MÁRS ZERO, UNE NOUVELLE VIE

(Marco Zero, uma vida nova)

Autor: Topaz Autumn Sprout

Betagem: Estrela Potter

Pares: Harry/Draco

Classificação: NC-17

Avisos: Slash/Lemon/ Little Angst/Romance/Humor/Mpreg

Disclaimer: Os personagens pertencem a J.K. Rowling, esta fic não tem fins lucrativos.

A FIC TRATA DO RELACIONAMENTO ENTRE DOIS HOMENS. NÃO É TUA PRAIA? NÃO LEIA!

Nota da autora: O título em francês é referência à fic que me inspirou, DROIT DU SEIGNEUR da autora Amanuensis, muito bem traduzida pelo TRADUCIOUS, aqui no FF. net.

Eu sei que existe a sequência da referida fic chamada FAIT ACCOMPLI (também no TRADUCIOUS), eu li, mas achei que os garotos mereciam mais. Como boa Lufa que sou, adoro finais felizes e amo Drarry de paixão. Então resolvi fazer uma versão mais light, pois de amarga e muitas vezes frustrante, já basta à vida cotidiana. No mundo das fics quero humor e love, love, love!

** Não é imperativo ler a Droit Du Seigneur para entender esta fic, mas vale a leitura. A fic é muito boa, embora meio dolorida de ler.

Lucius está mais filho da P... que nunca. Sim, o loiraço belzebu é gostoso de doer, mas ruim até a raiz. Ele merece um revide dos lindinhos e até da Cissa pela sacanagem!

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Capítulo 1

Tempestade

Feedback...

Draco acorda e encontra Harry vomitando no banheiro, achando que podia ter engravidado.

Como fazia três semanas que ele e o marido estavam se recuperando da infernal "Noite de Núpcias", ambos estavam apavorados com a possibilidade de o moreno ter engravidado de Lucius, por conta daquela maldita tradição do Droit Du Seigneur.

(Fim do feedback)

Draco sentiu as pernas amolecerem e caiu de joelhos ao lado do outro, que estava muito pálido, com os olhos brilhantes cheios de angústia.

Eles se abraçaram e ficaram em um silêncio chocado, com as mentes girando sem parar.

Draco soltou-se do abraço e fitou Harry, que lutava bravamente para não chorar. Enquanto pensava: "O que faremos? Como vamos saber se á verdade? E se for, como confirmar a paternidade? Eu sei que existe um feitiço usado pelos medi-bruxos, mas ir ao St. Mungus?

Por Mordred! Estamos casados há três semanas, se a fofoca vazar vai ser um inferno! Um Malfoy criando o filho de outro e o rapaz que sobreviveu, um infiel que nem sabe quem é o pai da criança. Que grande monte de merda!"

Acomodando o marido na cama, ele ordenou que um elfo trouxesse chá e biscoitos de água e sal.

Aconchegando Harry nos braços ele finalmente falou:

- Harry você não pode ter certeza!

- Eu sei. Mas os sintomas batem direitinho: enjôo, sono, cansaço. E você sabe que já aconteceram casos de gravidez masculina sem o auxílio de mágica na minha família.

- Mas como vamos nos certificar? O St. Mungus é público, o médico da família nem pensar, iria cair direto nos ouvidos de meu pai! E se for mesmo? Se a criança for dele?

- Não sei Draco. A criança é inocente e é um Malfoy.

- Mas seria uma constante lembrança daquela noite maldita. Será que iríamos suportar?

Harry suspirou derrotado com a mente girando sem parar: "Quem poderia nos ajudar? Médicos trouxas nem pensar! No mundo bruxo somos muito conhecidos, e além do mais, não conhecemos nenhum medi-bruxo que atenda em consultório particular; sempre fui tratado em Hogwarts...."

- É isso! Hogwarts! – disse ele em voz alta.

- Como? O que você quer em Hogwarts? – perguntou o outro.

- Madame Pomfrey! Passei tantas vezes naquela enfermaria, que ela me conhece até pelo avesso! E é a única pessoa com conhecimento para fazer os testes sem espalhar o resultado.

- Será que ela nos ajudaria?

- Tenho certeza que sim. Ela sabe até do nosso histórico sexual.

- Hã?

- Lembra quando começamos a pensar em dormir juntos? Eu estava cheio de dúvidas e não tinha com quem conversar. Então procurei a Poppy. Juro que catei cada grão, da minha tão falada coragem Grifinória, para abordar o assunto com uma senhora que tinha idade para ser minha avó. Mas ela encarou o assunto numa boa, me deu conselhos, livretos explicativos e disse que sempre que precisasse poderia procurá-la.

- Por que você não conversou comigo?

- Eu estava morrendo de vergonha de te falar da minha completa ignorância no assunto! Apesar dos nossos amassos serem uma delícia e ter aprendido bastante; eu não queria chegar à nossa primeira vez sem ter uma idéia muito clara do que iria acontecer. Ter uma crise de pânico na hora "H" ou te machucar sem querer.

- Por Circe, Harry! Você...

- Nós estávamos nos conhecendo! Você, o garanhão da sonserina que já tinha feito de tudo, namorando o tapado Potter que nunca tinha feito nada...

- Tudo bem Harry, nós continuamos essa conversa uma outra hora. E Sobre a Madame Pomfrey?

- Vamos enviar uma coruja e conversar pela lareira, ou quem sabe ir até ela via flú.

- Vamos enviar a coruja, mas acho melhor irmos até ela partindo de outro lugar. Meu pai tem completo controle sobre a rede de flú e pode xeretar as conexões.

Depois da troca de correspondência, ficou acertado que iriam ver Pomfrey utilizando uma lareira do Caldeirão Furado. Era realmente uma sorte que sua antiga colega Ana Abbott, gerenciasse o lugar.

Com o aluguel do quarto e a conexão de flú acertados, os dois aparataram e entraram direto na hospedaria o mais discretamente possível. Na hora combinada foram recebidos por uma Madame Pomfrey bastante intrigada.

Eles explicaram a suspeita da gravidez e que gostariam de ter certeza sem tornar o assunto público.

A medi-bruxa pediu a Harry para deitar-se na cama de uma das cabines de exame, enquanto realizava o procedimento. Draco estava ao lado acompanhando tudo atentamente. Depois de alguns minutos que para os dois pareceram horas, ela deu o veredicto:

- Harry, sinto muito, mas você não está grávido. O que você tem é uma leve depressão e seu nível de stress está tão alto, que causou uma gastrite.

Na realidade o casal só ouviu a primeira frase. Os dois se fitaram com enorme alívio. Então Draco, ficou incrivelmente pálido e sentiu uma vertigem. Se não fosse a rapidez da medi-bruxa em conjurar uma cadeira, ele teria caído no chão.

Harry olhava assustado para o marido, enquanto Pomfrey fazia uma varredura com a varinha no rapaz.

Acabando o exame ela olhou para os dois e falou muito séria:

- Que eu saiba, faz três semanas que vocês casaram e deveria estar em lua-de-mel. Mas ei-los aqui! Você Harry, estressado e deprimido. Você Draco, com um nível de energia perigosamente baixo, apresentando vestígios de arte das trevas em seu sistema. Vocês andaram se metendo em encrenca?

Os dois negaram veementemente.

Então o que houve? Vocês deveriam ter pedido ajuda para a família! – disse ela fitando os dois.

Draco cerrou o maxilar e seus olhos brilharam como aço. Harry tinha o olhar baixo e a tensão era visível em seus ombros.

O olhar conhecedor da medi-bruxa passou pelos rapazes e então falou:

- Vou buscar as poções para vocês.

Voltando, ela pediu a Draco para deitar na outra cama, pois a poção para remover a magia das trevas do seu corpo o deixaria sonolento. Harry tomou a poção para gastrite e uma dose de calmante e também deitou.

Depois de um cochilo de meia hora, o moreno acordou sentindo-se melhor e com sede, olhando para o lado viu que o loiro dormia tranquilo.

Poppy apareceu na porta de sua sala e o convidou para entrar.

- Venha tomar um chá, você parece estar precisando.

Acomodado numa confortável poltrona e saboreando um chá quente e doce, ele fitou a senhora que o encarava calmamente com um olhar inquisitivo. Ele sabia que a história não iria passar em branco.

- E então Harry, o que houve? Vocês são recém-casados e parecem ter saído de uma batalha! Eu te conheço, e sei que mesmo sendo muito cedo, você estaria radiante com a possibilidade de ter um filho.

Ele sentiu algo romper-se dentro de si. As últimas semanas foram terríveis, a luta íntima para se fazer de forte e inabalável para Draco, as lembranças vergonhosas daquela noite, o pavor de ter engravidado...

Tudo veio à tona. Ele levantou os olhos atormentados para Poppy e resolveu falar.

- Em três palavras: Droit Du Seigneur.

- Mas como? Isto é medieval, não um costume corrente! – falou a medi-bruxa chocada e estupefata.

- Diga isso a meu caro sogro. Segundo ele só os "mais puros", a "créme de lá créme" das famílias puro-sangue invocam a tradição.

- Pobre criança! E o que houve com Draco?

- Ele ficou enlouquecido e se recusou a cooperar. Então Lucius o fez beber a poção das trevas que aumenta a sensibilidade dos nervos do corpo, a ponto de que o menor movimento provoque dores insuportáveis. Aquele bastardo o imobilizou nas masmorras e instruiu os elfos a o tocarem... intimamente.

Eu estava esperando Draco em nosso quarto, sem saber de nada, quando meu sogro entrou e me comunicou da "honorável" tradição. Quando perguntei por meu marido, ele me disse que teve de aplicar uma punição condizente com a desobediência e se eu não colaborasse, poderia não achá-lo a tempo. E eu só consegui sair daquele maldito quarto quando estava amanhecendo... – disse frustrado. – Nós passamos as últimas três semanas nos recuperando. O efeito da poção que ele tomou, só começou a diminuir após duas semanas. Não nos tocamos desde o dia do casamento, está sendo uma lua-de-fel.

As lágrimas que escorriam por seu rosto sem que ele percebesse, transformaram-se num pranto convulsivo.

A medi-bruxa deixou de lado o ar profissional e abraçou o garoto com carinho maternal, deixando-o chorar até esgotar as lágrimas falando palavras de consolo.

- Chore, faz bem. Alivia a alma e o coração.

- Eu não tinha a quem recorrer Poppy, só lembrei de você! – disse ele entre soluços.

- E fez muito bem. Vocês precisavam de atenção profissional. Vão tomar poções restauradoras e creio que por um tempo não vão querer crianças certo?

O moreno balançou a cabeça concordando.

- Então uma poção contraceptiva será providencial. Você sabe que com o casamento há o fortalecimento do elo, e há uma maior probabilidade de sua herança genética se manifestar.

Harry limpou as lágrimas do rosto e agradeceu a medi-bruxa

- Obrigado por me ouvir Poppy e desculpe a cena.

- Ora querido, é meu dever e meu prazer ajudar. Agora lave o rosto e passe esta poção refrescante. Você não vai querer que seu marido o veja com os olhos vermelhos e inchados, não é? – disse a senhora.

Ele saiu do banheiro sentindo-se aliviado e foi dar uma olhada em Draco, que acordou assim que ele chegou perto da cama, e abriu um pequeno sorriso que foi prontamente retribuído.

Depois de muitas recomendações e um suprimento de poções os dois voltaram para o Caldeirão Furado e de lá desaparataram para a Mansão Malfoy.

Foi à primeira noite, desde o casamento, que eles dormiram em paz.