Meu Inverno

Por. Nayome Isuy

Disclaimer : Inuyasha e seu grupo não me pertencem, portanto não posso tê-los para mim, mas me contento em aprecia-los! XD

Legenda:

-...- Fala

"..." pensamentos

(...) alguns comentários meus. XD

Capítulo 01 – Introdução

Como sua vida tinha se transformado tão subitamente? Em um momento estava feliz e satisfeita com a vida que levava e no outro estava lá, caminhando sob a neve tentando impedir que incontáveis soluços escapassem por seus lábios.

Começava mais um inverno - a neve começara a cair no dia anterior - se não estivesse tão preocupada com a desgraça que sua vida estava se tornando, com certeza se lembraria de como odiava o inverno. Sempre tão frio. Pouquíssimas pessoas se atreviam a caminhar pelas ruas num dia daquele e as que caminhavam estavam com pressa para chegar a sua casa e estar com a família. Ao contrário dela, que queria distância daquilo que o juiz denominara como lar. Aquilo nunca se tornaria um lar, seria apenas onde teria de passar um ano até que tivesse idade suficiente para morar sozinha.

Talvez estivesse sendo um pouco ingrata, mas quem ligava?

Depois de ter perdido a mãe há uma semana atrás ficara designado que ela teria de morar com a tia e a prima. No dia em que o advogado da família avisara quem teria a tutela sobre a adolescente, ela percebera como não era muito bem aceita naquela família. Todos os parentes procuraram desculpas para se livrarem do estorvo. Talvez aquilo fosse porque sua mãe se casara com seu pai, um homem que não era visto com bons olhos pela família.

Por fim, sobrara para sua tia, Hishiru, ela sim, era muitíssimo bem aceita pela aquela família que vivia de aparências. Tinha uma filha perfeita, um emprego perfeito, uma casa perfeita, a vida perfeita. No dia em que o marido morrera se esforçara para não chorar e assim estragar a sua maquiagem perfeita. (aff, acho que exagerei XD)

Até mesmo na escola aquela "não aceitação" a perseguia, era conhecida como a sombra de Kikyou, sua prima. Eram parecidas, mas ao mesmo tempo muito diferentes. Kikyou era a rainha perfeição, seus cabelos negros e compridos sempre brilhavam, o que dava inveja a qualquer outra garota no colégio. Magra como só, perfeita como ela, não era de se espantar que vivesse rodeada de meninos e garotas escandalosas, se eram verdadeiras e sinceras pouco lhe importava o que valia mesmo era que estava sempre no meio das atenções. Isso não lhe provocava nem um pouco de inveja, mas a idéia de ser um pouco mais bem aceita caia muito bem em seus devaneios.

Assim como Kikyou ela possuía cabelos negros – assim como a família toda – entretanto o seu era um pouco mais curto e não era tão brilhoso como o dela. Não era magérrima como. Perfeita? Essa era a palavra que passava longe do modo que os outros a viam. Em geral era "a sem graça", "a estranha" ou "a deslocada". Isso pouco lhe importava, aprendera uma valiosa lição anos atrás Nunca dar atenção ao que os outros dizem.

Não que ela fosse completamente excluída a ponto de não ter com quem conversar, de fato tinha uma valiosa amiga da qual não podia se queixar, Sango. A jovem lhe dera tanto apoio após a morte de sua mãe, não se sentia tão sozinha assim, sabia que podia contar com ela para qualquer coisa.

Sango era uma garota um pouco relaxada, mas sempre garantia uma boa nota nas provas. Ah, não podia se esquecer de Miroku, este estava sempre com as duas já que não deixava Sango em paz. Miroku era conhecido como o pervertido da escola, já que estava sempre atrás de alguma garota. Mas era percebido o prazer que ele sentia em estar sempre perturbando Sango com suas cantadas.

No fundo ele era um bom amigo que compartilhava seu tempo com as duas, apesar de ser um tanto popular.

Cansada de se lamuriar, e ao perceber que já estava muito frio, decidira retornar, para sua suposta casa. Havia chegado à casa da prima naquela manhã, mas fora o suficiente para ela querer deixar o lugar o mais rápido possível.

Caminhava lentamente pela rua vazia, banhada pela noite, os postes iluminavam o seu caminho e o vento frio por pouco não a congelava. A lua cheia estava belíssima no céu, nenhuma estrala poderia ofuscar seu brilho, não em sua noite de glória.

Já podia avistar ao longe a casa de sua tia. Quanto mais se aproximava podia distinguir a silhueta parada na frente da porta. Sua prima. E por sua expressão ela não parecia muito feliz. Não que algum dia chegara a receber Kagome com abraços e sorrisos. Muito pelo contrário, para ela quanto menos tempo tinha de suportar a prima, melhor.

-Humf, Kagome! Já não basta termos de acolhê-la em nossa casa, você fica chegando tarde! Eu te avisei que o InuYasha viria hoje, podia ter a consideração de chegar em casa mais cedo! – sua prima ralhou enquanto a jovem entrava e retirava o cachecol e as luvas, pendurando-os na entrada.

Tinha se esquecido que InuYasha viria essa noite. Recordava-se de Kikyou comentar algo sobre o namorado, mas não prestara muita atenção. InuYasha e Kikyou estavam namorando há mais ou menos três meses, ou será que era mais? Bom, isso não importava. InuYasha era um dos garotos mais cobiçados da escola, não sabia o que as garotas achavam de tão maravilhoso nele, mas não podia negar que aquele cabelo negro e comprido dava um ar muito charmoso a ele. Sabia poucas coisas a respeito do jovem, nunca se interessara muito por sua vida, para ela ele era apenas mais um no meio da popularidade.

-O que pensa que está fazendo! – ouviu a voz nervosa da prima enquanto tirava os sapatos.

-Do que está falando? – Kagome ergueu o olhar e pode ver Kikyou cruzar os braços impaciente.

-Kagome...! – a voz da tia preencheu o cômodo.

-Sim, tia! – respondeu indo até a cozinha onde a mulher preparava o jantar.

-Vá ao mercado e traga-me essas coisas que estão na lista... – Kagome pegou o pedaço de papel.

-Mas tia eu acabei de chegar... –

-Vá logo antes que InuYasha chegue! – Kagome suspirou, murmurou um "ta, ta, já vou..." calçou novamente os sapatos e pegou o cachecol e as luvas deixando mais uma vez a casa.

"Ótimo!" pensou ironicamente "agora tenho que ficar fazendo compras..." decidiu se apressar, assim logo poderia chegar a casa e sair daquele frio. O mercado não ficava muito longe. Logo avistara o letreiro piscando em vermelho no meio da escuridão diurna.

Entrou no mercado e tirou a lista de dentro do bolso. Constavam apenas quatro ingredientes:

1k FARINHA

2kg AÇÚCAR

1l LEITE

5TOMATES

Começou a procurar os ingredientes. O mercado estava vazio dada à hora avançada da noite, uma ou duas pessoas estavam lá fazendo suas compras noturnas, provavelmente já passavam das onze, mas aquele era mais um daqueles mercados vinte e quatro horas. Ao fundo ela podia escudar uma baixa música estranhamente sonolenta, o que não contribuiu com seu estado de cansaço. Depois de pegar tudo se encaminhou ao caixa vazio. O atendente somou os produtos e entregou-lhe a nota fiscal, anunciando:

-São 19,30 –Kagome ficou um tempo parada, até lembrar-se que a tia não lhe dera o dinheiro. Bufou nervosa abrindo a carteira e tirando uma nota de vinte. Era só o que faltava, além de fazer as compras para a tia também teria de pagar por ela – Obrigado e volte sempre – o rapaz comentou entregando os setenta centavos de troco.

Kagome pegou as compras e saiu do local, murmurando nervosa.

-Kagome...! – a jovem se virou e viu um rapaz se aproximar correndo. Suspirou, não ele agora, tudo que queria era ir para casa e descansar, o dia fora um tanto puxado – Sabia que era você, Kagome. Reconheço-te de longe... –

-Ah, olá Kouga! – a colegial comentou esboçando um sorriso. Kouga era um amigo da escola, estava no terceiro ano, há algum tempo havia cismado que ela deveria ser sua mulher. Para Kagome aquilo somente a perturbava, não que não gostasse de Kouga, mas tinha horas que ele era muito inoportuno.

-O que está fazendo numa noite tão fria fora de casa? –

-Apenas vim fazer umas compras para minha tia... – comentou indicando a sacola que carregava. Kouga apenas percebeu a sacola naquele momento.

-Kagome, permita-me acompanhá-la até sua casa... –

-Kouga, por favor, não precisa se preocupar, minha casa é aqui perto... – a jovem comentou corando quando ele pegou a sacola e saiu caminhando à frente.

-Não será nenhum incômodo, Kagome. E também é perigoso para uma garota andar a essa hora na rua... – comentou sorrindo, Kagome desistiu e passou a segui-lo. Esquecera de mencionar que Kouga era sempre muito gentil.

-Então, Kagome, sua prima continua te perturbando? - Kouga perguntou enquanto caminhavam subindo a rua. Kagome sorriu diante da preocupação do amigo.

-Ah, nem tanto, Kouga. Além do mais, eu não posso reclamar, sabe? Elas permitiram que eu morasse com elas, acho que seria demais exigir que elas me aceitassem... – a jovem comentou baixando o olhar com um pequeno sorriso nos lábios.

-Kagome, eu não aceito que a minha mulher more num lugar onde está sendo maltratada! – ele exclamou observando-a.

-K-Kouga, eu não estou sendo maltratada... –

-Como não, Kagome? Está na rua há essa hora, e nesse frio! Se continuar assim você vai ir morar comigo! – ele avisou, Kagome se assustou, e deu um sorrisinho sem graça. Quando viu que estavam em casa ela se apressou:

-Hum, Kouga, muito obrigada por me acompanhar. – pegou a sacola das mãos dele e correu para casa.

Ao entrar em casa começou a ouvir vozes alegres, pelo visto InuYasha havia chegado. Mãe ou filha? Não sabia quem babava mais. Era impressionante como ambas enchiam o garoto de mimos, era sempre muito bem recebido e as duas sempre conversavam alto e ouviam as histórias que ele mesmo contava. Mas Kagome percebera, certa vez, que ele parecia se incomodar um pouco com toda aquela atenção, não só das duas, mas como de todos da escola, estava sempre sendo perseguido ou rodeado por milhares de pessoas.

Ela suspirou, que importava? Ela não pretendia se envolver naquela história, mal conhecia o rapaz, podia ter sido uma impressão errada, afinal, se não gostasse da atenção tentaria evita-la, não? Percebeu que estavam na sala e se lembrou da conversa que teve pela manhã com a prima.

FLASH BACK

Havia acabado de chegar e estava arrumando as coisas no quarto que lhe fora direcionado. Não era muito espaçoso, um armário no canto, a cama no centro e uma escrivaninha perto da janela. Não que quisesse ser mimada, mas o lugar se mostrava um tanto empoeirado, não tiveram nem a consideração de arrumar o lugar para ela.

Abrira as janelas, deixando o ar circular. Começou a desfazer as malas, e organizar o lugar. Ouviu uma batida na porta.

-Entre... –

Kikyou entrou no lugar carregando alguns lençóis e colocando em cima da cama. Ficou observando Kagome por um tempo e por fim falou:

-Bom, você já deve saber que estou namorando com InuYasha... – Kagome assentiu – ótimo! Ele vem hoje a noite jantar conosco. –

-Certo... –

-Não, você não entendeu, quero que seja tudo perfeito! – sua prima comentou fitando Kagome se erguer.

-O que quer, Kikyou? –

-Já que você tocou no assunto, será que dá para você não aparecer? – Kagome se espantou com a pergunta, definitivamente ela era um estorvo naquela casa e Kikyou parecia querer deixar aquilo o mais claro possível.

-Hum, mas eu não vou jantar? –

-Depois você esquenta alguma coisa... Só não quero que apareça lá. –

-Tudo bem... - comentou com um suspiro. Tentaria tornar sua presença naquela casa a mais agradável possível, tentaria viver em harmonia com a tia e a prima, apesar de achar um pouco impossível.

-Ótimo! – assim Kikyou deixou o cômodo, muito satisfeita por sinal.

FIM DO FLASH BACK

O melhor era avisar a tia que chegara, deixar as compras na cozinha e depois desaparecer para não estragar o jantar de Kikyou. Tirou o casaco e seguiu em direção a sala. Ao adentrar todos pararam a conversa, estavam sentados nos sofás e pareciam muito interessados em observá-la. Kikyou fizera uma careta ao perceber a presença da prima e InuYasha não demonstrara surpresa, provavelmente sabia que a menina estava morando com Kikyou. Sua tia ao perceber o silêncio e o olhar de Kikyou se adiantou:

-Até que enfim chegou, menina! Eu disse para ir rápido! Por sua culpa a janta ainda não está pronta. - Kagome piscou surpresa, ela tinha ido até bem rápido – desculpe-nos, InuYasha, essa menina às vezes é muito devagar. – InuYasha se moveu e respondeu:

-Não se preocupe. -

-Desculpe-me, tia. Eu vou deixar o que me pediu na cozinha. – Kagome comentou e seguiu para a cozinha.

-Se vocês me derem licença, vou terminar de preparar o jantar... – Hishiru comentou. Kikyou assentiu satisfeita por ter um momento a sós com o namorado.

Sua tia entrou na cozinha e viu Kagome arrumando os ingredientes em cima da bancada de mármore. Após arrumar estava saindo do aposento quando sua tia a chamou:

-Seja útil, menina! Ajude-me com a ceia. –

-Mas... –

-Nada de "mas", você atrasou tudo a única coisa que pode fazer é me ajudar, além do mais eu preciso fazer sala para a visita, não posso ficar na cozinha. – Kagome suspirou, aquele dia parecia que nunca iria acabar.

-O que quer que eu faça? –

-Ponha a mesa e depois fique de olho no peru, ele deve ficar pronto daqui a pouco. Agora eu vou voltar para a sala. – comentou sua tia deixando o cômodo.

-Certo... – Kagome encarou o peru no forno com raiva. Tudo que mais queria naquela hora era deitar e dormir.

Caminhou até o armário pegando os pratos e talheres. A sala de jantar era junta com a sala de estar, onde se encontravam a família e seu querido convidado. A única coisa que as separavam era uma pequena estante de vidro. Kagome entrou na sala e começou a arrumar a mesa, pegando apenas um pedaço da conversa.

-Ah, mãe, já lhe contei que InuYasha está fazendo a escola de pilotagem e assim que passar seus pais vão lhe dar um carro! – Kikyou comentou animadamente.

-Ah verdade, querida? É muito bom saber isso, InuYasha! – o jovem sorriu.

-Termino daqui alguns meses... – comentou satisfeito. Ninguém parecia perceber sua presença na sala. Kagome pegou os copos e colocou em seus devidos lugares.

-Kagome...? – a jovem se virou ao ouvir a prima – traga-me um copo de água. – é, realmente, ela só servia para aquilo mesmo. Foi até a cozinha pegar o bendito copo.

-Aqui... – entregou a prima, que fez um sinalzinho de "chispa". Fez uma careta e saiu pisando duro. Inuyasha ficou observando Kagome sair da sala e Hishiru percebendo o olhar do jovem tratou de apontar os defeitos dela.

-Kagome, é uma menina muito mal educada, não repare, por favor... – pediu sua tia. InuYasha deu um sorrisinho decido a não se meter nos problemas da família, pelo que percebera a menina "Kagome" não agradava nem Kikyou e nem sua mãe – sabe, perdeu os pais, e agora temos de aceita-la em nossa casa, a mãe nunca lhe deu uma boa educação, por isso é tão rebelde... –

Kagome retornou para a cozinha e sentou-se na bancada de mármore apoiando a cabeça nos braços enquanto observava o peru cozinhar. Sua vista às vezes se tornava um pouco turva e suas pálpebras pesavam agradavelmente quase que convidativas. Um silêncio gostoso tomou conta do aposento e o sono foi cada vez seduzindo-a mais, e acabou pegando no sono, deixando a cabeça pesar sobre a mesa gélida.

O tempo foi passando e Hishiru e Kikyou estavam muito distraídas com a conversa para perceber que algo de errado estava se passando. Inuyasha já estava quase deitado no sofá com a demora da janta e a conversa de Kikyou e sua mãe não era muito animadora. Por vezes pediam sua opinião, e ele respondia qualquer coisa já que não estava prestando atenção.

-Então eu disse a ela que não seria necessário que ela fosse ao salão já que nem um milagre poderia melhorar sua aparência! – comentou histericamente Kikyou caindo aos risos junto à mãe e Inuyasha apenas balançou a cabeça como se concordasse, só não sabia com o que.

Um cheiro estranho de queimado começou a preencher a sala, quando Hishiru percebeu que era o peru, deu um pulo do sofá e saiu correndo para a cozinha gritando e Inuyasha e Kikyou foram atrás.

-Ah! O meu jantar está arruinado! – Hishiru gritou levando as mãos ao cabelo, pegou uma luva e abriu o forno, de onde saiu uma grande massa de fumaça.

Kagome ao ouvir os gritos ergueu a cabeça, assustada, e ao ver a tia tirar o peru queimado de dentro do fogão levou as mãos à boca. Como pode ser tão descuidada! Sabia que por essa iria ouvir eternamente, Kikyou não deixaria aquilo barato. Ela percebeu que todos estavam demasiados ocupados com as lamúrias e o peru que soltava fumaça. Decidiu que era melhor sair dali antes que percebessem e começassem a culpá-la pela ruína do jantar, o que era verdade, mas aquilo tudo não teria acontecido se tivessem deixado-a ir descansar.

Quando estava na porta da cozinha Kikyou percebeu sua intenção e virou-se furiosa para a jovem.

-Como pode, Kagome! – esbravejou, aproximando-se de Kagome parou a porta e passou a fitar a prima, Inuyasha e Hishiru, viraram-se para ver a discussão. – você estragou a minha noite! – Kagome baixou a cabeça, bambeou, o sono ainda a assolava.

-É assim que nos retribui! – exclamou Hishiru parando ao lado da filha, que tinha a face levemente avermelhada devido aos gritos.

-Eu sinto muito. Eu estava exausta e... –

-Estragou a minha noite! – berrou novamente Kikyou.

-Chega, Kikyou... Foi um acidente, ela não fez de propósito – InuYasha achou que já era hora intervir. Percebera que a jovem parecia quase dormir em pé, os olhos inchados e avermelhados de sono e o cabelo bagunçado graças ao seu pequeno cochilo na bancada.

-Mas, Inu, e o jantar! – Kikyou perguntou tentando baixar o tom de voz e acalmar-se.

-Vamos a algum restaurante... Eu pago. – sugeriu.

-Ah, - Kikyou começou tentando se recompor – então... Acho que podemos ir... Vamos.

Os três seguiram em direção a porta, Kagome acompanhou-os parando na porta. Hishiru pegou a chave e quando estava de saída Inuyasha perguntou indicando Kagome:

-Ela não vêm?

-Am? – Kikyou se virou – ah não, com certeza já comeu alguma coisa na rua, não precisa se preocupar com ela... –

Kagome suspirou ao ouvir as ultimas palavras dos três, Inuyasha olhou uma ultima vez para trás e ela deu um sorrisinho, entram no carro e deixaram a casa. Kagome trancou a porta e subiu as escadas.

Suspirou entrando no quarto e jogando-se sobre a cama. Finalmente iria poder descansar. Olhou para o lado e viu sua escrivaninha cheia de cadernos, levantou-se curiosa. Quando viu quase chorou. Tinha se esquecido de fazer os deveres.

Sentou-se e começou a fazê-los.

Depois de algumas horas ouviu o barulho de carro na rua e a voz de Kikyou. Parecia que Kikyou havia acabado de chegar, ouvi-a se despedir de Inuyasha e entrar. Decidiu não descer enquanto sua tia não subisse, não queria correr o risco de ter de lavar a louça, ou ser pega de surpresa no corredor e levar a bronca antecipada.

Quando, enfim terminou o dever, olhou para o relógio este marcava duas e trinta da madrugada. Sua barriga roncou, estava faminta. Sua tia provavelmente já estava dormindo à uma hora dessas.

Abriu a porta e desceu silenciosamente, procurou algo na dispensa. Achou apenas biscoitos, comeu alguns e depois sorriu, finalmente aquele dia tinha acabado, ia chegar no quarto e cair no sono. De fato teria de acordar cedo no dia seguinte, mas naquele momento não queria pensar naquilo. Só queria dormir. E se esquecer de tudo o que acontecera, dormir em paz.

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Olá a todos!

Aí está o primeiro capítulo da minha mais nova criação! o/ Não é uma fic com uma trama muito complicada, como, em geral, eu gosto de fazer, mas eu quis testar alguma coisa nova. Se eu continuasse com fics do gênero que eu escrevo acho que acabaria ficando repetitiva XD

Pode-se dizer então que sou novata! Por isso, se tiverem alguma opinião ou sugestão me falem, será de grande ajuda! o/

Obrigada por lerem!

Nayome Isuy