LILY X BONSAI
"Se for um bebê, eu e o Titz teremos uma família feliz! Ai, e os nomes? Bem, se for menino, o nome dele vai ser Estrinio, e se for menina, Etêvalda!" Os pensamentos de Lily foram interrompidos quando ela viu: "UM BONSAI?"
DING, DONG!
- Querida, a porta! – Tiago Potter gritou do banheiro.
- To um pouquinho ocupada aqui, Titizinho! – Lílian Potter respondeu. Ela não estava mentindo! O telefone se encontrava preso entre seu pescoço e seu ombro, com a mão esquerda, ela escovava o pêlo de Lumpus (seu gato, a propósito), e com a mão direita, ela cozinhava o jantar (que, por acaso, estava queimando na panela). Sem mencionar que ela estava TENTANDO passar as roupas de Tiago com o pé esquerdo (e uma pequena ajuda de sua varinha).
- Como é, Lily? – sua mãe perguntou-lhe do outro lado do telefone. – Do que é que você me chamou? Titizinho?
- É, mas, mãe, não...
- Por acaso eu tenho cara de Tiazinha pra você? Não, né? Até por que eu não tenho aqueles peitos enormes.
- Tem razão, os seus são maiores.
- Como é que é mocinha?
- Eu tenho que desligar, mãe. – Lily disse, para escapar. Só, que, quem disse que ela conseguiria desligar o telefone sem um pouquinho de esforço? Tentando desesperadamente desligar o próprio com a língua, ela ouve sua mãe reclamar do outro lado da linha:
- Lily, você ainda esta ai? Ai, para com isso, Arnold, huhuhu, não faz desse jeito, hein? – ela perguntou para Lily e sussurrou para alguém do outro lado da linha.
- Anh? – Lily perguntou para si mesma.
- Isso, vem cá meu garotão, vem com força! Hmmm.. Lily? Grauurr.. Lily, você ainda esta ai, grrrr, aiii, querida?
- Wãe? Wãeee! – Lily tentou falar, mas falhou miseravelmente, já que sua língua estava meio ocupada tentando desligar o telefone.
- LILY? VOCÊ AINDA TA AI? Filha, se você me escutou fazendo o rala e rola com o seu pai, TU TA FERRADA, GAROTA!
- AHHHHH! – Lily agora tentava ainda mais desesperadamente desligar o telefone. E não conseguiu. Num surto de raiva, ela gritou "BAAAANZAI!" e jogou o pobre do telefone (de três mil reais, a propósito) longe. E adivinha onde ele acabou caindo? Exato. No..
- MEU JANTAAAAAAAR! – ela gritou, deixando de fazer tudo o que estava tentando fazer. Sabe, passar roupa, escovar o pêlo do Lumpus... Oh, meu Deus. Isso não é nada bom.
- LUMPUS! SAAAAI! AI, MINHA PERNA, GATO IDIOTA! SOLTA, SOLTA! – reclamava ela enquanto tentava (sem sucesso) fazer Lumpus soltar da sua perna, sacudindo ela. No que isso resultou? Exatamente! Jantar na cara dela! – AAAAAAAAAAH! MEU ROSTO! MEU CABELO! NÃO! NÃO! NÃO! – ela esperneava, agora sacudindo a perna e limpando o rosto com a mão. – TIAGO! IUHUL, QUERIDO, DÁ PRA DAR UMA AJUDINHA AQUI?
- At a first I was afraid, I was petrified… - ele cantarolava no banho, com o chuveiro ligado.
"Ah, ótimo. Jantar na cara, gato assassino e marido gay. Sem mencionar o maldito telefone que se encontra DENTRO DA MINHA COMIDA.", ela pensava.
- Ah, eu vou ter pesadelos essa noite! TOTALMENTE! – então, descendo as escadas que levavam à sala, enrolado numa toalha de rosto, muito, muito abaixo da cintura, uma gota de água escorrendo pelo peitoral definido, maliciosamente contornando o tanquinho BÁSICO do seu corpo, o cabelo molhado caindo levemente pela face, as pernas bem torneadas à mostra, estava Tiago. Ou Titizinho, para os mais íntimos.
- Com quem você vai ter pesadelos, amor? E, ah, eu não achei a minha toalha. – ele perguntou para ela, quando chegou ao primeiro andar.
- Eu vou ter pesadelos com a minha mãe fazendo um rala e rola com o meu pai e.. – ela respondeu sem se virar para ele – Oh, mãezinha. – exclamou quando virou-se. Ele sorriu malicioso e perguntou:
- A propósito, você abriu a porta?
- Na-ão, anh, o que? – ela lhe perguntou, ainda olhando a gotinha idiota que contornava o seu corpo e fazia um trajeto pervertido por ele.
- Lily. A porta.
- Ah, a porta! Esquece a porta! Rapidinha? – ela olhou para ele pidona.
- O que? – foi a vez dele ficar confuso.
- Uma rapidinha? Por favor? Não demora nem 15 minutos! – ela lhe pediu de novo.
- Ah, não, Lily... eu acabei de chegar do trabalho, tomei banho. Não. De jeito nenhum. Nunca. Jamais. Nananinanão, never ever, não estou brincando, no, nops, necas de pitibiribas! Não mesmo.
3 minutos depois.
- Ok, affu, affu, essa foi bem, bem rapidinha. – ele deixou escapar, a respiração ofegante.
- Muito rápida pro meu gosto, Titz. – Lily resmungou de algum canto do banheiro, fechando o sutiã (daqueles que fecham na frente).
- Haha! - ele deu um riso sarcástico - E a porta amor, você atendeu? – perguntou pegando a tolha "tapa sexo" e se enrolando nela.
- Não, não atendi... Sabe como é, né? EU SOU UMA SÓ! – respondeu Lily meio irritada.
- Ta bom, ta bom, eu atendo...
- Desse jeito não vai não!
- Eu vou sim! – ele resmungou, enquanto sua mão pousava na maçaneta.
- Tiago Potter! Não ouse fazer isso! OU SE NÃO... – Lily ameaçou, mal conseguindo fechar o primeiro botão da camisa.
- Ou se não... ? – ele resolveu provocá-la.
- Ou se não eu vou garantir que essa aliança – ela apontou para o dedo dele – vá parar na mão do Sirius! – Tiago virou-se com cara de pânico para ela, você sabe porque. Sabe, não é? Não? Então ta. Eu vou te contar. Mas para isso nós vamos ter que entrar numa cápsula do tempo.
Flashback
Sétimo Ano (Ou seja: três anos atrás)
- A verdade é que... a verdade é que... – Sirius se atrapalhava com as palavras, com os olhos lacrimejando.
- Qual é a verdade, Sirius? – Tiago lhe perguntou.
- A verdade é que... Tiago, eu... eu amo... – Tiago fechou os olhos se preparando para o pior. Seu melhor amigo estava apaixonado por ele! – Eu amo a Lily, Tiago.
- Sirius, sinto muito, eu não sinto o mesmo por você e... Como é que é? – Tiago perguntou, se dando conta do que o amigo havia falado.
- AMO A LILY! Sim, é verdade. Assim como amo o Aluado. Do mesmo jeito! – ele confessou.
- Sirus? Você é..
- Bissexual? Só percebeu agora?
Fim do Flashback
Agora você sabe por que ele tem tanto medo da ameaça da Lily.
- Bem, eu vou voltando pro meu quarto, sabe... Ta chovendo, se eu ficar desse jeito aqui eu posso pegar uma gripe e... Você sabe, eu sou muito vulnerável a doenças... – ele dizia enquanto saía do banheiro, com um sorriso nervoso estampado no rosto.
DING DONG. DING DONG. DING DONG. DING DONG. DING DONG. DING DONG. DING DONG. DING DONG. DING DONG. DING DONG. DING DONG. DING DONG.
Alguém tocava impacientemente a campainha. Lily, agora já devidamente vestida, se encaminhou lentamente até a porta.
DING DONG. DING DONG. DING DONG. DING DONG. DING DONG. DING DONG. DING DONG. DING DONG. DING DONG. DING DONG. DING DONG. DING DONG.
Lily já estava ficando impaciente. Acelerou o passo.
DING DONG. DING DONG. DING DONG. DING DONG. DING DONG. DING DONG. DING DONG. DING DONG. DING DONG. DING DONG. DING DONG. DING DONG.
Chegou à sala de estar, andou mais um pouco e abriu a porta. Viu um cara vestido de ninja, numa roupa toda preta, que só deixava aparecer seus olhos.
DING DONG. DING DONG. DING DONG. DING DONG. DING DONG. DING DONG. DING DONG. DING DONG. DING DONG. DING DONG. DING DONG. DING DONG.
Ele olhava para ela, só que não parava de tocar a campainha. Ela se irritou.
- Hey! – chamou a atenção dele.
Ding. Dong. Ding. Dong. Ele foi diminuindo a velocidade e a quantidade dos "ding dongs", até parar por completo. Deixou uma cesta no chão e saiu correndo, deixando Lily com uma cara bem do tipo '¬¬'. Então ele de repente volta e deixa uma cartinha rosa perfumada em cima da cesta e diz:
- Desculpa, esqueci isso! - e sai batendo continência, deixando uma Lily perplexa e assustada parada à porta.
- TIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIITZ! – ela grita.
- O que foi, amor? - Tiago pergunta descendo as escadas de calça jeans apertadas com a braguilha aberta.
- Tinha um cara tosco aqui com uma cara de ninja e... e... e... e ele deixou isso AÍ! – ela apontou a cesta no chão, em cima do tapete de boas vindas.
- O que é isso?
- Titz... Eu tenho cara de vidente? – ela perguntou, ironicamente, a Tiago.
- Bem... até que.. – ele ia dizendo quando seu cinema erótico particular lançou uma estréia.
O rosto de Tiago foi desaparecendo numa nuvem de fumaça, que indicava que ele estava sonhando, ou pensando.
. CINEMA ERÓTICO PARTICULAR .
A Vidente
Dirigido pelo cérebro de um palerma.
Uma vidente estava sentada numa cadeira de tecido roxo de veludo, atrás de uma mesa de mármore branco, numa sala quadrada relativamente pequena, onde várias velas flutuavam e incensos com cheiros nauseantes estavam acesos.
- Eu posso ver seu futuro... – diz... Lily! De vidente!
- Pode? – Tiago pergunta, abobalhado.
- Sim... e eu vejo... – ela se levanta, arrastando levemente a cadeira, e senta-se no colo dele, jogando o cabelo ruivo para tráago grita s. Deixando à mostra o decote provocante do vestido vermelho de alcinha, com um rasgo enorme na perna, ela completa - ...que você não vai dormir hoje... - ele sorriu, acompanhando o sorriso malicioso que acabara de aparecer na face dela.
. FIM DO CINEMA ERÓTICO PARTICULAR .
- Titz? - Lily chamava, enquanto sacudia sua mão na frente do rosto dele.
- Anh... o que? - respondeu Tiago acordando do seu transe.
- Pega a cesta e leva pra dentro da casa. - ela ordena, passando pelo arco branco que tinha na entrada da casa.
- Tá. - ele pega a cesta, fecha a porta e entra na casa.
- Põe em cima da sala e lê a carta bem alto pra que eu possa ouvir da cozinha! - ela grita, indo rumo à bagunça.
Narrador e narradora aparecem na sala, meio transparentes, numa nuvem de fumaça azul-clara, e começam a gritar algo parecido com "Vai Lily, vai!" e sacudir os braços. Detalhe: eles não podem vê-los, e nem ouví-los.
- Ok, meu quiabinho roxo. - concorda Titz, quero dizer, Tiago, pegando a carta e abrindo-a. - Aqui diz "De: Anônimo, Para: Potters".
Vai, Lily, vai!
- Venho por meio desta pedir...
Uhul! Vai, eu disse vai!
- ...para que cuidem "dele" com muito carinho...
Aham, aham, aham, aham, aham. LILY!
- ...muito amor...
Me dá um L!
- ...e respeito.
Me dá um I!
- Quero que dêem a ele o necessário...
Outro L!
- ...uma casa...
Agora um Y!
- ...e espero que o mimem bastante.
LIIIIILY!
- Boa sorte!
Ela conseguiu! - Eles voltam para o seu posto para narrar a próxima cena.
- "Dele"? - perguntou Lily referindo-se ao segundo trecho da carta.
- Deve ser o que tem aí dentro. - ele deu de ombros.
- Isso é óbvio ululante, Titz! - ela diz, puxando o cobertor de cima da cesta e pensando "Se for um bebê, eu e o Titz teremos uma família feliz! Ai, e os nomes? Anh, se for menino, o nome dele vai ser Estrinio, e se for menina, Etêvalda!". Os pensamentos de Lily foram interrompidos quando ela viu...
- UM BONSAI? - exclamou surpresa e reprovadora.
- Um bonsai! - diz Tiago muito feliz e com os olhos brilhando, pegando o bonsai em suas mãos.
- Quem, em sã consciência, deixaria UM BONSAI na porta de um casal de bruxos? Loucos? - perguntou Lily virando-se para o marido, que agora brincava de bilu-bilu-bilu com o dito cujo.
- Anônimo. - ele respondeu na maior simplicidade.
- Anônimo? ANÔNIMO, TITZ? - ela se estressou, pegando um daqueles porretes acolchoados usados naqueles shows de casais. O narrador se agarra mais fortemente ao seu microfone, empolgando-se. Sabe, aqueles que os casais vão lá concorrer a um prêmio em dinheiro, e para faturar eles têm que ganhar pontos, e para isso precisam acertar perguntas sobre seus pares, e se não acertam, a pessoa que errou leva porretadas com uma marreta acolchoada. E se eles ganham, eles vão para casa para fazer booboo em várias posi...
- Narrador... muita informação. - a narradora o interrompe, sentada ao seu lado no camarote, com seu próprio microfone.
- Ah...
- Vai direto ao assunto, tá? - ela pede.
- Tá... Então, como dizia Lily...
"Anônimo? ANÔNIMO, TITZ?" ela perguntou, pegando um porrete acolchoado sabe-se de lá onde e dando uma porretada na cabeça de Tiago – Não existe ninguém nesse mundo chamado anônimo, Titz! – ela continuava dando porretadas nele, agora mais rapidamente.
- Ei, ei, ei, ei, EI! – gritava ele, tentando-se defender com as mãos – Você vai machucar o Cipestre!
- CIPESTRE! Você já deu um nome pra essa COISA aí! E outra! É CIPRESTE! – ela estava realmente irritada.
- Não seja boba! Esse é só o apelido dele! O nome eu ainda vou escolher! – disse Tiago saindo do combo de porretadas da Lily. – Ô meu rabanete inglês, me deixa ficar com ele! – ele não sabe que Lily ODEIA esses apelidinhos RIDÍCULOS? Não? Alguém avisa pra ele antes que role sangue aqui, por favor?
- Se você quiser... – ela parecia estar desistindo – Pensando melhor, NÃO!
- Vou ficar com ele mesmo assim! – desafiou.
- Hunf! – resmungou Lily, virando-se para ir embora – Só não me peça para cuidar dele depois, viu?
- ÉÉÉÉÉÉÉHHHHHHH! – comemorou Tiago, acariciando o bonsai como se ele fosse um bebê. – Lily, volta! Tem mais um papel na cesta, junto com uma vasilha... Lê pra mim enquanto eu cuido do Cipestre.
- Saco – murmurava Lily para si mesma, enquanto pegava o papel e lia para Tiago.
Como cuidar de seu bonsai em quatro simples passos.
1. Existem diversas espécies de bonsai, mas essa aqui, a Cipestre, no geral, o ideal seria colocá-lo em um vaso em ambientes abertos (jardim, varanda, terraço, janela), onde receba sol, ventilação e chuva. Evite temperaturas muito altas, geadas e locais aquecidos ou resfriados artificialmente (ar-condicionado, eletrodomésticos, aquecedores, lareiras, etc). Não deixe o vaso em ambientes fechados por mais de 3 dias.
2. Deixe que a luz solar incida diretamente sobre o bonsai pela manhã. Procure, ocasionalmente, mudar a posição do vaso, para que o sol incida em todos os galhos e folhas.
3. Mantenha a terra de seu bonsai sempre úmida. Quando tocar a terra e senti-la seca, regue novamente. Os vasos devem conter um ou mais orifícios de drenagem. A composição do solo ideal varia de espécie para espécie, mas em linhas gerais deve conter 70 de areia grossa e 30 de terra granulada.
4. O bonsai necessita de adubação para complementar sua alimentação. Existem adubos orgânicos e químicos, sendo que o primeiro é o mais indicado (são absorvidos aos poucos, evitando a morte do bonsai em caso de excesso). Os principais adubos orgânicos são esterco de frango curtido ou mistura de farinha de osso e torta de mamona (na mesma proporção e curtida). A dosagem indicada é uma colher de chá para cada canto do vaso. Os adubos químicos devem ser usados de acordo com as indicações recomendadas no produto (utilize a metade da dosagem indicada); prefira os líquidos. Recomenda-se adubar 1 vez por mês, aproximadamente uma hora após regar o bonsai.
Ps.: este bonsai foi regado à mais ou menos 58 minutos, ou seja, seria a hora ideal para aduba-lo.
- Nossa. Eu não sabia que se precisavam ter tantos cuidados com um bonsai. – falou Lily depois de um tempo – O que tem na vasilha? – ela pegou a tal e a abriu. – Argh. – fechou – Esterco!
- Bem... temos que seguir o Ps... anh.. agora? – perguntou Tiago.
- Claro! – Lily abriu um largo sorriso – Boa sorte. – ela mudou sua face para uma expressão debochada, sarcástica.
- Li-ly! Eu não quero adubar o bonsai! – ele disse com um pouco de nojo. Ela piscou para ele, fazendo um estalo na boca.
- TE VIRA neném! – e saiu gargalhando.
Quando o relógio bateu três horas, Tiago levantou-se da poltrona, desligou a TV e pegou o bonsai, que estava em cima do criado-mudo.
- Ta na hora do lanche do bebê Cipestre. – ele disse.
- O que essa COISA come? – perguntou Lily, que estava passando por ali, saindo da cozinha e enxugando as mãos num pano de prato.
- Temos que esquentar um pouco de água por 30 segundos no microondas, colocar uma colher de chá de adubo, duas colheres de sopa de esterco – ele soltou uma exclamação de nojo – uma gota de adoçante dietético e...
- Para, para. Temos? VOCÊ TEM, baby. – Lily o interrompeu.
- Eh... OK. Uma pitada de sal, acidulante ácido cítrico... – ele ia falando, enquanto entrava na cozinha. – HOLY MOTHER OF GOD, WHAT THE HELL HAPPENED HERE? – exclamou, pulando para trás de susto, vendo a bagunça da cozinha.
- Haha! – ela riu sarcasticamente – eles estavam fazendo muito isso esses dias – Você está assustado com a sua própria bagunça!
- Eu NÃO FIZ tudo isso... – ele afirmou veemente, virando-se para encarar Lily.
- Ah, não? – ela levantou uma sobrancelha, cética, cruzando os braços.
- Nã-ã-o... – ele gaguejou levemente, enquanto ela se aproximava.
- Tem certeza? – ela sussurrou no ouvido dele, abraçando-o por trás pela cintura.
- Te-te-tenho? – ele disse meio incerto. Ela revirou os olhos, largando-o, e começou a andar na direção oposta à cozinha.
- Então ta. – ela virou-se rapidamente, piscou para ele e entrou no quarto.
- Provocação. Provocação. AH MERLIN! – Tiago tapou o que ele achava ser os olhos do bonsai. – Você não pode ver esse tipo de impureza, bebê... Não pode...
- Dez horas da noite na cidade de Townsville! – disse a narradora.
- Acho que você trocou o script, querida. – informou o narrador.
- Ãh. – ela disse simplesmente. Ouviu-se o barulho de folhear de páginas e a dita cuja murmurando. – Dez horas da noite em Joinville?
- Não, não... – disse o narrador.
- Dez horas da noite na casa mal assombrada?
- É, é, pode ser... Com a Lily desse jeito...
- Ahá! Dez horas da noite na casa dos Potter's!
- Isso, meu bem... – ele revirou os olhos.
- Então... caham.
Dez horas da noite na casa dos Potter's e Lily estava se preparando para dormir. Depois da sua habitual rotina (santa redundância) de escovar os dentes, pentear 100 vezes a mesma mecha de cabelo (e fazer isso em todas as mechas) e mais alguma coisa, ela se deitou no seu colchão king size para ter uma noite de sono muito, muito tranqüila, certo?
(Siiiim - platéia)
- Vocês têm certeza?
(Ahaaam - platéia)
Posso perguntar?
(Pooode - platéia)
- Qual é a resposta certa, narrador?
- A resposta certa seria... ERRADO!
(Pééééééém - campainha)
- Desculpem-me, queridos, a resposta certa seria errado... Uh! Que controverso!
- Prossiga, querida, prossiga... – uma voz gay escandalosa do além pede.
Lily não conseguiu dormir direito por que Tiago mexia-se inquieto ao seu lado toda hora.
- DÁ PRA PARAR DE SE MEXER, CRIATURA? – ela gritou, a certo ponto, quando Tiago deu-lhe uma tesourada com as duas pernas.
- Aaaah Lily... é que parece que tiraram uma parte de mim! – ele dramatizou, colocando as duas mãos no coração.
- Não me diga que é por causa daquela droga de bonsai!
- Na verdade... – ele bateu os indicadores.
- POTTER! Francamente! Eu estou com sono, você fica me batendo, está tarde e tudo no que você consegue pensar é nesse bonsai idiota!
- O bebê Cipestre não é idiota! – ele falou como uma leoa defendendo seu leãozinho.
- Ora, por favor! – Lily estava frustrada. Virou-se de costas para ele com uma cara nada amigável e tentou dormir de novo.
Tiago apenas lançou-a um olhar de raiva (que ela não pode ver) antes de também se virar de costas para ela. E assim, cinco minutos se passaram. E dez. E quinze. E vinte. E vinte e cinco.
Ele acordou, assustado, ouvindo algo parecido com o choro de um bebê. Olhou em volta, cerrando os olhos para enxergar melhor na escuridão, procurando o emissor do som, mas não obteve sucesso.
De repente um vaga-lume entra pela janela e pára em cima da cabeça de Tiago, acendendo seu bumbum. Uma sombra de compreensão perpassa o seu rosto.
- O BEBÊ CIPESTRE! – ele gritou, tentando sair das cobertas, mas falhando miseravelmente e caindo no chão, totalmente enrolado.
- Titz? - murmurou uma Lily sonolenta. - Titz, o que você esta fazendo? - ela perguntou, esfregando os olhos.
- O bebê Cipestre! - ele tentava sair das cobertas. - Ele tá chorando! - ela revirou os olhos e bufou.
- Essa PORCARIA de bonsai de novo NÃO! - num movimento ninja, ela girou na cama, puxou as cobertas de cima dele e olhou-o, assasina. - De novo não, Titz! - ela pegou seu travesseiro e começou a atacá-lo.
- LI-LY! - ele tentava se proteger com as mãos - Para, louca desvairada!
- LOUCA NÃO! - ela parou por um instante - Desvairada talvez, mas LOUCA NÃO! - e continuou a bater nele.
- LILY CHRISTINE PARIS EVANS! - ele gritou o nome completo da ruiva, no que ela olhou-o pasma.
O nome completo.
Completo!
COMPLETO!
- COMPLETO! - ela exclamou indignada, depois de um tempo - Você disse o meu nome completo!
- É claro! Só assim você se controla um pouco, sua histérica! - ele se defendeu, levantando-se (sim, ele conseguiu sair do bolinho de lençóis... 1 x 0 pro Tiago, em Tiago x Cobertores Round 1. Narrador... NISSO AQUI a briga principal é da Lily contra o bonsai, lembra? Anh... É verdade).
- Pra onde você pensa que vai? - ela apoiou-se nos braços, vendo-o abrir a porta do quarto.
- Vou ver o que aconteceu com o bebê Cipestre! - Lily apenas olhou-o, numa mistura de raiva e confusão, deitou sua cabeça no travesseiro, cruzou os braços e murmurou para a noite - Que comece a guerra.
N/a: píííípouu! Como vocês andam? Que pergunta idiota, claro que é com as pernas... Mas então, amores! Espero que tenham gostado do capítulo, por que demorou mais do que peru pra assar no dia de Natal... mas a gente releva isso, não é verda..
N/a: oooooi pessoaaaal! Tudo bem? Gostaram do capítulo? Acharam engraçado? Cairam da cadeira?
N/a: QUEM VOCÊ PENSA QUE É PRA SE INTROMETER NA MINHA (ca-ham, negrito e sublinhado por favor) MINHA N/A?
N/a: um dos autores? Gênio principal? O que teve a idéia da fic?
N/a: que seja...
N/a: 1 x 0 para Joow no primeiro round de Joow x Chelle.
N/a: isso não vai ficar assim... ainda temos 3 capítulos pela frente. Me aguarde, Joow/some numa nuvem de fumaça, rindo histericamente/
