Sempre ao seu lado
-Battler, por favor... Mesmo que eu sinta tanta dor... Eu não posso morrer ainda.– Seu corpo estava fraquejando. Cada vez que respirava, sentia dor. Afinal, seu corpo havia sido atravessado por estacas que Battler usou em seu checkmate.
-O que você quer de mim?- Disse seriamente, como de costume.
-Acabe com isso... Me livre dessa dor...- Beato estava com os olhos cheios de lágrimas. Lágrimas! A bruxa dourada estava chorando! Quem diria... Apenas não se sabe se as lágrimas eram de dor pelos ferimentos, arrependimento pelos que feriu ou medo. Medo de separar-se para sempre da pessoa amada.
-O que eu devo fazer?
-Eu vou revelar tudo agora. Isso é... o meu coração.
-O seu coração?
-Destrua-o. Apenas... me ajude a morrer.
-Vou fazer o que você pede.
-Obrigada... Battler. – Ela sorriu.
-Beato...
Dizendo suas últimas palavras, como mágica, Beato deixou seu corpo, quase que completamente banhado em sangue, e foi em direção à Battler.
-Ushiromiya Battler... Nesse momento, nessa ilha, ninguém existe a não ser você. Você é a única pessoa viva nessa ilha. Porém, eu estou aqui agora e estou prestes a lhe matar. Quem... sou eu?
-Essa é a sua charada final como uma bruxa?
-Quem... sou eu?
-Eu juro que vou solucioná-la. Eu juro que vou solucioná-la e lhe matar!
O despertador toca.
-Waaaaah, que sono... – disse Battler após acordar de um sonho. Alguns anos se passaram desde o massacre em Rokkenjima. Apesar de ele se lembrar de todo o ocorrido, seu parentes não lembravam. Sim! Seus parentes estavam todos vivos! Quer dizer... Infelizmente, nem todos. Ushiromiya Kinzo, avô de Battler já estava morto. Naquela época ele ainda tinha alguns meses de vida. O que posso dizer é que morreu por sua doença, não por um assassinato. Ah! Inclusive os empregados, que não eram da família Ushiromiya estavam vivos. Shannon e George haviam se casado. Jessica ainda amava Kanon, que por sua vez, começou a ter interesse pela mesma.
Como que com uma mágica final antes de sua própria morte, Beato sacrificou sua eternidade para fazer tudo voltar ao normal. Só por Battler, o humano por quem havia se apaixonado.
E assim Battler viveu por alguns anos, mas sem esquecer Beato nenhum dia.
