Título: Darkshines
Fandom: Harry Potter
Autora: Christine Annette Waters
Classificação: Romance - R
Ship: Draco Malfoy/Ron Weasley
Resumo: "Amantes. Eles não se amavam, mas a palavra certa era essa. Amantes. Uma palavra forte. Um laço inexorável. E eles sabiam perfeitamente disso."
Disclaimer: Nada me pertence, só a idéia.
Avisos: Slash! Se não gosta, não leia e não deixe reviews malcriados. Vai ser melhor para você e para mim, acredite.
Nota: Para Maaya.
Darkshines
O relacionamento deles não podia ser chamado de namoro. De jeito nenhum.
O início fora confuso. Não sabiam direito quando começara; a única certeza que tinham era que tivera início depois que um deles pediu abrigo junto à Ordem. Depois, apenas se lembravam vagamente quando haviam se beijado pela primeira vez, num dos quartos empoeirados daquela casa. Não sabiam exatamente quando havia sido o primeiro amasso de verdade, com mãos nervosas apalpando o corpo um do outro, e dedos sorrateiros acariciando pele nua debaixo das vestes.
Mas eles iriam se lembrar daquela noite fria e sem estrelas. Porque, independente se fosse bom ou ruim – pela inexperiência de ambos -, marcaria uma nova fase. Um outro tipo de relação. Não seriam apenas mais dois garotos que se agarravam escondidos em armários ou em cômodos trancados; depois daquela noite, eles se tornariam amantes.
Amantes. Eles não se amavam, mas a palavra certa era essa. Amantes. Uma palavra forte. Um laço inexorável.
E eles sabiam perfeitamente disso.
Era madrugada. Todos dormiam, uns menos tranqüilos, outros mais confiantes, alguns sem esperança. Mas eles estavam acordados, muito bem acordados, deitados numa cama em um quarto protegido da curiosidade de algum sonâmbulo.
O mais jovem estava deitado de lado, abraçando o outro, trocando beijos que faziam seu sangue ferver, afundando seus dedos magros no cabelo ruivo. Ambos estavam arrepiados – e não era de frio.
Lábios se separaram, olhos azuis encontraram os prateados. Uma mão entrou maliciosamente na parte de cima do pijama do outro, subindo e arranhando. Uma boca beijou e mordiscou a parte inferior da barriga.
Ele fez algo entre um suspiro e um gemido, e puxou o outro para cima, para beijá-lo. Os cabelos loiros que chegavam aos ombros lhe davam um certo ar de algo celestial. Algo muito interessante para quem já fora Comensal da Morte.
Ele era uma prova viva de como as aparências enganavam.
Draco se levantou, sentando em cima dele. Na escuridão quase completa do quarto, era praticamente impossível ver qualquer expressão do seu rosto, mas Ron podia jurar que ele o estava encarando atentamente.
Dedos subiram por cima do pijama e começaram a desabotoá-lo. Um botão. Dois. Três. Ele fazia isso com uma calma que contrariava seus instintos, seus desejos e o sangue fervente nas veias. Quando um dedo passou acidentalmente por cima de um mamilo, o ouviu arfar e tremer embaixo dele. Embora já soubesse porque, não deixou de ficar secretamente admirado.
"- Você é virgem" – sussurrou. O tom de voz era estranhamente rouco.
Com o pijama desabotoado pela metade, e apoiando-se nos cotovelos, Ron devolveu na mesma hora.
"- Você também."
Draco não respondeu. Começou a tirar a parte de cima de seu pijama, deixando à mostra um corpo curiosamente imaturo. A Marca Negra em um dos seus braços pareceu reluzir brevemente.
Uma mão guiava a outra. Pescoço, peito, barriga...
Quando seus lábios se encontraram de novo, eles sabiam que haviam dado um passo sem volta.
Do lado de fora, a névoa começava a aparecer.
