Disclaimer: Essa história pertence a bellaklutz2010, que me autorizou a traduzir, e os personagens pertencem a Stephenie Meyer.
This history belongs to bellaklutz2010, who allowed me to translate, and the characters belongs to Stephenie Meyer.
BPOV
"Porque eu?" eu resmunguei pra mim mesma.
"Você disse alguma coisa querida?" minha mãe perguntou entrando no quarto.
"Não," eu disse rapidamente. Eu estava me mudando pra Forks dentro de um mês e eu não queria que minha mãe se preocupasse mais do que ela já estava. Toda vez que ela estava por perto eu fingia que estava feliz e bem com tudo que tinha acontecido nos últimos meses, a real razão por eu partir.
Era um alívio que eu não teria mais que viver nas sombras me escondendo do perigo que sempre parecia me seguir. Talvez se eu fosse morar com o chefe de polícia minha vida teria menos caos e dor.
"Bella querida," minha mãe disse reconquistando minha atenção. "Você tem certeza que quer fazer isso? Quero dizer, eu entendo que você quer me ver feliz mas e tudo que você está deixando para trás?"
"Mãe," eu disse me sentando perto dela. "Isso é para o melhor. Você precisa ficar com Phil e eu preciso ganhar alguma independência. Além do mais não é como se nunca mais fôssemos nos ver novamente. Você vai estar apenas um avião de distância."
"Você tem certeza que não está apenas fugindo?" minha mãe perguntou. Me afastei dela evitando sua pergunta e comecei a arrumar minha mala novamente. Nós já tínhamos discutido isso inúmeras vezes e eu estava tentando lidar com meu passado.
"Mãe, por favor." Eu implorei. "Você sabe que eu não quero partir mas você também sabe que eu não tenho escolha. Ele me deixou sem outra opção."
"Você sempre tem uma opção querida," minha mãe encorajou. "Eu posso ficar aqui com você ou você pode viajar com Phil e eu. Eu sei que você quer ficar longe dele mas esta é realmente a resposta?"
"Esse é o único caminho para retomar minha vida novamente," eu disse. "Mesmo que eu ame tanto esse lugar ele me trás muitas memórias."
"E Natalie?" minha mãe perguntou. "E Megen?"
"Não mencione ela," eu disse rapidamente. Megen era a última razão por eu pensar em ficar." Era parcialmente por causa dela que eu estava em toda essa situação em primeiro lugar.
"Você precisa perdoá-la Bella," minha mãe disse.
"Você nem mesmo sabe a história," eu bati. "É muito mais complicado do que você imagina e eu realmente não quero voltar nesse assunto."
"Você pode se manter nessa bolha pra sempre Bells," ela disse. "Viver assim é viver uma mentira ou viver em seu próprio mundo de fantasias. Cedo ou tarde isso tudo chega ao fim."
"Vou resistir até que seja tarde," eu zombei. "Agora eu tenho que arrumar minhas coisas, então você acha que podemos remarcar essa sessão de terapia?"
"Apenas pense nisso babe," ela disse levantando da cama e beijando minha testa. Eu sabia que ela estava certa mas eu nunca mais queria pensar nisso novamente. Minha vida era complicada o suficiente devido a isso, como eu poderia me torturar revivendo dentro da minha imaginação?
"Knock, knock," eu ouvi meu padrasto Phil falar na porta. "Posso entrar Bella?"
"Claro," eu murmurei. Quanto olhei para reconhecer sua presença eu percebi o que ele tinha com ele. Bem ao seu lado direito tinha uma escrivaninha de mogno escura que parecia ser do início do ano de 1.900, "O que é isso?"
"Isso," ele começou. "É pra você levar com você pra Forks. Sua mãe e eu decidimos que você pode precisar para por seu computador ou algo do tipo."
"Ah," eu disse. "Obrigada Phil, eu realmente gostei." Ele colocou a escrivaninha no meu quarto e me deu um abraço estranho com um braço só.
"Nós vamos sentir sua falta Bella," ele disse. "Eu realmente me sinto culpado por fazer você fazer isso. Estou te afastando de tudo que você conhece e ama." Phil era realmente distraído e por alguma razão eu preferia desse jeito. Muitas pessoas já sabiam demais.
"Não, você não é Phil," eu descordei. "Tudo isso era o que eu costumava conhecer e amar. Agora tudo simplesmente parece diferente. É hora de mudar; é hora de uma nova aventura."
"Talvez as coisas sejam melhores em Forks," ele disse. "Eu sei que você foi meio que infeliz ultimamente. Talvez ir morar com seu pai te fará feliz novamente."
"Talvez." Eu concordei. De repente meu telefone começou a tocar um som familiar, Shake it do Metro Station. Quando eu olhei vi que era Natalie quem estava me ligando. "Desculpe mas eu tenho que atender."
"Sem problemas garota," Phil disse. "Vou te dar alguma privacidade."
"Obrigada." Eu disse. Phil talvez não tenha me conhecido tão bem mas ele sempre soube quando eu precisava de um tempo sozinha. Talvez fosse porque ele não era tão mais velho que eu. "Eai Nat?"
"Ballary," ela disse usando meu apelido que eu desprezava. "Porque nesse mundo você não me ligou em tanto tempo? Está irritada comigo ou algo do tipo?"
"Não," eu disse. "Eu só tenho andado um pouco distraída só isso."
"Bella," ela disse. "Eu sei que você está escondendo algo de mim. Eu espero que você simplesmente me conte ao invés de me deixar no escuro. Nunca se sabe, talvez eu possa ajudar ou algo do tipo."
"Eu duvido," eu sussurrei mas ela ainda assim me ouviu.
"Tente querida," ela insistiu. "É ainda sobre Kyle e Megen? Você sabe que terá que lidar com isso cedo ou tarde. Megen já está me ligando a cada dois segundos me implorando para de alguma forma consertar o que ela fez."
"Ela não pode consertar," eu disse por entre meus dentes trincados. "Ela e Kyle fizeram o que fizeram e agora estou forçada a limpar a bagunça. Mas porque estou surpresa? Isso é o que ela sempre faz, merdas e então corre para alguém limpar sua bagunça."
"Seja razoável Bellary," ela disse. "Kyle está apenas se sentindo muito culpado, talvez até mais."
"Eu não quero mais falar disso," eu disse. "Mas eu preciso me encontrar com você essa noite. Eu tenho algumas novidades que não posso dizer exatamente pelo telefone."
"Claro Bells," ela disse alegremente. "Vamos ter uma noite completamente para garotas, apenas você e eu. Podemos ir ver um filme e depois comprar pizza."
"Ótimo," eu disse. "Eu acho que é isso que preciso. Te vejo ás sete okay?"
"Certo querida," ela disse antes de desligar. Olhei para o meu relógio percebendo que eu tinha umas duas horas livres antes que ela estivesse aqui. Decidi checar minha nova escrivaninha em detalhes.
Era tão velha e ainda assim tão linda. Cada gaveta era larga e espaçosa. Quando eu abri a maior gaveta completamente, eu achei uma espécie de alavanca. Quando eu puxei percebi que era um compartimento secreto com uma dúzia de cartas antigas.
Puxei uma carta e examinei de perto. A única indicação de quem era estava endereçada no envelope. Simplesmente dizia, para minha única. Eu sabia que ler seria invasão de privacidade mas parte de mim gritou para eu quebrar as regras pelo menos uma vez. A pessoa que escreveu possivelmente nem estava mais entre os vivos então que mal eu podia fazer? Eu puxei a carta do envelope cautelosamente e comecei a lê-la.
15 de dezembro de 1918.
Amada,
Eu sinto que meus dias são tristes sem a sua presença. Minha vida parece tão cheia e ainda assim tão vazia sem você. Se eu ao menos fosse capaz de chegar e contar-te do meu amor. Eu temo que nunca nos conheceremos ou nem mesmo falemos um com o outro. Você é meu coração, você é meu destino. Embora nossos corpos nunca tenham se tocado eu sinto como se nossas almas tenham entrelaçado-se pela eternidade.
Eu tenho umas notícias um pouco ruins para anunciar-te, embora eu sinta medo disso todos os momentos. Meus pais informaram-me recentemente do meu noivado iminente que ocorrerá muito em breve. Eu nunca conheci essa mulher e já detesto-a. Eu queria que meus pais pudessem compreender que eu desejo uma vida de amor e não de miséria.
Se você ao menos encontrar essa carta eu imploro-te que a responda. Diga-me onde estás; diga-me quem tu és e eu irei encontrar-te. Até que nos encontremos devo oferecer-te adeus. Tentarei escrever novamente em breve.
Sempre seu,
Edward Anthony Masen
Assim que terminei a carta eu achei quase impossível encontrar minha respiração. Como alguém podia ser tão romântico e tão apaixonado? Eu nunca soube que tal homem pudesse existir. Eu sempre imaginei que todos homens fossem uns idiotas que não tinham nenhum senso de amor ou honestidade. Mas enquanto eu continuava lendo a carta dele, percebi que Edward incorporava todas as qualidades em um homem que não existia mais. Se ele ainda fosse vivo ele seria ideal pra mim.
16 de dezembro de 2008.
Querido Edward,
Eu posso não ser a pessoa que você procura mas de qualquer forma eu sinto que devo te responder. Sinceramente eu me sinto um pouco estúpida por responder essa carta que deve ter uns noventa anos, mas lá vai. Eu sei como é se sentir em uma situação que você não acha solução. Eu sei que é agonizante mas eu prometo a você que poderia ser muito pior.
Quanto a estar apaixonado, não é uma coisa que eu aconselho que você faça. Na minha experiência amor tem sido nada além de cruel e inútil. Eu tenho chorado lágrimas incontáveis por culpa dessa estúpida emoção e eu tenho que começar a desprezá-la. Talvez seja apenas eu que sou azarada no amor mas de qualquer forma tome cuidado. Uma vez que você dá seu coração você nunca pode pegá-lo de volta. Então talvez você simplesmente deva casar com essa mulher e salvar seu coração da dor que o amor induz lenta mas seguramente.
Espero que tudo se resolva,
Isabella Marie Swan
Coloquei a carta de volta no compartimento secreto antes de ouvir uma forte batida na porta.
"Bellary," Natalie disse enquanto entrava pela porta. "Vamos lá menina, hora de se divertir!"
"Ah" eu disse surpresa. Eu não tinha percebido que eu tinha passado as últimas duas horas lendo cartas. Eu nem estava pronta, Natalie com certeza iria me matar. "Posso ter apenas uns minutos Nat?"
"Como você pode não estar pronta?" ela gritou. "Nós fizemos o plano há duas horas. O que você estava fazendo?"
"Nada," eu disse rapidamente. Eu não podia dizer a verdade a Natalie ela pensaria que eu era louca. "Só me dê alguns minutos e eu prometo que estarei pronta."
"Certo," ela murmurou. "Mas é melhor sua bunda estar lá embaixo em dois minutos querida!"
"Sim senhora," eu disse saudando seu escárnio.
"Awww vejo a vadia sarcástica que todos nós conhecemos e amamos," ela disse me abraçando. "Eu sinto sua falta Bella. Por favor não me corte de sua vida daquele jeito novamente."
"Desculpe Nat," eu disse retribuindo o abraço. Ela sinceramente não tinha idéia que essa provavelmente seria uma das últimas vezes que nos veríamos.
"Esqueça menina," ela riu. "Eu disse, dois minutos."
"Certo," eu concordei. Peguei o resto das cartas de Edward que pareciam estar espalhadas por todo lugar e puxei a alavanca para abrir o compartimento secreto. Quando eu fiz isso percebi que a carta que eu tinha colocado ali há alguns minutos tinha sumido, tudo que foi deixado era um espaço vazio.
N/T: OMG, essa fic é simplesmente maravilhosa, linda, romântica, triste e eu estou completamente apaixonada por ela. Imagina achar um compartimento secreto com uma carta linda dessa? Só sei que fico suspirando (de verdade) enquanto traduzo pra vocês, espero que gostem e não esqueçam de deixar seus comentários ;)
Eu não sei se vou postar essa fic toda semana como sempre faço, preciso me organizar primeiro, mas assim que estiver tudo pronto essa fic será postada todas as TERÇAS-FEIRAS.
