Nome da fic: VERDADES E MENTIRAS
Autor: Viviane Valar
Pares: Severus/Harry PotterCensura: PG-13 (angst, slash)
Gênero: Drama, Romance, tema Adulto, Slash.Spoilers: Todos os livros HP1 ao HP5Avisos ou Alertas: Slash, angust
Desafio: Foram usados dois desafios (parecidos, aliás) para essa fic.
46. Em um contexto especial, Snape e Harry são mandados ao mundo trouxa. Como Snape reagirá ao perceber que, neste aspecto, o Harry está em vantagem em relação a ele? (jobis)
62. Severo e Harry foram juntos ao mundo trouxa - o motivo é por sua conta! - e acabam ficando trancados, por medida de segurança, em um ambiente exíguo. O que acontecerá? (jobis)Nota: Essa fic se passa dois anos após Harry sair da escola. Tempos de eminência da Guerra.
Agradecimentos: à Rowling, e Jobis, que me proporcionaram a felicidade de fazer a fic, por causa dos persons e do desafio proposto no Snapefest.
Disclaimer: Esses personagens são de JKR, eu não quero nem vou ganhar dinheiro com eles.VERDADES E MENTIRAS
Capítulo 1 – A Missão
Voldemort estava mais poderoso. Depois que os Comensais fugiram de Azakabam com o auxílio dos Dementadores. Realmente foram conquistados pelo poder do escuro. Seguidores naturais que são.
Agora a ameaça era global. Bruxos e trouxas iriam sofre as conseqüências. Ninguém seria poupado. Porem, sob o ponto de vista de Dumbledore, os trouxas não estavam preparados para assumirem a existência do mundo bruxo. Então deveriam ser muito cautelosos.
As famílias trouxas que tinha bruxos por nascimento ou casamento já estavam a par dos problemas e da gravidade da situação. Mas ainda existiam alguns mais resistentes. Como os Dursley.
Harry Potter era um adolescente diferente. Ele tinha uma responsabilidade muito maior que todos os outros jovens de 19 anos. Ele carregava o fardo de uma profecia que decidiria o destino de todas as pessoas. Ele era o único com poderes para destruir Voldemort. Ou morrer tentando. E como se isso já não fosse demais, ainda tinha outro problema. Era sobrinho dos Dursley. Trouxas que se recusavam aceitar o mundo mágico e queriam a maior distância possível. Principalmente agora que Harry Potter não morava mais com eles. Tinha se formado em Hogwarts. E tinha se mudado para Hogsmead.
O adolescente deveria retornar à rua dos Alfeneiros, onde eles moravam e convencê-los a se protegerem e a buscarem abrigo. Não seria fácil. Mas Dumbledore, o Diretor de Hogwarts tinha uma solução para o impasse. Resolveu que o melhor seria enviar o jovem junto com um dos membros da Ordem, seu exército pessoal.
Severus Snape era professor na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Mestre em Poções. Comensal da Morte regenerado. Membro da Ordem da Fênix. Com todas essas características, parecia ser um aliado e tanto para Harry Potter. Porém os dois tinham suas diferenças também. Odiavam-se mortalmente. Sentimento que vinha desde o pai do adolescente.
Mas enfim, Dumbledore sempre sabia o que era melhor. E os dois tiveram que aceitar a missão. Partiram para a rua dos Alfeneiros em Little Whinging, Surrey.
Harry estava frustrado. Preferia ir com Lupim. Mas infelizmente o lobisomem já estava em outra missão. Viajar com o morcegão tinha sido uma piada de mau gosto. Mesmo agora, no Expresso de Hogwarts, indo para King's Cross, era difícil de acreditar. Mal se falaram quando embarcaram. E permaneceram mudos. Harry não tomara café naquele dia, devido a ansiedade. E agora poderia comer um hipogrifo inteiro. Aguardava com pesar a bruxa com o carrinho dos doces.
Snape sentia que os seus pecados seriam pagos, todos, com essa viajem. Acompanhar Potter era o fim. Sabia que era uma missão importante. Mas preferia estar infiltrado no bando dos Comensais e até mesmo sofrer a Crucciatus, que estar ali. Mas era difícil negar algo a Dumbledore. E o velho Diretor dissera que haveria mais explicações para sua escolha. E que ninguém mais poderia estar em seu lugar. Iria entender posteriormente. Bufou, lembrando da conversa com o outro. Deveriam desembarcar e seguir direto para a casa dos Dursley.
O silêncio foi quebrado pela porta da cabine se abrindo.
-Lanche. Doces. Bebidas. Alguém gostaria? – perguntou solícita a velha mulher.
-Eu quero. – Harry quase saltou do banco. Comprou de tudo um pouco. – Snape? – tentou ser educado.
Com o olhar de desagrado que guardava especialmente para o grifinório, Snape pensou em ignorar, mas sabia o quanto a viajem demoraria. E acabou optando por comprar um pouco também. A bruxa do carrinho se foi.
Snape pegou um pouco de torta de frango e suco de abóbora. Enquanto Harry foi direto para os sapos de chocolate. Quando abriu a caixa, antes que conseguisse impedir, o bicho doce, saltou e foi bater diretamente no nariz adunco do professor carrancudo.
O homem tomou um susto tão grande que deixou o suco que bebia cair nas roupas. Harry continha o riso a duras penas.
-Potter! – irado. – Veja o que fez!
-Eu sinto muito! – conseguiu dizer. – Foi má sorte. Normalmente eles não fazem isso. – tentando não gargalhar.
O professor tinha um olhar letal.
-Limpar! – apontou a varinha para as vestes.
O silêncio imperou novamente por algum tempo. Até que o próprio Snape o quebrou.
-Potter, como pretende convencer seus tios a entrarem na Guerra?
-O pior é que realmente ainda não sei. – suspirou.
-Como não sabe ainda?! São seus parentes! Deve ter noção de o que pode dizer para convencê-los! – irritado.
-Infelizmente não. – irritação também crescendo nele. – São muito... tapados! Preferem fingir que a magia não existe, que se beneficiarem com ela. Não vai ser nada fácil. – suspirou mais uma vez.
-Dumbledore me contou que vocês não se dão nada bem. O que fez a eles, Potter? – sarcástico.
-Eu?! Não fiz nada! Eles é que são muito radicais. Eles é que fizeram contra mim. Sempre fui humilhado e desprezado lá, por ser bruxo!
-Posso imaginar razões melhores! – ironizou.
-Pois eu nunca fiz nada contra eles mesmo! – repetiu. – Eles enxergam a magia como aberração da natureza. – amargo.
-Então temos que combinar o que será feito. Acredito que seja melhor falar claramente. Expor os fatos. Se eles não compreenderem, então morrerão todos. O Lord das Trevas não poupará ninguém.
-Eu sei. – suspirou. – E eles conhecem a história de Voldemort. Apenas fingem não existir. Sentem-se mais seguros dessa forma.
-Potter, não pronuncie o nome do Lord! – sério.
O outro deu de ombros.
Quando estavam chegando à estação, um pássaro muito colorido bateu na janela do trem.
-Fawkes? – estranhou Harry.
Snape abriu logo. A fênix depositou uma carta no colo dele e partiu em seguida. Sem esperar resposta.
-Mas... O que está escrito aí?
O envelope tinha uma carta com poucas linhas. Parecia ter sido escrita às pressas.
"Severus.
Ele descobriu. Há um traidor novamente. Mudança de planos. Aguardem. Este é o novo endereço. Rua das begônias número 23. Fiel Segredo. Fiquem lá. Entrarei em contato novamente. Não usem magia em hipótese alguma. Cuide de Harry.
Alvo"
Acabou de ler. Releu mais vezes. Até que passou o bilhete para um Harry Potter agitado. Antes de tomá-lo de volta e destruí-lo.
-Mas... quem... o que... quando... – gaguejava.
Apesar de você não ter vocabulário suficiente para formar uma frase coerente, Potter. Está claro o que deseja saber. – Zombou. – Estávamos desconfiados de um traidor. Como Pettigrew um dia foi. Mas ainda não estava nada certo. O que aconteceu? Eu realmente não sei. E quando? Parece que no intervalo de nossa partida.
Harry ainda estava abobado.
-Parece ser muito sério. Ou ele não enviaria justamente Fawkes. – murmurou.
-Você sabe onde é esse endereço?
-Er... sei. Fica próximo à casa dos meus tios. – recuperando a voz. – Mas... é apenas um porão!
-Bem temos que seguir para lá. – ignorou a expressão horrorizada do outro.
-Você entendeu que sequer é uma casa?!
-Potter. Ao contrário de você, costumo respeitar ordens e seguir as regras. E se Dumbledore mandou vir, estou aqui. Se mandou ir para o tal "porão", é para lá que vamos. Quando chegarmos lá, veremos o que quer dizer isso e o que poderemos fazer a respeito. – rude.
Harry estava indignado. Não era justo ter que passar por isso. Ainda mais ao lado do morcegão.
Desembarcaram às presas. Ambos usando roupas trouxas discretas. Cada um levando apenas uma pequena mala de mão. Varinhas escondidas nas roupas. Sem corujas. Edwiges ficara com os Weasley. Snape estava um pouco confuso com o trânsito e ao saírem hesitou um pouco sem saber aonde iria.
-Estamos no meu território. Deixe que eu cuido de tudo daqui pra frente. Apenas me siga. – não resistiu.
Recebeu um conhecido olhar furioso. Porém foi prontamente seguido. Foram em direção ao metrô. Harry comprou as passagens, entregou um ticket para o homem. Girou a roleta. Snape passou com sucesso. O metrô chegou e o chamou. Vários pontos passaram enquanto as portas se abriam e fechavam automaticamente, permitindo o trânsito dos passageiros.
-O próximo ponto é o nosso. – disse quando as portas se fecharam mais uma vez.
Ao desembarcarem, um mar de pessoas ia e vinha, causando algum tumulto. Quando finalmente pareciam longe de plataforma, um moleque deu um "encontrão" em Snape. E ele sentiu sua mala ser arrancada de suas mãos. Automaticamente. Procurou a varinha nas roupas. Mas Harry o impediu, segurando firme suas mãos. Ele olhava para os lados e pareceu avistar uma pedra de bom tamanho. Pegou. Mirou. E acertou o larápio que já estava há mais ou menos 15 metros, que caiu desacordado por alguns segundos. E então Harry correu até ele pegando de volta a mala roubada. Quando o delinqüente acordou, assustou-se.
-EI! Quer ser preso? Saia já daqui! – gritou Harry.
Snape chegou confuso. Olhou interrogativamente para o jovem.
-Desgnomização demais. – disse apenas.
Deu de ombros de novo e fez sinal para ser seguido mais uma vez.
-Por que o deixou ir? – ainda com expressão entre confusão e irritação.
-Eles não têm culpa. Sei o que é ser miserável. – sério. – Além do mais, com Voldemort á solta, não adiantaria prender ninguém. Muito menos trouxas que não sabem o que estão fazendo. Estamos chegando. – mudou de assunto.
Pararam em frente a um prédio muito velho. Que parecia um pequeno teatro. Há muitos anos atrás. Concentraram-se no endereço escrito no papel. E uma porta surgiu. Entraram. Havia uma escada e um corredor muito escuro. Foram quase às cegas até que outra porta apareceu. Percebeu que Harry se abaixou. Na penumbra pôde vê-lo mobilizar um tijolo na parede. E tirar algo do buraco. Que usou para abrir a porta diante deles.
Entraram então. Lá havia luz. E Snape pôde ver o local pela primeira vez. Era um espaço aberto. Como uma grande sala. Com teto muito alto. Tinha muitas caixas velhas. Objetos entulhados. A luz vinha de uma única janela no alto. Mas era suficiente para iluminar toda a "salona".
-Bem vindo a seu novo lar! Professor Snape! – com falsa alegria.
OF: Continua.
