeiras enquanto Edward ia ate a geladeira e tirava do congelador uma pizza pronta, ele me mostrou a caixa quadrada em que estava escrito "Calabresa". Sorrimos um para o outro e fiquei observando ele colocar a pizza em uma forma e leva-la ate o forno elétrico, ajustando a temperatura e o timer.
– Prontinho. Ele vai avisar quando estiver pronta. - Edward disse, e então fomos para a sala de estar.
Pouco tempo depois Edward havia ajustado o aquecedor da casa e tudo estava quentinho, estávamos sentados no sofá em frente a televisão e assistíamos um filme qualquer sobre aliens, nada muito legal e nada que me fizesse desviar totalmente a atenção do peito tatuado do cara lindo sentado ao meu lado. Edward fez o favor de não colocar camisa... ele apenas trocou a calça por uma bermuda. Aliás, acho que fez de proposito porque do jeito que eu estava olhando pra ele era impossível que ele não se desse conta de que me atraia.
Em todos os momentos conversávamos sobre algo ou riamos de cenas idiotas do filme, e enquanto isso Edward sempre arrumava um jeito de me tocar, seja pra colocar uma mecha solta de meu cabelo no lugar, ou pra me beliscar nas costelas. Ouve um momento em que seu braço contornou meu pescoço e sua boca veio para meu ouvido e eu quase não entendi oque ele estava falando porque meu coração batia ridiculamente alto.
– Eu estou gostando muito que você esteja aqui. E você?
– Ahm... claro. - respondi nervosa. - Também to gostando.
Edward sorriu e voltou a olhar para a TV. Sem tirar o braço.
A tempestade se intensificava la fora, raios iluminavam o céu e os barulhos dos trovoes eram muito altos. Eu me aconcheguei mais perto de Edward e ele me abraçou mais forte, sem me conter olhei para cima e nossos olhares se encontraram. Ficamos assim por alguns segundos porem fomos interrompidos pelo barulho do timer do forno. Nos separamos suspirando e Edward se levantou para pegar a pizza.
Estávamos comendo com as mãos os pedaços de pizza de calabresa, sentados em frente a TV e comentando como aquilo estava bom, quando Edward começou a rir do nada.
– Oque?- perguntei, sorrindo.
– Você parece uma criança comendo. - ele riu e eu fiquei vermelha. - Ta se sujando toda.
– Sempre dizem isso. - resmunguei, pegando um guardanapo e limpando a boca.
– Não é uma coisa ruim. A maioria das garotas estão preocupadas demais com a quantidade de calorias que tem em um pedaço de pizza.
Eu sorri, eu não era nada como essas garotas, e Edward parecia gostar. Ele chegou perto e tirou o guardanapo da minha mão e o passou delicadamente em minha bochecha. Serio que eu tava cheia de molho na cara? Corei mais e ele voltou a rir de mim. Edward baixou o guardanapo porem não se afastou, seus olhos iam de minha boca para meus olhos e o ar começou a ficar denso em nossa volta, meu peito subia e descia com minha respiração rápida, ele ia me beijar! Eu devia deixar? Do que eu to falando? Obvio que sim! Seu rosto foi chegando mais perto, seu halito já me banhava e meus olhos já estavam fechando, quando um estrondo foi ouvido e tudo ficou escuro. Não pude evitar soltar um grito. Mas que merda!
– Deve ter caído a chave. - Edward sussurrou.
– Que merda! Odeio tempestades... - eu resmunguei.
Escutei a risada de Edward se afastando e entrei em panico, ele ia me deixar sozinha?
– Espera! Não me deixa aqui! - eu gritei, tentando andar sem bater em nada.
– Calma só vou ligar a chave! Espera ai.
Eu gemi, tateando até achar o sofá novamente e me sentei nele para esperar Edward voltar. Poxa a luz tinha que cair bem nessa hora? O universo não estava conspirando ao meu favor hoje! Ouvi o barulho de Edward mexendo no contador, porem as luzes não voltaram a acender. Isso não é bom...
– BOO!
– Que merda Edward! - eu gritei, lhe dando um tapa.
– Desculpa, não pude evitar. - ele riu, ainda parado na parte de trás do sofá onde ele me deu o susto. - Então, uma noticia ruim: Não foi a chave... Foi o transformador, a vizinhança inteira esta no escuro.
– Nossa que perfeito!
– Pois é... Vou arrumar umas velas, fica aqui ok?
– Tah.. mas não demora!
Ele saiu rindo de novo. Que bom que eu o divirto - pensei, irônica.
Enquanto Edward espalhava velas pelos cômodos o telefone tocou, não foi surpresa eu gritar novamente de susto. Ele atendeu e ouviu por um instante. Assim que ele desligou eu perguntei quem era e ele respondeu que era da companhia de energia. Perguntei oque eles disseram e aparentemente foi algo como:
"Desculpe-nos pelo transtorno, estaremos restabelecendo sua energia em algumas horas..."
– Algumas horas? - eu berrei. - Eles tao de brincadeira, ne?
– Medo do escuro, Isabella? - Edward perguntou, chegando perto de mim e falando em meu ouvido. Seu halito quente me fez tremer.
– Medo do que tem nele. - respondi, ofegando por sua proximidade.
Edward riu e afastou meus cabelos de meu pescoço, e deslisou seu nariz por ele.
– No momento só tem você e eu. - respondeu.
– Eu sei.
Edward se afastou um pouco, me olhando.
– Isso quer dizer que tem medo de mim, Isabella? - perguntou, sorrindo de canto e arqueando uma de suas sobrancelhas grossas.
– Não necessariamente.
– Como assim?
Respirei fundo e respondi com sinceridade.
– De nós dois juntos.
Ele sorriu mais, seus olhos pareciam bem escuros agora. O silencio perdurou mais tempo do que eu podia aguentar, virei o rosto e tratei de falar a primeira coisa que me veio a cabeça.
– Nossa pizza já era. - disse, vendo a caixa caída no chão.
– Isso é a ultima coisa na minha cabeça agora. - ele respondeu, sua voz mais rouca do que eu já tinha ouvido.
– Mas oque vamos comer agora? - insisti em o distrair com outra coisa, não era mentira oque eu disse antes, eu tinha medo de nós dois sozinhos no escuro, com Edward eu sentia que não teria controle.
– Sabe, não estou mais com fome... - ele disse, chegando outra vez mais perto de mim. - Pelo menos não de comida. - sussurrou.
Eu pulei do sofá. Meu Deus! Que homem é esse? Essa voz podia me levar a fazer as maiores loucuras. Como por exemplo... transar com um cara que acabei de conhecer.
"Bella você não conhece ele, você não pode! Você não é assim!" - disse minha voz interior. O problema é que ela estava abafada pela outra voz que dizia: "Você ta vendo essas tatuagens deliciosas nesse peitoral glorioso, e nesses braços fortes? Oque ta esperando garota? Vai deixar essa chance escapar?"
Eu estava em uma luta interna, enquanto Edward me observava sorrindo e se levantando, chegando cada vez mais perto com um olhar predador, eu deslizava para trás tentando decidir oque fazer. De repente minhas costas bateram em uma parede, era meu fim. Edward me encurralou, colocando as duas mãos ao lado de minha cabeça e chegando com o rosto a centímetros do meu.
– Não precisa ter medo, carinho. Apenas desejo continuar de onde estávamos quando a luz caiu... oque me diz?
Eu olhei em seus olhos, aqueles olhos azuis como o céu, brilhando de malicia e desejo. Eu não podia negar que estava louca por aquele beijo, porem eu sabia que não ia ser só um beijo. Talvez a luz caindo tenha sido a minha salvação, minha oportunidade de ver a loucura que eu estava prestes a fazer.
– Edward eu... não acho que...
– Eu não vou te forçar a nada, Isabella. Eu juro. - ele sussurrou, acariciando meu rosto com as pontas dos dedos longos. - Só quero um beijo. Deixa eu te beijar, carinho?
Eu ofeguei, minha boca estava seca, minhas entranhas retorcendo. Esse homem seria minha perdição.
– Sim. - eu sussurrei, rendida.
Edward sorriu e deslizou sua mão para minha nuca, segurando firme meu cabelo enquanto a outra ia para minha cintura. Automaticamente ergui minha cabeça e entreabri os lábios, seus olhos me percorreram gulosos por um instante antes de finalmente sua boca descer sobre a minha. Nosso beijo começou forte desde o principio, seus lábios devoravam os meus com uma fome que jamais vi. Sua língua se entrelaçava com a minha e explorava cada canto da minha boca. Seu gosto era de pizza, obvio, ainda assim era bom de uma maneira completamente estranha, talvez fosse bom apenas porque era Edward.
Não consegui controlar minhas mãos, como eu sabia desde o inicio que não conseguiria. Elas deslizaram em seus braços fortes, uma foi até sua nuca, os dedos se embrenhando em seus cabelos curtos e macios, a outra desceu para seu peito glorioso, apenas o pensamento de que eu estava tocando sua tatuagem me deixava completamente excitada.
Quando o beijo acabou eu estava ofegante, sem ar nenhum nos pulmões e inegavelmente molhada. Eu tirei as mãos dele um pouco envergonhada.
Edward começou a rir e eu olhei para ele já vermelha.
– Você estava a noite toda querendo tocar nas minhas tatuagens, agora ta com vergonha? - ele perguntou, sorrindo de canto.
Pois é, ele tinha reparado... Ah, foda-se, eu queria mesmo, não era culpa minha ele ser tao gostoso.
Edward me pegou de surpresa me fazendo soltar um gritinho ao levar suas mãos espalmadas ao meu bumbum e me erguer do chão, meus braços e pernas contornaram seu corpo automaticamente. Ele sorriu e caminhou até o sofá, se sentando e me deixando em seu colo.
Nos encaramos por um momento, eu hesitante esperando que ele dissesse algo, mas ele não disse. Deslizou suas mãos por meus braços até chegar as minhas mãos e fez com que eu tocasse suas tatuagens, depois disso eu não precisei de mais incentivo e fiquei traçando linhas em seu peitoral e braços. Aquilo era tao incrível, tatuagens me fascinavam de um modo inexplicável.
– Não precisa ter vergonha. Não sabe como me faz sentir bem ter suas mãos sobre mim. - ele disse, e eu não pude conter o sorriso largo que se espalhou por meu rosto. - Ainda mais porque me da o direito de ter as minhas sobre você também. - ele continuou, levando suas mãos até minha cintura e as infiltrando sob minha blusa, acariciando o local.
Nós sorrimos um para o outro e eu continuei minha exploração minuciosa por cada linha de suas tatuagens, e de seu corpo porque, meu Deus, que homem gostoso! Minha visão ficou nublada enquanto eu o tocava, imagens de nós dois juntos inundaram minha mente, como eu gostaria de me inclinar e lamber cada pedacinho de sua pele colorida. Eu sorri com esse pensamento, e fui tirada de minhas fantasias por uma risada gostosa vinda de Edward.
– Se você gosta tanto devia fazer. - ele disse, por um segundo pensei que ele lera a minha mente, mas ele estava falando obviamente sobre tatuagens. - Sei que disse que tem medo, mas sério, não é tao ruim.
Eu sorri, era oque eu mais queria, porem meu medo não era só da dor...
– E se eu fizer algo que depois eu me arrependa?
– É só pensar bem no que fazer, escolha algo que tenha a ver com você, que tenha significado. E por mais que você faça algo que depois venha a não gostar, é como aquelas besteiras que você faz no colegial... foram idiotices mas você não se arrepende, fazem parte de você e da sua historia.
– Uau, é um bom modo de pensar.
Ele sorriu e chegou seu rosto mais perto do meu.
– Por falar nisso, você já acabou o colegial né? Eu não quero ser preso nem nada. - ele perguntou, beijando delicadamente meu ombro.
– Sim... tenho 19 anos. E você?
– Tenho 27. - ele disse, continuando a me beijar, dessa vez o pescoço.
Vinte e sete! Oito anos mais velho que eu... Porra! Eu adoro homens mais velhos!
– Minha idade é um problema pra você? - ele perguntou, notando meu silencio.
– Claro que não. A minha é?
– Nem um pouco. - ele sorriu e segurou meu rosto entre as mãos, seus lábios a um centímetro dos meus. - Você é tao linda.
Eu sorri e agradeci.
– Você também é. - sussurrei.
– Sim? Pensei que gostasse só das minhas tatuagens.
– São elas que te deixam bonito. - retruquei, o fazendo rir.
– Ah é? Então não vou mais te beijar, fique ai curtindo minhas tatuagens. - ele disse, se afastando e fazendo um biquinho, os cantos de sua boca tremendo com a vontade de rir.
Eu sorri maliciosamente e me inclinei beijando de leve seu pescoço.
– Pode deixar, vou curtir.
Fui descendo meus lábios por sua pele até chegar em seu peito, assim que minha boca pairou sobre sua tatuagem meu corpo vibrou de excitação, sem hesitar percorri com minha língua a primeira linha colorida situada logo a baixo de sua clavícula. Seu gosto salgado explodiu em minha boca, me fazendo gemer de prazer. Eu realmente estava fazendo isso! Meu maior desejo desde que o vi sem camisa estava sendo realizado. Edward suspirou, fazendo seu peito estufar e relaxar. Eu sorri e subi até seu sexy maxilar, dando uma leve mordiscada ali e depois lambendo devagar a região.
– Gosta disso, Ed?
– Muito. - ele respondeu meio ofegante.
Ri e voltei a trabalhar em seu peito, deslizando minhas mãos sobre a superfície e depois contornando com minha língua uma linha que eu achasse particularmente atraente. Meus dedos acabaram esbarrando em seus mamilos e resolvi dar alguma atenção a eles, lentamente desci beijos por seu peito e levei minha boca até lá, olhei em seu rosto enquanto lambia e mordiscava, sua expressão de prazer era linda. Me dirigi aos seus braços, beijando enquanto arranhava seu peito com minhas unhas compridas.
– Ah Isabella, assim me mata. - ele rosnou, apertando minha cintura e me fazendo sentir o tamanho de sua excitação.
Gemi com o contato de seu membro com minha intimidade, mesmo com as roupas eu podia sentir o atrito de nossos sexos enquanto nos mexíamos buscando maior contato. Eu já estava sensível e molhada, meu corpo clamava pelo dele.
Edward parecia tao impaciente quanto eu, levando suas mãos para a barra de minha blusa e a puxando de uma vez, com habilidade ele rapidamente abriu meu sutiã e o jogou em algum lugar da sala.
Da sala... Merda! A gente estava se despindo na sala de seus pais!
– Edward, seus pais podem chegar... - eu ofeguei, tentando me afastar.
Porem Edward não pareceu me ouvir, sua atenção estava focada em meus seios nus.
– Lindos. - ele sussurrou, seus olhos negros dançavam e seu rosto se aproximou mais.
Soltei um gemido alto quando sua boca se fechou em meu seio direito, sua língua circulando meu mamilo e seus dentes o prendendo levemente, para depois me chupar forte como um bebe faminto.
– Edward! - eu gemi, segurando fortemente seus cabelos e o puxando mais para mim. Meus quadris se balançavam mais rápido agora de encontro ao seu membro duro como pedra.
Ele deu atenção ao meu outro seio também e então seus lábios subiram para os meus. Nossas línguas brigando por espaço na boca do outro, prendi seu lábio entre meus dentes e puxei, fazendo Edward estremecer.
– Edward, quarto... - eu pedi, ainda preocupada com uma possível cena na frente de seus pais.
Ele concordou com a cabeça e me soltou, sai do seu colo e caminhei aos tropeços pela sala, juntando minhas roupas. Edward me puxou pela mão, subimos as escadas tropeçando e rindo no escuro. No segundo andar fui prensada contra uma das portas do corredor e os lábios macios de Edward exploravam meu pescoço, sua mão tateando no escuro até encontrar a maçaneta, ele abriu e caímos para dentro.
Seu quarto estava iluminado gracas a duas velas que ele havia colocado ali, corri meus olhos pelo comodo porem antes que eu pudesse fazer uma avaliação do local Edward me abraçou por trás e correu as mãos por minha barriga nua, fazendo com que eu soltasse um suspiro de prazer. Sem nenhuma dificuldade seus dedos hábeis abriram os botoes do meu jeans e me livraram daquela peça em poucos segundos. Notando que estava em desvantagem, eu me virei e tratei de despi-lo também. Assim, ambos semi-nus, caímos em sua cama de casal aos beijos, Edward por cima de mim e no meio de minhas pernas, cada pedacinho de seu corpo moldado ao meu.
– Eu quero tanto você. - ele sussurrou em meu ouvido, mordiscando meu lóbulo e me fazendo tremer.
– Eu também. Por favor, Edward... me faça sua. - eu pedi, completamente embriagada de prazer.
Edward rosnou e desceu os lábios por meu pescoço, passou por meus seios, dando-lhes beijos e chupões, e seguiu por minha barriga. Assim que ele estava de frente para minha feminilidade, seus dedos se infiltraram no elástico de minha calcinha e puxaram a peça lentamente por minhas pernas. Fiquei um pouco envergonhada por estar totalmente exposta para um cara que eu nem conhecia direito, um estranho! Mas eu já estava muito longe nisso para parar agora. Seu rosto estava tao perto que eu podia sentir sua respiração em meu sexo. Esperei que ele voltasse para cima, mas ele tinha outros planos.
Seu rosto desceu mais perto e ele plantou um pequeno beijo em minha intimidade, eu gemi baixinho com isso e ele me olhou enquanto lentamente dava mais um beijo. Ele estava me testando, checando se estava tudo bem ele fazer isso, se eu aprovava, e foda-se se eu não estava louca por isso! Eu assenti com a cabeça e ele sorriu, finalmente voltando os olhos para baixo e dando-me oque eu tanto ansiava.
Sua língua desceu sobre minha fenda molhada, lambendo-me desde baixo até meu clitóris, meu gemido foi alto e meu corpo se arqueou de prazer por um momento. Edward colocou as mãos em minhas coxas, fazendo com que eu me abrisse mais para ele, e eu não o impedi. Sua boca fazia loucuras, ele me lambia, chupava, mordiscava... E eu apenas sabia gemer e implorar por mais. Meu sexo já implorava por libertação, até que ele levou seus dedos a abertura apertada e estocou com rapidez, me levando para a borda. Gemi seu nome enquanto mergulhava no prazer de meu orgasmo. Quando abri os olhos tive a visão sexy de seu rosto levantando do meio de minhas pernas, lambendo os lábios.
Levei minhas mãos a seus cabelos e o puxei para cima para que pudesse beija-lo. Agora apenas sua boxer nos separava e eu tratei de dar um jeito nisso, ele me ajudou a tirar sua ultima peça de roupa e apesar de estarmos tao ansiosos, Edward lembrou-se de pegar uma camisinha no bidé. Assim que estava pronto ele voltou para cima de mim, se encaixando entre minhas pernas, nossas intimidades se tocando. Gememos com o contato. Nossos olhares se conectaram e vi a pergunta muda em seus olhos: "Tem certeza?"
– Eu quero Edward... Vem! - eu disse, ofegante.
Ele não precisou de mais incentivo. Em uma estocada firme ele já estava dentro de mim. Edward era grande, eu gritei o sentindo todo dentro de mim. Ele ficou parado por um instante deixando eu me acostumar com seu tamanho e logo depois começou a se movimentar devagar, seu membro entrando e saindo lentamente, me deixando sentir todo seu comprimento. Meus olhos fecharam de prazer e meu corpo arqueou, tentando diminuir ainda mais o espaço entre nós.
– Oh Deus. Tao apertada, neném. Tao bom. - Edward gemeu em meu ouvido.
– Sim, muito bom. Me de mais!
Sua boca desceu pelo meu pescoço, beijando e lambendo minha pele, me deixando mais e mais louca a cada segundo. Seus movimentos iam ficando mais rápidos, e eu gemia seu nome, me sentindo pulsar e apertar envolta dele.
Sua respiração forte, seus gemidos roucos e sua língua na minha pele. Minhas unhas arranhando suas costas largas e meus dentes mordendo seu ombro, seu nome saindo de meus lábios como uma musica. Nossos quadris se chocando em nossa dança erótica, roçando, tremendo, apertando. O suor escorrendo e o cheiro de sexo no ar, nos embriagando de luxuria.
– Edward! - gritei seu nome em abandono, quando em uma ultima estocada ele me levou ao céu.
Ele ainda não tinha vindo, então assim que recuperei o folego nos virei na cama, montei seus quadris e voltei a nos movimentar, rápido e forte, ele estava quase lá.
– Isso, gostosa. Assim! - ele rosnou, segurando meus quadris com força e me ajudando nos movimentos.
Eu já podia sentir um segundo orgasmo se formando dentro de mim, tao poderoso quanto o primeiro, queimando meu ventre e fazendo-me choramingar em uma agonia boa. Edward jogou a cabeça para trás, sua boca se abrindo em um grito mudo. Senti a camisinha encher dentro de mim e deixei-me vir também, caindo cansada sobre o peito de Edward. Ambos aproveitamos os últimos segundos de prazer, ofegantes, quietos, apenas deixando a respiração normalizar.
– Wow... isso foi incrível. - Edward sussurrou no silencio. Eu só fiquei quietinha, com um sorriso satisfeito no rosto, enquanto ele nos virava na cama e saia de dentro de mim com cuidado. O observei sair da cama e caminhar até uma porta que devia ser o banheiro e voltar com uma careta.
– Oque houve? - perguntei ainda sorrindo, aquela careta era adorável e aquele corpo... meu Deus!
– Esqueci que ainda estamos sem energia... Então, nada de banho pra nós. - ele reclamou. - A não ser que queira um banho gelado? - perguntou fazendo outra careta.
– Nenhum pouco. - respondi atirada na cama preguiçosamente, a cabeça virada em sua direção.
Ele riu.
– Graças a Deus.
– Afinal, pra que banho se ainda podemos nos sujar mais um pouco?
– Gosto de como você pensa. - ele sorriu, vindo pra cima de mim.
Ficamos deitados por mais um tempo e eu não tinha a minima vontade de sair dali. As velas derretiam devagar e a luz se esvaia com elas, deixando-nos sonolentos. Edward descansava a cabeça no meu peito depois da nossa terceira rodada de sexo quente. Eu não sei como ele ainda não havia desmaiado, nenhum parceiro meu havia durado mais que duas vezes. Edward era o super-homem.
– Eu sou o Batman. - ele murmurou.
Eu tenho que parar de falar meus pensamentos em voz alta.
– Ok, Batman... Pode dormir um pouco, não vou cortar sua garganta enquanto dorme. Até porque não sei onde deixei minha faca.
– Me sinto bem melhor. - resmungou sonolento, saindo de cima de mim e me puxando para seus braços. - Dorme também minha Batgirl, sei que o papai aqui acabou com você.
Eu ri.
– Ah, e feliz ano novo.
– Oque? - perguntei erguendo a cabeça pra olhar em seus olhos.
– Já são 3 da madrugada.
– Wow... Então viramos o ano fazendo...
– Aham. - ele riu. - Foi um jeito perfeito de começar o ano.
– Concordo. - sussurrei, lhe dando um beijo. - Perfeito.
Voltei a me deitar em seu peito, colocando uma perna possessivamente por cima de seu quadril e minha cabeça em seu pescoço.