Capítulo 1:
3x13 – Aquele das adolescentes de satã. – Resumo: Scully está com ciúmes do interesse que Mulder pela detetive local envolvida no caso, o qual ela considera falta de profissionalismo. Scully entra no quarto de motel de Mulder para avisar que houve outro assassinato e encontra a Detetive White deitada sobre Mulder, fato que eles não discutiram mais. Os dois terminam o episódio indo embora discutindo, enquanto Scully dirige.
- Scully, acho que você errou a estrada. – Disse Mulder quebrando o silêncio desconfortável depois de ela tê-lo mandado calar-se quando ele disse que ela deveria ter virado.
- Você adoraria que isso fosse verdade, não? Ela disse com tom irônico.
- Porque você está agindo assim? Perguntou ele surpreso.
- Assim como?
- Tão irracional. Olhe a estrada, faz uns 15 minutos que só vemos árvores, quando já deveríamos ter visto sinais de civilização. Você deveria ter me deixado dirigir.
- Porque Mulder nunca erra a estrada, certo? Provocou ela, fitando-o com um sorriso de escárnio.
- Qual o seu problema? Está naqueles dias? Ele começou a ficar irritado de verdade.
- Esse comentário poderia ser mais sexista? Ela aumentou a velocidade do carro.
- Scully diminui a velocidade, esta curva é meio perigosa.
- Sei o que estou fazendo.
- Ok... Ele ficou em silêncio por um tempo, até ela sair da curva, na qual passou cantando o pneu. – Tudo isso por ciúmes da Detetive White? Ele provocou com um sorriso.
- Eu, com ciúmes de você? Por favor, Mulder! Ela riu.
- Porque está tão agressiva então?
- Porque você foi irresponsável e me excluiu o tempo todo. Supostamente eu que sou a sua parceira, ou não? E você estava bebendo e fazendo sexo com a sua amiguinha loira falsa ao invés de se preocupar com os assassinatos. Isso que me deixou irritada.
- Eu não excluí você e não fiz sexo com ela. Você interrompeu isso, lembra? E em minha defesa, ela que se jogou em cima de mim.
- Ah pobre Mulder, que dó. Ela usou uma entonação chateada e aumentou a velocidade de novo.
- Devagar, logo tem outra curva perigosa.
- Eu sei o que estou fazendo. Ela garantiu.
- Eu não tive intenção de chatear você, Scully. Desculpe se eu agi de forma desagradável, mas por favor, diminui a velocidade. Mulder abrandou a voz, mas ela estava irredutível.
-Tudo bem. O que importa é que tudo se resolveu. Ela disse de forma que soava completamente falsa.
- Devagar Scully! Ele disse ao ver que a pista estava molhada, mas ela já estava dentro da curva e logo frear não resolveu muita coisa. O carro perdeu a direção e bateu de frente com uma árvore.
- Ótimo, por isso eu nunca deixo você dirigir. Ele suspirou. – Você está bem?
- Estou ótima. Ela garantiu, mas quando se virou para ele, percebeu que o nariz dela estava sangrando.
- Não, não está. Ele tirou um lenço do bolso e colocou no nariz dela. Provavelmente vai ficar inchado.
- Que ótimo. Quando você pensa que as coisas não podem piorar... – Ela ergueu o rosto e estancou o sangue. Uma trovoada trouxe um temporal, provando que sim as coisas poderiam piorar. Scully empurrou o banco para trás para esticar as pernas e reclinou um pouco o banco para manter o nariz para cima.
- Admita que você errou a estrada. Mulder disse depois de reclinar o banco e colocar os pés sobre o painel do carro.
- É o que parece... ela concordou ainda a contragosto. – Desculpe, não sei porque fiquei tão chateada. Ela admitiu.
- Scully, é claro que você é a minha parceira. Nunca tive a intenção de excluir você do caso. Ele disse, se aproximando e acariciando o rosto dela.
- Se você diz... Ela deu de ombros.
- Você andou fumando? Ele perguntou surpreso, se aproximando ainda mais dela.
- Não! Ela negou o óbvio, fazendo Mulder rir.
- Tudo isso por ciúmes da detetive White? Ciúmes profissional ou ciúmes porque eu achei ela sexy? Ele provocou.
- Tem gosto pra tudo, não. Ela resmungou.
- Você não precisa ter ciúmes. Eu acho você bonita Scully, e gosto do seu perfume também. Ele garantiu, inspirando perto do pescoço dela.
- Você está bêbado. -Ela empurrou o rosto dele. – E você pode achar bonita quem você quiser, desde que não interfira no nosso trabalho.
- Então se eu achar você bonita, vai interferir no nosso trabalho? Porque, sabe Scully eu nunca tinha reparado como seus olhos são bonitos... Assim, tão de perto.
- O que deu em você, Mulder? -O coração dela se agitou com aquela proximidade súbita dele. Ela tinha sentido ciúmes sim da atenção que ele tinha dado a aquela outra detetive, mas não esperava que ele fosse reagir provocando-a assim. O que estava acontecendo entre eles. Ela tirou o lenço do nariz e percebeu que ele havia parado de sangrar, também percebeu que suas mãos estavam trêmulas.
Mulder parecia seguro, mas não estava. Talvez fosse o álcool em seu sangue, mas ele nunca tinha reparado nela daquela forma. Sim, ela era bonita, mas era sua parceira, sua amiga e a pessoa que ele mais confiava. Ele não podia vê-la dessa forma, iria estragar tudo, então sempre reprimiu aquela atração sexual que estava se despertando agora.
- Pare de me olhar assim. O que há com você? Ela reclamou, cruzando os braços, o que somente fez com que ele reparasse nos seios dela e no quanto eles pareciam agradáveis.
- Você provocou isso, Dana. - Ele disse sorrindo. – Você reclamou que eu não estava prestando atenção em você. É o que estou fazendo.
- Não é esse tipo de atenção que eu quero de você. Ela garantiu, fitando-o firmemente porém não tinha tanta certeza assim. Sentia inúmeras borboletas voando em círculos dentro de seu estômago.
- Admita que você já pensou sobre isso. Os lábios dele estavam tão próximos aos dela que se ela respirasse profundamente os tocaria.
- Não. Ela disse, em choque. Mulder entrelaçou seus dedos nos dela e sussurrou no ouvido dela: - Então porque você está trêmula e gelada?
- Porque você me fez bater o carro e fica falando essas bobagens e essa chuva que... Antes que ela terminasse Mulder cobriu a boca dela com a sua, sem medir as consequências, apenas seguindo seu instinto mais primitivo. No começo Scully relutou, mas por apenas alguns segundos, pois o beijo dele a invadia de uma forma que era impossível renegar. Ela deixou flutuar no momento abrindo os lábios para receber a língua dele que estava quente.
- Não! -Ela o empurrou delicadamente.- Vamos parar antes de destruir nosso relacionamento. Ela disse ofegante.
- Scully você beija tão bem. Ele garantiu, tentando aproximar-se novamente.
- Mulder, você está bêbado, mas eu não. Isso está errado.
- Tem razão. Ele abriu a porta do carro e saiu na chuva, indo em direção ao porta-malas. Scully não entendeu nada, até que ele voltou com uma das malas e a colocou no banco de trás. A chuva não dava trégua e ele entrou ensopado, molhando o banco.
- O que era tão importante? Ela perguntou curiosa enquanto ele revirava a mala com uma mão e usava uma toalha para secar-se com a outra.
- Isto. Ele retirou uma garrafa de tequila, que havia trazido do motel.
- Porque tem tequila na sua mala e porque é tão importante?
- Há muito tempo eu não encontrava esta marca. Vamos corrigir a sua sobriedade. Disse ele abrindo a garrafa e dando um longo gole, fazendo uma careta logo em seguida.
- Não estou te reconhecendo, Mulder. Primeiro flerta com a detetive em meio a uma situação completamente profissional e agora quer me embebedar para me convencer a fazer sexo no carro com você?
- Não falei nada sobre sexo, mas não seria nada mal. Ele deu a garrafa para ela.
- Ah que inferno... Estamos presos aqui até o fim dessa chuva de qualquer maneira. O carro não está funcionando e está ficando frio... – Ela deu um longo gole e tossiu logo em seguida, fazendo-o rir.
- Logo vai esquentar, Scully. Ela deu outro longo gole.
- E quem sabe meu mal humor passe também. Ela suspirou, olhando para o vidro rachado do carro, coberto por galhos da árvore.
- Ainda acho que você só ficou chateada porque elogiei ela e não você.
- Pense o que você quiser, Mulder. Ele deu outro gole demorado, e sorriu.
- Sabe o que eu realmente estava pensando? Ele inclinou o banco ao máximo e virou-se de lado para fita-la.
- O que? Ela tomou dele a garrafa e bebeu mais um gole. Já sentia seu corpo queimar por dentro e sua visão ficando turva, já que estava de estomago vazio.
- Você já me viu nu, logo nada mais justo que eu a visse nua também.
- Que? Quando? Ela se engasgou com a tequila.
- Quando eu tive febre e você me colocou para dormir e eu acordei apenas de cueca. Ele a fitou com um olhar lascivo e subitamente o calor dela aumentou. Os vidros do carro começaram a embaçar.
- Você estava inconsciente! Queria que eu o deixasse dormir naquelas roupas sujas?
- Não, é claro que não. Mas você pode olhar a vontade e agora está aqui morrendo de calor por causa da tequila e com medo de tirar o casaco. Ele riu.
- Não olhei além do necessário. Foi como se eu tivesse despido uma criança. Ela garantiu em tom provocativo entregando a garrafa a ele e tirando o casaco azul sem delicadeza, jogando-o no banco de trás.
- É mesmo? Então você não vai se incomodar se eu retirar essas roupas molhadas e me trocar, não é? Estou com minha mala aqui, não há razão para que eu continue assim, certo?
- Tudo isso é vontade de ver a cor do meu sutiã, Mulder? Ela perguntou no ouvido dele, e o calor do hálito o fez sentir um arrepio na espinha. Na verdade não era exatamente o sutiã dela que ele queria ver, mas não revidou o comentário. Sabia que a tequila já estava fazendo efeito pois as bochechas dela estavam bem rosadas e ela estava começando a se soltar mais.
- Ou tudo isso é medo seu de me ver nu aqui?
- Ah por favor... Ela riu e dando um longo gole de tequila, agora sem tossir, ela o puxou pela gravata e começou a afrouxa-la até que retirou-a e jogou-a no banco de trás. Logo em seguida abriu os botões da camisa dele com certa dificuldade pois sua visão não estava tão boa mas livrou-se dela também. Logo em seguida retirou a própria blusa e a jogou no banco de trás também. Qualquer timidez ou lucidez havia se dissipado e ela agora estava louca para continuar aquele jogo.
- Sente-se melhor agora? Ela perguntou, oferecendo a garrafa a ele, e ele com um longo gole terminou seu conteúdo e jogou-a pela janela. Logo em seguida analisou-a de uma forma que a deixou acanhada, mesmo que estivesse bêbada.
- Garanto que não olhei para você assim. - Ela provocou. – É como você esperava que fosse?
- Melhor. O olhar dele passeou pelo colo alvo, pelas delicadas alças do sutiã de renda que revelava sutilmente os mamilos rosados. Reparou na cintura fina e no umbigo bem desenhado. Ele queria toca-la desesperadamente mas tinha medo de afugenta-la novamente e como se lesse seus pensamentos, Scully tomou a mão dele e pousou sobre o peito dela, para a surpresa dele.
- Se você quer mesmo fazer isso, comece logo, pois álcool costuma me dar muito sono depois de um tempo.
- Não vou fazer nada, Scully, nada que você não queira. Você quer? Ele beijou o lóbulo da orelha dela.
- Você fala muito e faz pouco, Mulder. Dizendo isso, ela o empurrou contra o acento e sentou-se sobre ele, colocando as mãos em torno de seu pescoço. – Me mostre do que você é capaz.
- Eu deveria embebedar você mais vezes. -
Com um sorriso ele puxou-a pela nuca num beijo profundo e dessa vez ela se soltou ainda mais, arranhando as costas dele enquanto ele mordiscava-lhe o pescoço. Scully soltou um gemido rouco que o excitou ainda mais fazendo com que sua ereção eminente latejasse sob a virilha dela. Eles não queriam pensar em como aquilo afetaria a relação deles, esperavam que esquecessem ou fingissem que nada aconteceu. Fora apenas um momento de fraqueza sexual, só isso. Mas era difícil pensar assim, pois a cada novo beijo Mulder só conseguia pensar no porque não tinham feito isso antes e no quanto seria difícil parar. Scully passou a língua atrás da orelha dele fazendo com que seus pensamentos desaparecessem. Definitivamente o fogo não estava somente na cor dos cabelos dela, e isso o fez puxar o queixo dela para beijar-lhe os lábios mais uma vez enquanto abria-lhe o fecho do sutiã. Enquanto o deixava escorrer pelos ombros aproveitou para dar uma olhada nos seios dela e os tocou com devoção, primeiro com as mãos e depois com os lábios. Passou a língua sobre eles, sugou-os e deu mordidas de leve, arrancando suspiros dela e apertou-o ainda mais contra ela. Scully estava tão quente e tão excitava que chegava a ser doloroso. Queria mais, então afastou-se um pouco para abrir o zíper da calça dele. Mulder ergueu-se um pouco com ela nos braços, para que pudesse empurrar para baixo a calça jean cueca para liberar a ereção causando-lhe um enorme alívio. Scully voltou a beijá-lo enquanto massageava vigorosamente seu pênis com uma das mãos.
- Uau... ele resmungou suando frio. Ela era muito boa naquilo e agora ele teria que se concentrar em não fazer uma bagunça ali.
- Tirou as palavras da minha boca... Ela sussurrou, mordendo os lábios dele.
- Eu quero ver você inteira. Ele disse, colocando as mãos no bumbum dela, por dentro da calça justa.
- Ok. - Ela saiu de cima dele com um sorriso e pulou para o banco de trás, onde retirou as calças, Mulder se livrou do que restava de suas roupas rapidamente. Algumas horas atrás tudo aquilo teria soado impensável para ela, mas no momento, talvez por culpa do álcool ela estava vivendo um dos momentos mais eróticos de sua vida. Mulder era bom naquilo, mas ele era um amigo muito bom também e a respeitava. Valia a penas jogar todas aquelas coisas pro alto por uma atração sexual? Ela não queria pensar naquilo agora.
- Venha cá. – Ele ficou de joelho de frente para ela e ela se arrastou para o banco da frente. O fato de ela ser tão pequena tornava tudo mais fácil. Mulder arrastou-se sobre ela depositando beijos demorados por toda a extensão de seu peito, descendo pelo umbigo, até alcançar a virilha. Scully fechou os olhos e ficou quieta, deixando-o fazer o que quisesse com ela, algo que Mulder nunca vira antes. Ele dobrou as pernas dela e colocou-se entre elas, passando a língua sobre seu clitóris, ainda sobre a calcinha, que já estava úmida. Aquilo fora um convite então ele retirou-a rapidamente e colocou-se entre as pernas dela novamente, dessa vez adentrando-a com sua língua demoradamente, causando-lhe espasmos. Scully apertou as coxas em torno dele soltando gemidos altos, que se confundiam com os raios da chuva lá fora. Naquele momento ele se deu conta do quão forte ela era, pois quase o afogou quando ele mordeu-lhe a coxa ao mesmo tempo em que usava os dedos para massageá-la. Aquilo fora tão bom que ela não conseguiu segurar o orgasmo, para delírio de Mulder que pode sentir a contração do corpo dela.
- Sua vez. Ela disse, depois de alguns minutos, levantando-se e pedindo para ele se deitar no banco, na mesma posição em que ela estava anteriormente. Mulder obedeceu e para seu deleite ela se sentou, encaixando-se sobre ele e rebolando suavemente criando um ritmo extremamente agradável. Ele fechou os olhos para tentar prolongar aquilo mais um pouco, porque se ficasse olhando para ela, não ia conseguir segurar por muito tempo. Scully se inclinou e deu uma mordida no mamilo dele.
- Ainda acha que me ver nu tem a mesma conotação de ver uma criança? Ele provocou.
- Não me faça pensar em crianças agora. Ela tapou os lábios dele.
- Mandona. Ele afirmou com um sorriso.
- Sempre. - Ela intensificou o ritmo e ele colocou as mãos em torno de sua cintura, ajudando-a percebendo que ela também estava chegando ao ápice mais uma vez o que o empolgou ainda mais.
- Venha comigo, Dana. Ele ergueu o troco para abraça-la e chegaram ao êxtase juntos, com as testas coladas. Por um longo momento houve apenas o silêncio, que só era quebrado por suspiros e pela respiração ofegante. Mulder pousou um beijo delicado no ombro dela enquanto os dois se acalmavam juntos. Ela ergueu o rosto e jogou o cabelo molhando dele para trás com um sorriso.
Se encararam por um tempo, tentando entender como e porque tinham chegado ali e porque tinha sido tão bom. Até que ela finalmente quebrou o silêncio, deitando-se no ombro dele mais uma vez:
Mulder, isso não vai ser bom para os negócios.
