Era um dia frio de Inverno. Castle e Beckett casados há 3 anos, tinham já duas lindas crianças (Alex, um pequeno rapaz de cabelo castanho e olhos verdes, com 2 anos, cujo nome lhe tinha sido dado devido ao segundo nome de Richard (Alexander); e ainda uma menina de 3 aninhos, de nome Emily, uma menina de profundos olhos azuis, tais como os do pai, também de cabelo castanho e sempre com dois pequenos totozinhos cor-de-rosa). Beckett estava de folga durante uma semana, para poder passar, a mesma, com a sua família (ela bem precisava!).

Os dois amantes estavam sentados, em frente à lareira, a apreciar um dos poucos momentos de sossego, pois desde que as crianças tinham nascido, que as suas vidas eram mais agitadas do que alguma vez foram.

AH, Já me ia esquecendo de falar de Martha e Alexis: Alexis continuava na universidade, e Martha, agora uma avó orgulhosa, tinha decidido passar uns meses nos Hamptons.


Então, como eu estava a dizer...

Castle e Beckett estavam sentados à lareira. Rick aproveitou o momento e deslizou a sua mão, até a mesma encontrar a mão de Kate, que imediatamente olhou para Castle, e disse:

- Bem, desde que os miúdos nasceram, que já não temos uns momentos só para nós… se é que me entendes!

No momento em que Castle ia responder, uma voz mais aguda do que o vulgar, puxou a bainha de suas calças, e disse:

- Papá, a roda do meu carrinho saltou.- disse Alex numa voz ofegante, e com os olhos mergulhados em lágrimas.

Castle pegou com as suas duas mãos o seu pequeno rapaz, sentando-o na sua perna.

- Bem, vamos ver o que podemos fazer- pegou no carrinho vermelho e na sua roda partida, encaixando-o num abrir e fechar de olhos.

Os olhos do pequenino iluminaram-se de alegria, o mesmo pegou cuidadosamente no carrinho, deu um beijo a seu pai, e subiu as escadas a correr, dirigindo-se para o seu quarto.

A observar a situação estava Kate, a mãe do rapazinho, que olhava atentamente para o seu amado. Observava cada movimento, cada batimento do seu coração, cada expressão facial... Com o seu olhar maternal.

De seguida desceu pelas escadas Emily.

-Também saltou a roda do teu carrinho?- perguntou Castle na brincadeira.

-Não!- disse a filha a rir-se.

-Então querida, o que é que se passa?- Perguntou Beckett.

-Tenho fome!

Os pais olham os dois para as horas. Realmente já fazia tempo desde que as crianças tinham lanchado.

-Então onde é que vamos comer? Comemos em casa ou fora?

-O que me dizem de irmos aquela pizaria nova no final da rua?

- Sim!- disse Alex que tinha ouvido a conversa toda do cimo das escadas.


A família Castle foi até à pizaria. Escolheram a mesa da ponta da sala, uma mesa mesmo ao lado de uma janela, com vista para a o Starbucks do outro lado da rua e para a loja de brinquedos favorita dos miúdos.

-Então o que vão pedir?- perguntou o empregado.

-Nós queremos o mesmo de sempre.- Responderam as crianças.

-Eu quero uma "universal" se faz favor.

-Eu quero o mesmo por favor.

-Muito bem.- disse o empregado afastando-se apressadamente da mesa.

Castle e Beckett dão as mãos em cima da mesa e sorriem um para o outro.

-Mamã?

-Sim filha?

-O que é o amor?

Kate pára para pensar. Porque estaría sua filha a fazer tal pergunta? Como íria ela explicar tal coisa à sua menina?

Para sua surpresa, Castle começou:

-Amor é o que eu sinto pela vossa mãe.- Disse ele com um ar relaxado, como se não fosse nada.

Beckett estava a fazer daquela pergunta uma tempestade num copo de água…

-Amor é o que vocês sentem por alguém muito especial. Quando vocês amam alguém, são capazes de fazer qualquer coisa por essa pessoa, custe o que custar.- Lá respondeu ela.

- Vocês sabem que alguém vos ama quando essa pessoa continua a apoiar-vos, mesmo que vocês tenham sido maus para ela…

Castle fez uma pausa. De repente lembrou-se do que tinha acontecido há alguns anos atrás, quando ele se decidiu afastar de Beckett depois de saber que afinal ela se lembrava de quando ele lhe tinha dito que a amava, quando ela levou o tiro. As memórias vieram-lhe à cabeça, deixando-o triste por se lembrar de como, apesar do seu comportamento, Kate continuara a seu lado.

Beckett acaricia a mão de Rick como se já soubesse no que ele estava a pensar.

-Desculpa-diz Castle.

-Não faz mal- Kate já sabia no que é que ele estava a pensar- eu também te devo um pedido de desculpas!

Eles olham um para o outro e oferecem um sorriso magoado.

-Pai, mãe?- Perguntam os meninos a observar a situação atentamente. Eles não estavam a perceber nada!

-Eu amo-te- disse ele só a mexer os lábios.

-Eu também te amo- respondeu ela (também só a mexer os lábios).

Entretanto as pizas chegam.

Mais ninguém disse uma palavra sequer durante o jantar, já as estavam a dizer pela maneira que olhavam uns para os outros.

Quando todos acabaram de jantar, pagaram a conta e seguiram para casa.


-Finalmente! Estava tanto frio!- admitiu Alex.

-Vá, vão lá para cima aproveitar para brincar antes que sejam horas de dormir!- seguiu Castle.

As crianças subiram a correr as escadas, deixando os pombinhos a sós.

-Desculpa aquilo no restaurante, é que depois daquela pergunta eu lembrei-me…

-Não faz mal, a sério! Eu sei…-dizia Kate, enquanto punha os seus braços à volta do bescoço de Rick.

Eles descansam as suas cabeças um no outro enquanto se agarram com toda a força que têm, eles levantam as suas cabeças e fazem uma coisa que no restaurante não tiveram oportunidade de fazer… eles beijam-se com todo o seu amor, as suas almas dançam em harmonia ao som da cidade e do silêncio das estrelas.

-O que me dizes de irmos para…

-Sim!

Eles vão para o seu quarto, devagar, passo a passo… quando…

-Mamã, papá?!- gritava uma voz, que parecia aflita- Depressa! A mana está a dormir no chão e não acorda!

Os pais olharam um para o outro sem saberem exactamente o que se estava a passar, subiram as escadas a correr, encontrando a pequena deitada no chão…

-Emily? Emily? Filha?...- perguntava a mãe cada vez mais alto, e com uma voz preocupada.

-Ela não acorda, é melhor levá-la ao hospital!- Disse o pai.

-Vamos…

-Vamos?! Eu vou com ela, vocês os dois ficam aqui!

-Não, nós vamos todos, somos uma família…

-Não…

-…Richard!- gritou Kate de tão aflita que estava.

Castle viu o olhar de Beckett, ela estava mesmo em pânico, que cada vez mais se instalava na sala rapidamente, Rick tinha que tomar uma decisão…

-Está bem, vá despachem-se.

Eles entraram rapidamente no carro.


Beckett ia com a filha ao colo, a tentar acordá-la, sem sucesso, mas a menina continuava com a respiração normal. Castle conduzia o mais rápido e ao mesmo tempo seguro possível, enquanto o menino ainda estava em choque, este que, não fazia mesmo ideia do que poderia ter acontecido… ninguém fazia ideia do que se poderia estar a passar.

Finalmente, tinham chegado.

Castle vai abrir a porta a sua mulher, deixando-a sair primeiro. De seguida abre a porta do lugar de trás, tira o cinto ao seu filho e pega-o ao colo.

Eles correm até à porta das urgências onde estão logo alguns enfermeiros.

Castle explica a situação rapidamente a um dos enfermeiros, que pega na menina e leva-a para longe da vista da família.

Eles sentam-se numas cadeiras da pequena sala de espera, o menino lá se começou a entreter com outras crianças que estavam à espera de serem atendidas, numa mesinha lá para um canto com uns brinquedos.

Rick dá a mão a Kate. Ela olha para ele e encosta a sua cabeça no seu peito. Lágrimas que já estava a reter à algum tempo, caem agora, mas só algumas.

-Ela vai ficar bem, não te preocupes querida… ela sai a ti!- disse Castle.

Kate limpa as lágrimas da sua cara, uma a uma.

-Lembras-te quando foste alvejada? Ou depois de a tua mãe morrer?

-Sim?- Disse Beckett a soluçar um bocadinho.

-Tu continuaste forte e firme, não te deixaste ir abaixo. Essa foi uma entre milhões de razões por que eu me apaixonei por ti. Mesmo quando eu te virei costas, tu continuaste a apoiar-me e não me viraste as costas…

-Castle eu…

-Não, asério! Tu és a mais forte lá em casa e…

-sssssshhhhhhh…-continuou ela- eu também te amo.

Castle dá um suave beijo na testa de Beckett, e assim continuavam, nos braços um do outro.

O médico chega e pergunta em voz alta:

-São a família da Emily certo?

-Sim!-responderam os pais.

-Acompanhem-me por favor.

Kate foi buscar o menino, e foram todos atrás do médico.

Os corações deles batiam mais do que nunca (o que poderia ter acontecido à MENINA DELES?).

-A vossa filha teve…

-O resto da família Castle pode entrar no quarto!- disse ao fundo do corredor uma enfermeira que espreitava do quarto número 47.

-Sim, sim, estou só a acabar de falar com a família- respondeu o médico, fazendo sinal à enfermeira para deixá-los a sós. A mesma respondeu com um "ok"- bem, como eu estava a dizer… Emily teve um leve traumatismo craniano, pensamos que a causa de tal pode ter sido uma batida com a cabeça.

-Mas é grave?- perguntaram os dois pais, exactamente ao mesmo tempo.

-Não, a pequenina teve muita sorte, não é grave. Ela só vai ter que descansar durante pelo menos duas semanas em casa, e se ela tiver dores, podem colocar-lhe gelo durante 2 minutos.

-Obrigada!

-É o meu trabalho.


De seguida foram todos para o quarto, onde encontraram Emily deitada na cama com o seu lindo sorriso.

A família aproximou-se da cama. Todos suspiraram de alívio por a menina estar bem.

-Tu nem sabes o susto que nos pregaste…-disse Kate.

-O médico disse-me que eu desmaiei?!

-Sim, ele disse-nos que provavelmente foi porque tu bateste com a cabeça?

-Uhhhmmmm, eu não me lembro bem… ah, eu caí da cadeirinha quando estava a dar a minha festa de chá com o senhor coelho, se calhar ao cair bati com a cabeça.

-Bem, vamos sair daqui, vamos para casa.

Eles seguiram para casa. A viagem tinha parecido mil vezes mais rápida do que quando estavam a vir, mas felizmente, Emily já estava bem, e aquilo tudo não tinha passado de um susto.


Chegaram.

-Olhem para as horas, já passa da vossa hora de dormir, vá, tudo para a cama…

-Emily, tu tens que descansar muito, vá…

Castle foi deitar o menino, Beckett ficou com a filha no quarto.

No quarto do menino…

-Ainda bem que a mana já está bem!

-Sim. Agora vá, rapazola, já para a cama. Upa- dizia Castle enquanto deitava o menino na caminha.- Boa noite- e deu um beijo ao filho.

-Boa noite papá.

Rick apagou a luz e encostou a porta do quarto do filho. Enquanto passava no corredor, viu Kate com Emily ao colo, mas decidiu continuar o caminho, e então desceu as escadas e seguiu para o seu quarto.

Já dentro do quarto da menina…

-Eu vou pedir na esquadra para ficar mais uma semana de folga para poder tomar conta de ti, minha querida.

-Achas que a chefe te vai deixar?

-Acho que ela vai compreender… Ainda te dói muito a cabeça?

-Não, já me dói menos.

-Se precisares de alguma coisa é só chamares-me está bem?

-Está bem.

Kate deu um beijo a sua filha, acendeu a luzinha de presença, encostou a porta, e uma última vez disse:

-Boa noite.

-Boa noite.

Então, seguiu para o seu quarto, onde encontrou Castle já à sua espera na cama. Ele estava sem camisa, só com as suas boxers azuis escuras, tal como ela gostava de o ver. Mas Kate quase que nem repara nele, ela estava perdida nos seus pensamentos, ela estava preocupada com Emily. Assim começa a tirar a roupa, não reparando nos olhos que seguiam os seus movimentos…

-A Emily Está óptima, se ela não estivesse bem o médico não a tinha deixado sair de lá!- Dizia Rick, ao ver o ar preocupado dela.

-Eu sei, mas tu já me conheces.

-Sim, eu já te conheço… e sei qual é a única coisa que te consegu etirar as preocupações todas da cabeça (nem que seja só por um bocadinho)… se é que me entendes…

Beckett atira-lhe aquele olhar ao mesmo tempo que se deita (devagar) com apenas a sua roupa interior.

-Uuhhhmmmm- dizia Rick enquanto se aproximava de Kate, e lhe dava pequenos e suaves beijos pelo pescoço abaixo.

-Castle, tens a certeza de que queres fazer isto?!

-Sim-respondeu ele enquanto soltava um grunhido.

-E então se uma das crianças entrar e nos vir? E se a Emily nos chamar e nós não ouvirmos?

Com esta afirmação Castle pára de fazer o que estava a fazer, olha para Beckett e responde-lhe:

-A Emily já está óptima, não vai precisar de nos chamar, e eu acho pouco provável que algum deles apareça ai (o Alex adormeceu que nem uma pedra mal eu o deitei e aposto que a nossa filhinha também já adormeceu, ela teve um longo dia).

-Sempre foste muito bom a arranjar teorias…

-Isto não são teorias, são factos.

-ummm hhhhuuuummm…- ela mordeu o seu lábio inferior abanando a cabeça enquanto respondia, dando de seguida um, DOIS beijos nos lábios dele, antes que Richard conseguisse dizer uma palavra.

-Então isso é um sim? Um sim vamos…

-Sim-disse ela rindo-se.

Eles beijam-se.

Agora já a perder a conta de quantos já tinham dado, Rick deita Kate na cama, deixando-se estar ligeiramente por cima dela. Ele dá o primeiro passo, procurando tirar o sutiã de Beckett, que pega nas mãos dele, colocando-as na sua cintura.

-Não abuses!- sussurra Catherine ao ouvido de Castle.

-Estás a fazer-te de difícil? Uhm?

-Talvez-diz ela, soltando um riso quando logo a seguir Rick decide descer sua boca pelo seu corpo semi-nu.

Ela estava com os braços à volta do pescoço dele e ele não deixava as suas mãos estarem num sítio fixo, não paravam quietas, estavam sempre a deslizar para cima, para baixo, ora para a esquerda, ora para a direita…


-Mãe!

-Aquilo foi a Emily?

-Acho que sim.-Respondeu a mãe assustada.

-Nem, digas…

-…Eu disse-te! Haha- riu-se ela.

-Logo agora que isto estava a aquecer…

Kate inclina-se, procurando encontrar a sua boca mesmo ao pé do ouvido de Rick, e sussurra:

-Eu não disse que não podíamos continuar mais tarde!

Aquela frase oferece a Richard um sorriso malandro, que também se encontrava na cara de Catherine.

Ela rapidamente veste o roupão e vai até ao quarto da menina.


-Não consigo dormir- diz ela.

-Então porquê?

-Tive um sonho mau, e acho que está alguma coisa no roupeiro…

-Eu posso ir lá ver,... queres?

-umm huum!

A mãe levanta-se da cama da filha (onde estava sentada)…

-Não está nada aqui.

-Tens acerteza?

-Sim.- Respondeu ela com um sorriso.

-…Então posso ir dormir para o pé de ti e do papá?

-Sim..., anda lá.-Beckett pega Emily ao colo e leva-a para o seu quarto.

As meninas desceram as escadas, e mesmo antes de passarem pela porta, uma voz perguntou:

-Também posso ir?- Era o pequeno Alex, que tinha acordado com a luz do corredor.

-Claro querido.-respondeu Kate ao pequeno e ensonado menino, dando-lhe a mão para o guiar.

Então lá iam, dirigindo-se para o quarto principal, A mãe com a filha ao colo, e a segurar a mão do filho.

Castle ao ver que alguém se aproximava do quarto, por ouvir passos, disse sedutora-mente:

-Então, vamos continuar onde nós deixámos?

-Continuar onde deixámos? Como assim?- perguntou o Alex a olhar para a mamã.

Ups, Castle tinha feito asneira ao dizer aquilo, e ele percebeu que a tinha feito quando viu Kate com as DUAS crianças. Aquela era a família dele, aqueles três fantásticos sorrisos eram todos para ele, claro que ainda tinha a Alexis e a sua mãe, mas aqueles eram os sorrisos que ele via e mais gostava. Mas o sorriso que lhe chamou mais à atenção foi o de Kate, aquele "eu disse-te" e "nem digas mais nada". Tentando apagar mais ou menos o que tinha dito anteriormente da cabeça das crianças, Disse:

-Então, vem tudo dormir para aqui?

-Simmm-Responderam as criança com aquela voz inocente.

Vá!- Disse Beckett passando a menina para os braços do pai.

Depois deitou o menino ao lado da irmã, e lá estavam eles: pai na ponta esquerda, Emily, Alex e na ponta direita da cama a mãe.

Apesar de estarem "longe um do outro" por assim dizer, Rick e Kate deram as mãos, olharam para as crianças, olharam outra vez um para o outro, e ai viram, que aquelas duas belezas tinham sido a melhor coisa que alguma vez lhes tinha acontecido.


Um bocadinho lamechas né?

Mas pronto, só vos posso dizer que enquanto escrevia isto, a minha pulsação disparou para mil!

Foi incrível escrever esta minha primeira fic, espero que as próximas ainda saiam melhores e que vos agradem mais. Eu peço desculpa se escrevi algum erro ortográfico.

Espero que tenham gostado!