Disclaimer: Cavaleiros do Zodíaco não me pertence, infelizmente, pertence ao horrível desenhista do Masami Kurumada ...

Resumo: Aparentemente, Star Hill School é um colégio comum(** eu disse aparentemente**). O que será que se esconde por trás desta máscara muito mal feita? CamusxMilo, ShakaxMu, MáscaraxDite

Título: Star Hill School

Capítulo I

Mais um primeiro dia de aula chegava, motivo de desânimo a quase todos os semblantes que se encontravam no determinado colégio, nesse dia fatídico...

Milo estava com muito sono, porque afinal de contas, como toda a comemoração de final de férias pedia, tinha vindo direto da balada, onde, um pequeno detalhe, dançara a noite inteira, para o colégio.

O corpo doía, a cabeça latejava, tudo parecia meio embaçado. Se não soubesse a razão, diria que estava doente.

-Você não muda mesmo hein? – Fala Shaka aparecendo ao lado do amigo, o assustando, pois este estava com tanto sono que nem teve a capacidade de perceber a aproximação.

-Começou cedo este ano hein Shaka? – Bufa, parcialmente mal-humorado, a outra metade feliz de ver o amigo.

-Como assim começou cedo, não tenho culpa se sou mais responsável que você – Retruca, um sorriso divertido e maldoso nos lábios ao ver o estado do que estava ao seu lado.

-Está bem, senhor santinho! – Revira os olhos, desistindo, sabendo que, quando queria, era impossível se discutir com o loiro.

-E onde você estava ontem à noite que eu te liguei e você não atendeu?

-Eu estava na biblioteca da minha casa estudando pra sua informação! – Milo se defende, não se importando com a mentira deslavada que contava.

Shaka o conhecia melhor do que isso e ri ainda mais, pela tentativa fracassada. Ele devia estar realmente cansado para não conseguir bolar nada melhor do que isso.

-Aham, até parece. Eu te conheço desde a sétima série! Eu sei que você não teria a capacidade de passar a noite toda estudando! Eu duvido até da sua capacidade de passar uma hora! O que diria uma noite. Você não estuda nem quando precisa, vai estudar agora, sem motivo, até parece!

-O que você quis dizer com isso? – O encara com o canto dos olhos, a irritação pela falta de sono o fazendo com humor inconstante. O de cabelos claros estica os braços para o ar, se rendendo, na defensiva.

-Nada não, esquece! – Olha para os lados, distraído por um momento, antes de retomar a conversa anterior – De qualquer forma, você ainda não me disse, onde você estava ontem à noite pra ficar assim tão acabado? Responda-me, e sério!

O escorpiano definitivamente não estava com a capacidade de pensar em alguma outra coisa, e, sabia que se contasse a verdade, o amigo o encheria por sua falta de responsabilidade até se cansar, o que provavelmente só seria quando fossem embora do colégio, e quem sabe, até depois.

Não tem tempo de inventar outra desculpa, pois nisso, o sinal toca e Afrodite aparece, se apoiando atrás dos dois, os braços esticados.

-Vamos indo cambada que o fsor já está chegando! Senão a gente não entra! – Diz, apressando-os, levantando a mão de um modo determinado, empurrando os amigos, inutilmente. Esses apenas sorriem.

Antes de entrarem, ficando um pouco para trás, Shaka se vira para Milo, murmurando – Salvo pelo gongo, mas mais tarde a gente termina essa conversa. Não pense que você vai escapar.

O moreno ri com gosto. A determinação do outro era algo que escapava sua compreensão. E embora risse agora, sabia que ele sempre conseguia, mais cedo ou mais tarde a informação que desejasse de si.

O jeito era comprar mais tempo e ver se ele esquecia. Às vezes funcionava.

Respira fundo. Provavelmente não.

Aioros, o professor de português aparece na porta, com cara de pouquíssimos amigos. A felicidade dele com o retorno as aulas tão grande quanto à dos alunos, embora os últimos parecessem estar satisfeitos por reencontrarem seus amigos, interagindo. Calam-se rapidamente, um clima denso se instalando no local

-Bom dia prof! – Diz Afrodite animado, meio sem noção, enquanto mexia numa mechinha do cabelo.

-Que bom que você começou o seu dia animado, Afrodite! – Comenta Aioros tomando uma aspirina e sentando. Ele já dava aulas para eles há um bom tempo, o que já o fizera mais do que apto de saber os seus nomes.

-Que foi prof? Algum problema? Ela volta... – Ele fala ainda mexendo no cabelo, honesto.

-Cale-se Afrodite! Agora, todos em seus lugares! Vou apresentar um novo aluno – E se dirige à lousa, sem averiguar se seu pedido fora atendido. – Seu nome é Mu Ueda – Vira-se em direção a porta – Entre Mu...

É quando entra na sala iluminada um adolescente, aparentemente estranho, diferente, os cabelos eram roxos, lilases e olhos verdes. Tinha uma expressão tranqüila e levemente reclusa. O mais peculiar era o fato de não possuir sobrancelhas, no lugar dessas, dois pontinhos repousavam, completando a imagem.

Assim que Shaka colocou os olhos sobre ele, o achou muito interessante. O analisava sem perceber, de cima a baixo. Não era do tipo comum, o tipo de pessoa que se cansa de olhar, pelo contrário, parecia que, quanto mais o observava, mais atraente ele ficava. A pele clara, os olhos, o cabelo, tão diferente, tão especialmente único.

-Gamo hein Shaka, não consegue mais tirar os olhos! – Diz Milo, seguindo seu olhar, depois se virando para o amigo e dando uma piscadela, sacana – Faz bem o seu tipo...

-Muuuuu hein Shaka? – Diz Afrodite, que havia ouvido o moreno, completamente idiota, apenas querendo mexer com o loiro, rindo. Mu, olhando em volta, parecendo um pouco intimidado, sentou-se isolado.

Shaka o seguiu com o olhar por um instante, seguindo os movimentos tímidos e precisos do mesmo.

Depois do encantamento e do comentário desagradável de Milo e Afrodite, as aulas passaram surpreendentemente rápidas, até por não haver de fato muita matéria para ser vista, tão no começo do ano. Isso até a aula do amado professor de literatura, o querido Shido, que por ser excessivamente gentil e tratar a todos os alunos bem, ajudando-os com suas dificuldades, tornara-se o xodó da sala.

Um desconhecido entra na sala, o ar sério e arrogante carregado em sua expressão.

-Bom dia. Eu sou o professor substituto de literatura – Estava totalmente vestido de preto, o cabelo vermelho devidamente preso e um rabo-de-cavalo baixo, um óculos na ponta de seu nariz fino, delicado, parecendo ser esculpido a mão.

Uma criatura parecendo uma coisa divina, um anjo envolto em luz celestial. É a primeira impressão aos olhos de Milo. Tinha certeza que nunca tinha visto um homem tão bonito em toda a sua vida.

Camus se vira para a lousa e já ia se apresentar, quando percebe que todos comentavam sobre a ausência de Shido. Vira-se irritado, como viriam, a saber, depois, era costume, e resolve explicar.

-Estou aqui porque o Shido, seu professor anterior, sofreu um grande acidente de carro e está internado no hospital – Dá uma pausa, ajeitando os óculos no rosto – Agora, chega desse assunto! Abram os livros e vamos começar a aula – E volta a se virar para a lousa.

Ao perder a direção direta de seu rosto, Milo parece que finalmente despertou de seu transe de admira-lo, surtando.

-O professor Shido? Nosso melhor professor! Não podemos viver sem ele! – Era o que falava mais alto, praticamente berrando para Shaka que estava ao seu lado, as sobrancelhas um pouquinho arqueadas de surpresa.

Camus, que começara a escrever na lousa, percebe que a conversa só aumentava, proporcional a sua irritação. Seu psicólogo e seu antigo professor de faculdade cansaram de lhe dizer que deveria ser mais paciente, calmo, mas, por alguma razão, simplesmente não conseguia ouvi-los, qualquer coisa parecendo servir para perder o seu nervo.

Devia começar a tomar calmantes.

Olha então para a mesa ao seu lado e vê uma régua grande, de madeira maciça. A pega e se vira rapidamente, o rosto assassino. Todos se calam, intimidados, com exceção de um aluno em especial, de cabelos encaracolados.

-Mas o professor Shido- – Dizia Miro desesperado, movimentando as mãos com violência, veemente,

-Cale-se – Camus o interrompe, em um tom baixo, ameaçador, movimentando a régua bruscamente, sem perceber o peso dessa, chocando-a com tudo contra a cabeça de Milo.

A sala estava morta, atenta a cena. O ruivo, apesar de surpreso e injuriado com a idiotice que acabara de cometer, não demonstra, não perdendo a compostura, mantendo o ato como proposital, inflexível.

Não poderia deixar sua imagem ser quebrada, não em um primeiro dia de aula. Senão, como ficaria seu orgulho e sua figura como professor?

-E se eu não quiser! – Grita Milo, fervendo de raiva e puro ódio, levando a mão à cabeça dolorida, encarando-o, desafiador.

Camus hesita, a única resposta plausível vindo-lhe aos lábios instantaneamente.

-Para a diretoria! – Reponde friamente, os olhos ferinos.

-Você não pode estar falando sério! – Joga, embasbacado – A culpa é sua!

-Tenho cara de quem está brincando? – Rebate, levantando a sobrancelha. Não perderia para um aluno colegial, nunca.

-Pois daqui não saio e ninguém me tira!

-Tem certeza?

-Tenho! – Emburrado, os braços cruzados

Camus, com toda a sua frieza natural puxa a orelha de Milo, forçando-o a sair de seu lugar, continuando a arrasta-lo pela mesma até a diretoria, que, infelizmente para este, era distante...

-O que está acontecendo aqui professor? – Diz Saga, escondendo um pequeno sorriso ao ver seu antigo colega de faculdade já perdendo a compostura para com um aluno. Aquele só podia ser Camus. Apóia-se no batente da frente da porta de seu escritório

-Este aluno me desrespeitou em minha aula! – Camus comenta, finalmente soltando a orelha, agora vermelha do mais novo, de maneira quase infantil.

-E ele quebrou uma régua na minha cabeça, eu acho que aí já é demais! – Miro parecia transtornado, pois a sua visão celestial do ser a sua frente afundou como o Titanic ao bater no iceberg...

-Não fiz nada mais do que a minha obrigação, afinal você me desrespeitou na frente de toda a sala, eu não podia deixar passar sem fazer nada – Disse Camus, se defendo, apesar de saber estar errado, totalmente desprovido de emoções tanto no rosto quanto na voz

-Bem, pelo seu ato impertinente, senhor Milo, você vai cumprir uma detenção que o próprio professor Camus irá determinar e supervisionar. – Os dois o olham descrentes. Saga se divertia, sacana com ambos – E vocês começam hoje à tarde. Podem ir, mas você, senhor Takahashi pode esperar a aula do professor terminar.

Então Camus sai da sala com uma expressão cínica e um sorrisinho sádico. Se fosse assim que teria de jogar, assim jogaria. Mas Saga ainda iria pagar por isso, muito embora o tivesse defendido ao não repreende-lo na frente do aluno.

Não se importava

-Não vejo a hora de chegar hoje à tarde!


Gente, tem uma definição certa para xodó? Até procurei no dicionário, e lá dizia:

'Aquele ou aquilo que, por laços afetivos, é posto em posição favorável.'

Palavra estranha essa não? Xodó? Da onde será que surgiu? Bem, de qualquer forma, deixando isso de lado, aqui está o primeiro capítulo de uma fic que, originalmente começou como uma zueira. Até por isso, peço que não a levem muito a sério, mas espero que se divirtam.

Até o próximo capítulo, kisses.