[The
Scientist]
por
Mizzz³.
Cenário:
Harry Potter.
Classificação:
18 anos ou R+. (Violência branda e cenas um tiquim pesadas entre
garotas)
Tamanho:
Longo (56.700 palavras).
Status:
Completa.
Resumo:
França 1997 - A caçula Delacour e
sua cientista favorita.
Quando o amor fala mais alto que a ciência.
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Paris - 1998.
Boquiaberta. Era a única coisa que Annabelle Dante O'Breanan conseguiu exprimir seu assombro pelos os novos vizinhos. era insuportável olhar para a mais velha, ela era absurdamente perfeita e linda demais para ser verdade.
- Lion estava horrível neste verão... - comentou o pai Delacour sorrindo para as filhas Fleur e Gabrielle. A recente Sra. Fleur Weasley esperava seu marido Guilherme chegar do centro, estava com uma cara de tédio e soltava suspiros insatisfeitos por todo o caminho, Gabrielle olhava para os lados, mal reconhecendo as ruas de Paris, muito tempo em Beauxbatons, quase duas temporadas sem vir para casa. e Annabelle continuava de boca aberta. Estava sendo uma completa idiota, novamente.
Em poucos segundos, aparataram nos arredores das mansões do subúrbio de Paris, uma pequena comunidade fechada de bruxos, escondida do mundo trouxa, Annie não gostava de aparatações, chaves de portais, muito menos pó-de-flu. Se pudesse iria para casa do modo mais convencional que conhecia, mas as reclamações seriam muitas se ela se atrevesse a pedir para que todos fossem de metrô. As moças Delacour nem deram atenção para a menina Annie, deixada para trás logo ao chegarem na esquina de casa, seu pai, Jeano Dante, conhecido arquiteto e músico nas horas vagas, percebeu a completa falta de senso dos novos vizinhos.
- A famosa educação européia... - ele disse baixinho para a filha em gaélico, deu um tapinha cuidadoso no ombro dela, mas a garotinha gemeu por estar com um curativo no ombro batido e no nariz, pois Annie havia testado suas Bolhas de Tromba D'agua no seu quarto e acabara levando um tombo nas escadas por culpa da cachoeira que saiu de seu quarto quando a bolha estourou.
- Papai... - a menina foi cautelosa, falando baixo e em gaélico também, era o idioma natal de seu pai que aprendera com facilidade desde pequena. - Eu e você... irlandeses... e não tratamos os outros como animais... - Jeano pediu para ela baixar a voz. - Antes eu ficasse em casa, testando a lente superscóptica do vovô Dante! - isso ela falou em inglês em alto e bom som, logo percebeu que todos os olhares se voltaram para si, sentiu-se como uma formiga pisada por elefantes, várias vezes e mais ainda pela mais velha Delacour comentar em francês o quanto ela era estranha.
- Okay... pode ir agora se quiser... - disse seu pai a acalmando e dando um sorriso sem-graça para os vizinhos...
- Oh, Gabrielle... Vá com sua nova amiguinha, ande um pouco pela vizinhança, veja suas amiguinhas, deve estar com saudades de Ellie e Francie. - Gabrielle olhou para o final da rua, depois para os pais, a sua irmã Fleur a fuzilava com um olhar mortífero para que ela recusasse a idéia absurda. Annie parecia ter levado um tapa bem dado no rosto pela proposta do pai Delacour.
Sua mãe a olhou de cima abaixo, a filha estava encharcada.
- Ahn, Annie... Não me diga que resolveu mostrar suas invencionices para a menina Gabrielle...? - a menina Delacour sorria maravilhada perto da janela, igualmente ensopada e tremendo o queixo, as madeixas loiras escorrendo água pela camisa azul escura com o brasão de Beauxbatons.
- Vamos, Annie! Falta uma para estourar! - Sua mãe a olhou com a sobrancelha levantada.
- Você não tem jeito mesmo...
- Mas admita mamãe querida! Essa sua criança aqui sabe como conquistar franceses arrogantes, não? - piscou Annie para a mãe que escrevia cartas para a Academia Beauxbatons, era professora de História da Magia, a filha sabia que a mãe se irritava com suas invenções e suas provocações sobre franceses, a mãe era francesa!
- Não vá ficar até tarde com essas brincadeiras, certo? E convide sua amiguinha para o jantar...
- Okaoooa! - Já iria sair, mas se deteve na porta dos fundos - Ah, sim! Se a minha edição do Pasquim chegar, deixa no meu quarto? Papai não gosta que eu leia...
- Nem eu gosto! Só tem baboseiras inventadas por lunáticos!
- O tipo de lunáticos que têm idéias maravilhosas para melhorar esse mundo mágico chateeenho... - Isobel apenas voltou para suas cartas, não adiantava discutir muito com sua filha única, Annie era uma cópia exata do gênio de seu falecido pai Abraham, hiperativo e cheio de detalhismo.
As duas riam com as fadinhas eslavas que escapavam dos mini-fogos filibusteiros encomendados em segredo por Annie, estavam pipocando em volta da enorme bolha de ar que ela fez para segurar mais uma pílula de Bolha Tramba D'agua, era a 5ª dentro da bolha e possivelmente aquela mistura de fogos, fadas desesperadas e uma bolha de ar instável, iria explodir mais certo ou mais tarde.
- Dizem que você veio do Norte...? - comentou Gabrielle, mordendo a borda da toalha que usava em volta do corpo.
- Nasci na Irlanda do Norte, deram a informação pela metade... - Gabrielle se interessou pelos objetos trouxas que Annie colecionava em cima de suas estantes, guarda-roupas e cama, alguns desmontados e jogados na escrivaninha, outros reconstruídos de modo completamente errado numa pilha de entulhos no canto do sótão, um deles era uma bússola com armação para colocar uma pequena foto dentro da tampa, Gabrielle sorriu.
- Deveria colocar uma foto nossa aqui nesse treco engraçado... - Annie foi até ela e mostrou para ela como funcionava uma bússola.
- Isso serve para guiar a gente quando estamos perdidos... Aqui... O ponteiro aponta para o Norte. Se você souber da onde você veio, é só olhar para a bússola e ir em direção da direção que veio... - Gabrielle riu um pouco e perguntou confusa:
- E se eu não souber da onde vim?! - as duas riram...
- Bem... Aí acho que teremos um probleminha, haha! - Riram mais quando as fadinhas eslavas ficaram atordoadas com outro foguete filibusteiro e conseguiram estourar a imensa bolha d'água que pairava no teto do sótão onde Annie passava maior parte de seu tempo. O barulho foi tanto que as duas foram obrigadas a se abaixarem e taparem os ouvidos até o estrondo parar de soar no quarto fechado. Logo a voz autoritária do pai gritou nas escadas, passos vindo para o sótão. Gabrielle - encharcada na toalha que acabara de ganhar para se secar da última brincadeira - preferiu se afastar para o canto do cômodo e fingir que estava interessada nos objetos trouxas molhados.
- Annabelle Dante O'Breanan!!! - gritou o pai, seguido pela mãe na porta. Duas fadinhas passaram tontas e resmungando por eles. Jeano estava ruborizado e seus óculos estavam tortos no nariz. - Quantas vezes eu avisei... - a filha estava sorrindo sem graça, mas pedia para uma pena de auto-anotação registrar os resultados do último experimento com as Bolhas Tromba D'água. - Você está me ouvindo? - Annie fez uma concha com a mão na orelha esquerda.
- Quê? - estava um pouco surda pelo estouro da Bolha.
- Se você ousar fazer mais uma das suas experiências nessa casa, eu vou PROIBIR você de mexer com cacarecos de trouxas para sempre!!! - o baque do corpo da mãe de Annie assustou todos, o pai foi acudir a esposa, Gabrielle olhava apavorada para a parede oposta do sótão, um fantasma translúcido e um pouco embaçado, pairava ali perto da pena de anotações, lia as folhas com atenção e depois levantou a cabeça com um sorriso gentil.
- Mas essa menina vai longe, querida Isa... - Annie foi correndo para o fantasma.
- Vovô Dantêêê!!! - e deu com a cara na parede ao passar pelo fantasma do avô...
Muito chá forte para a sua mãe, muita reclamação do pai, muita vergonha por Gabrielle escutar aquilo tudo, mas imensamente feliz por seu avô estar assombrando seu sótão, que antes havia sido laboratório das suas invenções... Era maravilhoso ter o vovô Dantê de volta... Buscava mais outra toalha para Gabrielle e uma para si no armário de toalhas dentro do banheiro do 2° andar. Gabrielle tremia, seus cabelos ainda pingavam no assoalho, uma outra toalha para seus cabelos longos, corou subitamente quando precisou tirar a roupa molhada do corpo na frente de Annie...
- O que foi? O que eu tenho, você tem também... E acho que de sobra... Queria que meus peitos crescessem logo... - Olhando para baixo e rindo... Gabrielle riu também.
- É que tenho um pouco de vergonha...
- Bem... Vai ter mais vergonha ainda quando for usar as minhas roupas, pois acho que as suas não vão secar tão rápido...
A cama de Annie era estreita para as duas dormirem confortáveis, então se espremiam o quanto podiam, às vezes dormir no chão era o jeito, almofadas e muitos cobertores ajudavam a não doer as costas, pois passavam horas observando o céu estrelado lá fora com o bisbilhoscópio adaptado que Annie havia reformado do avô Dante – um objeto particularmente refeito por seu orgulho. Gabrielle perguntava avidamente por muitas coisas de trouxas que Annie sabia e também pelas coisas espalhadas pelo o quarto da amiga.
- Não nos ensinam isso na escola... Que porcaria! - Gabrielle sufocou um risinho nervoso.
- Você falou palavrão... - foi a vez da outra menina rir.
- E qual o problema? Porcaria não é tão feio assim... Tem coisa muito pior como: merd... - Gabrielle se apressou para tapar a boca da amiga mais nova.
